Antes que você se case escrita por IsabelaThorntonDarcyMellark


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo banner, Belrapunzel! 
Esse Josh de gravata borboleta é o noivo perfeito! 

Ao capítulo!

❤❤❤❤❤



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Por Katniss 

— Boa madrugada, Katniss. – A voz sonolenta de Peeta ao telefone me faz sorrir.

— Bom dia! O plantão foi puxado? Já são dez da manhã! – digo, conferindo o relógio. 

— Tudo bem ligar esse horário, mas o plantão foi cansativo mesmo. Alguma novidade?

— Sim! Foi bem complicado conseguir uma data tão próxima, mas marquei o casamento e também agendei um horário com a conselheira matrimonial da Catedral de St. James. 

— Uau... Tão rápido!

— Johanna já voltou de viagem, não é? Será que poderá ir? É amanhã, às dez.

— Acho difícil.

— Está tudo bem?

— Johanna está ótima, fazendo negócios e chutando o traseiro de quem se coloca em seu caminho. Sabe como é... E está ocupadíssima. Vou tentar passar cinco minutos com ela nos próximos dias – exagera Peeta.

— Então, você precisa ser mais rápido do que eu, pois preciso ligar pra ela agora!

— E lá se vão meus cinco minutos!

— Tchauzinho! – despeço-me dele.

Disco o número dela e aguardo. Fico pensando em como eu daria tudo para passar a vida inteira com esse homem único e maravilhoso, enquanto ele precisa ficar mendigando a atenção da noiva.

— Quem perturba? – Johanna atende com seu jeito nada sutil.

— Bom dia, Srta. Mason. Aqui é a Katniss.

— A que devo o desprazer de receber uma ligação a essa hora, desmiolada?

— Bem... Eu e o Peeta já adiantamos bastante os preparativos. No entanto, uma coisa ele não pode resolver comigo.

— Deixei claro que ficaria tudo a cargo de vocês.

— É o seu vestido de noiva! Nós não podemos escolher.

— Mas é claro que podem. Basta saberem o meu tamanho.

— Isso é tão... inusitado! – Seguro a língua para não dizer absurdo, inimaginável, terrível.

— Acostume-se.

— Johanna, marquei com o estilista mais conceituado da atualidade. O Cinna. – Uso minha última cartada.

— Humm. Agora a conversa ficou interessante... Vou abrir essa exceção. – Ela muda de ideia de uma hora pra outra. — Mal posso esperar para conhecê-lo, se é que você me entende...

Em vez de dizer que "não, não entendo", eu me limito a informar a ela o horário agendado e o que escuto em resposta é que não preciso acompanhá-la para a escolha de seu vestido de noiva no ateliê de Cinna.

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É uma longa caminhada da minha casa até a Nona Avenida, mas prefiro ir andando mesmo.

Estou alguns minutos adiantada e atendo prontamente ao pedido de um casal para fazer uma foto dos dois em frente à Catedral de St. James, enquadrando as duas torres laterais.

Quando me dou conta, Peeta também havia chegado cedo e está me observando a alguns metros.

— Fazendo um bico de fotógrafa? – comenta ele, quando eu o alcanço.

— Isso se chama gentileza – respondo aborrecida.

— Ah. Precisa praticar mais, especialmente comigo.

— Ora...

Olho feio para Peeta antes de notar que está sorrindo com minha irritação.

— Acho que já superamos a fase de implicar com tudo o que o outro diz – pontua ele.

— Acho que sim. Em que fase estamos mesmo?

— Eu gostaria de saber. Tenho andado tão confuso ultimamente.

Não esperava tal resposta, nem um semblante tão sério de Peeta. Guardo silêncio e, mais uma vez, estou alerta para evitar qualquer sinal do que passei a sentir por ele.

Percorremos o caminho até as escadas da igreja, falando sobre como a iminência de chuva pode atrapalhar nossa programação da semana.

Atravessamos a grande porta marrom, que se destaca na fachada clara do templo. Não posso esconder o fato de que estar na Catedral mexe muito comigo.

— Esse lugar faz parte da minha história. Foi onde meus pais se casaram – sussurro. — Precisamos falar bem baixinho a partir daqui.

O organista começa a tocar uma música suave, que preenche o ambiente.

Peeta ergue o rosto para admirar a ornamentação do teto abobadado e me pego olhando para seus traços e seu cabelo claro. Apesar de todos os meus esforços, aqui estou eu, admirando a beleza masculina dele.

— O que eu preciso fazer? – Ele abaixa a cabeça rapidamente e me surpreende a observá-lo.

— Você vai conversar com a conselheira matrimonial, principalmente sobre a cerimônia – respondo da maneira mais natural possível.

A distinta senhora surge à nossa frente e se apresenta:

— Olá, meu nome é Patina Paylor... E você não é o Dr. Peeta Mellark, do Kindred Hospital?

— Sim. Sou eu – confirma ele.

— Pois eu me lembro de você! Um excelente profissional – afirma ela. — Quer dizer que você vai se casar?

— Esse é o plano.

— Com essa bela moça? – Paylor aponta para mim. — Vocês formam um lindo casal.

— Ah! Não, Sra. Paylor. Sou apenas a organizadora do casamento. Muito prazer. Katniss Everdeen. – Eu a cumprimento com um aperto de mãos. — A senhora deve conhecer minha sócia, Effie Trinket. Ela é quem costuma atuar nessa parte.

— Ah, sim. É verdade! – confirma a conselheira, antes de se voltar para Peeta. — Vamos? – Ela se encaminha para sua sala e é seguida por ele.

Peeta dá alguns passos e, notando que não o acompanho, vira-se para trás.

— Você não vem? – questiona ele.

— Vou ficar por aqui.

Vejo a porta se fechar e, em seguida, caminho sobre o piso desenhado com losangos pretos e brancos, que leva à nave central circular, e me sento num dos bancos de madeira.

Não consigo evitar as lágrimas durante a prece que profiro para que eu tenha força e discernimento para fazer o que é certo, e não a minha vontade. Enxugo o rosto quando Peeta e a conselheira retornam.

— O Dr. Mellark falou muito sobre você. – Paylor me olha intensamente, piscando para mim sem que Peeta veja, e torna a falar com ele. — Da próxima vez... Se houver uma próxima vez, venha acompanhado da sua noiva.

Peeta assente e ela se retira, após se despedir. Quando estamos novamente ao ar livre, indago:

— E então? Tudo definido?

— Saí com mais dúvidas do que tinha antes de entrar. E não resolvi nada sobre a cerimônia. Apenas confirmei a data.

— Deve ser a pressão do casamento.

— Ou a ausência dela. Johanna não dá a mínima. – Peeta fica constrangido por sua amargura evidente.

— No final das contas, parece que a minha amargura é mesmo uma doença contagiosa.

— Você não é amarga. Ao contrário, é muito doce, Katniss.

— Reconheço que fui amarga com você algumas vezes. Efeitos colaterais de um encontro insignificante de uns tempos atrás.

— Doçura com toques amargos. Isso fica bom numa sobremesa, porém não combina com você. Tenho certeza de que sabe que não foi insignificante.

— Foi o que você disse... Que não havia significado nada.

— Eu estava enganado... Ou tentando me enganar. – Peeta direciona seu olhar para o chão.

— Ah... enganado? – É tudo o que consigo dizer.

Peeta volta a olhar pra mim.

— Você aceita um tiramisù? Como naquela tarde em que nos conhecemos?

— Eu adoraria, Peeta, mas não devo.

Ele respira fundo antes de questionar:

— Você lamenta aquele dia, Katniss?

— Não, nem um pouco. Fazia tempo que não experimentava nada tão... – interrompo a frase no meio. — Não adianta elogiar, pois já risquei essa opção do meu cardápio.

— Vamos pelo menos almoçar juntos. Já passa de meio-dia e você teria que buscar outro restaurante mesmo. Tenho certeza de que Greasy Sae adoraria revê-la.

— Tudo bem, então. Vamos almoçar no restaurante dela – concordo.

¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸  

Partimos no carro de Peeta, que, segundo a informação dele, foi recém-concertado pela Johanna.

— Conheci Johanna e sua paixão por carros há alguns anos, quando eu estava voltando da casa de uns amigos e ela estava parada na estrada, trocando um pneu. Quando parei no acostamento, a situação já estava praticamente resolvida, mas ainda ajudei um pouco. No final, ela me perguntou se eu queria ser o mecânico particular dela. Recusei a oferta, dizendo que já tinha um bom emprego. Não satisfeita, ela me pediu em namoro ali mesmo. E, quando uma garota que fica feliz em trocar pneus pede um cara em namoro, ele simplesmente aceita... Assim, desde esse dia, sou o namorado dela, mas ela que é minha mecânica particular. Se bem que, depois que assumiu a presidência da empresa, Johanna tem sido apenas essa segunda opção.

— Isso vai mudar. Vocês vão se casar! – Eu o encorajo, porém ele fica quieto por alguns segundos.

— Johanna é fantástica. O modo como assumiu a madeireira da família, quase falida, e aproveitou esse viés ecológico de Seattle para reerguê-la é inacreditável. Infelizmente, o mundo dos negócios também é muito machista e discrimina alguém tão capaz apenas por ser uma mulher e, além disso, solteira. Acho que essa é a maior motivação dela. Eu sei quando a Johanna é movida pela paixão e, definitivamente, isso não está acontecendo em relação ao casamento – desabafa ele. — É difícil saber se é algo que ela realmente quer ou se é apenas conveniente.

— Vocês precisam conversar, Peeta – enfatizo, com sinceridade, e o silêncio volta a reinar entre nós.

¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸¸.•*'¨'*•.¸  

Logo após ele deixar o carro no estacionamento do hospital, começa a chover e temos que dividir meu guarda-chuva para chegarmos ao nosso destino.

A alguns metros do restaurante, avisto meu ex-noivo.

Abaixo o guarda-chuva bruscamente e me encolho, para bloquear a visão dele.

— O que houve? – Peeta pergunta, estranhando o meu comportamento.

Retraio o corpo ainda mais, porém relaxo em seguida, quando vejo a silhueta de Gloss cruzando a calçada ao meu lado.

Acho que o perigo já passou. Mas estou enganada.

— Katniss? – A voz do homem que tanto me fez sofrer arranha meus ouvidos e paro de andar, batendo o guarda-chuva na cabeça de Peeta, que se afasta para se proteger da chuva sob uma marquise. Eu me viro a contragosto. 

— Oi, Gloss.  

— Ainda é Everdeen? Ou já mudou de sobrenome? Se bem que não estou vendo uma aliança no seu dedo...

— Para minha sorte, ainda sou Katniss Everdeen.

— Eu me casei, sabia? Pensei em você para organizar a festa. Seria engraçado.

— Não, não seria.

— Vamos deixar o que passou pra trás, Kat... Esquecer o passado seria perfeito, pois você está muito bem.

— Sim. A carreira vai bem.

— Não estou falando apenas profissionalmente. Quando perdemos as coisas é que damos valor a elas... – Gloss me esquadrinha da cabeça aos pés. — Você está muito bem em alguns aspectos mais interessantes.

— E você não mudou nada!

Dou-lhe as costas e continuo andando meio sem rumo, passando direto pela porta do estabelecimento de Greasy Sae.

— Ei, Katniss! – Peeta me chama e retrocedo alguns passos. — O que aquele cara fez pra você?

— Resumindo bem... Ele nasceu! – respondo, encolhendo os ombros, e Peeta dá um sorriso torto.

Greasy Sae nos recepciona na porta do restaurante e, antes que eu possa desviar para passar pelo vão livre, ela segura minha mão e minha chateação se desmancha quando recebo seu abraço apertado, daqueles que lembram carinho de avó quando sabe que seus netinhos não estão bem.

Ela me solta e abraça Peeta também.

— Meu querido, sua prima acabou de sair daqui. – Greasy Sae alisa o rosto bem desenhado dele.

— Sério? Vou ligar pra Delly. – Peeta procura o aparelho por seus bolsos, mas não o encontra. — Gostaria de apresentar você à ela, Katniss, mas meu celular ficou no carro.

Greasy Sae nos acomoda em uma boa mesa, prometendo voltar logo.

— Pode usar o meu celular para ligar pra sua prima. – Depois que nos sentamos, entrego meu telefone a ele, que tenta em vão falar com Delly.

— Ela não atende. – Peeta deixa o aparelho sobre a mesa. — É uma pena. Dell queria muito conhecer você.

— É mesmo? Por quê?

— Minha prima me contou que a convivência com você me deixou mais calmo. O efeito da Johanna sobre mim é o inverso. Como Delly diz, é preciso preparo emocional para lidar com minha noiva. Costumo brincar que ela é uma força da natureza. – Ele balança a cabeça. — Thresh não fica muito atrás. Parece um furacão.

— Thresh?

— Ora, Katniss! Vi vocês juntos – afirma Peeta, ajustando as mangas do casaco, com os olhos fervendo com uma forte emoção que não decifro o que é.

— Ah! Não! Ele é só meu amigo.

— Então, o flerte, a dança... O beijo...

— Aquilo era uma encenação para deixar certa pessoa com ciúme.

— E conseguiu! – exclama ele de modo veemente, mas logo depois pigarreia e disfarça, repetindo a frase em forma de pergunta. — E conseguiu?

— Talvez... Quero dizer, não sei. Aquele beijo não provocou ciúmes nem mesmo na namorada do Thresh.

— Namorada do Thresh? – O olhar de Peeta permanece fixo em mim por mais alguns segundos antes de ele limpar a garganta. — Isso muda tudo. – Peeta estende o braço e desliza os dedos pela minha testa, no lugar onde estava o curativo feito no hospital, e se demora nesse gesto. — Aquele acidente que você sofreu mudou tudo.

Engulo em seco, buscando em minha mente algumas frases sensatas para dizer, mas elas me fogem por completo. E ele acrescenta por nós dois:

— Acabei de conhecer você, Katniss. Não sei quase nada sobre sua família, seu passado ou seus planos. Mas posso descrever com precisão as adoráveis sardas do seu rosto e cada gota prateada dos seus olhos. Nas últimas semanas, eu tive os melhores momentos da minha vida. E eu devo isso a você. – Peeta segura minhas mãos e as palavras ainda me faltam. — Por favor, diga algo.

De repente, minhas costelas ficam estreitas demais para conterem o meu coração.

— Peeta, antes que você se case... – começo, mas não consigo avançar. Essa seria a chance de me declarar, porém não posso repetir o que tanto abomino que Gloss tenha feito comigo. Assim, reformulo a minha frase. — Você precisa saber que o homem que falou comigo lá fora é meu ex-noivo e ele foi a última pessoa com quem eu me relacionei, justamente porque ele me trocou por outra, às vésperas do nosso casamento. Então, eu insisto, você precisa conversar com a Johanna.

O pedido que faço não é garantia de que algo vai dar certo pra mim, pois tudo pode resultar de uma conversa entre Peeta e Johanna, principalmente se eu considerar que ambos convivem há anos e têm uma história juntos. Pode ser que se afastem, mas pode ser também que eles se acertem.

— Você deve estar pensando o pior de mim – supõe Peeta, apertando minhas mãos, porém sem olhar para o meu rosto. — Não posso culpá-la, pois não faz sentido levar adiante os preparativos do casamento e, mesmo com a data se aproximando, dizer tudo isso a você. Mas nada estava muito claro na minha cabeça e...

— Não precisa se justificar, Peeta.

— O que fiz não tem justificativa, eu sei. – Ele solta as minhas mãos e se levanta.

— Não quis dizer isso. – Eu me ergo também e minha pulsação desenfreada se descontrola ainda mais quando Peeta aproxima os lábios do meu ouvido.

— Não me odeie, por favor... Sei que estou agindo exatamente como seu ex-noivo, mas eu já estava decidido a falar com a Johanna – sussurra Peeta e fecho os olhos com o calor de seu hálito em minha orelha.

Ele se afasta um pouco até estar novamente diante de mim, tão perto que sinto sua respiração irregular tocar minha face. Abro os olhos e falta pouco para eliminar qualquer distância entre nós.

Sou tomada por uma coragem capaz de suplantar toda a minha prudência. Estou pronta para abrir meu coração, que parece ter se expandido ainda mais em meu peito, provocando a necessidade de aliviar essa pressão com palavras.

— Peeta, eu...

No entanto, não consigo terminar o que estava a ponto de dizer, pois meu telefone toca sobre a mesa. Na tela colorida, aparece o nome de Johanna.

Num choque de realidade, a razão cala a frase que a emoção quer que eu diga. Atendo o celular rapidamente.

— Alô? Johanna? – Eu me esforço inutilmente para disfarçar a culpa na voz.

Peeta abaixa o olhar e põe as mãos nos bolsos da calça.

— Katniss, não consegui entrar em contato com o Peeta. Preciso falar com ele com urgência.

— Aconteceu alguma coisa, Johanna?

Peeta arregala os olhos, expressando preocupação.

— Aconteceu algo maravilhoso e interessa a você também. Ao menos, em parte. – Ela toma fôlego para voltar a falar, tamanha é a sua excitação, e sinalizo para Peeta que não é nada tão terrível como temíamos. — Consegui me inscrever no evento que vai me garantir o Selo Ecológico de que estou precisando para expandir os negócios.

— Ah, que bom! Assim você vai conseguir mais uma certificação ambiental – comemoro com Johanna, falando pausadamente, com a única intenção de esclarecer para Peeta o motivo da ligação dela.

Ele sorri e o alívio ilumina sua face.

 Só há um problema. É no fim de semana em que está marcado o casamento. Então... Pode cancelar tudo.

Agora é a minha vez de arregalar os olhos.

— Cancelar o casamento?

O celular é tirado da minha mão no mesmo instante.

— Johanna, onde você está? – Peeta questiona transtornado. — Não saia daí, por favor. Estou chegando.

Ele passa as mãos em sua jaqueta e imagino que esteja em busca das chaves do carro. Pego o chaveiro que está sobre a mesa e estendo diante dos olhos dele, que rapidamente toma o objeto das minhas mãos e sai apressado, ainda demonstrando seu descontentamento ao telefone.

— Vamos tratar disso pessoalmente. Essa é a terceira vez, Johanna... Não mesmo! Isso não é algo com que eu tenha que estar acostumado.

Estou tão atordoada que, apenas quando ele sai do meu campo de visão, eu me dou conta de que levou o meu celular. 

No entanto, isso não é o pior. Ruim mesmo é perceber que ele me deixou aqui sozinha, achando que estou decepcionada com ele e, não sei ao certo, parecendo bastante decidido a salvar seu noivado.

Meu coração expandido volta a se encolher no canto dele, do jeito que deveria ter ficado desde quando descobri que Peeta não era um homem desimpedido.

— O que houve, Katniss? Por que o Peeta saiu daqui correndo desse jeito? – questiona a dona do restaurante.

— A Johanna cancelou o casamento. Acho que não vamos mais almoçar. Sinto muito, Greasy Sae.

— Eu não sinto. Espero que Peeta perceba que ele fica melhor sem a Johanna – declara ela de modo enfático.

— Ele saiu daqui tão determinado...

— Ele pode estar determinado a terminar tudo – pondera Greasy Sae.

— Não sei. Eu gostaria de acreditar nisso, mas... quando perdemos as coisas é que damos valor a elas

 


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Notas finais do capítulo

❤❤❤❤❤

E o suspense never ends...

Juro que tentei deixar tudo em paz nesse capítulo, tentei até fazer rolar um beijinho, mas não deu! 

Então, o final de toda essa expectativa acontecerá no próximo capítulo... Vou publicar logo, pode deixar!

Quem vocês acham que tem razão? Katniss ou Greasy Sae?

Mais uma vez agradeço o carinho e a paciência!❤

Beijos,

Isabela



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