Complicated Love escrita por Suh Souza


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi florzinhas, espero que não tenham desistido de CL e dessa autora aqui kkk (riso de nervoso), me perdoem por esses meses sem dar as caras, não pensem que sou uma vaca que não pra vocês, só que minha vida está uma loucura e consegui escrever algo descente nessas 2 últimas semanas.
Me perdoem, e saibam que continuo escrevendo por vocês, bom é isso, espero que tenha alguém aqui ainda e que goste.
Estou postando hoje, pois acabei de conseguir terminar e não queria faze-las esperar até amanhã ou na próxima terça.



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Pov Bella

Não sabia o que fazer, para onde eu iria agora? Jacob iria me matar, mas não poderia arriscar metê-lo em encrencas novamente, justo agora que estava tendo um ótimo recomeço de vida. Estava decidida, eu deveria sumir sem deixar qualquer vestígio, não podia correr o risco de ser encontrada de novo.

Aproveitei que todos estavam distraídos, pelo menos achei, e fui para meu quarto, precisava pensar com clareza sobre todos os passos que devia dar. Mas Alice como boa observadora que era, entrou logo em seguida.

— O que houve Marie? Porque saiu da sala desse jeito, do nada? Quem era no telefone que te deixou transtornada desse jeito? - Ela foi direta ao ponto, sem rodeios. E agora o que eu fazia, não podia contar a minha história pra ela, isso deixaria ela envolvida demais com toda essa merda, mas não queria e não podia mentir. Optei por meias verdades.

— Não é nada demais Alie. Era uma pessoa que fazia parte da minha vida e que pensei conseguir deixar assim, mas ela apareceu de novo, para minha infelicidade.

— Quem é? Um ex-namorado?

— Não, antes fosse. Desculpa amiga, mas prefiro não falar mais sobre essa pessoa, a única coisa que posso dizer é que não posso deixá-la entrar na minha vida de novo.

— Não se preocupa Marie, tenho certeza que o cabeçudo e os outros meninos irão te proteger, seja lá do que for.

Parecia que essa menina tinha um sexto sentido, era incrível, como ela podia falar uma coisa sobre a qual não sabia, mas parecer que tinha noção dos riscos que eu estava sofrendo.

— Ai Alie que triste não poder lhe contar tudo, você não sabe da missa um quinto.

— Tudo bem, o importante é você saber que tem todos nós e que sempre estaremos do seu lado. - Disse, me dando um abraço de urso delicioso.

— Obrigada, de verdade. Não tem ideia da importância que isso tem para mim.

— Magina, amigos são para isso. Saiba que se precisar eu estou aqui, para qualquer coisa. E quero que me prometa que irá fazer isso.

— Ok Alie, prometo que vou fazer meu melhor. Agora vá lá embaixo e se divirta um pouco, quem sabe um dos meninos não acabe por se tornar seu amigo ou algo melhor, só vou pegar umas coisas aqui e já desço.

Não tinha como eu dizer “ei Alie, lembra da promessa que fez de me ajudar em qualquer coisa a qualquer momento? Então é que meu querido pai é um filho da puta que só me machucava quando eu era menor e por essa razão eu fugi com meu melhor amigo e inventamos uma mentira sobre nós, assim como falsificamos novas identidades” ou algo do tipo, ela provavelmente nunca mais iria querer olhar na minha cara novamente.

Aproveitei que consegui despistá-la e pus a maior quantidade possível de roupas e objetos meus em uma mochila para poder sair enquanto estivesse todo mundo apagado, pretendia facilitar as coisas indo dormir na sala com a desculpa que ficava mais perto do banheiro já que ainda estava com aquela maldita tala.

Depois de tudo pronto fui ao encontro de meus amigos para aproveitar os últimos momentos que teria com eles, uma vez que jamais os veria novamente se meus planos fossem completados com sucesso. Jacob não parava de me vigiar, parecia que sabia sobre minhas intenções, tinha medo de que ele soubesse e que meu plano de fuga caísse por terra e isso não poderia acontecer de forma alguma. E assim fui conversar com ele pra ver se consiga descobrir o porquê dele estar agindo dessa maneira.

— Oi Jake, o que houve? Parece um segurança, não para de me rondar. Aconteceu alguma coisa que eu deveria saber?

E o oscar vai para quem? Tive uma performance impecável ao fazer cara de quem estava aborrecida por não estar a par de algo.

— Claro que não Marie, não viaja, só porque estou olhando na direção que você está quer dizer que estou te vigiando.

É amigos, pelo jeito meu melhor amigo era tão bom em atuação quanto eu, e por isso precisava apelar.

— Não mente pra mim, fizemos um juramento que não mentiríamos um pro outro jamais.

— Não é nada, só estou tentando entender porque você está se comportando de forma diferente, como se estivesse se despedindo de todos nós.

— Ora bolas Jake, quem está viajando aqui é você meu caro, estou me comportando normalmente, só que senti muitas saudades de todos você, esse tempo que fiquei enclausurada naquele hospital com medo de Charlie aparecer, e estou tentando matá-la, só isso.

— Olha lá hein, não se esqueça que assim como te prometi nunca mentir, você fez o mesmo juramento e se eu descobrir que você está me falando uma mentirinha que seja irei ficar extremamente decepcionado.

Eu não podia voltar atrás no meu plano, precisava ir até o fim, mesmo que o magoasse estava fazendo isso para protegê-lo, não conseguia imaginar o que Charlie faria com ele se soubesse que continuamos juntos. E assim dei-lhe um beijo e agradeci por sua preocupação e fui para outro lugar, antes que eu mudasse de ideia.

A noite passou rápida e com ela minha preocupação aumentava exponencialmente. E se algo desse errado? Como eu olharia Jake se isso acontecesse? Eu estava fazendo a coisa certa? Enquanto tantas dúvidas me assolavam todo mundo já havia ido dormir e eu nem reparei nisso, até que em um breve momento parei de pensar em tudo que poderia dar errado e foquei meus pensamentos no fato de que não havia espaço para erros, deveria fazer tudo perfeitamente.

Assim, após a meia-noite, peguei minhas coisas e tentei sair sem fazer qualquer barulho, não sem antes deixar uma carta de despedida para meus irmãos de coração e falar que eu estava bem, mas que não podia ficar por ali mais, não tinha porque entrar em muitos detalhes, só precisava tranquilizá-los e falar que ficaria bem. O problema é que eu não contava com uma tempestade que me encontraria após umas 2 horas que andava com minha moto. E agora? O que eu faria? Não estava contando com isso, possuía pouco dinheiro, que estava contado para colocar gasolina e comer, não poderia gastar com besteira e muito menos com um lugar para ficar, não agora. Precisei fazer uma coisa que com toda certeza me arrependeria muito mais tarde.

Parei em um beco qualquer e peguei meu celular para poder ligar para a pessoa que poderia me ajudar nesse momento.

— Alô?

— Allie, aquela promessa de ajuda ainda está de pé?

— Claro, mas o que afinal está fazendo acordada em uma hora dessas?

— Não importa Alice, eu preciso de sua ajuda. Estava andando com minha moto, mas acabei por pegar um temporal e não posso voltar para casa.

— O que está aprontando Marie, porque raios está na rua? Sabe muito bem que deveria ficar quietinha em casa em repouso até meu irmão te liberar.

— Alie, por favor, isso não é hora. Só preciso saber se pode me ajudar.

— Ok. onde está?

— Estou em uma cidade entre Forks e Port Angeles, não sei bem ao certo.

— Deixe o gps do seu celular ligado que logo chego.

— Só anda logo Alie, estou em um beco tenebroso.

— Irei o mais rápido possível.

Depois que minha amiga desligou esperei por o que imaginei ser incontáveis horas, eu iria esgana-la depois de agradecer, falei que estava encrencada, onde já se viu isso.

E qual não é minha surpresa ao me deparar com um volvo C30 prata  lindo parando em minha frente. Pensei que minha amiga apareceria de táxi ou sei lá, não em uma belezinha dessas. Não pude pensar nisso por muito tempo, pois  quase caio dura quando nada mais, nada menos quem sai do carro é o bonitão do Dr. Cullen. Minha amiga queria me foder de vez, só pode, como que ela me manda justo o irmão vir me buscar, era pra ser ela, ai gesus o que seria de mim agora.

— Cullen? O que faz aqui? Pedi pra sua irmã vir, onde ela se meteu? - Não sei da onde consegui tirar forças, mas consegui falar.

— Olá pra você também senhorita Brandon, e respondendo sua pergunta, minha casa fica mais perto daqui, e além disso, meus pais teriam um ataque se minha irmã saísse uma hora dessas. Agora venha, vamos logo.

— Mas… Como assim? E minha moto? Pra onde pretende me levar? Não posso ir assim, sem nem saber de nada direito.

— Marie no caminho a gente fala disso, por favor, você deve estar completamente encharcada, não permitirei que gaste mais tempo, precisa tomar um banho quente e trocar essas roupas, antes que fique doente. Eu chamei um amigo meu para levar sua moto no carro dele, não se preocupe, ele já deve estar chegando.

Mal Edward acabou de falar e me chega um Jeep Wrangler 4x4 lindo, eu teria um avc logo logo com a possibilidade de ver essas belezinhas em apenas um dia.

Fiquei completamente estática com a visão de um homem imenso parecendo um urso sai dele, o Cullen deve ter percebido pois logo falou:

— Não se preocupe Emmett parece um troglodita, mas é só por fora, ele é uma ótima pessoa e amigo sem duvidas.

— Eai Ed, como é que vai? Uawww é dessa belezinha aqui que estou encarregado? Sabe quantos km esse bebê consegue fazer em segundos? É incrível, não vai me dizer que essa anãnzinha ai que é a dona.

— Sim Emm, essa é a Marie, e eu se fosse você não iria pisar nos calos dessa ai, ela parece um dragão quando irritada.

Não sabia com quem ficava mais puta, me ofendem na cara dura e ainda por cima falam como se eu não estivesse presente. A mais isso não iria ficar assim.

— Olha aqui o King Kong de circo é muito bom que você cuide muito bem dessa jóia, deveria gastar seu tempo tomando conta disso ao invés de ficar ofendendo pessoas alheias. E você, caro Doutor Cullen é bom andar logo, antes que eu mude de ideia e mande as duas comadres irem a merda.

Dito isso entrei no lado do carona no volvo de Edward a espera que o digníssimo decidisse por me levar embora.

Em poucos minutos chegamos em um belíssimo condomínio de luxo que nem eu meus maiores sonhos eu teria sonhado colocar os pés algum dia. Estava espantada com a beleza do lugar, mas precisava saber porque ele me trouxe aqui, então fechei a boca que estava escorrendo baba e lhe perguntei.

— Que lugar é esse?

— Eu moro aqui, te disse que não morava muito longe de onde você estava.

— Mas não entendo, porque me trouxe para sua casa? O que irão pensar, sua namorada não vai gostar nada se souber que trouxe outra mulher para cá.

— Quanto a isso pode ficar despreocupada Marie, eu não tenho nenhuma namorada ou algo do tipo, moro sozinho. Mas se te incomoda ficar aqui, tudo bem, você passa a noite aqui e amanhã te levo para a casa de meus pais, assim poderá ficar com Alice se se sentir melhor assim.

— N...Não é isso, só pensei que você era uma pessoa comprometida, não é comum ver um cara legal e novo como você sozinho hoje em dia.

— Eu já fui comprometido com uma pessoa antes, mas hoje pertenço a medicina e a meus pacientes e só.- Ele disse, já estacionando em uma garagem imensa.

— Desculpa, não deveria me meter na sua vida particular.

— Tudo bem, eu não ligo e de qualquer forma uma hora ou outra esse assunto entraria à tona, agora vamos? Ou pretende dormir na garagem?

— Vamos. E muito obrigada por compartilhar essas informações a seu respeito comigo, fico feliz que confie em mim o suficiente para se abrir assim.

Eu realmente ficava feliz com isso, mas ao mesmo tempo triste, pois não podia ser sincera com ele assim como ele foi comigo. Fomos em direção ao menor prédio que existia ali e vendo minha falta de compreensão ele me explicou

— Não entende porque moro no menor prédio, não é? É que decidi morar na cobertura e queria ter apenas meu amigo Emmett, que conheceu agora pouco, como vizinho, então decidimos por comprar essa planta aqui, pois atendia a todos nossos gostos.

— Ah sim. Legal vocês quererem morar perto um do outro assim. Devem ter uma relação como de irmãos.

— Sim, nossos pais são muito amigos, fizemos praticamente tudo juntos desde pequenos, até mesmo fomos para a mesma universidade, a única diferença é que escolhi medicina e ele advocacia.

— Advocacia? Eu pensaria que um cara gigante desses escolheria ser lutador ou até mesmo engenharia.

— Como eu disse antes ele só é grandão assim em aparência, mas é um bobo em se tratando de sua personalidade, pelo menos até ele ter algum caso, pois quando está trabalhando parece se transformar em outra pessoa, fica extremamente concentrado e defende seus clientes com unhas e dentes.

— Mas ele já terminou a faculdade?

— Está no último ano, mas como seu pai é dono de uma firma de advocacia, deixa ela estagiar lá e mostrar o potencial que tem, ele se orgulha muito dele.

Parecia que estávamos tendo essa conversa a um tempão devido a quantidade de informações que estava tendo de Edward e sua vida, mas conversamos por tempo suficiente para chegar a cobertura sem perceber. Não sabia como me portar, como ficaria ali? Edward provavelmente iria começar a se fazer perguntas sobre o porquê de eu estar na rua uma hora dessas e eu não sabia o que falar, estava extremamente cansada de viver contando mentira atrás de mentira para tantas pessoas que só sabiam abrir portas e me ajudar, sempre.

Parei de pensar quando ele abriu a porta de sua casa e me deparei com um lugar chiquérrimo com decoração espetacular e tudo em tons claros contrastando uns com os outros, me senti uma peça que não pertencia aquele quebra-cabeças, com minhas roupas simples e toda encharcada.

— Seja bem-vinda Marie. Aqui é a sala, a direita fica a cozinha e sala de jantar e a esquerda seguindo pelo corredor encontrará o banheiro e mais a frente a lavanderia. As suítes ficam lá em cima, vamos? Irei lhe mostrar o quarto que ficará e assim poderá tomar um banho e trocar essas roupas encharcadas por outras confortáveis e quentes, enquanto preparo alguma coisa quente para beber,

E assim ele me rebocou dali para onde ficavam os quartos. Após subir as escadas havia uma porta a esquerda e um corredor em frente a ela. E ele foi logo me explicando;

— Esse aqui é o escritório, onde deixo costumo estudar e deixar algumas informações de meus pacientes, gosto de estudar os casos enquanto tenho um tempo livre, e seguindo pelo corredor, a primeira porta do lado direito se encontra meu quarto, enquanto você ficará no que está em frente a ele, assim sendo, se precisar de alguma coisa é só atravessar o corredor e bater em minha porta. Alice deixou algumas roupas dela aqui em casa para quando quer dormir aqui, vou buscá-las, se quiser pode entrar no banho enquanto isso, deixarei tudo em cima da cama.

Dito isso ele me deixou sozinha naquele quarto imenso. Não sabia o que fazer, essas horas eu devia estar bem longe daqui, quase atravessando a fronteira, mas estou aqui, em um lugar chique com um cara lindo que não podia nem imaginar o porquê de eu estar nessa situação, isso sem falar nos meninos, Jake surtaria quando soubesse que sumi. A única certeza que tinha é que meu plano estava furado, não tinha como eu seguir com ele e precisava urgentemente pensar em uma solução. Não sem antes esperar o dia nascer e ligar para meu melhor amigo e lhe dizer que eu estava bem e que ele não precisava se preocupar.

E ainda tinha Edward, tinha medo do que ele acharia de tudo isso se descobrisse tudo a meu respeito, provavelmente não iria querer olhar na minha cara jamais, e eu não aguentaria, ele e Alice se tornaram bons amigos pra mim, e eu sentia alguma coisa mais por ele, não saberia dizer o que, mas sabia que me sentia segura do lado dele e conseguia esquecer por um tempo toda essa confusão que é minha vida.

 

Continua...                      


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam? O que será que essa louca da Bells vai aprontar agora? E o Ed, será que se sente diferente perto dela também?
Sei que não mereço mas comentem pls ♥