Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 7
7 ♡


Notas iniciais do capítulo

boa leitura a todas ♥



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− A medicação já está fazendo efeito e ele está respirando, você o trouxe em tempo! – falou com calma para que ela não se desesperasse mais. – Ele vai ficar bem!

Victória num impulso se jogou nos braços dele e o abraçou chorando pesado, era seu filho e nem conseguia imaginar o que seria dela sem ele. Heriberto a amparou em seus braços e suspirou seu perfume acariciando seus cabelos, estava sendo um dia de cão para todo mundo... Foram minutos ali presa nos braços dele até se dar conta do que fazia e se afastou.

− Me desculpe! – secou o rosto molhado das lágrimas.

Ele a olhou era tão difícil às vezes se manter longe dela que ele nem sabia o que dizer apenas a olhava sentindo seu mundo todo ser movido por ela.

− Tudo bem... – falou num fio de voz.

− Heriberto, venha para que termine de te limpar! – a enfermeira o chamou e ele desviou sua atenção dos olhos de Victória.

− Eu já vou! – falou com calma.

Victória o analisou por completo e viu as marcas no pescoço o rosto ainda avermelhado e no braço a mordida de Leonela e no primeiro instinto foi segurar seu braço para olhar melhor e ele gemeu sentindo dor.

− O que foi isso? – o olhou. – Um cachorro te mordeu?

Ele riu das palavras dela por um momento.

− Se fosse um cachorro estava ótimo! – suspirou e ela esperou pelas respostas. – Leonela foi quem fez isso!

Victória arregalou os olhos.

− Meu Deus, ela é louca? – olhou a mordida novamente a pele já estava bem roxa. – Ela poderia ter arrancado um pedaço de você!

− Eu a agredi primeiro... – falou logo e viu a reação dela em se afastar.

Victória nunca imaginou ouvir algo assim dele já que sempre o via muito calmo e nunca em todos aqueles anos tinha ouvido falar de seu casamento e muito menos que eles poderiam ser assim tão agressivos.

− Não pense que eu fiz porque acho bonito! – olhou o braço. – Mas eu perdi a cabeça ao ouvir que ela bate na minha filha e eu nunca percebi isso! – sentiu vontade de chorar novamente ao lembrar-se do rosto da filha.

Victória pode sentir o desespero dele e ela também se desesperou, o pouco que tinha estado com a menina podia perceber o quanto ela era amorosa e não tinha o porquê de ser agredida pela própria mãe.

− Leonela só pode ser louca, Joyce é tão linda... – podia se lembrar do rostinho feliz do filho ao vê-la.

− É uma desgraçada e eu acabei perdendo o juízo e bati na cara dela e o resultado final foi esse! – apontou para si mesmo.

− Com violência não se consegue nada, mas eu te entendo, mas não concordo! – olhou o filho que ainda estava inconsciente. – Ele vai demorar a acordar? – se aproximou dele e segurou sua mãozinha deixando os problemas de Heriberto para que ele resolvesse.

− Eu vou pedir que o acomodem em um quarto e em algumas horas ele poderá ir para casa se a reação alérgica for totalmente controlada. – assumiu novamente a postura de medico.

− Obrigada por salvá-lo! – o olhou nos olhos. – Agora vá se cuidar! – voltou seus olhos para o filho já tinha dado papo demais para ele mesmo preocupado com Joyce.

Heriberto a observou mais uma instante e foi até a enfermeira e sentou na cama dando o braço a ela para que terminasse o que tinha começado, mas hora ou outra eles se encontravam num olhar e suspiravam. A situação entre eles nunca se resolveria pela magoa que ela sentia pela perda do filho e sua traição.

Os minutos se foram e Joyce apareceu ali junto a um enfermeiro e assim que viu Enrico se levantou da cadeira e correu ate a cama e olhou Vick. Heriberto ate tentou impedir, mas ela já tinha ido ate eles.

− O que aconteceu? – estava mesmo preocupada com ele e segurou sua mão.

− Ele só teve uma reação alérgica! – sorriu de leve para ela e segurou em sua mão. – Você está bem? – tocou o rosto dela com a outra mão.

− Estou sim, meu irmão me salvou! – falou triste.

Victória sentiu o corpo tremer com ódio e se perguntava como Leonela poderia bater em sua própria filha, uma menina tão linda e carinhosa como Joyce se mostrava não precisava de surra, mas sim de muito amor e pelo que podia sentir não era amada pela maldita mulher.

− Você precisa prometer pra mim que nunca mais vai esconder uma coisa assim de seu pai! – segurava a mão dela com todo carinho mesmo sendo uma “estranha”. – Sua mãe não pode te machucar assim! – falou com pesar.

− Mas ela é minha mãe e mãe pode tudo! – falou como se aquela fosse uma verdade que precisava ser acreditada, ou melhor, que Leonela tinha usado para justificar seus maus tratos.

Os olhos de Victória pegaram fogo naquele momento.

− Isso não é verdade! – a puxou mais para ela. – Sua mãe não pode te maltratar assim, ainda mais você sendo assim tão linda como é!

Joyce sorriu e a abraçou carinhosa tudo sobre os olhares de Heriberto que naquele momento mais uma vez se arrependeu das escolhas que tinha feito. Victória sem duvidas era a mulher de sua vida, mas seu tempo tinha passado e ele tinha feito suas piores escolhas.

− Ele vai ficar bem né? – era tão cuidadosa com seu amiguinho.

− Vai sim! – beijou os cabelos dela e um enfermeiro veio para levá-lo para o quarto. – Eu posso ir também? – a olhou nos olhos.

Victória sabia que se ela fosse isso significava Heriberto por perto e não era o que ela queria mesmo que ele fosse o medico de seu filho, queria distancia. Uma distancia segura para que ele não criasse ilusões e ela também.

− Isso é seu pai quem tem que decidir. – não iria negar, mas também não iria aprovar e se Heriberto fosse sensato diria não.

− Papai, eu posso ir com eles? – o olhou ainda nos braços de Vick.

Heriberto se aproximou delas e chamou a filha para perto dele e se abaixou para falar.

− Filha, ele precisa descansar e não pode ficar com visitas, mas tia Vick vai avisar o papai quando ele estiver bom e também segunda vocês vão se ver na escola!

Ela o olhou com os olhinhos tristes para ele que o faziam morrer.

− Então ele não está bem mesmo né?

− Ele está sim, mas precisa descansar e por isso você não pode ficar!

Victória olhou para eles e disse com calma.

− Mais tarde você pega o celular do seu pai e me liga por chamada de vídeo e vocês conversam que tal?

Joyce a olhou e sorriu mais animada queria vê-lo bem e concordou, Enrico foi levado para o quarto depois de ela beijá-lo no rosto e se despedir de Victória que foi junto a ele. Heriberto levou a filha para seu apartamento e cancelou seu plantão daquele dia, precisava dar atenção à filha e entender como nunca tinha visto que a filha era maltratada. Deixando que assim aquele dia terminasse dando lugar a noite.

(...)

Era por volta das oito da noite quando o telefone de Victória tocou, eles já estavam em casa e Enrico estava na cama dela vento TV, ela já sabia quem era então mandou que ele atendesse enquanto ela entrou para tomar banho e podia ouvir a risada do filho conversando com Joyce até que a voz dele ficou mais próxima e ela o ouviu dizer.

− Olá joce, ela ta tomando bainho!

Victória arregalou os olhos e nesse momento Heriberto apareceu queria ver se ele estava mesmo bem e a visão que teve foi da silhueta de Victória completamente nua...


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