Múltiplos universos, uma possibilidade. escrita por Stefani Holmes


Capítulo 4
III Ato.


Notas iniciais do capítulo

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.” – NIETZSCHE, Friedrick.



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Conseguiram alcançar a “mesma frequência”. Era estranho, era novo, qual seria o nome ideal para o que estavam passando, para o que estavam sentindo? Talvez encontrar uma palavra não fosse tão útil quanto aproveitar aquele momento.

Ele se ergueu da areia, cambaleante. Estendeu a mão que mais parecia ondas pulsantes indo para algumas direções – seu corpo inteiro parecia a capa do disco, do que no futuro a humanidade teria o prazer de conhecer, Unknown Pleasures do Joy Division no ano de 1979. Ela segurou a mão dele, ergueu-se e ficaram próximos um do outro, apreciaram-se mais um pouco. A concha ainda estava ali, um ventre, uma matriz dos dois fenômenos.

E assim começaram a se balançar, pra lá e para cá, rodopios, saltos, numa folia que só eles conseguiam entender, entre sorrisos e agitos, seguindo uma suposta musica que permeava seus ares enquanto ambos ficavam escaldantes. E assim seguiram, acompanhando todo o planeta de aspecto agressivo, tinha momentos em que eles se misturavam, atravessavam as próprias formas, tamanha era a conexão que atingiram. Regozijaram de toda aquela loucura e se jogaram ao chão, “ofegantes”.

— Estou tão feliz, nunca me senti assim antes. – Ela comentou, se deitando de lado para olhar para ele.

— Sinto que podemos fazer isso para todo o sempre. –

— E por que não faríamos? –

— Tens razão, por que não? – Sorriu para ela e a abraçou ali mesmo. Deu-se conta que ela parecia bem menor do que antes, e comentou sobre isso.

— Esse planeta absorve muita energia, sinto o centro do planeta mais aquecido do que aquela cadeia de vulcões pela qual já passamos. –

— Devo me preocupar? –

Admirava as ondas dele, não queria realmente ter uma preocupação no momento, estava feliz demais para estragar aquilo. – Não. – E recostou a testa sobre a dele.


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