Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 15
15 ♡


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores e desculpem a demora ♥



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− Por favor, Victória, nos de a chance de terminar essa conversa e hoje! – sentia o peito disparado a vendo subir os dois degraus. – Eu só preciso de uma chance!

Ela parou de costas e respirou pesado olhando aquele céu negro que estava sobre suas cabeças, parecia que era o mesmo como ver seus corações e ela virou um pouco e o olhou com os olhos banhados de lágrimas.

− Você teve sua chance há anos atrás... – secou as lágrimas teimosas. – Eu vou chamar seus filhos! – virou se novamente e ele disse sabendo que era a sua ultima chance de conversa.

− Eu sei que nosso filho não morreu no dia que te contei da minha traição!

Victória pode sentir todo seu corpo queimar de dor e as pernas fraquejaram, ele foi a ela no mesmo momento percebendo que tinha falado demais, mas ela não se deixou segurar e se afastou segurando na parede. O olhou sentindo que podia matá-lo por tocar naquele assunto que ele não tinha direito em se quer citar, era assim que ela pensava, mas Heriberto tinha e queria também chorar a morte daquele bebê e que seria uma luta para conseguir esse direito.

Os corações podiam ser ouvidos, estavam ofegantes e o destino queria mesmo que eles colocassem os pingos nos "is" porque nem João e muito menos Joyce apareceram ali para encerrar aquele assunto que doía tanto mais nela do que nele já que quem tinha vivido aquela dor sozinha tinha sido somente ela. Victória nunca tinha dado a ele o privilégio de chorar aquele bebê como ele tinha direito e ele também nunca tinha insistido até aquele momento em que estava deixando seu orgulho de lado e colocando para fora toda aquela dor que sentiam há muito tempo.

− Pegue seus filhos e vá embora de minha casa! – segurou o choro mais os lábios tremiam pelo nó que estava em sua garganta. – Você não sabe do que está falando!

Ele se aproximou e ela deu um passo para trás ficando encurralada entre ele e a parede em suas costas.

− Podemos resolver esse assunto como adultos ou eu posso recorrer na justiça o direito de chorar a morte de meu filho! – falou com os olhos nos dela.

− Você não tem direito! – gritou sentindo tanto ódio e bateu em seu peito deixando que seu choro viesse com força. – Me deixa em paz! – o empurrou e saiu dali correndo para dentro de casa, subiu correndo e se trancou em seu quarto.

As pernas já não tinham mais forças e ela escorregou na porta ficando de joelhos, a dor de relembrar aquela perda era tão ruim que ela se arrastou até o armário e abriu uma pequena gaveta e de dentro tirou uma pequena boneca e seu desespero foi maior com ela perdendo quase o ar. Não podia ser que depois de tanto tempo ela estava sentindo como se sua menina fosse arrancada de seus ali naquele momento, ficou de pé com as poucas forças que te lhe restava e sentou na cama olhando para sua santa e se perguntando o porquê de ter tirado sua pequena Maria.

     

− Por que meu Deus? – abaixou a cabeça olhando a boneca e a tocou com as mãos tremendo. – Ela era somente um bebê inocente e não tinha culpa de nada! – falava baixo para si mesma e como se fosse ouvida uma luz se fez sobre ela e aquela pequena lembrança, mas Victória estava tão envolvida com sua dor que não percebeu...

Ela deitou na cama e apenas os sapatos foram tirados e ela fechou os olhos agarrada a sua única lembrança de gerar um filho... E assim a noite se foi inquieta para ela, assim como foi para Heriberto que sentado no chão ao lado de sua cama chorava por todo dano causado a única mulher de sua vida e em sua mão tinha uma roupinha de bebê branca que Leonela tinha dado a ele no dia que contou que Victória tinha dado um filho para ele, mas que tinha nascido mordo e que aquela era a roupinha que tinha conseguido nas coisas de Victória.

Era o que tinha daquele passado tão desastroso que ele mesmo tinha contribuído, mas que iria mudar e dali a diante iria provar para Victória que era digno de chorar no tumulo de seu filho, ficou ali perdido em seus pensamentos e em sua dor, não dormiu apenas deixou que aquela noite passasse...

(...)

UM MÊS DEPOIS...

Victória depois daquela noite proibiu toda e qualquer aproximação de Heriberto com ela, mas as crianças continuavam se vendo, eles não tinham culpa do passado dos pais e vez ou outra Joyce estava na casa dela, mas no final do dia quem a buscava era João para evitar qualquer contra tempo e eles conversavam e ele conseguia algumas informações para o pai. Heriberto se via em uma "sinuca de bico" já que não podia se aproximar e fazer valer seus direitos.

Eles trataram de se concentrar no trabalho, mas era quase impossível esquecer um ao outro já que seus pensamentos estavam em completa sincronia. Victória passou há estar mais tempo com João Paulo e saia em todas as revistas de fofoca, ela era sempre alvo de fofocas e naquela tarde em questão Heriberto sentiu que poderia morrer com a noticia que recebeu daquele jornal e ele não pensou duas vezes em pegar seu carro e sair como um furacão para a empresa dela.

Não esperou ser anunciado e foi entrando como um louco e os seguranças até tentaram barrar sua entrada, mas ele foi mais rápido e sumiu entre as muitas pessoas que saiam dos elevadores e ele subiu até o andar dela. A secretaria ao vê-lo sabia que teria problemas e ficou de pé imediatamente. Ele não deu ouvido a ela e invadiu a sala de Victória que estava de pé e ao telefone com um lindo sorriso no rosto que foi tirado ao vê-lo.

Ele avançou nela e jogou seu celular ao chão dando um berro com a secretaria que olhou para Victória que apenas assentiu para que ela se fosse, no rosto não se notava medo, mas sim uma fúria pelo modo como ele tinha entrado e jogado seu celular no chão.

− Quem você pensa que é pra...

Ele nem deixou que ela terminasse de falar e gritou bufando enquanto a segurava pelos braços.

− Namorando aquele bosta? – a sacudiu e ela tentou se soltar no mesmo momento sentindo a pressão em seus braços. – Me responda!!!!! – estava fora de si.

− Você não tem nada que ver com minha vida ou minhas decisões! – foi firme. – Solte-me e volte por onde entrou.

− Eu sou o único homem de sua vida, Victória, você vai entender isso agora... – e sem mais ele avançou contra os lábios dela esperando sua reação...


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