Pride and Passion escrita por oicarool


Capítulo 21
Capítulo 21




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A semana chegou a galope, após um domingo preguiçoso de passeios em família. É claro que Lorde Williamson permanecia alheio ao que acontecia, mas Charlotte e Ludmilla trocaram sorrisos cúmplices quando Darcy e Elisabeta fizeram questão de ficar para trás no passeio, ou sentar juntos na Casa de Chá ontem fizeram suas refeições.

Naquela noite não se importaram em disfarçar o cuidado e o carinho, quando Archiebald recolhe-se. Darcy pulou para o lado de Elisabeta tão logo o pai virou as costas, puxando a namorada para seus braços. Viram-se dividindo sua jornada com duas das pessoas mais importantes para Darcy, e Elisabeta sentiu-se genuinamente acolhida por elas.

Mas Elisabeta sentiu-se constrangida quando todos eles subiram as escadas juntos, e em um surto de boas maneiras, despediu-se de Darcy à porta de seu quarto. Arrependeu-se amargamente quando deitou-se sozinha, já sentindo falta de seus braços fortes e do calor do corpo de Darcy.

Ao finalmente sair de seu quarto naquela segunda-feira nublada, já preparada para o trabalho, encontrou os três Williamson já em volta da mesa de café da manhã. Seu olhar rapidamente encontrou com o de Darcy em um sorriso contido. Gostaria de tocá-lo, mas Lorde Williamson ainda não sabia sobre seu envolvimento, e Elisabeta temia sua reação ao saber.

— Bom dia, minha querida. – o Lorde foi o primeiro à cumprimenta-la.

— Bom dia. Como passaram a noite? – Elisabeta perguntou, inocentemente.

— Tive uma ótima noite. – Charlotte sorriu.

— Pois eu senti muito frio. – Darcy sorriu de lado, servindo-se de café.

— Frio? – Archiebald arqueou a sobrancelha. – Não senti.

— Também senti frio. Muito frio. – Elisabeta piscou para Darcy tão logo o Lorde deixou de prestar atenção.

— Talvez precisem de novas cobertas. – Charlotte sorriu abertamente.

— Acredito que as cobertas estão ótimas. – Darcy sorriu para a irmã. – Eu é quem não estava aquecido o suficiente.

Charlotte e Elisabeta quase engasgaram-se ao conter uma risada.

— Talvez deva tomar um banho antes de deitar-se. – o Lorde opinou, já com seus olhos no jornal.

Elisabeta revirou os olhos para Darcy, migrando para terrenos mais tranquilos. Minutos depois ela despediu-se de todos, anunciando sua ida à redação. Não levou mais do que alguns segundos para Darcy reagir, anunciando que iriam juntos. E logo estavam no carro de Darcy.

Elisabeta estranhou quando Darcy fez um caminho completamente oposto, e ainda mais quando parou o carro em uma rua um pouco menos movimentada. Abriu a boca para questionar, mas Darcy aproximou-se ainda mais dela, ocupando qualquer mínimo espaço que ainda existia entre eles.

— Bom dia, meu amor. – disse, com um sorriso.

— Nós já demos bom dia. – Elisabeta sorriu, deixando-se levar pela proximidade dele.

Darcy levou as mãos à cintura dela, virando Elisabeta um pouco para ele. Em seguida aproximou o rosto do dela.

— Você fugiu de mim essa noite.

— É mesmo? – Elisabeta prendeu a respiração, o nariz de Darcy já próximo do seu, suas mãos descendo pelas coxas dela. – E você sentiu minha falta?

Darcy pegou uma das mãos de Elisabeta e levou à seu próprio corpo. Ainda segurando a mão da namorada, fez com que deslizasse por seu corpo, chegando ao meio de suas pernas.

— Isso responde? – ele suspirou, ao sentir a pequena mão de Elisabeta em seu ponto mais sensível.

— Darcy! – Elisabeta fingiu um choque eu não sentia, mas em seguida ponderou. – Estamos no meio da rua.

— Eu sei, eu sei. – Darcy pareceu lembrar-se, e suas mãos foram inocentemente para o rosto de Elisabeta.

Ela demorou um pouco mais para mudar sua mão de lugar, fazendo-o rir em agonia. Mas logo também estava no rosto dele, e Darcy tomou seus lábios com desejo. Precisava de sua dose diária de Elisabeta. Porém sua pequena provocação havia acendido o corpo de Elisabeta, e ela o beijou com voracidade.

Darcy viu-se puxando Elisabeta para mais perto de si, e a mão que acariciava o rosto dela desceu alguns centímetros, chegando perigosamente ao seio. Darcy desgrudou sua boca da dela apenas o suficiente para observar a rua, e suspirou ao ver despontar na esquina um simpático casal de idosos.

— É melhor irmos. – ela disse, suspirando.

— Sim. – Darcy voltou para sua posição no carro, e foram até o jornal sem uma palavra.

##

Darcy e Elisabeta trocaram olhares durante toda a manhã. O que costumava considerar uma péssima localização para sua mesa de trabalho, com vista direta para a sala de Darcy, agora era apenas uma boa conveniência. Um tanto quanto distrativa, mas conveniente.

Elisabeta almoçou com seus colegas no bar da esquina, enquanto Darcy ausentou-se para uma reunião. Imaginou que o encontraria apenas em casa, mas surpreendeu-se quando, no meio da tarde, Darcy novamente apareceu por lá. Ele não parecia estrar mais interessado no trabalho do que estava nela, por isso permaneceu vagando pela redação.

Ao ver que Darcy estava distraído em uma conversa com Venâncio, Elisabeta voltou à seu trabalho. E como quase sempre acontecia, viu-se focada no que fazia, a ponto de perder a noção do tempo que passava. Foi apenas quando Olegário despediu-se com um beijo no topo de sua cabeça que Elisabeta voltou a tomar conhecimento de tudo ao seu redor.

E não ficou exatamente surpresa quando encontrou a redação vazia. Ainda precisava adiantar algumas linhas, por isso voltou sua atenção ao trabalho. Dedicou-se por mais alguns minutos, releu seu progresso até ali, e suspirou aliviada. Pela manhã duvidara de sua capacidade de fazer seu trabalho com Darcy por ali. Mas agora finalmente estava satisfeita pelo dia.

— Você não achava conveniente... – a voz de Darcy soou atrás dela, fazendo-a sobressaltar. - ... que o nosso segurança tenha precisado de folga hoje?

Elisabeta virou-se para ele, com um sorriso cúmplice.

— Muito conveniente. – ela riu. – Você me assustou.

— Me desculpe. – Darcy abriu um sorriso travesso. – Eu estava observando você trabalhar.

— Aposto que estava aguardando o momento ideal para me assustar. – Elisabeta reclamou.

— Eu jamais faria isso. – ele fingiu inocência. – Você fica linda quando está concentrada.

— Muito obrigada, senhor Darcy Williamson. – disse, formal. – É ótimo receber um elogio do chefe.

— Chefe? – ele arqueou as sobrancelhas. – Eu estava aqui como seu namorado, mas não me importo de ser seu chefe.

Elisabeta riu, enquanto Darcy cruzou a redação, trancando as portas sem muita pressa. Mas enquanto ele se dedicava a fechar cada uma das trancas, Elisabeta aproximou-se, surpreendendo-o quando o abraçou por trás. Darcy encerrou sua tarefa e virou-se para ela.

— Não é adequado ficarmos aqui sozinhos. – ela aproximou-se dele. – Imagine o que seus funcionários diriam...

— Provavelmente que estou abusando de minha posição. – Darcy encostou-se na porta, e Elisabeta deu um passo a frente.

— Quem diria... ainda lembro a primeira vez que você entrou por essa porta. Não podia ser mais esnobe.

— Esnobe? Eu? – Darcy riu. – E a senhorita que me olhava com tanto desdém que parecia que eu era feito de estrume.

— O senhor não era exatamente simpático comigo. – ela deu de ombros.

Darcy inclinou-se, uma das mãos colocando uma das mechas de cabelo de Elisabeta atrás de sua orelha, e sussurrou em seu ouvido.

— É porque eu achava que nunca seria minha.

— É mesmo? – ela sentiu as pernas fraquejarem, e segurou seus ombros. – Nunca soube que o senhor me desejava.

— Você sempre soube. – ele sussurrou novamente, e mordeu o lóbulo. – Eu via em seus olhos que você sabia.

— Talvez eu tenha suspeitado. – Elisabeta fingiu indiferença.

— E você não me desejava? – ele perguntou, a puxando contra ele.

— Um inglês arrogante de dois metros de altura, com olhos impactantes, um sorriso safado e mãos enormes? – Elisabeta o encarou com sobrancelhas arqueadas. – Jamais.

— Jamais, é? – Darcy riu, a tirando do chão sem nenhuma dificuldade, sentando-a na mesa de trabalho que ela ocupava antes. – Então hipoteticamente, se eu começar a beijar seu pescoço agora, não terá nenhum efeito?

— Nenhum efeito. – ela revirou os olhos.

Darcy abriu com delicadeza as pernas de Elisabeta apenas para conseguir se encaixar ali. Suas mãos foram ao cabelo dela, enquanto seus lábios buscaram o pescoço. Beijou levemente, e então abriu os lábios, deixando que a língua tocasse na pele de Elisabeta. Ouviu o suspiro da namorada, e repetiu o movimento.

Darcy depositou beijos por ali, fazendo Elisabeta tremer com o desejo que crescia. Então voltou a morder sua orelha, uma das mãos já descia pelas costas dela. Elisabeta não resistiu à levar uma das mãos aos cabelos de Darcy, puxando-o contra ela. Darcy riu ao sentir o movimento.

— Nenhum efeito? – ele sussurrou, mordendo-a em seguida.

— Zero. – respondeu, sem ar.

— Vou tentar um pouco mais. – Darcy segurou os cabelos dela com um pouco mais de força. – Eu não desisto fácil.

Os dentes dele encontraram novamente sua pele, e Elisabeta deixou escapar um gemido, que o fez rir baixo em seu ouvido. A mão de Darcy já chegara à sua coxa, e ele segurou firme por cima do vestido, encaixando-se ainda melhor entre as pernas de Elisabeta. Ela suspirou novamente ao sentir o volume que ele já não conseguia disfarçar.

— Chega. – ela sussurrou, afastando-o um pouco. – Você vai me enlouquecer.

— É o meu objetivo, meu amor. – ele sorriu, dando uma piscadinha.

Elisabeta não deixou que ele voltasse à seu pescoço. Segurou a gravata de Darcy mantendo-o no lugar, e levou os lábios aos dele. Darcy não demorou a reagir, tomando a boca de Elisabeta, tocando a língua dela com a sua. Elisabeta aproveitou a chance para desfazer o nó da gravata, agradecendo por Darcy já não estar com seu colete.

As mãos dela eram apressadas, contrastando com o ritmo lento que ele insistia em manter naquele beijo. Uma das mãos se mantinha nos cabelos dela, dando puxões leves que a faziam suspirar. A outra puxava Elisabeta, mantendo o contato entre seus centros, e a cada movimento deles aquele toque ficava mais evidente.

Ela beijou o peito dele, assim que terminou de abrir a camisa de Darcy, as mãos tocando a pele dele em pequenos arranhões que faziam os músculos se contraírem. E ele não resistia à Elisabeta, por isso instintivamente suas mãos foram para baixo das saias dela, buscando uma forma de tocá-la.

Os dois tentavam se controlar, com o receio de que alguém voltasse para a redação, de serem pegos naquela situação. Mas a adrenalina também fazia a excitação aumentar, e antes que pudessem evitar as calças de Darcy estavam abertas, seu membro exposto, e parte da combinação de Elisabeta nas mãos dele.

— Você é louco. – ela sussurrou, voltando a beijá-lo.

— Eu sou o chefe. – ele parou o beijo por alguns segundos. – Ninguém poderia dizer nada.

Elisabeta o puxou contra ela, e sem nenhuma dificuldade Darcy deslizou para seu centro. Os dois deram gemidos abafados, e Darcy movimentou-se com rapidez. Não demorou para que metade dos objetos de Elisabeta estivessem no chão, enquanto suas unhas cravavam nas costas de Darcy, as mãos dele tocando qualquer pedaço de pele que pudesse.

Ele não conseguiu controlar-se o suficiente, atingindo o prazer antes dela. Elisabeta não teve nem tempo de pensar, pois mal Darcy recuperou os sentidos e ajoelhou-se diante dela. Foram necessários apenas alguns toques, diante daquela situação tão improvável e tão excitante, para que ela encontrasse o prazer também.

Ficaram ali, sentados no chão da redação, os corpos cansados e suados, suas roupas desalinhadas, mas satisfeitos não apenas com o que tinham feito, mas com o que tinham construído.

— Eu te amo. – Darcy sussurrou no ouvido dela, enquanto acariciava seus cabelos.

Elisabeta sentou-se o suficiente para que pudesse olhar nos olhos dele.

— Eu nunca pensei que fosse capaz de amar assim. – ela sorriu. – Que alguém fosse capaz de despertar tantas coisas em mim.

— Eu fico feliz por ter sido eu. – Darcy a beijou levemente. – Eu sinto que tudo o que fiz, todos os lugares em que estive, foram necessários para me trazer pra você.

— Ultimamente eu tenho pensado sobre isso. – ela suspirou. – Que conhecer seu pai, me tornar a protegida dele... que tudo isso fosse o destino me levando até você.

— Eu não tenho dúvidas disso, meu amor. – Darcy acariciou o rosto dela. – Nós fomos feitos um para o outro, só fomos cabeça dura demais para perceber antes.

— Cabeça dura? Nós?

Os dois riram e naquela noite voltaram felizes para casa.


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