One Heart! escrita por Honey Moon


Capítulo 11
- Um Akuma?!


Notas iniciais do capítulo

Boa leituraaaaaaaaa! :*



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Sou arrancada dos braços do Adrien e arrastada até o banheiro.

— O que era aquilo? - Alya me interroga com os olhos esbugalhados.

— O que eu fiz ... - Coloco minhas mãos nas minhas bochechas apertando-as com força.

— Não me leve a mal amiga, eu acho muito bom que você finalmente tenha dito que gosta dele mas, se agarrar com ele no mesmo local onde a noiva está, é suicídio! - Nesse momento uma das portas do reservado abre e sai uma ruiva conhecida de pernas longas. Ela caminha lentamente para a pia. Quando Alya e eu estamos indo em direção a porta de fininho ela fala:

— Sabe Marianna, eu gostei muito da sua coleção, o que acha de fazer uma opção de vestido de noiva pra mim? - Ela me encara pelo espelho dando um sorriso de lado.

— Eu nunca desenhei um vestido de noiva antes ... - Ela me corta.

— Seria muito especial pra mim, especialmente para o Adrien. - Ela caminha até a porta e ao passar por mim, escuto - Sei que vai se sair bem. - E ela sai pela porta e eu procuro minha melhor amiga que agora balança a cabeça em sinal negativo.

— Ain, Marinette, você se mete em cada uma! Porque não disse não?! - Alya coloca as mãos na cintura e me encara - Dizer não é muito mais fácil do que dizer sim!

— Eu não sei, eu só ... estou confusa ... - Ela suspira e antes que possa sair pela porta eu puxo seu braço - Alya, tem como gostar de duas pessoas ao mesmo tempo? - Ela ajeita uma mexa do meu cabelo que fugiu do prendedor.

— Não, amor é um só. - Ela suspira novamente - Marinette, está em duvida se gosta ou não do Adrien? Você foi louca a vida toda por ele ... Mas ... O Luka sempre foi louco por você. Desde o inicio! Por quem você é de verdade. Pense nisso ... - Ela sai do banheiro e eu encaro meu reflexo no espelho, eu não estava falando do Luka. Mas como ela poderia saber? Aliso meu rabo de cavalo e retoco meu batom. Vou pegar minha bolsa e vou embora. Acho que já deu por hoje. Ao sair do banheiro, Luka está me esperando com a minha bolsa e um capacete na mão.

—Vamos? - Ele sorri ao me estender o capacete.

— Não precisa ficar até fechar? 

— Hoje não, não deixaria você sair sozinha por ai. - Concordo com um gesto de cabeça e vamos embora.

 

—-

 

Luka faz o caminho mais longo e ao parar na frente do meu prédio desço tão rápido da moto que fico tonta. 

— Ta tudo bem? Não conseguimos ficar muito tempo juntos hoje ... - Ele fixa seus olhos azuis em mim.

— Hmm ... foi mesmo - Entrego o capacete a ele.

— Aceita sair comigo, um dia desses? - Sua voz melodiosa treme um pouco. A voz da minha melhor amiga parece um papagaio na minha cabeça falando que ele sempre gostou de mim. Esse garoto maravilhoso sempre gostou de mim.

— Sim - Adrien está noivo e eu nunca vou poder saber a identidade do Chat Noir. Eu preciso dar uma chance ao Luka - Claro...

O sorriso do garoto de cabelos azuis ao se despedir de mim me faz respirar fundo e me sentir até um pouco, mal. O que é isso .... ? Medo?

Subo e tomo um banho, fico de olho na janela por quase uma hora.Chat Noir não apareceu essa noite. O que me faz ficar toda hora acordando esperando vê-lo ao meu lado na cama. Esses pensamentos me irritam.

 

—-

 

— Olha, acho que o gatinho tá se saindo muito bem sem a joaninha dele - Alya diz ao ver na TV uma manchete dizendo que "Chat Noir prende uma gangue famosa de Paris" na fila da cafeteria esperando nosso café.

— Ele é ... incrível. - As palavras saem sem sentir e a morena me olha um tanto impressionada. Eu só consigo pensar "Que lindo, ele salvando Paris e eu me agarrando com outro".

— Hmmm - Antes que ela possa dizer alguma gracinha pegamos nossos cafés e saímos de la. Vou o caminho todo até o trabalho suspirando. Rezando para o gatinho vir até mim. Mas ele não vem.

 

—-

 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAh! - Amasso mais uma folha de papel com um modelo horroroso que tento fazer e jogo no chão. Solto meu cabelo e aperto minha temporã tentando aliviar a dor de cabeça. Metade ressaca, metade culpa. Eu tenho que falar com o Adrien, me desculpar por te-lo beijado. E contar pro Chat Noir que eu beijei o Adrien e aceitei sair com o Luka - Quem eu estou me tornando? Uma piranha de marca maior? - O desespero cresce dentro de mim e começo a me sentir sufocada nessa roupa apertada. 

Tomo um susto ao ouvir batidas na porta e dou um pulo da cadeira.

— Pode entrar! - Tento recolher as bolinhas de papel do chão, porem a saia lápis que estou não deixa eu me abaixar.

— Srt. Cheng, está tudo bem? Acho que escutei um grito... - Sally diz um pouco insegura.

— O Adrien está ai ? Me desculpa, eu só revirei minha sala toda procurando uns esboços - Dou de ombros - E agora não consigo abaixar para pegar essas benditas bolinhas! Grrrrrrw! - A loira ri, entra na sala e fecha a porta.

— Ele não veio hoje ... Pode conversar comigo, talvez ajude a clarear os pensamentos confusos - Ela sorri como se lesse meus pensamentos o que me assusta um pouco.

— Eu acho que vou pra casa ... - É o que consigo dizer. Sally se aproxima de mim e pega minha mão.

— Vai dar tudo certo. - Meus olhos enchem de água e eu seguro o máximo possível. Os olhos castanhos dela me lembram alguém - Eu arrumo tudo. Pode ir. - Ela pega minha bolsa e me entrega, me empurrando até a porta.

Antes que eu saia do prédio olho para o relógio. 14:50 da tarde.

— Se eu for pra casa vou enlouquecer. - Resolvo ir pra casa dos meus pais. Pego o trem vazio - Essa hora deve ser sempre assim ... - Vou passando de vagão em vagão vazio quando algo me chama atenção. O que parece ser uma mulher flutuando com varias bolinhas de gude na mão, ao me ver ela sorri e voa ate mim, agora com as bolinhas flutuando ao seu redor.

— Awwwwwwwww, eu estava me sentindo tão entediada! Vamos brincar?! - Ela se aproxima do meu rosto dando cambalhotas como um gato matreiro e me encara com seus grandes olhos amarelos - Eu não transformar você - Seu sorriso assustador me faz dar uns passos pra trás - Por enquanto! HAHAHAHA - Agora consigo ver, dentro das bolinhas ... são pessoas. 

— O que eu faço ... - Minhas palavras saem em um sussurro. 

— O que você poderia fazer? - A mulher me rodeia, segura meu cabelo e o puxa pra cima, como se fosse me tirar do chão.

— AI - Ao olhar ao redor, vejo que tem um extintor de incêndio ao seu lado. Em um movimento rápido pego o cilindro e bato com toda força em sua cabeça. Ela cai zonza no chão e eu corro o mais rápido que posso, o que não é grande coisa já que essa saia não me deixa me movimentar livremente - Chat Noir! Onde você está?! - Ao chegar no ultimo vagão vejo várias caixas empilhadas de madeiras, olho ao redor tentando achar alguma coisa que me ajude a lutar com ela - Vamos, você é a Ladybug com ou sem a roupa! - Digo pra mim mesma, tentando encontrar uma saída. - Você vai ter que servir. - Digo ao pegar um pé de cabra que estava em cima de uma pilha de caixas.

— Heey, lindinhaaaa! Eu sei que você esta escondida aqui - Ela diz com a voz doce - Você me magoou. Acho que vou ter que te magoar, também - O risinho dela é extremamente perturbador.

A estranha mulher vai ate a porta do vagão e o abre de uma vez só.

— Seria uma pena se você se jogasse nos trilhos - Seu sorriso assustador cresce conforme ela se aproxima. Ela voa então não consigo empurra-la pra fora. Tikki, o que eu posso fazer? Seguro o pé de cabra com força e me preparo para atacar quando ela puxa a pilha de caixa que está na minha frente - Opa! Achei você - Antes que ela possa fazer alguma coisa bato o pé de cabra na cabeça dela com toda minha força, só que ela se esquiva e o toma da minha mão - Achou que eu cairia de novo? - Ela faz bico.

— Não, eu só estava .... te distraindo - Dou de ombros tentando parecer o mais amistosa possível - Eu achei incrível as suas .... bolinhas, são lindas - Fixos meus olhos nos dela para lhe mostrar que não tenho medo.

— Ahhhhhhhhw você acha mesmo?! Obrigada. Eu queria muito que as pessoas dessem o devido respeito a uma artista! - Por um segundo ela parece esquecer que queria me jogar do trem.

— Foi por isso que você as transformou em ... arte? - Minhas palavras saem tremidas, vejo que a pilha de caixas ao lado dela está torta. Se chegar perto o bastante, posso joga-las em cima dela.

— Sim sim, agora todas essas pessoas serão eternizadas - Seus pés tocam o chão e eu vejo as bolinhas ficarem em uma linha vertical, uma abaixo da outra - É uma pena que você não possa se tornar uma também. Tchau Tchau lindinhaaaa - Ela levanta o pé de cabra para bater em mim quando alguém a puxa pelo próprio objeto.

— Acho que devemos dizer, hoje não, lindinha - Chat Noir aparece com aquele seu ar zombeteiro, aproveito que ela está no chão e empurro com tudo as caixas para cair em cima dela.

— Sai daqui. - O gatinho me diz apontando para a porta. Mas a mulher faz as caixas voarem para fora do vagão.

— Olha só! Já te disseram que você e um gato? - Ela diz sentada no chão com as pernas cruzadas, a mulher pega o pé de cabra e agora se dirige a mim - Me dá só um minutinho, já já pego você - Ela manda um beijinho.

— Só passando por cima de mim, lindinha - O gatinho pega seu bastão e o abre - Vai embora, agora! - Eles começam a lutar, o trem começa a balançar com os movimentos e eu me agarro a porta de dentro do vagão .

Eu a observo e vejo que ela usa uma pulseira que varia de cor.

— É isso! Quando esta irritada fica vermelha, e quando está calma fica branca! - Quando o gato se aproxima dela a pulseira oscila - Chat Noir! Destrua a pulseira! - Eu grito e a mulher me fita com todo ódio nos olhos.

— Sua malditaaaaaaa! - Ela avança pra cima de mim, mas Chat noir a puxa pela perna.Ela estende o braço tentando me pegar e eu tiro com muito custo meu sapato e bato com o salto na pedra da pulseira. No mesmo momento o trem para bruscamente e eu sinto uma dor forte na cabeça, a ultima coisa que eu me lembro é de ver uma borboleta roxa saindo da pulseira dela.

 

—-

 

— Marinette ... - Escuto minha mãe dizer - Graças a Deus! - Tento me levantar mas minha cabeça doí.

— O que a-aconteceu? - Digo baixinho.

— Você lutou contra uma mulher no trem, Chat Noir salvou a sua vida! - Ela diz e me ajuda a sentar na cama. Meu pai me abraça com força e quase me sufoca.

— Calma calma, ela ta bem - Escuto Alya falar e a procuro no quarto. Ela está na porta do quarto, no celular.

— Assim você vai mata-la amor, larga ela - Minha mãe tenta puxar meu pai, que não me solta.

— Ela é a minha garotinha, eu fiquei com tanto medo - Ele me solta a contra gosto e eu acabo dando uma risada, que faz minha cabeça latejar.

— Amiga ... - A ruiva se aproxima da cama quando minha mãe arrasta meu pai reclamando pra fora do quarto - Você é maluca! O que estava pensando? - Ela senta ao meu lado na cama.

— Eu não fiz nada ...

— Eu falei com o Chat Noir, ele me disse que mandou você sair mas não saiu! Ele é o herói, você não pode se ariscar tanto, o que poderia acontecer?!

— Eu só estava ... tentando ajudar ... -Ela me abraça suavemente - Ele precisava de ajuda.

— Você é minha melhor amiga, e vou te matar se você fizer algo parecido de novo. 

— Me desculpa. - Me lembro da borboleta e empurro a ruiva que me dirige um olhar agressivo - Eu vi uma borboleta, roxa ... saindo da pulseira daquela mulher ... Era ... - Não consigo pronunciar as palavras. Derrotamos ele a anos atrás!

— Um Akuma? - Ela respira fundo.

— O que vamos fazer? - Tiro a coberta de cima de mim e tento me levantar.

— Nada Marinette, não somos mais heroínas! Podemos acabar complicando as coisas para o único herói de Paris nesse momento! O Chat Noir! 

— Não posso ficar de braços cruzados, essa batalha é minha. - Tento falar baixo o máximo possível.

— Marinette, por ser sua amiga, posso te falar que está dizendo merda. Você vai se colocar em perigo! - A preocupação em seu rosto me balança - Não me obrigue a te arranjar uma baba!

Eu reviro os olhos e ela suspira. 

— Eu preciso de um minuto ... - Vou até a janela.

— O Adrien ligou trezentas vezes querendo saber de você ... Ligue pra ele. - Ela coloca meu celular em cima da cama antes de sair.

Será que o Sr. Agreste sobreviveu? Não é possível! Eu vi ele se desfazer diante dos meus olhos. A não ser que ... não tivesse sido ele, mas sim ... Sentimonstro?! 

Vou o mais rápido que consigo até o celular, preciso falar com o Adrien.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só pessoal ♥ haha



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