Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 15
O Cálice Sagrado, parte II


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteeee!!!
Como foi o Natal de vocês? No meu, eu finalmente aprendi a jogar truco haha
Como prometido, aqui está o novo cap. de Contos,
Divirtam-se!!!



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Puxei a corda mais uma vez, ouvindo a outra bufar. “Suspirar tão demasiadamente forte não é apropriado para uma Milady”, comentei com a ex-fada.

“Da mesma forma, não é apropriado tornar uma herdeira do trono das fadas uma prisioneira!”, respondeu furiosamente.

Tsc, que irritante. “Milady não é mais uma fada, então não é mais herdeira do trono. Certo?”, perguntei não tendo uma resposta. Não que importasse, ouvi-la falar tiraria o restante de minha paciência.

oOo

Há três dias eu ataquei o Clã das Fadas, e há dois dias eu estou acompanhada de Hinata.

Ainda não decidi o que fazer com ela, de início a salvei para que seu sofrimento se perpetuasse. Não planejei o além.

“Há um feitiço antigo”, quebrou o silêncio em meio a densa floresta em que descansávamos. “Um feitiço forte o bastante para trazer um morto a vida”, completou.

Abri meus olhos para olhar-lhe, e ela me encarava determinada. “Espera mesmo que eu confie em você?”, a indaguei.

“Não”, respondeu de imediato. “Mas sei que você fará de tudo para voltar a ver aquele vampiro”, falou bocejando.

Seus olhos voltaram, um pouco, ao que era antes. O brilho sagaz e malicioso, adornando o rosto angelical da antiga fada. “E em troca, imagino que deseja suas asas novamente”, supus.

“Não”, respondeu-me. “Para ter Madara de volta, você precisa do poder de uma relíquia sagrada”, começou a explicar.

Eu não esperava algo de bom da proposta da Hyuuga, ainda mais pela sua resposta negativa a chance de ter suas asas novamente.

“Uma relíquia sagrada? Imagino que não seja só isso”, disse tomando um pouco de gim. “E não é”.

“É necessária a relíquia do cálice sagrado”, seus olhos brilhavam excitados pelo rumo da conversa. E era compreensível, ninguém nunca soube onde foi parar o Cálice Sagrado.

“O cálice não foi perdido, ele sempre esteve em nossa frente”, continuou a dizer. “Onde?”, perguntei.

“Nos humanos”, sorriu dizendo. Impossível! A encarei incrédula e seu sorriso aumentou.

“Com o cálice é possível trazer ele”, disse animadamente. Entretanto, conseguir o cálice não será simples. Se ele não está na forma material, terei que extrair dos humanos de sua atual forma.

“Sacrifício”, falou tirando-me de meus pensamentos. “Sacrificar os humanos é a única forma de trazer o cálice a forma original.”

Como imaginei, A Autora Primogênita transformou o Cálice Sagrado em sangue, dentro dos seres sem poderes.

“E o que você quer?”, perguntei seriamente. “O Cálice poderá me ajudar a restaurar meu clã”.

oOo

“Um...terço?”, murmurei desacreditada. “Isto é, praticamente o mundo”, Hinata encarava fixamente a bola de cristal, que mostrava imagens de toda Europa.

Em minha frente, estava um colar. Ele era de pedras como diamantes, pincelado em rubro. “Aqui”, peguei o colar acariciando-o. “Está a vida de um terço da Europa”.

“É o poder do Cálice, foi necessário um terço da população para suportar seu poder”, Hinata dizia enfeitiçada pelo fato.

Eu nada disse, estava tão encantada quanto ela. “Agora, posso trazê-lo à vida”.

*-----* Presente *-----*

Ainda está bravo?”, sinalizei o indagando. Em resposta, Sasuke suspirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, os bagunçando.

Não estou”, veio até a mim, me abraçando. Tentei murmurar algo, já que estava incapaz de sinalizar qualquer coisa, mas só saiu alguns grunhidos.

Neji foi útil, assim como você disse”, voltou a falar com o queixo apoiado na minha cabeça.

Quis dizer “eu avisei”, mas Sasuke ainda me abraçava, e eu não iria soltá-lo. “Hoje a noite terá uma luta”, continuou dizer. “Nós conseguimos as entradas”, murmurou longe.

Sasuke ainda está um pouco estranho, e eu não consigo imaginar um motivo. Tentei murmurar algo novamente e ele me soltou, me dando espaço para falar.

O que está havendo?”, perguntei o que tanto me incomodava. “Nada”, e então fomos interrompidos pelo toque do meu telefone, indicando uma mensagem.

“Sakura! Madara está aqui!!! COMO ELE ESTÁ VIVO?”

By: Sai.

Me afastei de Sasuke sem perceber. Madara está vivo? “Sakura, o que houve?”, Sasuke me perguntou preocupado. Eu guardei o celular no meu bolso do sobretudo, e o encarei.

“Sim, eu só...tenho que resolver algo. Encontro vocês na luta”, sinalizei saindo dali o mais rápido possível. Ouvi Sasuke me chamar, mas o ignorei.

oOo

Onde ele está?, perguntei para o Sai enquanto observava ao redor. “Sakura, você não me falou como ele está vivo”, o branquelo ignorou minha pergunta com uma afirmação.

Eu sei tanto quanto você, lombriga. Nós estávamos na praça central de Osaka, segundo Sai, ele tinha visto Madara em um restaurante e depois, o seguiu até aqui. Só que parece que Sai o perdeu de vista!

“Estão a minha procura?”, ouvi a mesma voz que me chamava na floresta, vindo de trás de nós. Senti meu coração se apertando e minha visão ser tomada por lágrimas.

Não tive coragem de me virar, mas percebi quando Sai o fez. E ouvi quando o mesmo ofegou, murmurando um: “Não acredito!”.

“Olá Sai, você fica melhor nas roupas dessa era, do que das outras”, ele disse com um leve tom de zombaria na fria voz. Madara era assim, não se esforçava muito para demonstrar o que sentia, só demonstrava suavemente.

“Não quer me ver querida?”, dessa vez, sua voz demonstrava carinho. Assim como me lembrava, ele só demonstrava seus sentimentos claramente para mim.

Então, com uma coragem que eu não sabia da onde tirei, me virei para vê-lo. Assim como Sai, eu ofeguei ao encará-lo. Era realmente ele. Era Madara, ali, em minha frente.

“Querida, você fica mais bela a cada dia que passa”, sorriu levemente enquanto dizia. Ele estava exatamente como eu me lembrava, os cabelos compridos e rebeldes; os olhos tão negros como a noite e a face madura, lhe dando um ar mais sedutor.

Quis chamá-lo, mas não tinha mais voz. Quis abraçá-lo, como tantas vezes me imaginei fazendo, mas não o fiz. Me imaginei fazendo tantas coisas quando o visse novamente, mas no momento nada parecia certo.

De uma forma estranha, Sasuke vinha à minha mente me impedindo de realizar todas essas coisas. E dessa vez, ao contrário das outras, eu comparei Madara com Sasuke.

Meu não mais falecido marido era mais baixo que Sasuke, era mais forte que Sasuke, era mais assustador que Sasuke e tinha a aura mais pesada que Sasuke.

“Soube que tirou-lhe a voz”, comentou se aproximando de mim. Ao estar perto de mais, acariciou minha bochecha. “Mesmo sem poder falar, sei que quer saber como estou vivo”, me encarou profundamente, e se afastou novamente.

“Queremos”, Sai falou me puxando para si. “Queremos saber o por que nos fez acreditar que estava morto por setecentos anos!”, disse indignado.

Madara suspirou fundo, e encarou um ponto atrás de nós. “A Akatsuki encontrou meu corpo e me ressuscitou. Adoraria explicar tudo aqui, mas podemos ir para outro lugar?”, sem esperar uma resposta saiu andando com as mãos no bolso de sua calça social.

Sem outra alternativa o seguimos, indo para um beco entre um restaurante e uma loja de antiguidades. Cinco homens nos seguiam, e não pareciam ser amigáveis. Sorri imaginando uma luta legal para me dar um choque de realidade.

Os caras nos cercaram e um deles tinha um sorriso cínico estampado na face. “Senhor Uchiha, é lastimável saber de sua traição perante a Akatsuki e é uma pena ter que matá-lo, e sua esposa.”

“Sinto que fui deixado de lado, e não gostei nenhum pouquinho”, Sai disse emburrado. Dois são seus e três são meus, o avisei pelo ligação, enquanto usava minha velocidade para ir atrás de um, e arrancar seu coração.

“Por que você fica com três? Isso é injustiça!”, o branquelo reclamou arrancando a cabeça de outro. O que tinha o sorriso cínico lançou um feitiço, que usava bolas de relâmpago, mas Madara usou uma espada estranha para defender o ataque.

Enquanto ele defendia, eu usei minha adaga para perfurar o coração do cara. “Não é o suficiente para matá-lo”, me avisou.

“Ela responderia a isso dizendo: ‘Será suficiente se estiver envenenada para matar até um dragão’”, Sai falou enquanto terminava com os outros dois.

Apontei para Sai e assenti, concordando com sua fala. “Não esperaria menos de você”, Madara comentou enquanto sua espada diminuía de tamanho, até ser suficiente para guardar em seu bolso.

“Imagino que você diria algo como: ‘Isso é muito legal, como fez isso?’”, Madara sorriu convencido ao falar. “Com toda certeza”, Sai o respondeu.

“Imaginei. Vamos, aqui ainda não é seguro e preciso explicar tudo á vocês”, comentou olhando os corpos no chão. Concordamos e o seguimos, no caminho mandei uma mensagem para Neji, o pedindo para cuidar daquilo.

oOo

O barulho ensurdecedor da música eletrônica contagiava todo ser dentro daquela boate, e até quem estava na rua. Me deixando ser contagiada também, fui dançando enquanto andava até um segurança, em um dos cantos do lugar.

Ele guardava um elevador, onde iria direto para o subsolo, ou para o segundo andar, depende da razão de cada um ao ir ali.

De qualquer jeito, não era qualquer pessoa que podia ir para esses dois lugares, você precisaria de um convite. Cada andar, um convite diferente.

O andar de cima da boate, abrigava um lugar especialmente criado para coisas ilícitas, como drogas, prostituição e até mesmo para mafiosos resolveram alguma pendência.

O subsolo, também ilegal, abrigava as apostas e lutas, e era ali onde aconteceria a luta de Deidara.

Ao mostrar para o segurança uma tatuagem removível, que era o convite, minha passagem foi liberada. Os outros já se encontravam lá, eu me atrasei devido a conversa com Madara.

Ao me lembrar do que ele disse, fiquei mais desconfiada com as ações estranhas de Sasuke. Também, fiquei ainda mais indignada com Madara pelas suas ações em Konoha. Em vez de fazer joguinhos, não era mais prático se mostrar de uma vez?

Encontrei Sai no balcão de bebidas e fui até ele, fazendo sinal pro garçom me dar o mesmo que ele estava bebendo.

“Quando foi que nossas vidas se tornaram essa loucura?”, me perguntou assim que parei ao seu lado. Quando vocês se transformaram em humanos.

O garçom me entregou minha bebida e tomei um pouco dela enquanto me encostava no balcão. “Na verdade, acho que foi quando você trouxe uma sereia para nossa realidade”, rebateu minha resposta.

Talvez, respondi e saí dali com minha bebida em mãos. Me misturei no meio da multidão em volta do ringue, e fui abrindo espaço até chegar perto da área médica, totalmente necessária devido ao estado em que os lutadores saem daquela gaiola.

Sasuke estava encostado na parede, observando a multidão. Quando me viu, eu virei o foco de seus olhares, e eles não me pareciam tão felizes.

“Me desculpe”,  sinalizei pedindo assim que cheguei até ele. Sasuke nada disse, só assentiu. “Hinata disse que você se encontrou com seu ex-marido”, cruzou os braços e me olhou profundamente.

“E eu não sei o que foi pior, saber que você não me contou sobre seu ex-marido, ou que seu ex é igual a mim”, disse irritado e magoado.

“Eu sei”, me aproximei mais dele. “Eu só..não sabia qual seria sua reação”, fiquei a um palmo de distância do Uchiha. “E eu não quero te perder”, completei.

Ele ainda me encarava do mesmo jeito, e o medo de perdê-lo aumentou. Não menti em nenhum momento, eu não quero perdê-lo.

“Senhoras e senhores! A luta mais esperada da noite…..Deidara versus Mirion! Será que o vencedor de três anos consecutivos de MMA, Mirion consegue vencer o bicampeão de jiu-jitsu, Deidara?”, o apresentador da luta deu início ao matadouro.

“Conversamos depois?”, o perguntei e ele assentiu. Agora, devemos nos concentrar em nossa missão, que começa agora.

*----* Passado *-----*

Não deu certo. Ele não voltou a vida, isso foi inútil! Olhei para Hinata com todo meu ódio. “Você…”, a prendi pelo pescoço na parede da caverna. “Me enganou”, apertei seu pescoço.

“Eu não...te...enganei”, respondeu com dificuldade. Ela me chutou na altura do estômago, e eu fui lançada à direção contrária da caverna.

“Não!?”, usei minha velocidade e a soquei nas costelas. “Então cadê ele!?”, ela cuspiu sangue, e tentou se endireitar novamente.

“Eu não sei!”, gritou. Fechei meu punho e soquei a parede daquela fria caverna. Cadê você, meu amor?

“Sakura! Deu certo?”, Sai e Shino entraram no recinto, me indagando. Neguei e corri para os braços deles. “Ele não voltou”, disse em meio a um soluço.

Shino foi em direção da ex-fada, e deu seu sangue para curá-la. “O que fazemos agora?”, Shino perguntou.

“Metade do mundo foi sacrificado em vão”, Sai sussurrou assustado. A culpa me abateu, milhões foram assassinados por nada. E eu perdi a confiança de Kakashi por nada!

Como se fosse uma invocação, o albino entrou pela fenda da caverna, com as mãos nas costas, o rosto sério, e as vestes sujas de sangue.

Me separei de Sai e caminhei até ele lentamente. “Pelo visto, seu plano não se concretizou, Minha Lady”.

“Ele não voltou”, murmurei. Kakashi suspirou fundo, fechando os olhos. Eu sabia que ele estava decepcionado comigo.

“Ambas fizeram algo inaceitável, agora devem pagar por tal pecado”, Kakashi decretou.


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Notas finais do capítulo

Wow!! Madara estava vivo???? Fila duma linda Uchiha! Pq n se mostrou qndo reviveeeeuuu
E ai, gostaram? Amaram? Odiaram? Pff, me digam para eu saber como está indo....
Outra coisa que queria perguntar para vocês, leriam essa fanfic?
“Para muitos, uma lenda para assustar as crianças. Para outros, uma cruel realidade. Depois de setecentos anos selados, os monstros que abrigava a ilha North, são despertados novamente. Agora, cabe ao pirata Capitão Uchiha e sua tripulação, juntamente com um ex-General do Reino, Uzumaki Naruto, e uma ex-assassina, Haruno Sakura, a salvação dos Sete Reinos.”

Pf, me digam......!!!!

Bjoss e até o prox. !!!



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