Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 18
Os dois amores da moeda


Notas iniciais do capítulo

Hey girls!!!! E boys???.....
Mais um capítulo para vocês se emocionarem! Digo que eu me emocionei muito ao escrever, sério! Em todos os momentos, me senti como a Sakura. Espero que ao lerem, vocês sintam o mesmo!
Boa leitura ^^



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Tínhamos chegado em Konoha há dois dias. Neste tempo, conversei com Madara e Sasuke somente o essencial: Olá! Como está?

Também falamos sobre nossos passos para acabar com essa guerra de uma vez. Ela estava muito fácil, estamos vencendo muito ultimamente. O que me leva a imaginar: o que o Mestre está planejando?

Desde que cheguei em Konoha, sinto algo estranho. Talvez seja pelos últimos acontecimentos, referente as descobertas sobre Madara e Sasuke. Talvez, um sinal do que está a vir.

“Você deveria falar com eles logo”, Gaara entrou no meu quarto dizendo o óbvio. Desviei meus olhos da mensagem de Neji e o encarei.

Suspirei fundo ao sinalizar: “Hoje não”. E voltei meus olhos ao celular, respondendo a mensagem do Hyuuga. “Sakura! Eu não suporto o mal humor dos dois! E ainda tem Naruto que não consegue ficar perto da Hinata!”, disse se jogando na minha cama.

“Resolva isso, que eu não posso mais suportar ver a Matsuri com medo”, continuou irritado. Ao citar o nome da morena, eu o olhei imediatamente sorrindo. Me levantei da poltrona que estava, indo sentar na minha cama ao lado do corpo do ruivo jogado.

“Não aguenta ver Matsuri com medo?”, sinalizei. Ele me olhou e olhou, até que sorriu juntamente comigo. “Eu acho que gosto dela boneca”, falou exatamente o que eu queria ouvir.

“Matsuri sempre quis viver um amor profundo, viva isso junto com ela”, aconselhei saindo do quarto. Tinha que falar com os Hyuuga´s.

oOo

“Então, o que descobriram?”, sinalizei ao dois a minha frente. Estávamos na floresta novamente, para falar do meu pedido á eles.

“Depois de descobrir que Madara está vivo, poderia simplesmente ter perguntado tudo á ele não?”, com o tom arrogante e irritado, Hinata me respondeu com outra pergunta.

“Ignore-a, ela e Naruto discutiram hoje de manhã”, Neji me contou. “Descobrimos que este livro foi criado a partir de uma cópia de um pergaminho de aproximadamente duzentos anos atrás”, começou a contar as descobertas.

“Konoha foi criada poucas décadas depois da criação da história, por uma Autora. O nome dela é Tsunade Senju”, foi interrompido por Hinata.

“Descobrimos que ela estava aprisionada na mansão e pedimos para Cee interrogá-la. Com isso, descobrimos que Madara criou o livro e junto com Tsunade, criou Konoha”, contou Hinata.

Ela pegou uma pasta preta em sua bolsa e me estendeu. “Os outros detalhes estão aqui, sei que adorará lê-los”, completou ao me entregar a pasta junto do livro. Olhei a capa do livro novamente, vendo eu e Madara no rio e o título “Contos”.

“Obrigada”, disse em libras. “Soube que está com o colar”, Hinata comentou com a voz mais calma. A olhei profundamente ao responder: “Sim”.

Ela sorriu de uma forma vazia, enquanto encarava as nuvens. “Ainda carrego a culpa pela nossa decisão, escolha bem como usar o colar novamente”, aconselhou-me e saiu, sendo seguida por Neji.

Encarei ambos caminharem lado a lado, a passos calmos. Hinata não reconstruiu seu clã, nem conseguiu suas asas de volta. Logo, não é tão forte como um dia foi. Sua segurança depende daquele que um dia a rejeitou da família.

Olhando agora, nós trilhamos caminhos que chegaram ao mesmo destino. Não somos fortes como antigamente e somos cercada por aqueles que vivem pela nossa segurança, mas um dia nos rejeitaram.

oOo

Dois atrás das árvores, quatro usando feitiço de invisibilidade e um caminhando silenciosamente em minha direção.

Quase não conseguia ouvir seus passos, mas ele estava perto já. Segurei firmemente minha adaga e quando meus instintos disseram para atacar, eu ataquei. Ouvi algo rasgar e soube que o atingi.

Ele não estava morto, mas como não senti sua presença por perto, estranhei. Os dois atrás das árvores saíram de sua posição, vindo correndo até a mim. Larguei minha adaga, usaria um feitiço.

Ao pronunciar as palavras mentalmente, as folhas das árvores começaram a dançar furiosamente ao nosso redor. Ouvi três gritarem, deduzi que tinham sido tocados pelas folhas. Esse feitiço permite que as plantas se tornem toxinas e ao ser tocado, os nutrientes do corpo humano passam para elas, levando a morte.

Senti o ar ser cortado em minha frente e saltei para trás, peguei outra adaga que tinha e ataquei o que estava a minha frente. Desta vez, ele me atingiu com um soco e um chute, mas consegui matá-lo.

Já respirava pesadamente, a venda em meus olhos me incomodava, mas fazia parte do treinamento. Faltavam três ainda. Saco!

Agachei-me para tatear o chão, em busca da outra adaga. Consegui achá-la exatamente na hora que senti um chute em minha coluna. Cuspi um pouco de sangue, assim que me apoiei no chão.

O homem me segurou pelo pescoço, apertando fortemente. Eu o ataquei com a adaga e o matei. Senti os outros dois vindo até mim, mas uma voz me fez parar de prestar a atenção.

“Sakura”, Sasuke gritou. Sua voz séria ecoou pelo campo, percebendo que as duas presenças se foram, tirei a venda.

Pisquei os olhos até me acostumar com a claridade daquele dia nublado. Sasuke caminhava com o rosto sério até mim. “Por que treinar assim?”, perguntou curioso.

Eu ainda não tinha o visto hoje, por isso fiquei admirando sua beleza, ignorando sua expressão. “Você não fez a barba”, sinalizei observando o fato. “Fica lindo assim também”, pontuei.

Ele arqueou uma sobrancelha e suspirou. “Treinar vendada aumenta minha percepção em uma luta”, expliquei. “Não se preocupe com esses ferimentos”, apontei para meu corpo ao terminar de sinalizar.

“Certo”, suspirou. “É uma boa forma de se aperfeiçoar”, comentou. Sorri levemente para ele e guardei minhas adagas no meu compartimento.

“Podemos conversar?”, me perguntou. “Ou ainda está me ignorando?”, me encarou profundamente. Dessa vez, eu que suspirei. “Desculpe, é que…”, fui dizendo, mas ele me interrompeu dizendo: “Você não sabe o que fazer”.

“Eu não estou mais confusa, pelo menos não referente ao fato de que já nos conhecemos. Minhas memórias voltaram por completo”, lhe contei. Percebi certo alívio em sua expressão e era compreensível.

Eu pedi para ele apagar minhas memórias por medo de eu me tornar o que fui antes. Sem Madara, eu fiz coisas terríveis. Quando encontrei Sasuke, eu achei uma forma de amar de novo e de algum jeito, pensei que era meu recomeço, que eu poderia deixar o passado no passado.

Descobrir que eu nunca mais poderia ficar com ele, doeu. Não tanto quanto a morte de Madara, mas doeu muito. Imagino o quanto doeu nele, apagar todas minhas lembranças de nós.

Eu fui egoísta. Sabia que Sasuke sofreria, mas me importei mais comigo. “Sinto muito”, sinalizei. Ele franziu o cenho e seus olhos se estreitaram. “Sinto muito ter esquecido de nós”, demonstrei pelo meu olhar meu arrependimento.

Eu esqueci dele. Esqueci que o amei, que o conheci. Esqueci da nossa história, por mais curta que tenha sido.

“Sinceramente”, suspirou profundamente. “Ainda não te perdoei por me esquecer, mesmo que eu tenha tirado suas memórias”, sua voz era baixa, mas em meus ouvidos, era como se ele gritasse.

“Ainda, depois de me esquecer, descubro que você era a tal mulher de Madara”, ele dizia irritado. Imagino o quanto ele deve ter segurado nessas semanas que estou em Konoha.

“Sinto muito”, pedi novamente. “Por mais irritado que eu esteja, eu te perdoo”, disse emburrado. Pela sua cara, percebi que ele não queria me perdoar tão cedo.

Aproximei-me dele rapidamente, roubando-lhe um selinho. Ele me encarou profundamente, como se quisesse ler minha alma. Então, ele segurou meu pescoço, me puxando para um beijo.

Existia a saudade, a raiva, a mágoa e o perdão naquele beijo. Porém, sobressaindo todos esses sentimentos, estava o amor.

Nos separamos por causa do ar. Ele me abraçou, apoiando seu queixo em minha cabeça. Pela minha audição e proximidade, ouvi seu coração batendo aceleradamente.

“Sakura”, me chamou, mas não se afastou. “Não me esqueça mais”, pediu e eu assenti.

oOo

Eu e minha família estávamos na sala de jantar, fazendo nossa refeição em conjunto. Sentia falta de Kakashi, Kiba, Tentan, Shion e os demais.

Observei Gaara e Sai trocarem farpas e Temari os xingar. A loira, óbvio, estava do lado do irmão nessa briga, mas o xingava igualmente.

Aparentemente, Gaara descobriu do caso de Ino e Sai e o ruivo estava puto da vida com o branquelo. Completamente compreensível sua irritação, o problema era Matsuri.

A morena estava cabisbaixa pela situação. Imagino que em sua cabeça ela pensava que o ruivo amava a loira. O que talvez não era o caso, ou talvez era.

Pelo visto, não sou a única em um triângulo amoroso. “Não acha Sakura?”, Temari perguntou. “Hn?”, murmurei e ela revirou os olhos.

“Os dois deveriam resolver essa briguinha em um duelo”, repetiu o que tinha dito empolgada. Tsc, um duelo? Fazia tempo que não via os dois duelando.

“Poupe energias em uma luta”, sinalizei abrindo um sorriso. “Vamos fazer uma competição”, sugeri com um sorriso divertido. Temari abriu um sorriso igual ao meu, Izuna se endireitou na cadeira interessado, Cee e Darui reviraram os olhos entediados e Matsuri trancou a respiração.

“Competição sobre o quê?”, os dois perguntaram juntos trocando olhares raivosos. “Quem ficar bêbado primeiro perde”, sinalizei animada. “Quem perder tem que realizar um desejo de quem venceu”, contei-lhe as regras.

Ambos aceitaram e eu e Temari fomos pegar todas as bebidas da mansão. Como um é um vampiro e bruxo e o outro é um lobisomem alpha, ambos demorarão até ficarem bêbados.

oOo

Acordei com meu celular apitando e uma dor de cabeça insuportável. Fiz um feitiço de cura e a dor sumiu. Verifiquei o barulho irritante do celular, e era uma mensagem de Madara.

“Podemos conversar?”

By: U.M

Joguei-me na cama novamente. Pensei um pouco e tomei coragem, confirmando a mensagem e marcando um local. Sasuke estará na delegacia, então não saberá que me encontrei com Madara.

Se bem que, ele com certeza sabe que tenho que conversar com meu ex-marido. Me arrumei e fui até o local do encontro. Era naquela árvore de cerejeira que nos encontraremos, a mesma da vez em que o ouvi me chamar.

Ao chegar lá, ele estava encostado na árvore, de olhos fechados. Seu casaco negro e seus cabelos compridos e também negros, faziam contraste com a neve e o rosa das flores.

Madara está tão lindo quanto o dia que o conheci. “Sakura”, me chamou ainda de olhos fechados. “Sasuke não vai gostar de saber que você fica babando por mim”, disse abrindo os olhos com um sorriso debochado.

Não o respondi, só me aproximei mais dele até estar perto o suficiente para abraçá-lo. Não tinha o abraçado há dois dias atrás quando o vi, nem quando conversamos no hotel, nem quando voltamos para Konoha.

O abracei fortemente e ele retribuiu. Me lembrei do dia em que morreu, onde eu abraçava seu corpo frio, sem vida. Em contrapartida, aqui estou eu, abraçada a seu corpo quente, sentindo seu coração bater.

“Eu não cheguei a terminar aquela frase, não é?”, perguntou sem esperar uma resposta. “Eu queria te pedir naquele momento em que sentia minha vida acabar, que você nunca deixasse de me amar”, contou.

—*-

“Eu vou na frente, mas por favor, não faça besteiras”, deu uma pausa para respirar profundamente. “E por favor querida…”, ele não terminou, começando a ficar assustado. “Sakura? Não consigo vê-la…”, ele estava ficando gelado

Eu o abracei, tentando esquentá-lo com meu corpo. Tentei enviar mais chakra. Não estava funcionando, ele estava morrendo. Meu Madara está morrendo.

“Sakura?”, o apertei mais forte, sua voz não passava de um sussurro. “Meu amor, eu te amo. E nunca vou parar de amá-lo. Nunca!”, ele sorriu e seu corpo esfriou por completo.

—*-

Eu comecei a chorar em seus braços, todas as lágrimas que derramei por séculos, chorei-as novamente. Ali, nos braços do motivo das minhas lágrimas, fui acalentada por tempos e tempos de dor.


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Notas finais do capítulo

O coração de vocês sofreu como o meu ao lerem esta última parte?
Bom, próximo capítulo tem mais!
A guerra chegando ao fim, assim como a fic! Aiaiai....
Até o próximo galera! Bjsss



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