Recomeços escrita por LohRo


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

I'm back baby!
É com o coração apertado que comunico que este é o PENÚLTIMO capítulo de Recomeços.
Muito obrigada a quem está acompanhando minha estória e em especial à:
*Flor_77
*ro_dollores
*Ps
*Ana Camila
*CarOli
*Bella
*SMAline
*Maxximorf
Por terem deixado seus reviews.
Foi uma grata surpresa abrir a fic e ver que ela tinha sido recomendada mais uma vez. Obrigada pelas palavras, Ghost, me deu um quentinho no coração e como forma de agradecimento este capítulo é dedicado à você.
Por último e não menos importante, quero deixar uma pequena observação. Neste capítulo se encerra os flashbacks. Assim que terminarem de ler a parte final do flashback é como se vocês estivessem voltando ao primeiro capítulo da fic onde o Grissom recebe a ligação que a Sara havia acordado do coma.
Sem mais delongas, boa leitura!



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—Eu não sei, Jim! Talvez eu tenha sido rígido demais com ela.

—E quem te condenaria por isso ? No seu lugar, eu agiria da mesma maneira!

Grissom o encarou por alguns instantes, pensativo, cabisbaixo.

—Gil, no fundo Sara sabe que você só está preocupado com ela e a filha de vocês. Ela só não vai dar o braço a torcer.

—Eu fico pensando no rumo que nossas vidas tomaram! Há meses atrás éramos felizes, vivíamos bem. Termos um filho era a última coisa que passava por nossas cabeças. E então, de uma hora para outra, nosso relacionamento deixou de ser secreto. Foi um choque saber que eu seria pai a essa altura da minha vida, mas eu me vi sem chão quando Sara terminou comigo por acreditar veemente que eu a traí com Heather, por mais ilógico e absurdo que isso possa parecer. Não foi fácil, Jim, acompanhar toda a gravidez dela de longe. Eu perdi muita coisa, não era para ser desta maneira!

O capitão se sensibilizou com o desabafo de seu amigo.

—As coisas acabam escapando um pouco do nosso controle até voltarem para os eixos, velho marujo. Não se dê por vencido, Gil!

O supervisor apenas assentiu, sem muita convicção.

Ambos olharam para a porta quando ouviram um toque.

—O sossego acabou! - Jim comentou.

—Com licença, capitão ... acabamos de receber um chamado de um acidente na Fremont com um carro oficial!

—Carro oficial ? - Grissom se levantou de sua cadeira. _Viatura ?

—Não senhor, mas a placa é de um dos carros do departamento!

O supervisor trocou um olhar com o amigo e engoliu o nó na garganta.

—Eu vou com você, Jim!

~♥~

“Não é ela, não pode ser ela ...”

Grissom não soube dizer há quanto tempo estava dentro daquele carro, ele apenas suplicava em silêncio para que não fosse Sara. Havia um aperto tão grande em seu peito que ele achou que estava tendo um ataque cardíaco.

Flashes dos momentos em que viveram juntos pipocavam em sua mente sem que pudesse ter algum controle, e ao invés de uma música embalar suas recordações, era o barulho ensurdecedor da sirene que ditava o ritmo. Ele fechou os olhos, entorpecido pelo medo. “Não é ela, não pode ser ela ...” - Suplicou mais uma vez.

—Droga! Esse trânsito ... - Jim praguejou e então se virou para o lado, preocupado com o seu silêncio. _Tudo bem, Gil ?

—Não pode ser ela, Jim ...

O capitão compartilhava do mesmo sentimento, mas sabia que era preciso mascará-lo.

—Já estamos chegando, esse engarrafamento é provável que seja resquício do acidente.

Pouco tempo depois, Jim mal havia estacionado no local do acidente quando Grissom praticamente pulou do carro e correu em direção à Denali destruída.

—Gil, espere!

Não que ele lhe dera ouvidos, ele simplesmente estacou quando viu nitidamente os ocupantes. Sua expressão era uma mistura de dor, agonia e desespero.

—Oh meu Deus, é Sara!!!

Ele mal se reconheceu enquanto tentava desesperadamente abrir a porta completamente retorcida.

Alguém o puxou e o brigou a se afastar. Era Jim.

—Gil, você sabe que não pode fazer nada por ela, deixe os bombeiros e os paramédicos socorrê-la.

Ao fundo, sirenes soavam.

Murmúrios de curiosos que pararam para ver o acidente.

Ele a olhou desfalecida, lágrimas mancharam o seu rosto, uma dor aguda o atingiu.

Seu mundo estava desmoronando.

~♥~

—Eu vou com ela!

Grissom subiu na ambulância, desafiando a primeira pessoa que o impedisse. Se acomodou ao seu lado e segurou firme em sua mão.

Durante todo o trajeto, ele não conseguia desviar seus olhos dela e de sua barriga. O barulho dos aparelhos que as monitoravam, era constante.

Sara continuava sem esboçar qualquer resposta aos estímulos que lhe eram feitos. Sua cabeça sangrava, seu cabelo se tornou pegajoso.

Grissom havia entrado em desespero quando acariciou seus cabelos e viu seus dedos completamente envoltos de sangue.

Havia alguns movimentos suaves em sua barriga e ele quis chorar.

—Dr. Grissom, estamos conseguindo ouvir os batimentos fetais da sua filha. Estão fracos, mas audíveis.

Ele apertou os olhos com força e orou para que tudo terminasse bem.

Aquilo só podia ser um pesadelo.

~♥~

Grissom perdeu a conta de quanto tempo ficou indo de um lado para o outro naquela sala de espera aguardando notícias de Sara e sua filha.

Cath, que havia chego logo em seguida, lhe fazia companhia tentando a todo custo disfarçar o quanto estava temerosa. O resto da equipe já estava a caminho.

De repente, ele desmoronou em um dos bancos, levou as mãos ao rosto e esfregou-o vigorosamente, evidenciando toda a sua angústia e desespero.

—Se algo acontecer a elas, eu não saberei o que fazer, Cath! - Ele se levantou novamente. _Eu ... preciso saber como elas estão. Por que estão demorando tanto ?

—Eu vou com você! - Cath também se levantou, não o deixaria sozinho em hipótese alguma.

Antes que pudessem pedir por qualquer informação, Dr. Grant apareceu com seus trajes do centro cirúrgico. Sua expressão não era das melhores, ele encarou Grissom com pesar.

—O estado de Sara é bastante delicado, Dr. Grissom. Seu cérebro inchou com o trauma em sua cabeça, descobrimos um hematoma que precisa ser drenado o quanto antes. Um neurocirurgião já está com ela. - Ele fez uma pequena pausa, esperando que suas palavras fossem digeridas. _Vamos fazer uma cesariana de emergência, há uma instabilidade nos ritmos cardíacos de Emma que me preocupa. Ela será prematura de apenas algumas semanas, mas possa ser que venha precisar de aparelhos que auxiliem em sua respiração. - Outra pausa, ele queria lhe dar algum tempo, mas tempo era o que ele menos tinha, tudo teria que ser feito com urgência. Seus olhos brevemente se encontraram com a mulher loira que o acompanhava e então voltaram a encarar os dele novamente. _Há algo que infelizmente eu preciso lhe perguntar, Dr. Grissom. É uma decisão que cabe à você. Se durante a cirurgia, o quadro de Sara se agravar ainda mais e eu tiver que optar por uma vida, quem eu devo salvar ... mãe ou filha ?

Grissom reprimiu um soluço, aquela realidade era dolorosa demais. Ele não conseguia imaginar perder uma delas.

 “Se algum dia, tiver que escolher entre a minha vida ou ... a de nossa filha, escolha Emma. Você é o pai dela, é seu dever protegê-la!”

“Sara” ... - Ele não estava gostando do rumo daquela conversa.

“Por favor, ela é a melhor parte de nós dois.”

“O que está me pedindo ...”

“Eu quero que me prometa, Grissom!” - Ela o interrompeu, séria.

Ele balançou a cabeça sem qualquer significado, como se uma luta interna acontecesse dentro de si.

Deus ... ele não podia prometer aquilo.

Ele olhou dentro de seus olhos, eles imploravam.

Ele engoliu com dificuldade, a respiração descompassada.

“Eu ... prometo.”

—Dr. Grissom ?

Ele encarou o médico que esperava por sua resposta.

—Sara, salve a vida dela ... - Ele murmurou.

Dr. Grant assentiu.

—Assim que puder, eu voltarei com notícias.

Quando se viram sozinhos novamente, Cath acariciou o ombro de seu amigo tentando lhe passar força. Seus olhos completamente úmidos e avermelhados.

—Deus que me perdoe, mas eu escolhi Sara sobre a minha filha, Cath!

Ele estava irreconhecível, havia tanta angústia, tanta dor que Cath achou que ele não fosse suportar.

—Gil, jamais iria te condenar por sua decisão, imagino o tamanho da sua dor. Tenha certeza, meu amigo ... não vou pensar menos de você por isso!

—Você não entende, mas fui eu quem fiz isso com ela, Cath! A culpa é toda minha! Deus, por que a mandei para este caso ?

—Não, Gil! Você só fez o que achou ser melhor para ela, não tinha como prever!

—Eu quem deveria morrer! - Ele caiu de joelhos, chorando muito, seu corpo grande balançando em espasmos de dor. _Eu quero trocar de lugar com ela!

Nick, Greg, Warrick e Jim entravam na recepção quando viram aquela cena. Imediatamente correram até eles e ajudaram Cath a sentar Grissom em um banco.

—Como elas estão ? - Greg perguntou desesperado por alguma notícia.

Cath, que estava sentada ao lado de Grissom o abraçando, balançou a cabeça indicando que não era o momento. Ela logo colocaria todos à parte, mas no momento precisava cuidar da dor de seu velho amigo.

~♥~

Quase três horas depois, Grissom achou que fosse enlouquecer.

—Deus do céu, que tortura! Não aguento mais ficar aqui sem nenhuma notícia.

—Quer tomar alguma coisa, Gil ? Um café bem forte pode ajudar, eu peço aos meninos.

—Agradeço ... mas simplesmente eu não consigo, Cath!

—O parceiro de Sara, Jacob ... está fora de perigo. Ele apenas vai ficar em observação até amanhã. - Jim comunicou.

—Todo o impacto foi do lado do passageiro. A Denali está irreconhecível, fico imaginando Sara ali e ... - Grissom não conseguiu continuar.

—Dr. Grissom ?

Ele e os demais imediatamente se amontoaram ao redor do Dr. Grant.

—Como elas estão, Dr. ?

O bom médico olhou de relance para os rostos ansiosos que o cercavam e se concentrou no maior interessado.

—Sua filha nasceu forte e saudável. Não houve necessidade de suporte ventilatório, seu ritmo cardíaco estabilizou. Ela está completamente fora de perigo, é uma pequena guerreira. Vou providenciar para que esteja com ela o quanto antes!

Grissom conseguiu esboçar um pequeno sorriso. Pai! Ele oficialmente havia se tornado pai!

—E Sara ? - Seu sorriso morreu. _Ela também está fora de perigo ? Quando vou poder vê-la ?

—Durante a cesariana, sua pressão intracraniana chegou a valores muito perigosos. Tudo precisou ser feito com urgência, tiramos Emma, e o neurologista conseguiu drenar todo o hematoma de sua cabeça. Mas pouco pôde fazer pelo inchaço em seu cérebro. Sinto muito, Dr. Grissom ... mas Sara está em coma!

—Não! Isso não pode ser verdade ... - Lágrimas começaram a deslizar em seu rosto.

Ele ouviu um soluço, mas não soube precisar de que lado vinha. Tudo à sua volta perdeu o foco, ele estava desmoronando.

—Infelizmente no momento não temos um prognóstico de quando Sara voltará à consciência, se haverão sequelas ou limitações. Tudo dependerá da resposta de seu organismo e seu tempo de cura. Riscos sempre há, vamos transferi-la para o Saint Germain, eles são especialistas nesse tipo de caso.

—Eu quero estar com ela, por favor ... eu preciso!

A equipe inteira estava às lágrimas e eles viram o quanto o supervisor parecia apenas um garoto assustado. Seu estado era preocupante, ele iria desabar a qualquer momento, outra vez.

—Permitirei a sua entrada na uti por alguns minutos e para que não haja o risco de contaminação, quero que esteja com Emma primeiro.

~♥~

Lentamente Grissom se aproximou da incubadora. E então, tudo ao seu redor perdeu o foco quando a viu.

Tão frágil, delicada e perfeita.

O seu verdadeiro milagre.

Ela se mexia inquieta e então bocejou.

Um sorriso tímido brotou em seus lábios.

—Gostaria de segurá-la ? - Uma enfermeira se aproximou sorrindo em simpatia.

Ele desviou os olhos de sua filha por alguns segundos, apenas para conhecer a profissional.

—Eu posso ?

—Claro!

Com agilidade e extremo cuidado, em poucos segundos sua filha fora colocada em seus braços.

—Me chame se precisar de alguma coisa.

Grissom agradeceu, maravilhado com a nova sensação. Seus braços fortes a seguravam protetoramente, embora um pouco desajeitado, havia um cuidado extremo.

—Oi Emma ... eu sou o seu pai. Você foi tão amada, tão esperada por nós! - Uma lágrima tímida deslizou em seu rosto. Ela tinha os seus olhos, mas todo o resto era Sara. Boca, nariz, a cor dos cabelos. Ele a abraçou, repousando sua cabecinha sobre o seu coração. E então, mais lágrimas de dor. _Eu não sei como vai ser, filha. O que vamos fazer sem a sua mãe ? Eu também preciso dela!

Deus, ele se sentia tão perdido naquele momento!

~♥~

Ele não estava preparado para vê-la rodeada por todos aqueles monitores.

Ela parecia tão frágil e diminuída com tantos fios, sondas e tubo conectados nela.

Ele levou a mão à boca, uma sensação de pânico tomou conta dele. Seu corpo grande balançou instável, seu coração doía a cada batida.

—Oh Deus! Sara ...

Ele se aproximou mais de sua cama e tocou em sua mão, estava fria. Não havia calor emanando de seu corpo.

Foi então que em um gesto quase involuntário, tocou em seu coração. Não queria números de um monitor. Queria sentir as batidas ritmadas sob a palma de sua mão. Era como sentir sua vida e ele precisava senti-la viva.

—Nossa filha nasceu! Você é uma fortaleza, meu amor. Sei que lutou até o fim por ela e a protegeu. Eu sou o responsável pelo que aconteceu ... e essa culpa, eu vou levar pelo resto da minha vida. Era o meu dever proteger vocês duas e ... eu falhei. - Ele fez uma pequena pausa e enxugou suas lágrimas. _Seu eu pudesse voltar no tempo ... se eu pudesse trocar de lugar com você .... - Ele olhou para cima por um instante como se pedisse força aos céus. Como estava doendo! _Emma precisa de você assim como eu também preciso, Sara. Ela é tão frágil, não sei se vou conseguir sozinho. Por favor, meu amor ... volte para nós.

Ele pegou sua mão, acariciou-a com ternura e a levou até seus lábios.

Seus olhos atentos a ela como se em um passe de mágica, ela voltasse para ele.

 E, quando isso não aconteceu, novas lágrimas mancharam seu rosto.

Ele só queria acordar daquele pesadelo.

Não sabia se sobreviveria ao peso da realidade.

Só o tempo diria.

Um ano depois ...

 

~Fim do flashback~

~♥~

Ele parecia não acreditar que aquele dia estava realmente acontecendo. Sua vida havia mudado tanto nos últimos anos. E pensar que ele quase perdera para sempre a mulher que mais amara em toda a sua existência.

Fora a pior época de sua vida, ele morria por dentro toda vez que a via inerte sobre aquela cama. As paredes frias e sem vida daquele hospital foram testemunhas do seu sofrimento. As manhãs chuvosas que passava lendo para ela, segurando em sua mão, falando sobre Emma.

Foram tempos difíceis, lutas que pareciam não ter fim, choros convulsivos, desesperados, noites em claro e uma dor gigantesca, tão grande que quase sucumbiu ao desejo de se entregar à ela. Mas ele se viu descobrindo uma fortaleza dentro si toda vez que pensava nela e na filha deles, e nos piores momentos, seu amor por elas trazia um sopro de luz ao seu coração.

Ele suspirou, embora o momento não fosse propício, ele não conseguiu evitar tais lembranças. Talvez seu subconsciente estivesse fazendo apenas uma comparação do antes com a emoção que estava prestes a viver!

Um sorriso brotou em seus lábios, ele olhou para o jardim maravilhado com o arranjo. Aquele era o dia mais feliz de sua vida, depois de Sara tê-lo aceitado de volta.

As cadeiras enfileiradas sobre a grama estavam cobertas com capas brancas, nos dois lados de um imenso tapete vermelho, um altar formado com miúdas flores também vermelhas. Seu coração estava em estado de graça.

Sara logo estaria caminhando para ele, com seus amigos de testemunha e o olhar de sua garotinha, que com certeza estaria em muitos braços amorosos até que eles pudessem finalmente estar com ela.

Ele se sentou em uma das cadeiras, sozinho, ainda era muito cedo, mas ele já estava todo arrumado, se ambientando com tudo, querendo desfrutar daquela paisagem cuidada por Catherine e sua mãe.

Seus olhos marejados de emoção.

—Hey ... ainda não é hora para lágrimas! - Ele até tentou disfarçar, mas Jim o pegou de surpresa. _Você não está acreditando, não é mesmo ?

—Não!

—Cara ... se tem um sujeito que merece ser feliz é você! Por tudo e pelo tempo.

—Eu a amo, mais que minha própria vida! E ela me deu Emma ...

—Emma ... nossa garotinha de luz ...

Grissom sorriu, era a mais pura verdade, pela milésima vez admitiu que não se lembrava mais de sua vida sem ela, a não ser para comparar com tudo que tinha conquistado. Ele tinha um pacote maravilhoso com suas meninas.

Quem sabe talvez, pudessem aumentar a família ...

~♥~

Ele estava de pé, ansioso, verificando a cada segundo o quanto sua filha estava inquieta apontando para ele a todo momento e fazendo manha, uma birrinha que ele conhecia bem, ela queria o colo dele, devia estar cansada e com sono.

Greg se afastou um tanto para distraí-la, mas ele viu com o coração pesado que Emma subia em seu colo e continuava o procurando com os olhos.

—Papa ...

A música começou a tocar e ela parou, distraída e encantada com os acordes.

Grissom olhou na direção de Sara e ficou maravilhado. O som melodioso deu mais emoção naquele encontro de olhares, ele estava embevecido com o sorriso estonteante de felicidade genuína.

Um sussurro, a admissão de uma crença que o fez mais forte por sua pequena e por ela.

“Deus ... obrigado por cuidar dela!” - Seus lábios se moviam em palavras lentas e ele sabia que ela estava o interpretando perfeitamente. “Eu te amo com cada célula do meu ser!”

Então ele viu a resposta nos lindos lábios dela.

“Eu também ... para sempre!”

Ela estava perto, bem perto agora com um Jim de olhos molhados, assim como a maioria dos seus amigos.

Emocional.

Sensível.

Celestial.

~♥~

Quase ao final da cerimônia, eles ouviram um pequeno grito, Emma estava reclamando atenção.

“Gil ... podemos ter ela conosco ?” - Sara estava muito preocupada.

“Agora ?”

O juiz de paz estava um tanto atrapalhado com os murmúrios dos noivos, muito audíveis para ele enquanto preparava a entrega das alianças.

—Um minuto juiz.

Ele olhou em direção a Greg e fez um gesto para que levasse a filha para eles.

E foi em meio a gritinhos de felicidade que ela se agarrou nele beijando seu rosto dezenas de vezes, depois esticou seu dedinho para a mãe.

—Mama ...

Sara estava chorando emocionada de sentir tanto amor vindo dali.  Pai e filha.

—Por favor ... continue, e desculpe.

Grissom acomodou a pequena em apenas um dos braços, enquanto ela brincava com a mão em sua barba, a cabecinha encostada em seu pescoço.

Às vezes, ela o apertava mais forte como se tivesse medo que alguém a tirasse dele.

Quando ela disse sim, Emma repetiu, e fez a mesma coisa com o sim de seu pai, arrancando algumas risadas, mas foi no momento do beijo que um coro de gargalhadas veio abaixo. Era o ciúme escancarado dela.

Quando ele se esticou para beijar sua mulher amorosamente, Emma protestou em uma altura que quase o ensurdeceu.

—Papa ... meu ... papa ... meu!

Sara beijou o rostinho macio às gargalhadas, assim como Grissom. E estava oficializado a união!


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Notas finais do capítulo

O meu obrigada à você que leu até aqui.
Nos vemos no próximo e último capítulo.
Até lá!



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