Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 16
Ataque ao Imortal, Deidara


Notas iniciais do capítulo

Finalmente chegou a atualização! Ficaram ansiosos?
Neste capítulo tem uma parte da conversa de Sakura com Madara, mas ainda não é o suficiente para solucionar o misterio~SORRYYY

Bom, boa leitura e divirtam-se!



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Kakashi estava certo de nosso destino, e nada mudaria sua decisão. Tentei utilizar nossa história, tudo que passamos juntos, mas nada o fez voltar atrás.

Segundo ele, eu e Hinata, ultrapassamos todo e qualquer limite da vida. Era nossa penitência ficar ali, naquela caverna onde tudo aconteceu, até sermos merecedoras da liberdade.

Kakashi selou a caverna, nós não podíamos sair. E ninguém era louco o bastante para entrar.

Eu e Hinata passamos os primeiros dias sem trocar qualquer palavra, depois de meses isoladas, as primeiras palavras saíram. Logo, conversávamos e até mesmo ríamos, fazendo experimentos.

Ao longo dos anos, fizemos daquela caverna nosso lar. Criei riquezas com meu poder, e objetos, onde parte de minha magia se fazia presente.

Um dia, cansada da única presença de Hinata, e dos ratos, nosso alimento às vezes, criei um ser.

Eu não sabia que meu poder criava algo como aquilo, e naquele momento, pensei em que mais eu era capaz de fazer.

Chamei o ser de Gênio, e ele vivia em uma lâmpada. Para ser invocado, eu tinha que raspar minha mão três vezes na lâmpada, e ele aparecia.

O Gênio concedia desejos, presente meu a ele, então Hinata e eu sempre desejávamos comida, e sempre tentávamos escapar daquela caverna.

Mas o desejo de escapar, nem o Gênio era capaz de realizar. Um dia, desejamos companhia, e um homem invadiu a caverna e encontrou nosso Gênio.

Nós não nos importamos com a presença dele, até nos aproximamos, mas ele, cegado pelo desejo de poder, quis o Gênio e fez dois pedidos ao mesmo, que mesmo contrariado, o concedeu.

O homem partiu da caverna, e não houve nada que eu e Hinata poderíamos fazer. Meses depois, o Gênio apareceu para nós, junto de sua lâmpada e disse que tinha a saída para nos dar a liberdade.

Três dias depois, um casal apareceu na caverna, e a mulher, dizendo ser a Princesa de um Reino em guerra, foi a chave para nossa liberdade.

Eu a ajudei por anos, e depois parti. Eu tinha um carinho especial por aquele casal, então quando os dois firmaram seu amor, os presenteei com o Gênio.

oOo

Descobri que se passaram setenta anos desde que fui aprisionada com a ex-fada. Não diria que nos tornamos amigas, já que nos odiávamos ainda. Porém, sempre que uma queria um favor, nos ajudávamos.

Infelizmente, a culpa pelo meu erro de setenta anos atrás ainda me assombra, e eu não soube lidar com esse fantasma, sem ser errar mais.

O sentimento da culpa, o ódio pela morte de Madara e a saudade do mesmo, estavam me sufocando. Então, decidi me desfazer desses sentimentos antes que eu enlouquecesse, e foi assim que sobrevivi naquela caverna e fora dela, até agora.

Me desculpe pelo que eu me tornei Kakashi, mas a culpa pelo que sou hoje, é sua. Não deveria ter me abandonado, agora meus erros, são os seus.

Agradeço pelo carinho de Sai, Shino, Kiba, Kurenai e Asuma por terem me visitado algumas vezes, e por terem tentado me impedir de trilhar esse tão errado caminho.

Suas tentativas falharam, infelizmente, mas aprecio a tentativa. Agora, me despeço de todos, diga à minha família Kakashi, que os amo.

Também o amo Kakashi, sei que, assim como eu errei, você, tentando me corrigir, errou também.

Me perdoem, irei partir pois não sei viver em um mundo onde Madara não está nele. Então, decidi viver em outro.

Com amor,

Sakura Haruno.

*-----* Presente *-----*

Socos, gritos e a música eletrônica contagiavam o subsolo da boate. Deidara estava vencendo a noite toda, e as apostas iam subindo a cada novo desafiante.

Sasuke, ao meu lado, não desviava os olhos da gaiola. Ele era, realmente, um fã do Imortal. Revirei os olhos quando o vi segurar levemente a respiração quando o carinha que lutava com Deidara o prendeu em uma chave de braço.

Óbvio que o loiro escapou. Bebi mais um pouco da minha bebida, e me lembrei de uma parte da minha conversa com Madara.

Entramos em um hotel quatro estrelas, e fomos em direção ao quarto de meu não mais morto marido.

Ao entrarmos, Sai e eu ficamos perto da porta e Madara se encostou na janela do quarto, e passou a me observar.

“Você está assim por causa de seu namoro com Sasuke Uchiha?”, ele me perguntou seriamente. Fiquei surpresa por ele saber disso, e a única explicação que me veio á mente foi que ele estava em Konoha.

“Era você, todo esse tempo, era você que estava me prendendo em Konoha”, sinalizei irada com ele. Minha raiva piorou ao vê-lo concordar, caminhei até ele e o soquei.

Madara não desviou, e eu o soquei mais três vezes. “Querida, se continuar me socando, não terei como me explicar”, só então parei.

“Por que não veio falar comigo antes?”, sinalizei o indagando. Eu precisava saber o por que. “Se lembra daquele feitiço, o que me ‘matou’?”, me perguntou, sendo um pouco irônico no ‘matou’.

Concordei. Era óbvio que eu me lembrava. “Aquele feitiço não era para me matar, e sim aprisionar minha alma”, disse caminhando até a cômoda, onde tinha uma garrafa de vodca.

“Feitiço de aprisionamento? Como Hashirama conseguiu tal poder?”, Sai perguntou confuso. “Certo que o cara era forte, mas nesse nível?”, completou.

“É porque ele não conseguiu esse poder sozinho”, Madara respondeu sua pergunta. “Sua neta, Tsunade Senju, era uma menina ainda, e é uma Autora”.

Tsunade Senju, a mesma mulher que enfeitiçou Bee a atacar Naruto. Ela era uma Autora, como eu não percebi?

Assim que terminei minha conversa com Madara, avisei Kiba sobre a Senju. Até agora, a mesma ainda se encontra aprisionada. Mas por quê?

Ela pode fugir se quiser, se ela souber utilizar as brechas do poder de Autora. E também, por que atacar Naruto?

Ele é descendente de Hashirama, então é possível o loiro possuir o mesmo poder que o Senju? Por isso o ataque?

Encarei Naruto do outro lado da gaiola, e ele, como se sentisse meu olhar sobre si, me encarou também. Assim que fixou seu olhar em mim, o loiro sorriu. Aquele sorriso inocente.

Naquele momento eu percebi, ele nunca se tornaria o monstro que me tornei. Porque ele é mais forte do que eu, e sua luz, brilha mais do que a minha.

Sasuke passou seu braço por cima do meu ombro, e me deu um beijo na cabeça. “Você está bem?”, me perguntou sério. Só acenei, e encostei minha cabeça em seu peito. Eu realmente não queria o moreno irritado comigo, mas não podia explicar tudo agora, a missão é em primeiro lugar.

Depois daquele cara que desafiava Deidara, as lutas se encerraram com o loiro vencedor. Assim que ele saiu da gaiola em direção a área médica, eu me soltei de Sasuke e fui em direção a saída da parte de trás do subsolo, o lugar onde os lutadores utilizavam para sair.

Eles não podiam sair pelo elevador que para na boate, pois as pessoas desconfiariam. Então, o dono criou uma saída subterrânea, que sai nos fundos de um restaurante atrás da boate, do mesmo dono.

Ao contrário de mim, Sasuke seguiu Deidara até a área médico. Como parte do plano, Sasuke fingiria ser um dos enfermeiros do lugar. Já que ele é o Delegado, ele sabia fazer os primeiros socorros, e atenderia Deidara.

Naruto veio ao meu encontro, como parte do plano. Eu e ele iremos cuidar de Deidara aqui fora, Sai e Sasuke cuidarão das coisas lá dentro.

“Você está bem?”, o loiro me perguntou. Por que todos me perguntam isso? Suspirei fundo e acenei, sinalizando um sim. “Você está estranha, Sakura-chan. Eu te conheço, e sei que não é só sobre o motivo pelo qual o Teme está irritado com você”.

Olhei surpresa para ele. Pra quem mais a Hyuuga contou sobre Madara? Saco! “Não, tem muitas coisas em torno disso”, sinalizei e ele balançou a cabeça concordando.

“Vai dar tudo certo, Sakura-chan”, o loiro me disse sério. “Vai dar tudo certo”, repetiu. Só não sabia se era para mim, ou para ele.

Naruto esperou na porta da saída do subterrâneo, e eu fiquei escondida atrás de uma adega de vinhos, ocultando minha essência para não ser percebida.

Um tempo depois, Deidara passou por Naruto cambaleante, sinal que deu certo o soro que dei para Sasuke injetar no loiro. Sorri vendo Deidara se apoiar na parede do lado de fora da passagem.

Vi Naruto indo até Deidara, perguntando se o mesmo estava bem. O loiro acenou e saiu passando pela adega, do lado ao contrário do meu. Naruto olhou para mim, acenando como se dissesse: “O rastreador foi colocado no alvo”.

Saí, seguindo Deidara, em uma distância segura. Naruto vinha atrás de mim, com o coração acelerado e suando frio. Nada questionável para uma primeira missão, o problema era Deidara perceber.

Então, virei-me para o loiro, o parando. “O que foi Sakura-chan?”, me perguntou assim que o segurei pelo braço. “Você tem certeza que está preparado para isso?”, sinalizei o indagando.

Ele franziu o cenho, confuso. E depois, murchou um pouco a expressão, soltando um suspiro. “Não Sakura-chan, eu não...vou conseguir”, murmurou chateado.

Sorri para ele em conforto, e fiz o sinal “Tudo bem”. “Realmente, me desculpe, mas não posso matar uma pessoa”, explicou-me com os olhos brilhando em sua pureza.

“Certo. Volte para junto de Sasuke e proteja-o, Sai e eu cuidamos disso”, sinalizei o que o loiro tinha que fazer e lhe dei um abraço rápido antes de sair.

Continuei seguindo Deidara, e ele me levou até seu esconderijo junto de seu coven. No caminho, falei com Sai através da nossa ligação.

Como esperado, o coven de Deidara abrigava um total de cinquenta bruxos, desde os mais fracos, aos de alto escalão.

Repassei o plano novamente em minha cabeça, o adaptando para Sai e eu. Depois, o avisei como faríamos, e enfim, me infiltrei na mansão.

De guarda, tinham dois bruxos classe média. Usei um feitiço simples para os atrair para trás de uma árvore do jardim. Assim que ele vieram, usei minha adaga para matar o primeiro.

O segundo, percebendo a morte do parceiro, tentou fugir, mas usei minha velocidade e o matei. Silenciosamente, invadi a mansão pelos fundos, entrando na cozinha.

Não tinha ninguém ali, mas dava para ouvir os outros preocupados com Deidara na sala. Senti três pessoas se aproximarem, e me escondi atrás da porta. Assim que entraram, fechei a porta e enfiei minha adaga no peito de um, os outros dois logo perceberam e um tentou me socar, e o outro me chutar na altura do pescoço.

Me desviei dos dois e dei um mortal para trás, me afastando um pouco deles. Impedindo minha tentativa de se afastar, um tentou lançar um feitiço do estilo água, que transformava a água em uma espécie de chicote.

Ele tentou me acertar com ela, mas desviei. Usei minha velocidade para dar uma rasteira no que usava o chicote, e quando o outro tentou me atacar por trás, enfiei minha adaga em seu coração.

Logo, virei-me para o que restava e quebrei seu pescoço. Suspirei profundamente, mantendo meu ritmo cardíaco, qualquer alteração, avisaria imediatamente minha presença.

Tentei sentir se tinha mais alguém por perto, mas nada. Então, abri a porta lentamente e saí da cozinha. O corredor que levava ao andar de cima e a sala de estar, estava vazio. Usei minha audição e tinha cinco bruxos jogando poker a dois cômodos de distância.

Tentei me lembrar da planta da casa, para descobrir que cômodo que era. Visualizei mentalmente a planta, o térreo possui cinco cômodos, todos com aproximadamente cinco metros de distância.

O lugar onde os bruxos estavam era um escritório desocupado, aparentemente Deidara mudou seu escritório para o andar superior. Me lembrando do caminho, foi silenciosamente para a sala, parando na frente da porta.

De dentro da minha bolsa, tirei um vidrinho, um tubo, que continha um líquido amarelado. Pelas fresta da porta, joguei o tubo dentro da sala e segurei o trinco para ninguém sair.

O líquido era um experimento de um velho conhecido, Orochimaru, ele é um cientista considerado por mim, meio louco. Ele sempre me fornece novos meios de armas, totalmente desconhecidas.

Bom, não diria totalmente, já que ele vende no mercado negro. Ouvi uns passos leves atrás de mim, e preparei minha adaga para matar quem quer que fosse.

Assim que me virei para acertar a pessoa, reconheci a essência e parei minha adaga centímetros do pescoço de Sasuke.

“O que você faz aqui?!”, perguntei depois de guardar minha adaga no meu cinto. “Naruto está cuidando das coisas na boate, e eu vim com Sai”, disse tranquilamente apontando para o branquelo atrás de si, com um sorriso amarelo.


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Notas finais do capítulo

Ui, mais mistérios!
Acho que sou apaixonada por mistérios hehe então não resisto hahaha
Então me digam o que acharam, a opinião de vocês é muito importante para mim!!!
Bjss e se cuidem ♥



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