Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 17
Ataque ao Imortal, Deidara II


Notas iniciais do capítulo

E chegou uma atualização com muitas emoções para vocês!!
Já adianto, preparem os corações! Que um dos mistérios já será revelado!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765700/chapter/17

Mais que merda Sai!, exclamei pela nossa ligação irritada com o branquelo. “Foi mal! Mais ele é muito convincente!”, apontou o motivo da sua falha.

Sasuke nos encarou estranho, ele não sabe da ligação? “Antes dela perder a voz, fez uma ligação conosco, onde poderia entrar em nossa mente e falar conosco e nós com ela”, Sai explicou e Sasuke acenou, como se tivesse entendido.

“Certo”, falei em Libras. “Como você pretende lutar contra bruxos?”, perguntei para Sasuke séria, pelos sinais. Então, ele me mostrou sua arma com um silenciador dizendo: “Bruxos não são a prova de balas, certo?”, perguntou.

“Acerte bem na cabeça, só para garantir”, Sai orientou. Soltei um suspiro e indiquei que Sasuke iria com Sai para eliminarem os bruxos e eu me dedicarei a Deidara, e quem aparecer em minha frente. Eles concordaram e nos separamos.

Era mais seguro assim, sem meus poderes de Autora, seria complicado proteger Sasuke e eu. Por isso, ele ir com Sai é mais seguro.

Subi as escadas para o segundo andar e continuei subindo para o terceiro, onde Deidara estava. Sasuke e Sai ficaram no segundo, cuidando dos que lá estavam.

Vindo em minha direção, havia dois bruxos classe alta. Eu não poderia deixar acontecer uma luta muito chamativa agora. Preciso lidar com eles silenciosamente e rápido. Retirei minha adaga e me posicionei entre duas colunas, me escondendo. Eu preciso ser rápida!

Eles estavam cada vez mais perto. Agora, quatro passos de distância. Uma conversa calorosa envolvia ambos, e eu me aproveitei do barulho deles para respirar lentamente.

Quando estavam a dois passos, concentrei meu chakra nas minhas pernas, aumentando minha velocidade. Parecia que tudo tinha parado, e enfiei minha adaga no coração de um, a tirando rapidamente e colocando no outro.

Ambos caíram mortos, e eu voltei ao meu caminho até o quarto do loiro. Pensando agora, ele é meio parecido com Ino. Balancei minha cabeça, ignorando pensamentos inúteis e voltei a me concentrar no que era importante.

Não tinha mais ninguém ali, além de Deidara. Nenhuma outra presença. Usei minha audição aguçada e ouvi o barulho do chuveiro. Lentamente, abri a porta não vendo ninguém no quarto e a porta da suíte dele aberta.

Senti a presença dele no banheiro e a passos calmos fui indo até lá. De repente, a presença sumiu e apareceu atrás de mim. Me desviei de um soco, mas não consegui desviar da bomba que ele jogou.

Tsc, Deidara era um mago irritante. “A arte é uma explosão, boneca!”, gritou rindo. A explosão foi de baixo nível, e não me machucou o bastante.

Me levantei, usando meu chakra para curar os ferimentos. “Sakura! Veio me parabenizar pelas minhas vitórias?”, perguntou sarcasticamente.

“Infelizmente, não”, disse em Libras. “Que pena, poderíamos nos divertir muito”, disse em falsa tristeza. Sorri e usei minha velocidade para acertar um ponto vital dele com minha adaga, e consegui.

Ele gemeu de dor. “Isso é pela bomba”, sinalizei. “Diga-me, você já viu o Madara?”, me perguntou após cuspir sangue. Tsc, ele queria fazer algum jogo psicológico.

O chutei não medindo minha força, por esse erro de cálculo ele se chocou com a parede a quebrando e caindo no jardim. Tsc.

Pulei dali pelo buraco da parede e ele já me esperava de pé e seu ferimento se fechando. Suas mãos estavam afundadas em uma bolsa que eu sabia que continha massinhas explosivas.

Era assim que ele usava seu chakra para criar bombas. “Então você o viu”, o loiro deduziu. “Estou tentando imaginar o quão feliz você deve ter ficado, mas não consigo. Isto é, se ainda o ama”.

Usei minha minha velocidade e o chutei. Dali, utilizamos nossas habilidades de artes marciais para lutar. Ambos somos bons na área, o que equilibrava a luta. Em um momento, ele jogou uma bomba, mas eu desviei e me teletransportei para evitar o impacto da explosão.

Isso alertou os outros bruxos que começaram a vir em nossa direção. Eles me cercaram, irados por eu atrapalhar sua noite. De repente, dois caíram, depois outro e outro.

E então, conforme os bruxos iam caindo, os de pé eram estraçalhados por um lobo negro enorme; aquele era Sai, em seu modo lycan.

Ao olhar ao redor, vi Sasuke ainda dentro da casa; em pé, impotente, mirando nos bruxos e os derrubando.

O moreno estava sério, seu olhar era de um atirador profissional. Frio, calculista e intimador. Sua áurea escureceu naquele momento; e ali, ele não era aquele Sasuke que tinha os olhos brincalhões.

“How! Esse cara…! Ele é igual ao Madara! Como?!”, Deidara estava incrédulo. Como eu não precisava me preocupar com os bruxos ao meu redor, voltei minha atenção ao loiro.

Olhar Sasuke daquela forma, foi como um dejá-vu. E eu não sei o por quê!

Deidara, ao me perceber próxima de si, jogou outra bomba; dessa vez, mais potente. Me teletransportei para longe e depois para perto dele novamente. Peguei da minha bolsinha uma cobra mecânica, versão miniatura, e coloquei na roupa de Deidara. Para ele não perceber a cobra, dei um soco; dando a entender que socá-lo era meu plano inicial.

Olhei de relance para o lugar onde Sasuke estava, e não o vi. Ele está bem? Pela minha distração, Deidara conseguiu se aproximar e colocar uma bomba em mim. Ela explodia pelo contato, logo ao ser posta em mim, ela detonou.

Senti meu peito queimar e gritei de dor. Deitada na grama do jardim, me encolhi pela dor e fechei meus olhos com força.

“O qu..?”, ouvi Deidara murmurar assustado e abri meus olhos para olhá-lo. Abri minha boca sem perceber em surpresa. Aquilo? O quê?

Deidara gritava enquanto tentava apagar o fogo negro que lhe cobria, mas o fogo não se extinguia. Ele gritava feitiços, mas nada funcionava.

Olhei ao redor para ver quem tinha feito aquilo com ele, mas no jardim só tinha Sai, matando alguns bruxos que ainda estavam vivos; eu, que ainda sentia dor e Sasuke, que tinha os olhos vermelhos, olhando fixamente para Deidara.

Ignorei minha dor, e caminhei até ele. Percebi, ao estar mais perto, que de um de seus olhos, escorria sangue.

Tentei chamá-lo, mas só resmungos saia da minha boca. Eu não tinha mais voz há muito tempo. E ali, quando corria até ele, tentando chamá-lo, eu queria ter uma voz novamente. Eu queria gritar com ele: Como fez isso?!

Finalmente, eu estava em sua frente. “Sasuke!”, sinalizei o sinal que tinha adquirido para ele. Ele desviou os olhos de Deidara, agora já morto, e me olhou. Seus olhos voltaram ao normal, ao negros que eu tanto amo.

“Você está bem?”, se aproximou verificando toda parte do meu corpo que ainda estava queimada. Ao ver o estado que eu estava, ele trincou o maxilar e olhou com ódio para Deidara.

“Sasuke!”, sinalizei outra vez e o puxei para me encarar. “Como você fez isso?”, perguntei em libras e ele me encarou confuso.

“Seu marido não contou?”, me perguntou sério. “Madara? Você o conhece?”, o perguntei. Ele suspirou profundamente e praguejou. “Sim, Sakura. Eu o conheço, ele é o meu tio”.

“Eu não sou seu tio, menino. Sou seu padrinho, respeito!”, Madara apareceu ali dizendo isso. Mais que porra?

oOo

Eu estava os encarando há um tempo. Ainda estávamos na casa de Deidara, eu já tinha curado meus ferimentos, e agora eu estava sentada no gramado da casa, rodeada de corpos dos bruxos, esperando eles abrirem a boca e me contar o que estava acontecendo.

“Certo, eu falo”, Sasuke quebrou o silêncio. “Mas antes, me perdoe Sakura”, ele falou e se aproximou de mim, ficando com seus olhos vermelhos novamente.

Eu estranhei, mas quando ele se agachou em minha frente e olhou fundo em meus olhos, memórias começaram a surgir em minha lembranças.

—*-

Eu estava no Egito, atrás de minha mãe. Eu estava em uma feira dos camponeses, e o vi. Era um moreno, alto, olhos negros e pele branca. Ele era igual a Madara!

—*-

Me assustei com aquela memória. E olhei para Sasuke, era ele na minha lembrança! Sasuke me encarava sério, e nada dizia da minha cara surpresa.

—*-

Eu estava em um baile, a filha do senhor daquelas terras iria  escolher um noivo para casar, por isso o baile. Meus acompanhantes eram Kiba e Sai, eles queriam disputar a mão da menina.

Me separei de ambos, e fui pegar algo para beber. Ali, vi o moreno novamente. Me aproximei, eu sabia que não era Madara, mas queria conhecer o homem.

“Olá, Milorde”, sorri sedutoramente a ele. O homem se virou para mim, e sorriu educado. “Milady”, me comprimentou. “Está desacompanhada?”, me perguntou.

—*-

Essas e outras lembranças surgiam sem parar em minha mente. Memórias de mais de duzentos anos atrás. Como Sasuke está nelas?

Ouvi Madara suspirar e o encarei. “Vocês se conheceram em Alexandria, séculos atrás. Você só se lembra de conhecer Itachi, mas é porque apagamos sua memória sobre ter conhecido Sasuke e só deixamos a parte do irmão dele”.

Eu já conheci Sasuke? Faz sentido pelas minhas novas lembranças que não paravam de chegar. Eu o conheci, intrigada com sua aparência igual a de Madara. Depois nos aproximamos, nos apaixonamos, e…

Franzi o cenho e tentei achar a memória do porque nos separamos, mas não achei. Minha cabeça começou a doer e Sasuke colocou os dois dedos na minha testa.

A dor passou. Eu me lembrei daquele toque, Sasuke tinha me ensinado. Aquilo significa o “amor”, de forma resumida.

Itachi passou para Sasuke, e ele passou para mim. “Se lembra de mim, Milady?”, me perguntou com a voz rouca e os olhos brilhando.

Acenei, ainda confusa com a situação. Sasuke sorriu, parecia aliviado. “Que bom, agora você deve descansar. Suas memórias estão voltando aos poucos e isso é cansativo”, me aconselhou.

Realmente, eu estava sentindo minhas forças se esgotando. Porém, não iria descansar agora. Eles me deviam explicações! Me lembrei que, Sasuke e eu também tínhamos que conversar. Agora, me parece que essa conversa nem importa mais.

“Vocês vão me explicar tudo, agora! Por que essas lembranças foram apagadas e como vocês se conhecem!”, sinalizei. Eu não sairia dali sem respostas.

“Certo”, Sasuke se levantou falando. “Madara quem criou meu irmão e eu, depois da morte de nossos pais. Quando te conheci, nunca imaginei que era a mulher de Madara”.

“Uma vez ele disse que era casado, mas o destino o separou da mulher que amava”, foi contando. Sasuke não me olhava, nem a Madara.

E eu nada comentava, apesar do choque já estar passando. Não sei o que estou sentindo agora. Uma ambiguidade me domina. A felicidade e a tristeza, a raiva e o amor, a mágoa e o perdão.

Eu amo ambos a minha frente, mas um é um amor antigo. Marcou minha vida, preencheu páginas e páginas da minha história e eu o amei com todo meu ser. Porém, assim como teve um início, essa história teve um fim.

“Ele nunca nos contou dessa mulher, mas sabíamos que ela existia”, voltou a dizer depois de uma pausa, decidindo como continuar.

“Em Alexandria, Madara não podia ser visto. Então, somente eu e Itachi fomos até lá”, me olhou ao dizer o nome do irmão. É mesmo, eu dormi com o irmão de Sasuke.

“Nos conhecemos e bem, uma bruxa apareceu”, deu outra pausa e Madara completou: “Sua mãe apareceu”.

Minha cabeça voltou a doer, mas tentei ao máximo não expressar a dor. Porém ambos os homens me conheciam o suficiente para deduzir que eu estava a mascarando.

“Ela lançou um feitiço em nós, para não ficarmos juntos”, finalmente Sasuke me contou. Ao dizer, memórias sobre o fato me veio a mente.

Minha mãe lançou um feitiço em nós. Era um feitiço forte, que envenena o coração de um, quando o outro se aproximava. A pessoa do coração envenenado sente uma dor insuportável, que pode levar a morte, quando a pessoa amada se aproxima.

Um feitiço cruel, digno de minha mãe. “Como...você consegue ficar perto de mim, sem sentir dor?”, perguntei a Sasuke. O coração dele foi envenenado, logo eu não podia me aproximar.

“A Akatsuki tinha uma cura”, Madara me contou. “Tentei fazer um acordo com eles, mas minha vida já está na palma da mão do Mestre”, comentou. Realmente, me lembrei de sua explicação sobre o feitiço da alma.

“Então, como Sasuke conseguiu ser curado?”, perguntei a eles. “Itachi se juntou a Akatsuki, como eles não sabiam da nossa ligação, não foi difícil meu irmão enganá-los”, Sasuke contou.

Suspirei fundo, tinha muita coisa acontecendo simultaneamente. “Então você foi curado”,  disse aliviada. “Me curei há cinquenta anos”, contou-me, dessa vez, olhando-me profundamente.

“E por que minhas memórias não voltaram antes?!”, sinalizei magoada. Sasuke se curou e não foi atrás de mim. Por quê?

“Você desapareceu Sakura, e quando eu finalmente encontrei você, eu via que você estava melhor sem mim, sem a preocupação de amar alguém que não era Madara Uchiha”, falou friamente, mas senti a mágoa em sua voz.

Sasuke entendia que eu só o amava, porque Madara estava “morto”. Ali, vi em seus olhos o medo pela minha escolha. E agora, eu compreendi ainda mais sua atitude na boate.

Eu sabia que ele estava com ciúmes por eu ver meu ex-marido, mas saber da verdade, que ele é igual ao meu ex, lhe faz pensar que é só alguém a ser substituído. Seu medo, eu percebi, era eu lhe deixar por Madara.

Olhei para Sasuke, e depois para Madara. Meu ex-marido não nos olhava, mas eu sabia que ele prestava atenção em tudo que dizíamos.

Me senti mal, me senti horrível. O que Madara estava sentindo agora? Ele estava me vendo com outro alguém. Me vendo amar outro alguém, e ainda estava nos ajudando?

Percebi, nas entrelinhas, que quando ele não conseguiu o acordo para conseguir o antídoto para Sasuke, ele ajudou a Itachi conseguir.

Ele ajudou a curar o coração de outro homem, possibilitando o nosso amor. Mas quão destruído está o seu?

Eu sabia que Sasuke esperava uma resposta diante da minha escolha. Entretanto, eu não podia fazer nada agora. Eu amava ambos, por isso eu sabia que ao magoar um, meu coração também se magoaria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uol! Que revelação!
Um mistério resolvido, mas o que a Sakura fará?! Vai escolher seu antigo amor, ou o novo?
~
Enquanto isso, mais mistérios a se resolverem... e uma guerra a lutar"
Se cuidem e até o próximo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.