Alice & Jasper encontro de almas escrita por Janieyre


Capítulo 1
Capítulo 1---O passado de Alice




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Alice! Vem aqui, rápido. O Williams estão quase chegando para o jantar, mas antes quero ter uma conversa muito séria contigo.  Mary estava preocupada com a possibilidade de algo estragar aquele jantar que podia significar a entrada da filha para o colégio que o Sr. Williams dirigia.
   __. Sim, mãe? - Alice acorreu logo à mãe, embora já soubesse o que a perturbava.

   __. Estás preocupada com o jantar? Fica descansada. Vai correr tudo bem.
Embora Alice estivesse esforçando-se para acalmar a mãe, esta ficara ainda mais agitada com a inocente previsão da filha.
  __ Alice sabes que os Williams são uma família muito importante? A menina acenou afirmativamente com a cabeça.

  __ então, eu te peço, filha, não os assustes com essas tuas visões sobre o futuro.
  __sim, mãe, não tens com que se preocupar. - Alice só queria ver a mãe satisfeita, mas ela não podia controlar suas visões, mesmo que quisesse.

Os Williams chegaram e o jantar foi servido. O Sr. e a Sra. Williams eram pessoas simpáticas e conservadoras, bastante agarrados às suas origens. Tinham um filho da mesma idade que Alice. Peter Williams era um rapazinho arrogante com um ar frágil. Alice, embora não pudesse demonstrar, não simpatizava com ele desde a primeira vez que pusera os olhos em cima do seu nariz empinado.
Tudo corria tranquilamente quando Alice teve a sua primeira visão durante aquele jantar. Tinha visto o pequeno Williams pegar a caneta preferida do pai e escondê-la no bolso do casaco, mas teve que morder o lábio e se controlar para não incomodar a mãe. Nada fez para evitar que a caneta desaparecesse do lugar onde o pai a tinha deixado.
Mas o pior veio quando Alice viu Peter ser raptado numa das suas visões. Desta vez ela tinha que agir. Tentou alertar a mãe.

—_ Mãe, posso falar contigo?
   __ agora não, querida. Sophie estavas dizendo que...
   __mas, mãe, o Peter...
   __Alice, por favor... Mary já conhecia de cor a expressão da filha quando ela via algo, mas não ia deixar que uma visão estragasse o jantar.
Alice não era capaz de guardar uma visão daquelas só para si. Até podia não gostar daquele fedelho mimado, mas tinha que avisar alguém, tinha que fazer qualquer coisa.
  __ O Peter vai ser raptado! Eu... eu... eu vi... tens que fazer qualquer coisa para evitar que a minha v... Para evitar que isso aconteça! - Aquilo era demais para uma menina de sete anos.
Alice teve outra visão. Nela o Sr. Williams estava discutindo com o seu pai. Este estava defendendo-a dos insultos que o Sr. Williams lhe dirigia.
— O que está acontecendo com a filha de vocês? Porquê que ela disse que o meu menino ia ser raptado? O que está acontecendo aqui? - Sophie irritava-se com tudo o que pudesse atingir o seu filhinho.
— Ela... ela... Alice, o quê deu em você querida? Nós já tínhamos falado sobre esse tipo de brincadeiras. - Mary não sabia como sair daquela situação, mas, apesar de tudo, ia tentar manter a postura. Queria que a filha se controlasse.
— Mas não é uma brincadeira, foi uma visão, outra vez... - Alice não percebia como a mãe podia achar que ela estava a brincar com algo tão sério.
— Uma visão?! Outra vez?! Mas o que vem a ser isto afinal? - O Sr. Williams estava ficando cada vez mais irritado. Visões? Mas afinal estou na casa de uma família decente ou num hospício? Não queria uma maluquinha no meu colégio.
— Peço-lhe que se acalme, Sr. Williams. - John, pai de Alice, tentava acalmar os ânimos. Afinal, Alice era a sua menina, poderia até ter nascido com três olhos que isso não mudaria nada, ele iria defendê-la sempre. - A minha filha deve ter visto algo que a assustou. Ela é uma menina muito perspicaz. Por vezes parece até que adivinha o futuro. - Só lhe restava ser sincero e esperar que o Sr. Williams não lhes arranjasse problemas.
— Você só pode estar brincando comigo homem! Está querendo me dizer que a maluca da sua filha viu o meu filho ser raptado? Como isso é possível? Diga-me! Espero que tenha uma boa explicação para esta palhaçada! Eu não quero malucos na minha instituição!
Alice viu, assim, a sua visão realizar-se, como um dejávu à frente dos seus olhos. Alice viu o seu pai e o Sr. Williams entrarem numa discussão ardente.
Depois da briga o Sr. Williams exerceu a sua influência e Alice foi parar a um hospício, sem direito a visitas. Os pais de Alice não tiveram outra hipótese senão mudar de estado, após a exclusão social e a proibição de ver a filha. Afinal de contas, o Sr. Williams não brincava em serviço.

Os anos passaram e Alice permaneceu fechada no escuro. Tratada com choques elétricos, muito usados nesta época. Há muito que perdera a noção do tempo e do espaço. Era apenas mais um corpo. Também já não tinha visões. E os médicos encaravam isso como um progresso fruto do seu trabalho. No entanto, Alice já não tinha visões porque já não vivia, não havia nada sobre o que prever. A sua mente estava fechada, tal como ela.
O único ser que se aproximava dela era um empregado do hospício, que lhe trazia comida, lhe cortava o cabelo e limpava a cela. Mas ela nem o notava, era apenas uma peça de mobília num mundo diferente do dela. Apenas uma parte do vazio que a rodeava.

Um dia, porém, Alice foi transferida e o empregado foi com ela. Nunca a abandonava, gostava dela, quase obsessivamente. Gostava daqueles olhos ausentes, mas sempre brilhantes de Alice. Ao longo dos séculos ele nunca tinha conhecido olhos assim, mesmo com a tristeza mais profunda patente neles.
Durante o caminho, outro vampiro sentiu o cheiro de Alice. Um cheiro que para ele era irresistível. Mas James também sentiu o cheiro do outro vampiro que protegia a humana. Isso só o atraiu ainda mais, a emoção de uma caçada, de um jogo. Claro que o velho vampiro não lhe conseguiria lidar com ele. Ele possuiria a sua presa como fizera com tantas outras antes desta.
Quando o velho vampiro percebeu que James queria Alice, procurou libertá-la e escondê-la. Ele tinha um jeito especial para ser discreto e se esconder, mas James era um caçador, um vampiro mais novo e mais forte.
Para ele Alice era especial, não conseguiria matá-la, por isso é que nunca tinha provado o seu sangue.  Tinha que transformá-la para protegê-la de James! Assim, ela renasceria forte e poderiam ficar juntos para a eternidade.
Ele contava que James perdesse o interesse por Alice quando ela fosse uma vampira, uma recém-nascida, mais forte que ele. E tal aconteceu, no entanto, James não estava habituado a perder e como vingança matou o velho vampiro.

Alice ficou à deriva, selvagem, e sem se lembrar de nada antes do seu renascimento. Estava forte e com sede. Sede de sangue humano. Tinha passado de presa a predador.
Enquanto vagueava as visões regressaram e com ela a imagem de um belo rapaz loiro. Jasper tinha os olhos carregados de ódio, mas ela sabia que ele não tinha escolhido aquela vida, que ele procurava uma alternativa que ele nem sabia existir. Ela nunca o tinha visto, mas já o conhecia melhor que a ela mesma.
Alice viu uma grande família de vampiros que não matavam humanos. Viu-se com eles, casada com Jasper. Viu que seriam felizes para sempre. Viu a alegria de viver de novo. Viu a nova Alice, a Alice Cullen.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem postarei todos os Sábados e Domingos a noite bjs comentem como estar



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