Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 14
14 ♡


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura mores, ta curtinho, mas é um ponto chave!!!



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− Todos os dias nesses 17 anos! – tirou o cinto se aproximando mais dela. – Eu penso em você a todo tempo, a todo o momento porque eu te amo Victória!

O coração dela foi aos saltos e ela respirou diferente tentando manter a pose, mas era quase impossível quando o ouvia dizer e ainda mais depois dos beijos que deram.

− Quem ama não trai! – foi rude para que ele desistisse, mas se esse fosse o caminho para que ele a reconquistasse iria trilhá-lo todo.

− Foi apenas uma maldita noite, uma maldita noite que eu nem me lembro toda! – gritou com ela. – Era minha festa de formatura e eu tinha bebido muito e ela se aproveitou! – gritou a ela o que nunca tinha contado antes.

Victória sorriu cinicamente para ele, não iria convencê-la daquele modo e se de fato ele não se lembrava por que a deixou? Victória tinha sito rude, a pior quando descobriu a traição, mas em momento algum ele tinha se defendido ou dito àquelas palavras que estava falando naquele momento, apenas pedia perdão e nada mais. Não era possível que se ele não se lembrava não tinha contado nada a ela para que se fosse o caso resolvessem juntos.

Eram sentimentos desencontrados naquele momento e muitas perguntas se formavam em sua cabeça e não tinham respostas e pelo modo como ele a olhava tão pouco as tinha para sanar aquelas feridas que tanto doía em ambos.

− Se de fato não se lembrava de nada por que nunca falou? – questionou de cara. – Por que esperar 17 anos, Heriberto?

Heriberto suspirou era tão vergonhoso se lembrar daquele momento de sua vida em que ele tinha perdido tudo e em sua mente veio às imagens que recebeu no celular daquela maldita noite. Era uma noite para se comemorar, mas tinha sido o fracasso de sua vida amorosa.

− Eu apenas recebi os vídeos em que estávamos transando, mas eu não me lembro nem como e nem porque eu estava na cama com ela! – passou as mãos no cabelo nervoso e com vergonha. – Eu só queria comemorar o meu momento, mas eu fiz foi perder tudo.

− Eu te dei a minha confiança e te deixei ir porque eu estava passando mal aquele dia e não queria que você perdesse o seu momento e o que eu ganhei foi um par de chifres e um filho morto! – a boca entortou de ódio dele que se arrependeu amargamente mais uma vez de mexer naquela historia, mas não podia mais guardar o que sentia e se queria reconquistá-la. – Ela era minha melhor amiga!

− Meu amor, eu fiz tudo certo aquela noite e depois não me lembro de mais nada! – tocou o rosto dela.

− Não sou seu amor... – falou com dificuldade. – Nunca fui! – afastou a mão dele querendo sumir dali, mas não tinha forças nem para sair do carro.

− Você é e sempre será o meu amor e por isso que eu não vou desistir, muito menos agora que provei de seus lábios novamente – se aproximou mais dela e falou bem próximo a seus lábios. – Aquela noite eu tinha programado tudo e iria ficar somente duas horas na festa para poder estar com você, eu não queria te deixar em casa passando mal e ainda por cima sozinha, mas algo deve ter sido colocado em minha bebida e eu somente acordei em casa, sozinho!

Victória voltou a se afastar dele estavam tão próximos que ela nem conseguia respirar direito com aquela proximidade. Sentia o coração acelerado e a boca seca com aquelas verdades tão repentinas e que ela de fato não estava pronta para ouvir, mas ele estava ali abrindo seu coração depois de muito e sabia que ela iria ouvir porque era a verdade dos dois ou pelo menos assim ele pensava.

− Eu demorei a reconhecer a minha própria casa e peguei o celular para te ligar, mas os vídeos de nós dois na cama estavam todos ali, tudo se complicou e eu não sabia mais o que fazer e o medo tomou conta de mim porque eu sabia que você não iria me perdoar como não me perdoou e eu não tinha como negar o que tinha acontecido se era nós dois de fato ali naquela cama! – estava desesperado por se lembrar.

− Você sumiu por dias... – os olhos se encheram de lágrimas. – Foi covarde e deixou que ela me contasse uma verdade que era sua obrigação!

− Eu estava com muita vergonha e logo descobri da gravidez e que você também já sabia. – tinha os olhos com lágrimas também. – Eu corri a você depois que me contaram que você estava grávida, mas você me disse que tinha perdido e... – nem conseguiu terminar.

Victória não aguentou mais ficar no carro e saiu com ele saindo atrás dela e a segurou antes que ela subisse os degraus de sua casa. Estava sentindo tudo rodar e não queria mais ouvir nenhuma palavra dela, mas ele tinha que falar, tinha de deixar aquele passado carregado fosse perdoado por ambas as partes, mas ela ainda não estava pronta e gritou.

− Me largar! – não queria mais chorar na frente dele e nem por ele. – Não tem o direito de me segurar assim! – se afastou e virou para ir.

− Por favor, Victória, nos de a chance de terminar essa conversa e hoje! – sentia o peito disparado a vendo subir os dois degraus. – Eu só preciso de uma chance!

Ela parou de costas e respirou pesado olhando aquele céu negro que estava sobre suas cabeças, parecia que era o mesmo como ver seus corações e ela virou um pouco e o olhou com os olhos banhados de lágrimas.

− Você teve sua chance há anos atrás... – secou as lágrimas teimosas. – Eu vou chamar seus filhos! – virou se novamente e ele disse sabendo que era a sua ultima chance de conversa.

− Eu sei que nosso filho não morreu no dia que te contei da minha traição!


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