Contos escrita por Munhoz B


Capítulo 14
O Cálice Sagrado, parte I


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu.............................Euuuuu
Demorei muito? Espero que não tenham desistido de Contos...
Sinto muito a demora galera, mas é que eu voltei a trabalhar, ai complicou um pouquinho as postagens
Masssss, não desisti e aqui está o cap.
Boa leitura^^



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“Ela’ uma vez, uma 'picesa’ chamada ‘Banca’ de Neve. Mama! A 'picesa’ chama Neve!”, uma menininha exclamou animada a sua mãe, quando leu o trecho do livro.

“Sim querida! A Branca de Neve é uma princesa muito corajosa!” Explicou e corrigiu a filha suavemente.

Um sorriso automaticamente se fez em meu rosto ao ouvir o apelido da minha amiga. Shion, como é conhecida atualmente, veio para esse mundo séculos atrás, quando eu li seu conto.

Ao se transformar em lycan e conviver em um novo mundo, sua antiga vida ficou para trás. Agora, sua história só é conhecida pela metade, e não passa de fábula para crianças ouvirem antes de dormir.

Parei de prestar atenção na mãe e na filha, ao ver Matsuri adentrar a livraria. “Sakura, preciso de ajuda!”.

“O que houve?”, sinalizei a indagando. “Gaara…”, a interrompi perguntando: “O que aconteceu com ele?”. Droga Gaara, o que você fez?!

“Ele me beijou” disse Matsuri vermelha.

oOo

Entrei na delegacia sendo o alvo dos olhares e cochichos. Sorri e acenei para aquele cara que eu encontrei com Karin, e o mesmo veio até mim.

“Sabia que vocês estavam namorando! Só a Karin ainda tinha esperança.” Comentou a última parte diminuindo a empolgação. Ele gosta dela?

“Venha Sakura-chan, o Capitão está a sua espera”, comentou segurando minha mão e saiu me puxando em direção a sala de Sasuke.

Quando paramos na frente da sala, ele se aproximou, “Ele está um pouquinho irritado hoje, você poderia nos salvar acalmando ele?”, me implorou.

Acenei para ele e a porta foi aberta pelo assunto da conversa. Sasuke encarou o azulado próximo de mim com uma cara nada agradável.

“Calma, calma chefinho! Só estava pedindo para a chefinha tirar esse seu mal humor”, falou totalmente despreocupado com os olhares do Uchiha.

“Suigetsu…”, Sasuke começou a dizer, mas o outro saiu correndo dali. Logo, eu fui o alvo daqueles olhos negros.

“Ele é engraçado”, comentei adentrando sua sala. “Eu não acho”, suspirou fundo depois da fala. O observei e vi que além de irritado, ele estava cansado e preocupado.

Me aproximei dele e lhe dei um selinho, que passou para um beijo um pouco mais ousado. Me separei dele assim que precisamos de ar.

Sentei em sua mesa cheia de papéis espalhados, e coloquei o almoço que trouxe para ele no canto da mesa, completamente longe dos papéis. Vai que eu derrubo a comida em cima.

“Então, o que houve?”, sinalizei. Ele suspirou de novo, bagunçando os cabelos. “Hinata voltou”, soltou a bomba.

“Voltou? Por quê?”, perguntei tentando disfarçar minha empolgação, e me demonstrar preocupada.

Sasuke me encarou estranhando um pouco a forma apressada com que perguntei, mas me respondeu. “Eu não sei ao certo, mas parece que ela 'sentiu’ que algo tinha acontecido”, debochou um pouco ao me contar.

“E como Naruto está?”, perguntei vendo ele se sentar na cadeira e sentei de lado em sua mesa. “Nervoso, eu acho. Desde que ele se transformou, é difícil saber seus sentimentos.”

“Mais e você? Está melhor?”, perguntou me analisando com o olhar. Kakashi tinha ido atrás do mesmo ontem, e Sasuke passou a noite comigo.

Minha preocupação pela amizade do loiro e o Uchiha não passou, mas eu sei que Naruto não seria capaz de machucar o amigo. Pelo menos eu espero, não quero ter que matá-lo.

“Estou, eu só estava um pouco fraca. Muita coisa acontecendo”, o respondi. “A guerra não é?”, me perguntou e eu só assenti. “Naruto comentou comigo. Estou monitorando a cidade e ao redor, qualquer coisa suspeita eu aviso”, o encarei não acreditando no que falou.

“Sasuke! É perigoso”, sinalizei irritada. “Já disse que meu dever é proteger a cidade, mesmo sendo de algo não humano”, disse calmo, porém com total firmeza na voz.

“Certo”, concordei. “Você protege a cidade e eu protejo você”, sinalizei sorrindo e me levantei, indo até ele o beijando. “Agora, coma”.

oOo

“Imaginei que estaria aqui”, a voz melódica da princesa das fadas quebrou o silêncio que envolvia a floresta. Virei-me para observá-la, e como sempre, ela estava acompanhada de seu fiel servo: Neji Hyuuga, seu primo.

“Devo confessar Hyuuga, fiquei muito surpresa ao descobrir que você era a noiva de Naruto”, sinalizei. “Ex-noiva, desculpe-me alteza”, me corrigi debochadamente.

Ela riu. Quem via de fora, acharia um riso doce. Como se aquela mulher fosse tão pura que nunca seria maculada. Porém, não era assim. Oh, não. Hinata Hyuuga, definitivamente, não era pura. Diria que sua alma era completamente corrompida. Todavia, sem julgamentos.

“Quando vi que estava em Konoha, eu fui embora. Sabia que se você soubesse sobre Naruto, o mataria”, disse séria. É por isso que não julgo, minha alma está tão podre quanto a dela. “Imagina a minha surpresa ao sentir que você o trouxe ao nosso mundo. E pior, o fez parte da sua família”.

“Por mais que eu adoraria destruir seu relacionamento com um humano, não posso ficar com os créditos”, a respondi. Hinata me encarou como se não acreditasse em mim, não que a crença dela mude algo. “Você é livre para ficar em Konoha”, comecei.

“Porém, qualquer movimento suspeito será fatal para você”, completei. “Você...está me deixando ficar aqui?”, perguntou.“Em troca do quê?”, Neji me perguntou sério, ignorando a prima. Sorri em resposta e fui caminhando até eles. Ao estar próxima, estendi o livro que peguei da casa de Ino.

“Eu quero saber quem escreveu esse livro, onde ela está e o por que de ter escrito”. Antes de sair dali, sabendo que ambos os Hyuuga's cuidaram do meu pedido, olhei mais uma vez para a capa do livro.

O título era “Contos”, e tinha um casal boiando em um lago. A mulher, que tinha cabelos rosados como os meus, compridos e espalhados pela água, abraçava o homem deitado sobre sua barriga.

A mulher, claramente era eu, e o homem, era Madara.

oOo

Estávamos reunidos na sala de reuniões, discutindo nosso próximo ataque. E, pela primeira vez, Sasuke e Naruto participavam da discussão. Eu, obviamente, era contra os dois estarem ali. Porém, Sai e Gaara decidiram se juntar contra minha pessoa e me convenceram a deixá-los participar da missão.

“Então, Gaara, Temari e Izuna vão atacar Kakuzo na Street of Hell, em Tokyo. E eu, Sakura, Naruto e Sasuke vamos ir contra Deidara, em Osaka”, disse Sai.

“Eu estou louco para acabar com Kakuzo na corrida”, se empolgou Gaara. A Street of Hell, é uma das corridas de rua mais perigosas do mundo.

E pelo fato de nunca ocorrer na mesma cidade, ou País, as autoridades nunca tem sucesso ao tentar acabar com ela. E também, tem o fato que um dos organizadores do evento é um vampiro e um dos generais do mestre.

“Eu não acredito que O Imortal é um bruxo!”, exclamou Naruto indignado. O cara que ele está falando é Deidara, o outro general. Deidara é um dos lutadores de boxe mais conhecido do mundo, também participa de várias lutas livres, que são ilegais.

Aparentemente, O Imortal é um dos ídolos do loiro. E, pela cara de Sasuke, é o dele também.

“Temos mesmo que matá-lo Sakura-chan?”, me perguntou Naruto esperançoso. Eu somente assenti. “É ele ou nós Naruto”, Sai o respondeu.

“Nós saímos amanhã ao amanhecer”, declarei, não aceitando objeções. “A segurança da cidade está nas mãos de Shino, Matsuri, Cee, Shino e Darui”. Os cinco assentiram, e então a reunião se deu por encerrada.

Cee e Darui são membros do clã de vampiros, onde Gaara comanda. Darui é o braço direito do ruivo, e Cee, bem, eu diria que ele é o “faxineiro” do mesmo.

“Sakura”, Sasuke me chamou baixinho. Me aproximei mais dele e então continuou: “Posso falar em particular?”.

Eu concordei e saímos da sala de reunião, indo em direção ao meu quarto. O caminho foi em silêncio, e ao chegar no meu quarto, Sasuke parecia longe.

Ele caminhou em direção a sacada e ficou encarando a paisagem da cidadezinha. Não o questionei, só fiquei ali, o observando; esperei seu tempo, para o que quer que seja.

“Faz muito tempo desde que deixei Konoha, ainda me lembro do ocorrido como se fosse ontem”, quebrou o silêncio depois de um tempo.

Automaticamente, pensei da vez em que me encontrei com Itachi. Será que Sasuke também estava lá? Não, eu me lembraria. Definitivamente, eu me lembraria.

Minha cabeça começou a doer, levei minhas mãos a ela, massageando. Porém, a dor não passou.

Senti Sasuke próximo de mim, ele me olhava preocupado, e também, com...medo?

“Calma, venha. Deite-se um pouco”, com a voz suave me direcionou a cama, me deitando. Ele também deitou, e eu pousei minha cabeça em seu tórax.

“Desculpe-me”, pediu baixinho. Tentei me levantar para encará-lo, mas a dor piorou. Como uma forma de ajudar, eu acho, Sasuke começou a acariciar meus cabelos.

“Vai ficar tudo bem, cuore”, disse calmo. Aos poucos, senti a dor indo embora. Continuei ali, com Sasuke acariciando meus cabelos, e sentindo seu coração bater. Eu o abracei mais forte, e senti meu rosto molhar. Por Deus, eu o amo. Não posso perdê-lo.

Meu coração ardia, e guardei esse momento nele. Vou protegê-lo, custe o que custar.

oOo

Já estava tudo certo, Matsuri cuidaria da livraria, já que Shizune ainda está presa. Suigetsu ficaria no lugar de Sasuke na delegacia, e Darui, Shino, Gaara e Cee cuidarão do restante.

Me despedi de todos e embarquei no meu jatinho. Sasuke e Naruto já estavam lá e já tinham se despedido dos amigos e familiares. Sentei ao lado de Sasuke, lhe dando um selinho e encarei Naruto em nossa frente. O loiro estava irritado, encarando o nada além da janela.

“Ela tinha mesmo que vir junto?”, Sasuke me perguntou. Encarei o motivo da irritação de Sasuke e a dispersão do loiro, e ela estava “concentrada” lendo um livro.

Neji estava ao seu lado, mexendo em algo em seu tablet. Com certeza era sobre o meu pedido a eles.

“Sinto muito, mas Hinata será útil nessa missão”, sinalizei para ele, mas percebi o loiro prestando atenção também. Quando ele viu que eu o olhava, virou a cara para a janela novamente, fazendo um bico com os lábios. Claramente uma criança.

“Eu não acredito que vocês se conhecem”, disse Sasuke irritado. Tsc, ter o loiro e o moreno irritados está além de meus limites.

“E eu não acredito que a ex-noiva de Naruto é a Hinata!”, sinalizei disfarçando. Quando Naruto me contou sobre seu término, eu comecei a suspeitar que era a Hyuuga. Senti Hinata me encarar, mas mantive meu olhar nos negros de Sasuke.

“Certo”, disse e passou o braço por meus ombros e me deu um selinho. Dei-lhe um sorriso, e me encostei em seu peito.

“Próxima parada, Osaka. 'Bora chutar umas bundas, imbecis”, a voz de Sai surgiu no auto-falante do jatinho. Tsc, ele está muito animadinho.

Sai... você dormiu com a Ino? Perguntei pela ligação. Ouvi ele rir e então me respondeu, “Foi uma delícia coisa rosa”. Soltei um suspiro, por que Sai adora irritar Gaara?

oOo

Tínhamos chegado em Osaka há duas horas. Naruto estava ignorando Hinata e seu suposto namorado, segundo o loiro, Neji.

Estávamos em um hotel onde o dono trabalha para mim. O conheci há trezentos anos atrás, eu acho. Eu tinha o salvado de uns piratas e desde então, ele jura fidelidade a mim.

Vou sair e conseguir algumas informações”, disse Sasuke colocando uma jaqueta de couro. “Leve Neji junto, ele conhece tudo sobre os esquemas de Deidara”, pedi.

“Quer que o amante da ex do Naruto venha comigo?”, perguntou sério, logo após suspirar.

Concordei e caminhei até ele. “Neji não é o amante dela, e ele é confiável. Pode te ajudar a ter informações”, expliquei e ele concordou.

“Vocês vão se dar bem, vai ver”, sinalizei e lhe dei um selinho. Sasuke saiu murmurando um “dúvido”.

Quando o moreno saiu, mandei uma mensagem para o Hyuuga. Sasuke está estranho desde que saímos de Konoha.

*----*

Eu tinha atacado o Clã das Fadas. Shino tinha conseguido informações de que o clã auxiliou Hashirama na guerra, então eles tinham que pagar, e pagaram.

Então, por que me sinto assim? Por que não foi o suficiente? Madara, meu amor, me ajuda!

Senti alguém se aproximar, então abri meus olhos procurando quem era. Não me levantei da árvore em que estava encostada, só observei ao redor.

Eu estava cercada de árvores e arbustos, era impossível ver o azul celeste. Em pé, completamente suja de sangue e um negro das chamas, estava aquela que eu mais odiava, Hinata Hyuuga, princesa herdeira das fadas.

Ela me encarava sem piscar, sem o brilho sagaz e malicioso nos olhos. Ela estava destruída, e eu também. De alguma forma, me senti bem. Ela sentia o que eu sentia, e ainda sinto, ao perder meu marido.

Hinata caiu prostrada ao chão, em minha frente. Certo, ela estava a, mais ou menos, três metros de distância. Mais meu orgulho insiste que é em minha frente.

Ela tossiu sangue, e continuei a observar. Uma parte de mim sentiu pena, mas logo afastei o sentimento, Hinata não merece minha pena.

Porém, não posso deixá-la ali, daquela forma, ela vai morrer. Não é justo, por que seu sofrimento acabaria tão logo?

Enfim me levantei, e me aproximei dela. Pela minha audição, percebi que a mesma estava em seus últimos suspiros.

Pensei mais uma vez no que eu iria fazer. E, por fim, tive minha certeza: Eu a salvaria.

oOo

Já tinha anoitecido, e eu não conseguia observar a luz das estrelas e da lua, por causa das árvores. Hinata ainda estava desacordada, e eu não sabia quando a mesma despertaria.

Tenho que sair daqui logo, não sei quem está atrás de mim. Talvez o mascote das fadas, Neji. Ou então, Hiiro, futuro noivo da Hyuuga.

Ouvi um ofegar, e então a fada acordou com um grito. Rapidamente eu estava ao seu lado e tampei sua boca para abafar o som.

“O que…? Eu...estou viva?”, divagava perdida. “Para sua infelicidade, sim”, a respondi.

Me encarou assustada e com ódio, mas não me importei. “Por sua causa, eu perdi minhas asas!”, acusou-me. “Por sua causa, eu perdi meu marido”, rebati.


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Notas finais do capítulo

cuore = coração em italiano
E não é que as duas se conheciam mesmo hahah
Então amores, gostaram?
Terça, ou quarta, eu postarei o próximo como um presente de Natal para vocês! Então, não percam as emoções do próximo capítulo!!!
~Surpresas chegando.....
Até o próximo amores, se cuidem !



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