Sorry escrita por hokuto ritsuka


Capítulo 4
O que o ventou levou


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas!

Peço mil desculpas por não ter atualizado na semana passada! u.u' Não estava conseguindo ficar satisfeita com o que escrevia u.u Mas parece que depois de escrever um lemon tenso na minha fic nova de YOI eu consegui pensar em uma saída para meu impasse aqui XD O que eu acho bem engraçado, porque as duas fics não poderia ser mais diferentes XDDD Se bem que lá tem um conceito parecido com soulmate... Bom, mas isso não vem ao caso e eu estou me desviando XD

Obrigada a todos que estão passando por aqui, lendo e acompanhando!

Boa leitura!



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O nome do garoto novo era Matsuoka Rin. Impetuoso e persistente, ele era tudo o que Makoto e Haru não eram.

Makoto tentava não pensar na fixação que Rin tinha por Haru.

O frio e indiferente Haru para aqueles que não o conheciam, mas bastava olhar um pouco mais de perto para perceber a verdadeira natureza dele. Logo Rin também perceberia isso.

Makoto estava atrasado de novo. Desceu as escadas de pedra correndo, mas quando chegou ao último degrau, Haru não estava mais lá, e nem a sua bicicleta. Haru já havia saído, e sem esperar por Makoto, foi ao Swimming Club.

Makoto subiu na bicicleta e começou a pedalar o mais rápido que podia. Se fosse rápido o suficiente, talvez ainda pudesse alcançar Haru no meio do caminho.

Era meio de inverno e o vento soprava gélido, fazendo seu rosto arder e sua respiração sair como pequenas nuvens brancas, ainda assim, Makoto pedalava a toda velocidade.

No meio do caminho, depois que descia os degraus de pedra que levava à sua casa, à casa de Haru e ao templo, e antes de chegar ao clube que ficava no porto, havia um ponte larga onde o vento soprava brutalmente, parecendo que queria varrer para longe quem estivesse tentando atravessá-la.

Quando Makoto entrou na ponte, pôde ver uma figura solitária, as duas mãos no parapeito, olhando para o rio. Será que ela não sentia frio, parada naquele lugar inóspito? Vestindo o mesmo agasalho do clube de natação que ele, seus cabelos curtos voavam com o vento. Ela olhou ao ouvir o barulho dos freios da bicicleta de Makoto.

— Olá, Zaki-chan? Aconteceu alguma coisa?

Sua colega de turma que também frequentava o clube de natação, Yazaki Aki, era quem estava parada ali.

— Ah, Tachibana-kun. Não foi nada, — ela respondeu, tentando forçar um sorriso.

Assim como Makoto, Aki era uma pessoa que sempre tinha um sorriso para oferecer. Poder-se-ia dizer que a personalidade deles era bastante similar, sua natureza preocupada com as pessoas ao seu redor, seu jeito amável de lidar com elas.

Mas hoje Aki parecia diferente, ficaria claro para qualquer um que a visse.

— Tem certeza? Você está parada em um lugar como esse... Com esse vento.

Ela riu sem graça.

— Sim... O vento. Enquanto eu passava pela ponte, o vento levou meu cachecol.

— Eh?! Para onde ele foi? — Makoto também desceu da bicicleta e foi para perto do parapeito olhar a vasta paisagem que se estendia diante da ponte.

— O rio o levou. Nanase-kun estava certo, não havia o que fazer.

— Haru disse isso?

— Quando Nanase-kun passou, o cachecol estava preso naquele galho bem ali. — Aki apontou para um enorme galho que havia tombado de uma árvore à margem do rio. O lugar para onde ela apontava estava no meio da correnteza. — Se não estivesse tão frio...

— É perigoso, Zaki-chan!

— Eu não vou entrar no rio, — ela disse, fazendo um gesto abanando a mão. — Eu só estava divagando...

Makoto suspirou aliviado diante da resposta dela.

— Oh. Será que o Nanase-kun achou que eu estava pensando em entrar no rio?

— Não sei. Talvez ele só não queria que você permanecesse aqui no vento, olhando para o rio.

— Hum, acho que você está certo, — Aki respondeu antes de voltar a olhar para o rio. — O cachecol afundou assim que Nanase-kun foi embora. Eu não conseguia mesmo me virar e ir enquanto ele estava ali.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, e tudo que podiam ouvir era o uivo do vento e o barulho do rio que passava sob a ponte.

— Eu ganhei aquele cachecol do meu soulmate, — Aki disse sem se virar. — Eu não devia tê-lo perdido.

— Não foi culpa sua, não foi o vento que o levou?

— Sim, mas eu sinto que devia ter cuidado melhor dele.

— Eu não acho que o seu soulmate vai ficar bravo porque você o perdeu.

— Eu sei que ele não vai, mas eu não consigo me sentir em paz.

Aki suspirou antes de finalmente se virar.

— Vamos, Tachibana-kun?

Makoto sabia ler as pessoas bem o suficiente para perceber o esforço que ela fazia para não chorar. Se ele não estivesse lá, talvez ela estivesse chorando sozinha no vento gelado.

Makoto pensou no soulmate de Aki. Ele ficaria mais triste se a visse chorando em um lugar como aquele do que pelo cachecol perdido. Ele quis dizer isso a ela, mas como ela estava se esforçando tanto para conter suas lágrimas, Makoto percebeu que não poderia falar.

Quando chegou ao SC, Haru estava no vestiário, terminando de se trocar. Ele não perguntou por que Makoto estava atrasado, e não comentou sobre Aki, não que Makoto esperasse que ele fizesse qualquer uma das duas coisas.

— Encontrei a Zaki-chan na ponte, — disse Makoto da maneira mais casual que pôde.

Haru pareceu desconfortável. Ele não respondeu e nem se virou para olhar para Makoto. Ele não queria falar sobre esse assunto. E apenas com a reação dele àquela frase, Makoto soube que Haru estava arrependido do que havia falado para Aki, talvez não sentisse orgulho de como sua frase havia soado. Haru sabia que suas palavras pareciam frias e indiferentes, mesmo elas sendo verdadeiras? Mesmo que as tivesse dito pelo bem de Aki, magoá-la nunca havia sido a sua intenção, embora fosse o resultado final de sua preocupação.

Será que Makoto também pensava que Haru era uma pessoa fria? Se Makoto tivesse percebido essa dúvida de Haru, ele teria o tranquilizado. Mas nem o entendimento deles poderia ser tão perfeito se não houvesse uma devida troca de palavras.


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos sobreviventes!



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