Sorry escrita por hokuto ritsuka


Capítulo 6
O mundo sem você


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas!

Desculpa o atraso u.u' O capítulo está curtinho e eu tinha praticamente terminado ontem, mas queria dar uma lida antes de postar, mas acabei não conseguindo pegar a noite e quando o sono bate não sai coisa que presta ^^'

Obrigada a todos que estão lendo e acompanhando! ♥

Boa leitura!



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Makoto havia se distraído no meio da aula. Seus pensamentos estavam longe enquanto olhava para a carteira vazia de Haru.

Haru não havia ido à escola.

Depois do incidente do dia anterior, ele havia ficado em casa em repouso. O que ele tinha era apenas um resfriado, mas tinha sido a febre que o havia derrubado.

É só um resfriado. É só uma febre. Logo ele estará bem.

Makoto tentava não se preocupar demais. Havia uma linha tênue que separava um amigo zeloso de um amigo sufocante, e Makoto definitivamente não queria estar no segundo grupo.

Makoto já havia passado na casa de Haru antes de ir à aula, mas havia falado apenas com a mãe dele. Ela disse que Haru parecia estar melhor, mas ficaria em repouso por precaução.

Makoto também tentava não pensar no que havia acontecido no dia anterior. Tentava não pensar no que havia sentido ao ver Haru caído à beira do rio. Não, esse não era um lugar para revisitar.

A história do acontecido não havia se espalhado pela escola.  Apenas quem sabia, além de Makoto, era Rin e Aki, e eles lhe perguntaram discretamente sobre Haru. Aki ficou novamente com os olhos cheios de lágrimas quando Makoto lhe entregou o cachecol a pedido de Haru, e Rin permaneceu sério e calado como era tão atípico dele.

— Tachibana-kun, por favor, agradeça ao Nanase-kun por mim, — disse Aki.

— Você mesma pode falar com ele, logo ele voltará para a escola, — respondeu Makoto com um sorriso.

Por favor, não fale como se ele não fosse voltar por um longo tempo.

— Você está bem? — perguntou Rin depois que Aki se afastou dos dois.

— Sim, eu estou bem, — Makoto respondeu automaticamente, sorrindo.

Rin franziu o cenho, mas não disse mais nada.

Embora seu mundo quase tivesse desmoronado no dia anterior, tudo na escola parecia exatamente igual. Quase igual.

Nada seria igual sem ele.

Se Haru não tivesse conseguido segurar a erva daninha na beira do rio, se ele tivesse caído na água, a água o teria reclamado para si? A água do rio teria envolvido seu corpo e o levado para o mar? O mar que engolia os barcos e toda a vida que havia dentro deles. A mesma água que os silenciara, também era a água que corria sob a ponte, a água que lambeu os pés de Haru.

Se Haru tivesse caído na água....

Como o mundo poderia continuar existindo depois disso?

Haveria uma cerimônia, o luto coletivo e palavras de pesar. Mas a escola continuaria no mesmo lugar. O vento continuaria soprando sobre a ponte. Os dias continuariam amanhecendo até que a primavera chegasse. E depois o verão, até que muitas primaveras tivessem passado. E isso não era justo. Não era justo que a Terra continuasse girando, deixando-o para trás, apenas uma lembrança.

Sentado em sua carteira, Makoto abaixou a cabeça. Segurou uma mão com a outra, firme, enquanto travava a mandíbula. Não deixaria que o tremor voltasse aos seus dedos, nem aos seus lábios. Respirou fundo.

Nada disso aconteceu. Haru está bem.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, capítulo curto.
Acho que pensar no pior depois do incidente do Haru foi uma coisa que o Makoto não fez na novel, acho que ele não teve coragem, ou pelo menos não foi mostrado. Mas acho que é o tipo de coisa que vem à mente mesmo contra a vontade, e é um cenário apavorante.

Obrigada aos sobreviventes!



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