Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 11
11 ♡


Notas iniciais do capítulo

boa leitura e me desculpem se me passei com esse capitulo!!! ♥



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− Eu vou falar com meus advogados e pedir para que entrem em contato com seu pai e vamos resolver essa questão. – Victória também não queria que sua menina estivesse próxima a ela também.

Mas o que eles nem ouviram a campainha tocar e Heriberto já estava ali na porta ouvindo e João olhou bem dentro do olho dela.

− Você ainda o ama? – ela se tremeu toda.

Era uma pergunta tão complexa e fácil responder para Victória já que sempre afirmou que não mais o amava, mas estava ali diante de uma pergunta para qual sempre teve respostas e se perguntou por que simplesmente não dizer. “Eu não o amo”, sempre tinha sido tão fácil responder, mas naquele momento as palavras não saíram e ela levantou nervosa e ele seguiu falando o que sentiu precisar dizer, mas mal ele sabia que as palavras têm poder contrario.

− Eu sei que fui eu quem separou os dois... – Victória o olhou de imediato não iria permitir que ele tocasse naquele assunto.

− Nunca mais diga isso! – o cortou. – Quem me separou de seu pai, foi ele mesmo e com suas... – ela parou de falar e passou a mão no cabelo nervosa. Não queria aquela conversa. – O único culpado de tudo isso foi seu pai! – foi firme.

Era a verdade e o único culpado sempre tinha sido Heriberto com sua traição, não um bebê que era apenas consequências de seus atos. Victória nunca perdoaria Heriberto e a traição que levou seu bebê a morte. Era tão doloroso que ela sentiu os olhos arder, mas não demonstraria fraqueza e Heriberto ali na porta sentiu que ele poderia chorar somente em vê-la daquele modo, era um maldito desgraçado e nem sabia como resolver aquela questão e ter Victória nem que fosse mais uma vez, uma única vez para provar que seu amor era verdadeiro.

− Você, não me disse se o ama! – a olhava nos olhos insistindo.

Victória suspirou e disse:

− Não, eu não amo mais seu pai! – foi firme e tremeu sem saber naquele momento se era verdade.

Seria mesmo verdade aquela afirmação? Seria verdade que Victória não mais amava Heriberto? Como afirmar algo que nunca tinha de fato vivido até as ultimas conseqüências? Dois covardes e um amor que nunca foi vivido em sua plenitude e muitas conversas que nunca tiveram um fim, como afirmar que não se sentia quando sua pele ardia e seu peito quebrava com um simples mencionar de seu nome?

Victória Sandoval era uma menina quando tinha tomado a “paulada” de Heriberto e com aquele sentimento o filho tinha ido junto. O único fruto que a fazia lembrar-se daquela maldita traição, a traição que não a fez seguir em frente e sim estacionar sem resposta e com uma dor tão grande em seu coração que nem sabia se portar ali diante do menino que poderia ser seu. Era isso que sempre dizia para si quando ouvia falar daquela família... “era nosso...”.

João podia sentir a tensão em seus ombros e sua face mesmo que ela se fizesse de difícil, ali tinha mais do que ela queria contar e levantando ele disse:

− Eu não acredito! – disse firme.

− Você, não é ninguém para achar que sabe o que sinto! – foi rude mudando sua expressão no mesmo momento. – É a primeira vez que me vê e se acha no direito de me questionar por questões que aposto que seu pai se quer tenha mencionado? – sorriu sem vontade. – Ele nunca te meteria em algo que é vergonhoso até mesmo para ele!

João sorriu ela se armava assim como o pai quando se via acuado e isso deixava Victória ainda mais nervosa.

− Ele me contou o suficiente pra entender que a historia de vocês dois está incompleta e que nunca serão felizes se não resolverem isso e se perdoarem... Ou que você o perdoe para que ele se perdoe! – se aproximou dela e sem permissão tocou seu rosto. – Eu sempre gostei muito de você mesmo tendo todos os motivos para te odiar já que “separava”. – fez aspas. – Meus pais!

Ela o olhou e naquele momento deu o tiro que nem ela acreditou ser capaz de dizer a ninguém.

− E você sempre foi o filho que era pra ser meu!

Aquelas palavras quebraram tanto ele quanto Heriberto que deixou suas lágrimas rolar por seu rosto saindo dali, não podia mais ouvir aquela conversa e João a abraçou forte. Ela era uma mulher especial e mesmo que seguisse sua vida longe deles sempre a seguiria como a grande mulher que venceu sozinha e mesmo com o coração partido estava ali para a sua família mesmo que ninguém ali merecesse se quer uma olhada dela.

− Obrigada por essa meia conversa! – a soltou e ela o olhou. – Um dia sentaremos e conversaremos melhor! – sorriu para ela. – Agora vou ficar com minha irmã até que meu pai chegue! Desculpe-nos mais uma vez pelo transtorno.

Victória se quer conseguia falar depois daquela cercania e apenas apoiou seu corpo na mesa e ele saiu do escritório a deixando mais uma vez rachada e aberta para aquela historia que ela queria esquecer mais que tudo, mas não conseguia já que aquelas duas crianças estariam em sua vida para sempre. Ela sabia e sentia que seria assim mesmo que não mais pudesse perdoar Heriberto.

Virou seu corpo e deixou que as malditas lágrimas teimosas rolassem por seu rosto e ela apoiou as mãos sentindo o peso da vida apoiar-se sobre seus ombros e tocou o ventre, o ventre que nunca pode dar a luz a nenhum filho e que nunca daria. Sentiu-se fraquejar e quando ia ao chão sentiu as mãos dele a tocar e a sustentar de tal forma que ela apenas chorou forte sua dor. A dor que nunca tinha colocado para fora ate aquele momento.

A dor dela era a dele e ele não a moveu apenas deixou que ela chorasse ali com as costas em seu peito sem armadura, sem a grande Sandoval o insultar, apenas a mulher, a menina que precisava de um colo para despejar o seu sofrimento... O sofrimento que era deles, mas que somente ela tinha vivido durantes anos, pelo menos era assim que ela pensava, mas Heriberto tinha sofrido igual ou pior por construir uma família com uma mulher que não era ela e nunca seria porque Victória Sandoval só existia uma e seria para sempre a sua primeira e única mulher. O seu amor mais profundo e sua dor mais aguda...

− Me perdoe... – ele falou depois de muito tempo ali preso a ela. – Eu fui um covarde...

Ela nada dizia apenas sentia, queria que as palavras dele perfurassem aquela dor e que a curasse naquele momento porque ela não tinha mais ninguém que o fizesse e ele a virou para ele e segurou seu rosto limpando as lágrimas. Era tão linda para estar chorando daquele modo que ele nem pensou apenas a beijou...


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