Pov Edward

A ligação era da Senhora Weber, que era como uma segunda mãe para mim e que nesse momento deveria estar cumprindo seu plantão no hospital, que começou logo após nos despedirmos. O que indicava que alguma coisa muito séria aconteceu.

—Edward desculpa te ligar a essa hora, ainda mais que a pouco tempo você deixou o hospital, mas você vai querer vir aqui.

— O que aconteceu Angela?

— Calma menino não é grave. Mas sua irmã está aqui e pediu para que eu ligasse pra você.

— Como assim? O que exatamente está acontecendo nesse hospital Ang?

— Quando você chegar entenderá menino, só venha pra cá, sua irmã está desesperada.

—OK. Estou indo pra ai, obrigado por me avisa.

Assim que desliguei falei para meus pais que teria que atender uma emergência no hospital, mas não lhes disse nada sobre Alice estar envolvida nisso.

Indo em seguida para o hospital, rezando para que nada tivesse acontecido com minha irmã. Cheguei desesperado atrás de minha amiga para saber o que havia acontecido. Encontrei a mesma no corredor a caminho da emergência.

— Angela o que houve com minha irmã? Cadê ela? O que está acontecendo nesse hospital afinal?

— Calma Edward, ela está bem, na medida do possível, está com uma amiga na sala de espera, vai lá falar com ela que só a mesma poderá te explicar toda a história.

Mais calmo após descobrir que não era a Lice quem havia dado entrada na emergência, fui em direção ao local que ela estava para saber todos os detalhes. Rosalie estava junto com ela, a baixinha estava aos prantos, completamente nervosa e eu não estava entendendo a absolutamente nada, pois nossos pais estavam bem, assim como eu e sua amiga, então quem poderia ser?

Decidi perguntar para Rose já que minha irmã não parecia estar em condições de me explicar como e principalmente porque elas estão aqui.

— Rose o que está acontecendo aqui? Porque minha irmã está assim? E quem é que deu entrada no hospital?

— Alice está preocupada com uma menina com quem anda falando a pouco tempo, se conhecerem faz umas 3 semanas..

E antes que eu pudesse responder, minha irmã falou pela primeira vez em todo esse tempo.

—Por favor meu irmão, vá ajudá-la e nos mantenha informadas sobre como ela está.

— Não se preocupe Allie, ela vai ficar bem. Estou indo lá ok? Mas tente se acalmar por favor.

Após vê-la assentir fui para a emergência e verificar como estava a menina.

Falei com a primeira enfermeira que vi em minha frente.

—Gostaria de saber o diagnóstico de uma menina que deu entrada na emergência à mais ou menos uma hora.

—Ela está no leito 6, teve muita sorte, pois fraturou o pé esquerdo e alguns arranhões espalhados pelo corpo, está de observação devido à uma concussão na cabeça devido à batida, ela está acordada se desejar saber mais do ocorrido, quem sabe o senhor consiga tirar alguma informação dela.

—Obrigado.

Fui em sua direção, e fiquei pasmo com a beleza da menina, mesmo estando nas condições em que se encontrava parecia uma princesa saída dos contos de fadas, com aquele cabelos ondulados avermelhados que iam até o final das costas, e aquele rosto angelical arredondado, assim como seus olhos esverdeados que pareciam não reluzir a algum tempo, o que desencadeou uma necessidade dentro de mim que eu não entendia muito bem, mas que tinha uma força absurda, para fazer de tudo para trazer brilho novamente para eles. E com esses pensamentos fui em sua direção.

—Boa noite, eu sou o Doutor Cullen e você deve ser uma grande amiga de minha irmã, nunca a vi tão preocupada com alguém que não fosse da família. Você pode estar um pouco desorientada, sem saber exatamente onde está, como veio parar aqui e o que aconteceu, mas logo tudo irá se encaixar…

Estava vendo o prontuário enquanto falava com ela, mas pude notar que não colocaram o nome dela. Agora entendi o que a enfermeira disse sobre eu conseguir tirar alguma informação dela.

—Você pode me chamar de Edward se desejar, mas gostaria de saber seu nome para que possa chamá-la de alguma forma mais confortável para ambos.

—P...pode me chamar de Marie. Marie Brandon. Eu não estou entendo, você disse que se chama Cullen e que conheço sua irmã, mas não conheço ninguém com esse nome. Eu...Onde eu estou, cadê meus amigos?

— Fique calma,assim que eu sair daqui irei chamar a Alie para te ver, do jeito que a conheço, só irá sair daqui após ver que você está bem. Você está no Hospital de Forks e como não havia falado seu nome não tinha como entrar em contato com sua família ou amigos. Tem alguém em especial que deseja chamar?

Ela estava tentando processar o que eu lhe dizia, mas por alguma razão a mesma se descontrolou ao descobrir que estava em Forks.

— Mas que merda, como eu vim parar em Forks? Eu estava em Port Angeles, seria mais sensato me levarem para o hospital de lá, eu preciso sair daqui, agora, não irei ficar mais nenhum minuto aqui, não sei quem você é, muito menos essa tal de Alie, só preciso encontrar meus amigos, eu tenho que voltar para casa.

Dizendo isso a louca começou a desconectar os fios de monitoramento cardíaco que estavam ligados à ela.

—O que pensa que está fazendo senhorita Marie, pare com isso, você não poderá sair daqui até que seu médico lhe dê alta e isso só irá ocorrer depois de sua observação acabar.

Ela estava maluca só pode, estava me empurrando e batendo para que eu lhe soltasse, pois tentei lhe impedir de tirar os fios e sair dali. Até que ela conseguiu me acertar com o que parecia ser um murro no rosto, dando tempo dela dar alguns passos e se distanciar mais de mim.

—Você não pode me manter presa aqui, eu estou ótima, posso muito bem ir para minha casa. Eu…

Ela ia falar mais alguma coisa quando de repente parecia estar perdendo os sentidos, corri para lhe acudir, chegando a seu lado a tempo de segurá-la antes de cair no chão. A coloquei na cama e liguei os aparelhos novamente. Deixei uma enfermeira sob aviso para ficar de olho nela, pois assim que acordasse provavelmente iria querer fugir novamente, e fui atrás de minha irmã para tentar entender essa história que estava completamente sem nexo para mim.

Continua...