Pride and Passion escrita por oicarool


Capítulo 8
Capítulo 8




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Quando Elisabeta entrou na redação no dia seguinte, o caos já parecia tomar conta. Havia um carro de polícia em frente ao jornal, e Darcy conversava seriamente com dois policiais em sua sala. Venâncio e Olegário conversavam em um canto da redação, enquanto os outros colegas observavam a cena preocupados.

— O que aconteceu? Que furacão é esse? – ela perguntou aos dois.

— Invadiram a redação ontem à noite. – Olegário informou. – Temos alguns maquinários danificados.

— O que? Quem faria uma coisa dessas?

— Não sabemos, Elisa. – Venâncio lamentou. – A polícia irá investigar, mas tem muita gente que teria interesse em uma parada de circulação do jornal.

— Sim, consigo pensar em pelo menos uma dúzia de políticos ou empresários. E o que faremos? – Elisabeta olhou em direção à sala de Darcy.

— Darcy quer manter a circulação. Disse que ninguém vai calar o jornal, mesmo se precisarmos reduzir a produção.– Venâncio sorriu.

Nesse momento a porta da sala de Darcy se abriu, e ele se despediu educadamente dos policiais. Voltou-se para os colegas de trabalho, tentando manter uma posição firme.

— Eles não tem pistas. Mas descobriremos quem são os culpados, fiquem tranquilos. O mais importante de tudo é não nos deixarmos abalar. Mesmo com os contratempos, temos uma edição para amanhã. Por favor, vamos voltar ao trabalho.

Era a primeira vez que Elisabeta via Darcy se comportar como um verdadeiro chefe, e ganhar o apoio de seus colegas. Desde sua coluna criticando a mudança do jornal, Darcy se tornara mais flexível com os colegas, para alinhar-se à antiga linha crítica. E por isso aos poucos ganhava o respeito de todos ali.

Quando Darcy retornou à sua sala, Elisabeta o seguiu.

— Darcy? – ela bateu de leve na porta.

— Entre. – Darcy disse, cansado.

— Você já contou à seu pai? – ela perguntou, incerta.

— Não sei se devo, Elisabeta. Meu pai está fragilizado, não há nada que possa ser feito agora.

— Quem você acha que pode ter feito isso?

— Qualquer um. – deu de ombros. – Fomos duros com diversas pessoas nos últimos tempos. Eu inclusive critiquei o governador há poucos dias.

— E o que vamos fazer?

— Já tem alguém avaliando as máquinas, eu vou aumentar a segurança durante à noite. E até descobrirmos o responsável, você está proibida de permanecer sozinha nessa redação. – Darcy disse, sério.

— Eu estou o que? – Elisabeta ergueu a sobrancelha.

— Proibida, Elisabeta. – Darcy recostou-se na cadeira.

— Proibida? E quem está me proibindo? – ela cruzou os braços.

— Eu estou. E se souber que está aqui sem a minha presença, ou de Olegário e Venâncio, eu virei pessoalmente tirá-la daqui. – Darcy sorriu de lado.

— Você não manda em mim, Darcy. – ela bufou.

— Eu sou seu chefe, eu mando em você. – ele ficou mais sério, de repente. – Elisabeta, a invasão foi em um horário que você poderia estar aqui. Eu não quero imaginar o que poderia ter acontecido.

— Eu sei me defender, Darcy. – Elisa reclamou.

— Não me importa. Eu já tenho razões suficientes para me preocupar, a sua segurança não precisa ser uma delas.

Elisabeta balançou a cabeça, mas não conteve um sorriso. Era evidente que seguiria a recomendação, e nada tinha a ver com os pedidos de Darcy. Não arriscaria sua segurança, quando podia trabalhar em casa. Mas ele tinha uma linha de preocupação no rosto.

— Cuidado, senhor Darcy Williamson. – Elisabeta manteve o sorriso. – Se alguém ouvi-lo falando assim pode pensar que se preocupa comigo.

Darcy revirou os olhos, sorrindo também, ao observa-la sair de sua sala.

##

Depois de um dia tenso e cansativo, a proposta de Olegário de encerrarem a noite no bar foi aceita prontamente por todos os envolvidos. O colega inclusive foi pessoalmente à sala de Darcy convidá-lo, e pouco tempo depois estavam no Bar do Manuel, um português que recebia os jornalistas quase que semanalmente.

Era sempre um clima familiar, e por isso apesar de os solteiros costumarem ir direto da redação, muitos dos colegas iam até em casa buscar seus familiares. Aos poucos as cadeiras do bar foram sendo ocupadas, as conversas ficaram mais altas, enquanto Manuel buscava bebidas geladas.

Elisabeta conversava animadamente com a esposa de Venâncio, mas tinha consciência dos olhos de Darcy que buscavam os dela. Ele estava encostado no balcão, completamente informal, conversando com os colegas como ela nunca havia visto ele fazer. Inclusive sorriu ao vê-lo debater animadamente com Olegário.

As horas passaram e a tensão se dissipou. Pelo menos a tensão que existia pela invasão do jornal e pelo prejuízo. Muito já tinham ido embora, e os que restaram ocuparam uma pequena mesa no canto, até a hora em que Elisabeta viu-se apenas com Darcy a seu lado e Olegário na cadeira da frente.

Havia trocado olhares com Darcy durante toda a noite. Podia ver o desejo nos olhos dele, a forma como se demorava ao passear por seu corpo. Quando sentou-se ao lado dela, fez questão de manter-se por perto, em um toque de pernas ou braços. Elisabeta não costumava beber com frequência, e descobria agora o efeito intensificador do ácool em seu desejo por Darcy.

Quando Olegário pediu licença para ir ao banheiro, Darcy mal esperou que se afastasse antes de segurá-la com força pela cintura, puxando-a para ele. Cheirou seus cabelos, sussurrando em seu ouvido.

— Eu quero sua boca na minha. – Darcy disse, fazendo ela rir.

— Darcy! – Elisabeta ralhou, mas apertou a coxa dele.

— Você também quer. – Darcy mordeu a bochecha dela.

— Olegário pode chegar. – Elisabeta prendeu o ar quando Darcy beijou seu pescoço de leve.

— Deixe ele ver. – Darcy sorriu, mas se afastou à menção de Olegário.

E foi bem a tempo de evitar que seu Manuel visse a cena, e logo Olegário estava novamente com eles, trazendo uma animada discussão a respeito de qualquer assunto irrelevante.

##

Eles saíram quase uma hora depois, trocando os pés. Olegário os abandonou na metade do caminho, indo em direção à sua casa, e Darcy e Elisabeta seguiram em direção à casa de Lorde Williamson. Era um trajeto curto, mas os tropeços e risadas altas faziam com que parassem após poucos passos.

Foi depois da terceira vez que Elisabeta quase caiu que Darcy resolveu apoia-la. Sua mão na cintura dela, enquanto ela fez o mesmo na dele. Seguravam-se um no outro, o que não impedia que não conseguissem seguir em uma linha reta.

— Acho que bebemos demais. – Darcy riu, segurando-a novamente.

— Você acha? – ela fez uma careta. – Foi só um pouquinho.

— Espero que você não beba assim toda vez que sai sem mim. – Darcy a puxou para um abraço.

— É claro que não. Eu só bebi porque sabia que os seus braços fortes iam me levar para casa. – disse, embaralhada. – E depois fiquei distraída com os seus braços, e pensando em suas mãos.

— Eu também fiquei distraído com as minhas mãos. – ele se aproximou do ouvido dela. – Imaginando elas no seu corpo.

— Eu gosto das suas mãos. – Elisabeta segurou as mãos dele. – São grandes.

— Como tudo em mim. – ele sorriu de lado.

— Tudo? – ela riu alto.

— Sim, e você sabe bem.

— Eu não teria como saber. – Elisabeta deu de ombros. – Eu nunca vi.

— Mas sentiu. – Darcy a puxou contra seu corpo, movimentando os quadris.

— Eu não poderia comparar. – ela disse, com desdém, fazendo-o rir.

— Eu espero que continue não podendo. Por isso precisará aceitar a minha palavra.

— Preciso pensar sobre isso. – Elisabeta fingiu seriedade.

Mas Darcy segurou sua cintura, capturando sua boca sem aviso. Estavam no meio de uma rua deserta, mas a cautela não era uma companheira naquela noite, e por isso ela permitiu que ele a beijasse. E com o beijo vinha sempre aquele fogo, a vontade de tocá-lo, de ser tocada por ele.

— Não, melhor não. – Elisabeta interrompeu o beijo, empurrando-o de leve. – Não aqui.

Darcy acariciou seu rosto, e retomaram sua caminhada.

##

Apesar de terem percorrido o restante do caminho comportados, nenhum dos dois resistiu ao chegar nos terrenos da mansão. Darcy não deixou que Elisabeta abrisse a porta, a puxando para seus braços, grudando seu corpo à parede lateral. As mãos dela rapidamente foram para os cabelos dele, puxando-o, aprofundando o beijo.

Era um beijo desajeitado, os dois tentando manter o equilíbrio, ao mesmo tempo em que apoiavam-se. Darcy deixou suas mãos descerem, segurando as nádegas de Elisabeta e pressionando-a contra sua ereção. Elisabeta mordeu seu lábio inferior quando sentiu o contato.

Por causa da bebida, seus movimentos estavam mais ousados. Era pequena a probabilidade de alguém vê-los, ainda assim, em seu estado normal, provavelmente não teriam aquela demonstração de afeto ali. Mas as mãos de Elisabeta brincaram com os botões do colete de Darcy, enquanto ele beijava seu pescoço e colo.

Quando o colete estava completamente aberto, ela primeiro o arranhou por cima da camisa, e depois arriscou-se a abrir alguns botões, e em seguida sua camisa também estava aberta, e as mãos dela em contato direto com a pele dele. O contato causou um arrepio, e Darcy afrouxou um pouco o vestido, abriu alguns botões da combinação, e sorriu quando puxou o tecido para baixo e expôs os seios dela.

As mãos dele apertaram a pele recém exposta, e em seguida Darcy a beijou novamente, seu peito em contato com aquela nova descoberta, causando um arrepio nos dois. O vento gelado fazia contraste com seus corpos quentes, mas Elisabeta o parou antes que pudessem avançar ainda mais.

— Darcy, vamos... vamos subir. – ela disse, procurando o ar.

— Subir? – ele afastou-se um pouco, seus olhos nos dela.

— Não, não pra isso. – ela riu, segurando-se nos braços dele. – Qualquer um pode nos ver aqui.

— Não tem ninguém aqui, Elisabeta. – ele a beijou. – Mas eu não vou negar um convite para ir até seu quarto.

Darcy arrumou as roupas dela, enquanto Elisabeta abotoava de qualquer forma a camisa dele. Ele tirou o colete, e subiram com o máximo de silêncio que conseguiram. Tão logo a porta do quarto de Elisabeta se fechou, as mãos dele estavam nela, as dela nele. Elisabeta não pretendia fazer nada demais, mas também não estava pronta para soltá-lo.

Logo o colete estava pendurado em uma cadeira, e a camisa no chão. O vestido de Elisabeta estava quase que completamente aberto, e Darcy a beijava com paixão, em beijos quentes, molhados. Quando Darcy a empurrou levemente até a cama, deitando-se por cima dela, Elisabeta deixou-se ser guiada por ele.

Darcy retirou seu vestido com uma delicadeza quase exagerada. Não parou de beijá-la quando desfez as amarras de sua combinação, e quando Darcy começou a retirar o tecido de seu corpo, Elisabeta manteve-se relaxada. Sabia que poderia pedir que ele parasse, mas queria aquele contato, queria que ele tocasse seu corpo.

Os lábios de Darcy deixaram os de Elisabeta, e aos poucos começaram a explorar o corpo dela. Sua boca tomava o lugar do tecido que ele afastava, e Elisabeta sentiu que estava sendo jogada para outra dimensão. Darcy beijou seus seios com reverência, arrancando suspiros, enquanto suas mãos retiravam o resto da combinação.

Elisabeta viu-se nua pela primeira vez na frente de um homem, mas não sentiu vergonha ou desconforto. Estava segura com ele, e quando os lábios de Darcy desceram, se aproximando de seu centro, sentiu a expectativa tomar conta de seu corpo. Ele a tocou, primeiro. Era um toque já conhecido, prazeroso.

Mas qualquer expectativa foi superada quando os lábios dele a tocaram de verdade. E a partir dali, tudo foi fogo, e Darcy a empurrou pouco a pouco para aquele abismo que ela costumava encontrar quando estava com ele. Foi mais rápido e mais intenso do que das outras vezes, e foi apenas quando sua respiração voltou ao normal que Elisabeta percebeu que sequer sabia que aquilo era possível.

Darcy voltou a beijá-la, acariciando seu corpo, trazendo-a de volta para a realidade. Ele segurava sua própria respiração, o ímpeto de tocá-la ainda mais, de atingir o seu próprio orgasmo. Era sempre tão intenso quando estava com ela, mas Darcy não queria pressiona-la.

Porém, os olhos dela se abriram, curiosos. E Darcy deveria ter previsto que se surpreenderia, que cada exploração dele era também uma descoberta dela. Porque Elisabeta o testou, o empurrando um pouco para longe dela, fazendo com que ele deitasse. E a boca dela colou na dele, e então passou para seu pescoço, e seu peito. Ao contrário dele, Elisabeta mordiscava sua pele.

Darcy queria deixa-la explorar, queria mais do que tudo ser explorado, mas conforme os beijos dela desciam, suas mãos ficavam mais inquietas, ele prendeu a respiração, reunindo coragem. E antes que ela pudesse chegar à seu destino, Darcy usou sua força para puxá-la para ele, deitando-se por cima dela e a beijando.

— Eu não quero que você se arrependa. – ele disse, sorrindo, ao partir o beijo.

— E por que você acha que eu me arrependeria? – Elisabeta provocou.

— Eu não sei se você se arrependeria. Mas eu quero que você só faça isso quando estiver sóbria. – Darcy riu.

— Mas você não se preocupou que eu pudesse me arrepender de, bom, deixar você... – ela disse, sem graça.

— Elisabeta, Elisabeta... – ele a beijou. – Não há nada no mundo que vá fazer você se arrepender disso. E se em algum momento você ficar em dúvida do que sentiu, eu faço de novo.

Darcy a beijou com profundidade novamente, sentindo o calor do corpo de Elisabeta. E não impediu quando as mãos dela voltaram a explorá-lo, quando Elisabeta procurou sua ereção, segurando-o com firmeza. Ela não se arrependeria disso, não era uma novidade. E não demorou para que os beijos de Elisabeta, o contato do corpo dela, sua nudez, tudo fosse suficiente para que ele também chegasse ao prazer.

Permaneceu acariciando os cabelos dela até que adormecesse, e com um beijo na testa saiu do quarto.


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