Avatar:A Lenda dos Gêmeos/Livro 1-avatares escrita por Barilinho


Capítulo 8
Capítulo 8- Entenda a missão


Notas iniciais do capítulo

Meio sem ordem, estou postando bem random. É mais ou menos quando me na telha, quando eu termino de traduzir....
Enfim, estou com a vida bagunçada, e provavelmente traduzo mais para estragar do que para outra coisa. Anyways, tá brabo aqui o nois, gostaria de ouvir algo dos meu leitores.
Besitos, besitos tchau tchau
Buenos noches!



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Foi do nada. Estávamos tendo conversas pra lá de importantes, e do nada, mas assim, sem nem aviso prévio de tontura ou coisa do tipo, Lena cai desmaiada. Eu fiquei preocupado, e me levantei para ajudá-la, ou pelo menos descobrir que diabos havia acontecido. Mas, parece que tinham outros planos pra mim, pois eu desmaiei logo em seguida. Em resumo, éramos duas crianças desmaiadas, ao lado de dois incapazes.
Ao recobrar a consciência estávamos eu e Lena em um jardim, onde a nossa frente havia uma construção, algo como uma espécie de salão. A construção era bonita, e muito enfeitada na faixada. O que mais me chamou atenção foi quatro colunas que seguravam o teto, eram das cores vermelho, branco, azul e verde, respectivamente. Eu nem me dei conta que Lena estava ao meu lado vislumbrando a construção, em transe tanto quanto eu. Ela não conseguia se conter de empolgação, alegria, curiosidade e outros muitos sentimentos todos ao mesmo tempo. E, para sermos francos, eu também não estava tendo os maiores êxitos nisso.
— É lindo, não é mesmo? Eu também fiquei assim por muito tempo olhando. Aang foi tão compreensível comigo que me deixou explorar a paisagem sozinha, e só depois interviu. Eu já não tenho essa paciência toda dele. - A voz vinha de uma mulher atrás de nós.
Ela tem uma postura imponente, veste uma camisa de mangas curtas com braçadeiras nos dois braços. Tem um casaco amarrado na cintura, que dá início a um par de pernas compridas e fortes, que vestem uma calça azul, e completando o vestuário, a moça vestia sapatilhas marrons e uma gargantilha azul. Todas suas roupas variavam entre os dois tons, claro e escuro, do mesmíssimo azul. Seu cabelo era bem preto, e tinha uma parte penteada para trás, e uma mecha de cada lado do seu rosto, que era marcante pelo alto tom azul de seus olhos. Ela não era uma simples dominadora de água, como se tinha provado evidente. Era a avatar Korra, que estava em nossa presença, e nós nos viramos com muito espanto.
Passado o susto inicial, ela sorri, passa a mão em nossas cabeças e diz:
— Bem vindos, Lena e Luan, ao mundo espiritual. Mais especificamente ao hall dos avatares. Aqui é onde nós ficamos depois de terminarmos nossa missão no mundo material. Venham, temos bastante sobre o que conversar, e tenho certeza que seus corpos desmaiados não estão nas melhores mãos.
— Avatar Korra, é uma honra. Diga-me, foi você que nos desmaiou? - Lena não pôde se conter.
— Oh sim, pequena Lena, mas não me leve a mal. Era a única maneira de obter vocês de plena forma aqui nesse mundo. Me custou um pouco, mas vai valer a pena.
Korra nos levou para o portão daquela construção deslumbrante e o abriu. No interior, se via uma espécie de corte. Arquibancadas pelos lados, ao centro uma cadeira, e a frente da cadeira um balcão alto, feito de madeira, com três lugares. Korra começa:
— Bom meus queridos, eu trouxe vocês aqui para vocês entenderem melhor o que vai acontecer a partir de agora. Mas, para isso, vocês precisarão escutar a história desde o início.
"Faz catorze anos, eu acabei ficando bem doente, como você devem saber. Assami estava preocupada com meu estado de saúde, e pôs Jinora a cargo das coisas, pois ela sabia que eu não teria mais condições de reger a paz em Cidade República, muito menos no mundo todo. A idade me atingiu com tudo, o sedentarismo..... Enfim, muitos fatores contribuíram para que ficasse de cama.
" Nós, avatares, sabemos o dia de nossa morte no mesmo dia, e sempre estivemos impedidos de mudar ou trocar a ordem das coisas. Eu sabia que morreria naquela tarde, então depois do almoço resolvi ir dormir, para não ter que me despedir de todas as pessoas que eu amava.
"Naquele meu último sono, eu vim a esse lugar ser julgada. Estavam sentados os três juízes, sendo eles o avatar Wan, que foi o primeiro avatar, pertencente ao elemento fogo, sentado no centro; a sua direita estava avatar Yangchen, a avatar do elemento ar anterior ao Aang; e a sua esquerda estava Mono, o avatar da terra do sexto ciclo de avatares. Eles eram uma espécie de corte, e nas arquibancadas se sentavam todos os outros avatares de todas as outras gerações e momentos. Acredito que eles fossem a corte por terem sido os avatares mais exitosos em suas missões, sei lá. Não importa, pois o importante está por vir.
"Eles estavam me acusando de ter sido o pior avatar da história, tendo bagunçado tudo. A começar por deixar os portais do mundo espiritual abertos, e depois fechá-los, sem ter levado em conta os riscos destas operações. Depois, me culpavam por ter perdido a conexão com todos os outros avatares, e fragmentando o espírito avatar em muitos pedacinhos. Eles seguiram acusando-me de descaso com a população, com o meu soberanismo, com vários erros que cometi sem ter pensado em consequências... Enfim, muita coisa. Na verdade, a acusação acarretava Aang e Roku também, meus antecessores, de termos sido o pior ciclo avatar de todos os tempos. Roku por não impedir o senhor do fogo Sozin de eximar uma nação inteira. Aang, por ter fugido por cem anos de suas obrigações, deixando o mundo naquela algazarra, e eu, com todas as acusações citadas. O público estava furioso, pois o mundo que eles penaram tanto para cuidar e manter o equilíbrio, foi comprometido por burrice nossa. Então, decidiu-se que eu não reencarnaria, mas sim o avatar Mono foi o escolhido para reencarnar e restaurar a paz pelo mundo. Naquele momento, eu me levantei e disse:
— Só há um problema. A conexão com os outros avatares foi rompida, e independente de seu tempo, Mono, você não poderá ter acesso aos quatro elementos providos por Raava a não ser se reencarnado pelo último avatar. Então, adeus companheiros, eu tenho um novo avatar para escolher.
" Com isso eu voltei para meu corpo, e acordei. Lá estavam Bolin e sua esposa Opal, Mako, Jinora e seu marido Kai e Assami ao meu lado. Estavam todos em lágrimas, se preparando para o momento de minha morte. Lhes acalmei dizendo que sempre lhes amarei, e pedi que cuidem bastante do próximo avatar. A Jinora em específico lhe dei uma missão em especial, que seria achar o verdadeiro avatar, e não o falso. Com isso, eu dei meu último suspiro, e fui escolher um novo corpo.
"Ao abandonar meu corpo, vi que do mundo espiritual saiam alguns raios das cores dos quatro elementos e elas entravam em corpos de várias pessoas, de diferentes nações e idades. Ou seja, com medo de que eu estragasse tudo outra vez, cada um daqueles avatares tomou a decisão de descer a esse mundo e assumir a nova identidade avatar, mesmo sem poder dominar os quatros elementos, pois os quatro elementos apenas eu dominaria, ao passo que os outros dominariam apenas seus respectivos elementos. Então, para tentar corrigir "meus erros", eles assumiriam o corpo de um outro dominador, e com esses dois elementos eles tocariam o mundo.
"Eu soube então, que a missão de meu sucessor seria muito complicada. Por isso, no momento que no reino da terra, uma mulher cheia de amor por toda sua família estava por dar a luz a gêmeos, eu fiz todos meus esforços para entrar nos corpos dos dois. Dividir meu espírito foi doloroso, mas vejo que valeu a pena. Vocês foram escolhidos por mim para serem os avatares.
"Agora, depois de tudo explicado, vamos aos pontos importantes. Eu soube que vocês chegaram a se encontrar com um de meus antepassados investido no corpo de um homem chamado Amin, lá em Omashu. Por ser a única avatar que ainda coexiste dentro de vocês (já que eu perdi a conexão com todos os outros na minha batalha com Unalak e Vaatu) eu pude ver e sentir tudo que vocês viram e sentiram naquele momento. Eu vejo que vocês estão super confusos, por isso, farei o melhor para explicar-lhes suas dúvidas.
"Bom, Amin era um dominador de terra normal no momento do nascimento de vocês, e tinha sua padaria na ponta da cidade de Omashu. A padaria era muito antiga, passada de pai para filho na família dele. Quando os espíritos de meus antepassados saíram a busca de corpos, um avatar do elemento água escolheu Amin como seu hospedeiro."
Lena e eu escutamos cada palavra super atenciosamente. Ela, por curiosidade. Eu, por determinação de terminar a missão. Andei reparando que quase toda conversa que teremos será comprida, explicativa e complexa. Parece que o avatar tem mais que ouvir do que falar mesmo. Mano, como a Jinora tinha razão! Que droga ter que admitir isso!
Korra prossegue:
"Mas, como tem regras estabelecidas para tudo, esse espírito não podia se manifestar até que completasse doze anos de "vida", ou seja, doze anos ali dentro. Raros são aqueles que descobrem antes dos doze anos seus poderes avatar. Eu fui uma delas, mas antes de mim deve ter sido há mais de dois mil anos atrás. Enfim, mesmo que um dominador comum descobre seu elemento (e um avatar descobre elemento nato) aos cinco/seis anos de idade, vocês sabem muito bem que existem os raríssimos dobradores natos. Eles nascem dominando seu elemento. Aparentemente, o menino do ar que acompanha vocês nessa jornada, eu conheci sua mãe e sei que Noxer é um dobrador nato. Ele será uma jóia para vocês.
"Mas isso não importa. Quando vocês completaram doze anos, e então pude me manifestar dentro de vocês, os outros espíritos puderam fazer o mesmo em seus hospedeiros. Foi aí que apareceram os duplos dominadores.
— Quer dizer que antes disso os duplos dominadores não podiam se manifestar?- Indago a Korra. - Assim, eles não são pessoas más por natureza que querem dominar o mundo ou sei lá quais seus planos?
— Bom, sim e não. Para que o espírito do avatar que está ali faça algo de mal, a pessoa hospedeira deve ser mais forte emocionalmente do que o avatar ali presente. Independente disso, o avatar pode assumir controle do corpo para salvá-lo de situações adversas.
" Explico. Lembram de terem reparado que quando Amin dobrava a água, uma aura azul o rodeava? Bom, esse era o poder do avatar nele investido se manifestando. Quando a vida dele se pôs em risco, ou seja, quando vocês dois entraram no estado avatar, aí o espírito sentiu por sua vida, e tentou assumir o controle da situação, salvando a vida de seu hospedeiro sem conseguir retomar a sua missão original. Uma espécie de estado avatar, só que apenas para aquele espírito. Resumindo, ele aparecerá e continuará a fazer o que seu hospedeiro quer. Eles viraram reféns emocionais de seus hospedeiros.
— Mas não é possível! Como tantos avatares escolheram mal seus hospedeiros? Como eles puderam eleger pessoas com uma má índole? - Lena tem uma pergunta que lhe incomoda de verdade. Me encanta a honestidade e a objetividade da menina.
— Na verdade, Lena querida, cada avatar tem seus critérios de escolha. Então, pode ser que alguns escolheram mal mesmo, elegendo alguém com muita raiva para acabar com a raça dos inimigos, quebrar dogmas e paradigmas na marra. Mas, outros avatares elegeram bem, só que com o tempo seus hospedeiros agarraram muita raiva, ódio, inveja, qualquer emoção negativa e isso foi mais forte do que o avatar de seu corpo. Não se esqueçam que nenhum avatar teve a vida emocional equilibrada. Regular o mundo todo toma todo o tempo existente, e não deixa nada para ele desenvolver amor, carinho e compaixão particulares. Aang foi um dos poucos avatares a ter tido uma vida emocional super equilibrada e boa, mas não garanto que ao ter descido para esse mundo ele tenha ficado forte emocionalmente para não se tornar um vilão.
"Agora, como já devem imaginar, vocês tem um objetivo agora. Limpem o mundo dessas ameaças. Não sei qual a verdadeira missão de vocês, mas sei que sem realizar essa tarefa, o jogo não começa. A vocês foi incumbida a tarefa de limpeza espiritual.
"Como realizá-la? Simples. Primeiro, enquanto localizam os duplos dominadores vocês tem que ir aprendendo os elementos. E rápido, pois o Amin não era nenhum grande desafio, e sabe-se lá que tipo de gente esse retardados pegaram para se hospedar. O elemento mais importante para agora é a água, que permitirá a vocês tirarem o espírito do hospedeiro, e devolvê-lo a seu lugar.
" Ao se deparar com um desses, vocês devem primeiro enfraquecê-lo a ponto de que seu corpo não possa reagir a retirada. Vocês extrairão o espírito com a dobra de energia espiritual. Gostaria que o Aang estivesse aqui para explicar melhor pra vocês como fazê-la, mas, como a conexão foi perdida, e ele está lá embaixo no corpo de alguém, eu mesma explico.
"A dobra é um equilíbrio entre o racional e o emocional. Um ponto onde o chi da pessoa pode se expressar com serenidade. Em todas as dobras é assim. Esse ponto de equilíbrio é a energia e a determinação no fogo, o elemento da vida; a estabilidade e a rigidez, no elemento da força, a terra; no ar, a leveza e a atenção, e na água a mudança constante e suas consequências muito bem recebidas, resultando em alguém tranquilo com as mudanças.
"Nós avatares temos o poder de retirar a dobra de alguém (explico outro dia), se dobrarmos o ponto de equilíbrio da pessoa. Toca-se no seu racional, no seu emocional, caminha-se até o ponto de equilíbrio e o destruímos. Assim a dobra se exime de alguém. Nosso objetivo, no entanto, não é retirar toda e qualquer dobra da pessoa. Nenhum deles é uma ameaça por si, apenas se viram assim ao receber poderes diferentes aos que já tinham antes.
"Por isso, ao enfraquecer um deles, vocês, e apenas um de vocês, e não um outro dominador de água, deverão dobrar duas tiras finas de água criando um espiral ao redor da pessoa. Tentem reconhecer o avatar ali presente, e digam "você está livre. Pode ir, avatar fulano" e seu espírito abandonará o corpo. Quanto a questão dos hospedeiros, se puní-los ou não, isso é critério de vocês."
E outra vez as pessoas simplificam uma tarefa complicada. Tem um ditado que diz: "A guerra, vista por binóculos é incrível". A própria Korra está nos dizendo que é simples, ela não pode estar levando em conta todas as nossas dificuldades. Com tanta coisa acontecendo, por que não ocorreu a ninguém botar pelo menos eu sozinho para treinar os elementos? Se sabiam de mim, e não de Lena, por que eu não podia ir treinando? Por que ninguém nunca se importou com o grau de dificuldade de uma tarefa avatar?
Independente do meu transtorno, aceito minha missão com responsabilidade, e igual fez Lena. Ela estava cheia de dúvidas, eu podia sentir. Provável que ela faça a mesma coisa que fez quando encontrou a minha mãe, atropelá-la com perguntas.
Mas me enganei, pois quem está cheio de perguntas sou eu. Ela tem uma única dúvida:
— Como exatamente teremos contato com você? Se nos depararmos com alguma dificuldade durante a jornada, como entraremos em contato?
— Bom, em casos de avatares normais, um pouco de meditação era suficiente para entrar em contato com qualquer vida passada. Mas, como vocês bem sabem, eu caguei tudo ao perder o contato com os avatares passados. Enfim, agora meio que estamos em uma nova linha, uma dinastia que eu sou a primeira, e vocês meus sucessores. Mas, como ela foi criada meio que sem querer, vocês não terão acesso a ela como quiserem. Fora que, depois que eu desci para reencarnar e subi de volta, os avatares que restaram aqui trataram de me trancar aqui na sala avatar. Então, para me encontrar, vocês terão que vir de espírito completo a esse lugar.
— O que diabos quer dizer espírito completo? - lhe perguntei. Tem algo faltando na história dela. Sabe, não sei se por virar avatar ou por outra coisa, mas tenho estado muito desconfiado. E sei disso não por autocrítica, e sim pelos olhares fulminantes que Lena me bate toda vez que isso acontece. Arrepia a espinha, sinistra a olhada dela.
— Como dito, vocês partilham do mesmo espírito, o meu. Vir aqui completos, significa que venham sempre vocês dois juntos, e vocês não podem estar brigados ou com algo contra o outro. Ao sentarem para meditar, não pensem em mim especificamente, pensem nesse lugar, e aqui eu estarei, não tenho muitas opções para onde sair. Eles me concederam uma única saída, em todo meu tempo de cativeiro, e eu escolhi guardá-lo para quando vocês fossem revelados eu pudesse avisar a Jinora o erro que ela tinha. Até lá, e desde lá, não saí nenhuma outra vez.
"Bom, agora seus amigos lá embaixo já devem estar preocupados com vocês. Desçam lá, e botem pra quebrar. Arrasem esses avatares atrasados. Digam a Assami que eu a amo, e a Jinora que ela tem que parar de me procurar, pois aqui ela nunca vai entrar. Digam a ela que é melhor que ela invista essa energia em tocar as nações e treinar outros cadetes do ar. Agora vão, tchau e até a próxima."
Sentimos como se tivéssemos sendo puxados para baixo com muita força, e nos damos conta quando já estamos gritando na caverna, olhando para a fogueira, com Nox e Sozin nos olhando mais assustados que paca ao ver cobra. Eles nos perguntam se estamos bem, se precisamos de alguma coisa e tals. Na verdade, eu bem que precisava dos quatro elementos agora, mas não lhes peço isso. Levanto, ajudo Lena a levantar, limpamos a areia de nossas costas prontos pra seguir. Eu anuncio:
— Sozin, você quer ficar conosco? Beleza. Nosso treinamento começa agora. Eu e Lena temos que aprender os quatro elementos o mais rápido possível. Noxer, Korra confia nele tanto quanto em você ou em nós. Ele agora é parte do time avatar.
— Então, o plano segue como o percurso. Nós treinamos aqui por uma semana, vamos até Cidade Arena, treinamos e ficando lá por mais dez dias no máximo e aí enfrentamos a tal VIT para pegar a maldita bússola. Vamo acabar com a raça desses duplos dominadores. - Lena diz cheia de determinação.
— Adoro quando as pessoas acordam cheias de determinação e vontade de resolver as coisas... - Noxer deixa a marca registrada dele no final da conversa, um comentário completamente desnecessário.
Todos nos olhamos, como se fizéssemos um pacto visual ali no ato. Como se tivéssemos nos comprometido, naquela ocasião, a derrubar os duplos dominadores um por um. Era isso. Time completo, espírito completo, união e entrosamento completo, só falta os elementos para estarmos prontos, penso eu. Eles que se cuidem.

Não muito distante de lá, o senhor do fogo cuspia vespas sobre seus subordinados. Ele estava furioso que eles capturaram apenas o filho da funcionária do castelo, mas o príncipe ainda não tinha sido encontrado.
— Vocês são uns incompetentes! Quem é esse menino para mim? O que diabos eu faço com ele, diga-me! Seus inúteis! A cidade está em plena calma justamente para vocês encontrarem meu filho, e vocês, ah, vocês, ficam de brincadeiras o dia todo!
— Vossa majestade, queira nos entender, o príncipe não estava com o menino, eles se separaram aparentemente. Já botamos vários guardas para rodear toda a cidade durante o dia e durante a noite, patrulhas estão saindo da delegacia especialmente para encontramos o príncipe. Acalme-se, senhor, nós lhe traremos de volta seu filho o mais rápido possível. - lhe respondeu trêmulo de medo o chefe da polícia do fogo. Todas as pessoas do planeta tem medo do senhor do fogo.
— Não quero sabe... O que você disse? Trazer meu filho de volta? Acalmar-me? Nanananão, meu querido. Você é quem não está entendendo. Eu, por mim, já tinha posto esse moleque pra rua faz muitos anos, ele não significa nada pra mim. Eu só o mantive aqui por zelar pela segurança do nosso povo. Esse menino é uma ameaça a vida. Ele, espirrando é capaz de destruir outra nação, igual que o meu antepassado Sozin. Você acha que ele leva esse nome por mero acaso? O cometa que o senhor do fogo Sozin usou para dizimar os nômades do ar leva seu nome pela enorme quantidade de poder que ele tinha! A última pessoa da família a ter tido tanto poder assim! E agora, por sua ineficiência, temos mais um, só que mais descontrolado (pois Sozin, ao menos não tocou fogo na própria casa) e com menos maturidade de discernir entre o certo e o errado! Compreende a situação? Não estou lidando com um problema familiar. Estou lidando com o futuro da minha nação!
O semblante do senhor do fogo havia mudado. Parecia que ao citar tais coisas que seu filho era capaz, ele tomava dimensão do verdadeiro "perigo" que o menino representava solto e desinibido por aí. Ele realmente não confiava em seu filho, e o tinha como "ameaça a vida". Iroh II se levanta, pondo seu altíssimo corpo de pé virando as costas para seus generais, olhando para a foto de sua mãe, a senhora do fogo Izumi, que ficava atrás do trono real. Ele se espelhava bastante na mãe.
— Mamãe, a senhora com certeza saberia como agir perante uma situação dessas. Não sei o quanto a senhora amava a sua Mila, mas eu amava a minha demais. Esse menino... Essa aberração que os espíritos sabem como Masha, a mais pura Masha, trouxe ao mundo, a tirou de mim. Minha Mila, minha Masha e minha Hoora. Oh, Hoora, que menina esperta que você era. Como sinto falta de vocês, minhas queridas. - Disse virando para a foto da dama do fogo ao lado de suas duas filhas, foto tirada antes do príncipe nascer.
"Eu estou disposto a proteger minha nação igual a minha antecessora Izumi. Então general, não interessa quanta gente está lá fora procurando por ele, é pouco. Ele é minha família por acidente. Ele deve ser tratado como ameaça. Botem todos os esquadrões de elite para procurá-lo. Os interrogadores trabalharão firme no menino ruivo agora para descobrir o possível paradeiro dele. Espalhem um aviso pela nação. Não! Pelo mundo todo sobre esse menino. Ela não terá para onde ir. "Ponha-me em contato com o pessoal do submundo por aqui. Com certeza alguém tem um lagarto farejador. Ofereça uma recompensa tentadora. E diga que se fizerem na metade do tempo, o valor será dobrado. A ameaça precisa ser neutralizada."
Todos sempre souberam que o senhor do fogo depois do incêndio não era o mesmo do que antes da tragédia. Passou a ser exagerado e teimoso, e, acima de tudo, megalomaníaco em praticamente tudo o que fazia. Pôr a patrulha toda em busca desse moleque? Há limites. Mas, patrão manda, quem é esperto obedece.


Passamos a treinar ali mesmo, assim que nos recuperamos do desmaio. Sozin tentava nos explicar o que era ao certo o elemento do fogo, e como atingir uma espécie de controle sobre ele, enquanto Nox plantou guarda na entrada da caverna. Nós dávamos o nosso máximo, mas pra uma filha de padeiro e pra um lutador de terra, era complicado entender o que era o fogo. Fico imaginando como o ar vai nos custar.
Ah, lembra que eu falei que nosso plano era falho? Bom, no plano original, devíamos ficar na caverna por mais sete dias, e treinar o fogo por lá.
Na prática, a infantaria do fogo acaba de chegar. Levando em conta que esse lugar é proibido e que temos um procurado da lei por aqui, não acho que a polícia veio nos trazer nenhuma torta de maçã. Eles vieram nos pôr em cana.
Nox reagiu rápido. Jogando uma rajada de ar na traseira de Paki, ele empurrou o bicho pra dentro da caverna. Como o bicho é grande, com o solavanco da primeira rajada ele atirou a segunda com os pés, e a terceira ele mesmo desceu trazendo toda a força de ar possível, pra pôr o bisão lá de todas as maneiras. Lena e eu entendemos a mensagem, e lacramos a entrada da caverna com um bloco de terra. Estávamos presos ali dentro.


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Notas finais do capítulo

Especulações!
Intrigas!
Dêem seus palpites!
Até a próxima, seus leitores que não comentam!
"Ao nascer, você assina um termo onde você aceita encontrar-se com todo tipo de indigente do mundo. O contrato se chama sociedade"
~ Rasputin, no seu único momento inspirador.



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