Pride and Passion escrita por oicarool


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764920/chapter/4

Elisabeta só encontrou Darcy na noite seguinte, quando chegou em casa, quase na hora do jantar. Os três Williamson estavam em seus costumeiros lugares na sala de estar, e Elisabeta tentou evitar o constrangimento ao cumprimentar Darcy, que parecia tão desconcertado quanto ela.

Os momentos do dia anterior não saiam da mente de Elisabeta. Lembrava-se do coração acelerado, a boca seca, a vontade enorme de entregar-se ao desejo que sentia por ele. E tivera a esperança de que ao encontra-lo esqueceria tudo aquilo, mas Darcy parecia ainda mais atraente do que na noite anterior.

O jantar transcorreu de forma silenciosa, com raros comentários de Lorde Williamson e Charlotte. Elisabeta parecia perdida em pensamentos e evitava olhar para Darcy, porque toda vez que seu olhar desviava para ele, encontrava-o observando-a atentamente, com uma expressão enigmática.

Ela tentou evitar a reunião diária onde algum deles tocava piano, onde Darcy e Archiebald as vezes discutiam sobre os negócios, mas surpreendeu-se quando o Lorde solicitou que fosse ela a pianista da noite. Não sabia dizer não aos pedidos de seu benfeitor, por isso fez o solicitado.

Mas sentia-se desconfortável com os olhos de Darcy nela. Ele geralmente era indiferente quando ela se apresentava. Mas hoje o via na periferia, e nas poucas vezes que desviava o olhar, Darcy mantinha um sorriso contido, enigmático. Errou mais notas do que costumava, suas mãos um pouco trêmulas com sua agitação.

— Você parece tensa. – Lorde Williamson comentou, assim que Elisabeta terminou.

— Estou preocupada com a próxima coluna. Sabe como eu fico. – ela forçou um sorriso.

— Não deveria se preocupar. – Darcy comentou, seus olhos novamente nela. – Li seus textos. Tenho que concordar que estão de acordo com o que nossos leitores exigem.

— Elisabeta é uma escritora fantástica. – Charlotte comentou. – Gosto muito de suas colunas, especialmente as entrevistas com as mulheres que trabalham. Papai me mostrou.

Elisabeta espantou-se com os elogios. Charlotte parecia aos poucos querer se aproximar, afinal era uma menina doce e tinham muito em comum. Mas não conseguia entender aquele elogio vindo de Darcy, e não sabia se deveria acreditar em suas palavras ou se ele estava fazendo troça de suas colunas.

— Obrigada. – agradeceu, um pouco confusa.

— Eu gostaria inclusive de conversar com você sobre isso, Elisabeta. – Darcy disse. –  Se não se importar de não estarmos na redação, claro. – ele sorriu.

— Não, de forma alguma. – respondeu surpresa.

— Me acompanha até o escritório?

Ela assentiu, sem compreender muita coisa. Era incomum que Darcy lhe dirigisse a palavra, especialmente de forma educada e cordial. Entrou no escritório e Darcy fechou a porta, solicitando que ela sentasse.

— Eu não tenho o hábito de fazer isso, mas acho que lhe devo um pedido de desculpas.

Elisabeta piscou uma, e duas vezes, franzindo a testa.

— Não faça essa cara. – Darcy sorriu. – Eu fui muito duro com você aquele dia, critiquei seu trabalho em frente à todos os nossos colegas.

— Você costuma criticar o meu trabalho em frente à nossos colegas. – ela deu de ombros.

— O que eu estou tentando dizer é que eu estava errado. – ele disse, calmamente. – Apesar das nossas diferenças, e de eu não ter certeza sobre suas intenções, eu fui injusto com você enquanto profissional.

— Eu não sei se devo agradecer ou ficar ofendida. – ela disse, erguendo a sobrancelha.

— Você não consegue aceitar um elogio sincero? – ele cruzou os braços.

— Eu nunca sei quando você é sincero. – Elisabeta sorriu, contida. – Mas escolho acreditar que está sendo. Respeitando o meu trabalho talvez você consiga entender o que seu pai viu em mim.

— Elisabeta, Elisabeta. – ele sorriu abertamente. – Eu sei o que meu pai viu em você. Você é inteligente, fala o que pensa, é muito bonita. Mas mulheres como você geralmente tem interesses ocultos.

Elisabeta respirou fundo, não apenas desconcertada pela implicação, mas por Darcy elogiar sua beleza.

— Eu não sei que tipo de mulheres são como eu, Darcy. – ela também sorriu. – Mas em partes me sinto triste por você não ser capaz de acreditar que posso não ter qualquer interesse na fortuna de sua família.

— Não existem tantas pessoas boas assim no mundo, Elisabeta.

— Não que tipo de pessoas você conhece, Darcy. – ela levantou-se, tranquila. – Mas espero que pessoas melhores cruzem o seu caminho.

Ela virou-se em direção a porta, mas antes que pudesse abri-la, sentiu a mão de Darcy em seu braço, virando-a para ele. Estava perto demais novamente, aquela sensação de que o ar a sua volta era intoxicado por Darcy, seu cheiro, seu corpo. Antes que pudesse reagir, ele a enlaçou pela cintura, juntando seus corpos, dominando-a sem esforço.

— Eu queria acreditar em você. – ele sorriu, um sorriso de predador. – Mas você tem um feitiço, Elisabeta. Eu vejo como todos olham pra você.

— O que? – ela engoliu em seco, quando Darcy acariciou o rosto dela.

— Como se todos estivessem dispostos a fazer o que você quiser, quando você quiser. – os olhos dele estavam escuros, sérios.

— Que bobagem, Darcy. – ela tentou se afastar, mas ele a puxou ainda mais contra seu corpo.

— E eu não quero cair no seu feitiço, no seu jogo. – o polegar dele passou pelos lábios dela, de leve. – Mas quando noto, estou enredado, hipnotizado.

— Darcy, do que você está falando? – ela prendeu a respiração, ainda sem compreender.

— Não faça de conta que não nota. – Darcy tocou o nariz dele com o dela.

— O seu jeito de ficar hipnotizado por mim é me insultando? – ela tentou sorrir, mas a proximidade de Darcy a perturbava.

Darcy invadiu ainda mais o seu espaço, a mão acariciando sua cintura de forma dominadora, possessiva. Ele então deixou que a outra invadisse os cabelos de Elisabeta, e ela fechou os olhos com o contato, deixando-se levar pela carícia inesperada. Suas mãos ganharam vida própria e procuraram os braços de Darcy. Ardia de desejo por ele.

Ele sorriu quando os olhos dela fecharam, ainda sem saber o que o dominava. Nos últimos dias não parara de pensar em Elisabeta, e todos o desejo que sentiu desde o primeiro momento em que a viu se intensificou. Passara a tarde lendo seus textos, entendendo a mente daquela mulher, e não conseguia decifrá-la.

Era incompatível com as palavras de Susana, e suas colunas demonstravam uma profunda interação e respeito pela vida. Não pretendia se aproximar dela, apenas pedir desculpas e demonstrar que estava errado, mas agora a tinha em seus braços, e se não lia seus sinais de forma equivocada, aquela energia também a afetava.

Sem resistir, Darcy afastou os cabelos de Elisabeta, e beijou seu pescoço. O contato da língua dele em sua pele fez Elisabeta suspirar, e precisou apoiar-se nele, apertando seus braços. Foi o incentivo que Darcy precisava para abrir ainda mais os lábios e abocanhar aquela pele sensível. Dominado pelo desejo, Darcy a prensou contra a porta do escritório.

Elisabeta precisava se afastar, precisava empurrá-lo, mas nunca sentira-se tão fraca em sua vida. Sua respiração falhava, seu corpo respondia ao dele de uma forma que nunca pensara ser possível. E então não evitou quando o impulso fez com que acariciasse os cabelos de Darcy e puxasse seu rosto para ainda mais perto dela.

Darcy mordeu levemente o pescoço de Elisabeta, antes de voltar seu rosto para o dela. Os olhos inebriados dela o impediram de raciocinar sobre as implicações do que faria, o verde dela puxava o verde dele, e logo sua boca estava em contato com a dela. Elisabeta abriu a boca para recebe-lo, a língua quente dele tocou a sua, e o calor tomou conta dos dois.

Ele foi voraz, faminto, intenso. A beijava como se fosse a única coisa que faria na vida, cada vez mais excitado pela entrega dela, pela forma como ela respondia à seus desejos. As mãos de Elisabeta entraram nos cabelos dele, e Darcy segurou seus braços, antes de descer suas mãos pelo corpo dela, tocando tudo o que podia, testando todos os limites.

Elisabeta estava como fogo, e embora a racionalidade tentasse retomar o poder, seu desejo era intenso, poderoso. O corpo de Darcy a aquecia, cada pedaço dele em contato com ela, tornando-a ciente de seu próprio corpo. Não protestou quando um dos joelhos de Darcy pediu passagem pelo meio de suas pernas, fazendo com que ele se aproximasse ainda mais.

O ar faltava, mas nenhum dos dois queria acabar aquele momento, nenhum dos dois queria voltar para as alfinetadas, brigas. Nenhum deles queria encerrar aquele momento, porque sabiam que precisariam esquecer aquela noite, apagar aquele desejo. Por isso Darcy não partiu o beijo quando puxou Elisabeta de leve, mudando sua direção.

Caminharam em passos desajeitados até o sofá, e Darcy a deitou com cuidado, caindo por cima dela, de uma forma que o beijo se aprofundou ainda mais. Sem controlar-se, movimentou os quadris, provocando-a, arracando um gemido baixo entre seus lábios. Darcy mordeu o lábio inferior de Elisabeta, deixando sua mão explorar toda a lateral do corpo dela. O polegar acariciou a lateral do seio, as unhas dela firmes em suas costas.

Sem ser impedido, ele voltou os lábios ao pescoço de Elisabeta, mas dessa vez atreveu-se a descer um pouco mais. Beijou o colo da morena, sua língua provocante, arrancando gemidos baixos, enquanto sua mão ousava mais. Seu polegar já acariciava o mamilo por cima do tecido, e Elisabeta sentia a ereção de Darcy em sua coxa, movimentando-se levemente para provoca-lo.

Darcy puxou o tecido para baixo, de repente, e seus lábios se fecharam em torno do monte. Elisabeta nunca havia sido tocada daquela forma, mas não encontrava forças para ser racional, para impedi-lo. Sentia todas as partes de seu corpo exigindo o toque dele, exigindo a atenção. Quase protestou quando os lábios dele deixaram seu seio e voltaram para sua boca, mas Darcy segurou sua mão com firmeza.

Elisabeta sentiu quando a pressão do corpo dele aliviou, e então Darcy guiou a mão dela para onde nunca havia tocado um homem. Ele mordeu o lábio de Elisabeta e soltou um grunido quando a mão pequena envolveu seu membro por cima da calça, seus quadris movimentando-se no impulso.

Mas ele precisava de mais, precisava de um contato ainda maior, e por isso desabotoou a calça, seus lábios abandonando os dela para que seus olhos pudessem se encontrar. Darcy prendeu a respiração quando não viu hesitação ou medo, e então sentiu a mão dela entrar por baixo sua camisa, e então invadir o fino tecido de sua roupa de baixo.

Elisabeta o puxou para seus lábios novamente, enquanto sua mão envolvia o tecido quente e enrijecido. Já havia lido em tantos livros, mas não esperava uma pele tão macia. Explorou a extensão, fazendo Darcy acelerar a respiração. Acariciou a ponta molhada, e aquele toque fez Darcy puxar seu vestido para cima rapidamente.

Foi a vez dela prender a respiração quando Darcy tocou seu centro, e nada a preparou para a sensação daquele toque. Ele acariciou uma e outra vez, fazendo com que ela imitasse os movimentos dele na ponta de seu membro. Darcy sorriu entre o beijo, ousando mais, puxando o tecido fino para baixo, deixando que sua mão a tocasse livremente.

Esperou que ela o impedisse, mas Elisabeta parecia tão disposta a viver aquele momento e depois fingir que não havia acontecido. Por isso a tocou como sabia que a deixaria perdida, ainda surpreso pela resposta de seu próprio corpo ao dela. As mãos dele eram experientes, enquanto as dela exploravam os limites, o tocavam procurando sua resposta.

Em seguida Darcy foi ainda mais fundo até seu centro, e suspirou ao sentir os dedos molhados. Os toques dos dois eram cada vez mais ousados, e cada vez perdiam mais os sentidos. Darcy agora a tocava buscando mostrar a ela o prazer, enquanto tentava controlar-se para não chegar ao seu.

Mas quando Elisabeta mordeu o lábio dele, invadida por um prazer que não conhecia, intenso demais, que a fez flutuar e então relaxar em seus braços, Darcy também não resistiu. Deixou-se levar por aquele toque inexperiente, e tão surpreendentemente certo, derramando-se na mão de Elisabeta e em suas próprias roupas.

Ele a beijou até que a respiração dos dois estivesse normalizada, e então Elisabeta sentiu a realidade atingi-la. O empurrou rapidamente, arrumando suas próprias roupas. Olhou para Darcy uma última vez, com um assombro no olhar, incapaz de entender como foram capazes de ir tão longe. E quase torceu para que voltassem a brigar, quase torceu para esquecer-se. Mas a lembrança daquele prazer era intensa demais, e então viu-se torcendo para que pudesse repetir aquela experiência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pride and Passion" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.