The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 32
31. Práticas Introdutórias a Transmutação


Notas iniciais do capítulo

Olá, amadinhos da quarentena!

Como vão vocês?
Espero que, para aqueles que podem, vocês estejam em casa guardadinhos. A situação não tá fácil. Espero também que todos vocês e aqueles que vocês amam estejam a salvo. Breve estaremos todos livres.

Quanto tempo eu não apareço aqui, hein? Cês não tem noção do quanto de notificação que tinha na minha caixinha, ahahah. Eu não queria muita enrolação, nem muita explicação, até porque eu já deixei dois capítulos aqui só pra me explicar. Espero muito que os meus fies leitores reapareçam aqui e ainda acreditem em mim.

Estamos entrando na 4ª fase da fic, meus amores. Lembrem-se, são 5. O fim está próximo, mas não tão próximo assim, ahahah!

E ah, existem referências no capítulo.

Agora vamos ao que interessa!



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Um mês depois...

 

Faltavam exatamente quinze minutos para o início das aulas de Aritmância. Rose olhou de soslaio para relógio em seu pulso, mas, rapidamente as suas vistas embaçaram e se fecharam outra vez. Devagar, lábios macios percorriam o seu pescoço, ávidos e com um pouco de pressa.

Scorpius respirou mais forte quando a garota segurou seus fios de cabelo com força. Ele pressionou o seu corpo contra o de Rose, como se fosse possível aproxima-la ainda mais da parede de pedra. O garoto distribuiu uma trilha de beijos pelo queixo da ruiva, que sorriu involuntariamente antes de sentir o seu lábio inferior ser sugado com delicadeza.

Estava bastante quente dentro daquele armário de vassouras. Quente demais. Rose queria mais, contudo, algo a limitava de ir a diante.

— Scor... – ela sussurrou.

— Hum...

— A aula...

— Dá tempo... – ele resmungou de volta, ainda concentrado em beija-la.

— Vamos... chegar atrasados... novamente... – a ruiva insistiu. – E eu ainda quero estudar para transfiguração mais tarde. Eu creio que é o último assunto antes das provas começarem.

— É somente transmutação e auto-transmutação.

Scorpius ditou o assunto da aula para Rose, sem parar de beija-la. Meio minuto depois, o loiro sentiu dedos resistentes puxá-los antes que ele tivesse a oportunidade de chegar no decote perfumado da camisa feminina recém aberta.

— Ai! – ele reclamou, assustado.

A ruiva o afastou de si.

— É SOMENTE transmutação e auto-transmutação? – ela repetiu a frase do loiro, irritada. – Você bebeu? – perguntou. – Sabe quantas semanas os alunos costumam ficar empacados nessa lição?

Rose parecia irritada. Scorpius respirou fundo. Eles sempre paravam na melhor parte.

— Você não é qualquer aluna... – ele a puxou de volta, tentando beija-la devagar novamente. – Você é Rose Granger-Weasley.

— Hum... – Rose voltou a fechar os olhos.

— E você pode transmutar o que quiser em menos de uma hora...

— Sei...

— O que nos dá mais alguns minutos aqui dentro ocupados com algo que de fato interessa...

— Que seria...?

Agora era Scorpius que segurava os fios avermelhados dos cabelos de Rose. A garota sorriu, amolecida pelo toque suave na pele da sua nuca.

—  Como é que eu faço para te convencer a ficar...? – a ruiva sentiu o sorriso do namorado em seus ouvidos, acompanhado do hálito quente quando a sua língua tocou o lóbulo da sua orelha.

Rose não precisou responder com palavras.

 

...

 

 

A aula de Aritmância havia enfim terminado. Rose Weasley e Scorpius Malfoy atravessaram o pátio sorrindo e conversando coisas aleatórias sobre as horas anteriores. A ruiva avistou um amigo recém adquirido naquele ano. Sentado próximo a entrada do saguão, em um dos últimos bancos de pedra do local, Anthony Zabini olhava para o horizonte, distraído. Rose pode ver que o semblante do sonserino estava teso, angustiado com algum pensamento que parecia incomodá-lo.

O casal parou a frente de Zabini. A grifinória jogou os braços ao redor do pescoço de Scorpius e Anthony, despertando da sua tormenta, simulou uma ânsia de vômito.

— Parem com isso. Vocês dois me dão náuseas. – ele falou. – Que nojo!

— Você poderia estar sendo nojento assim com a minha prima, Zabini. – a ruiva comentou, com um sorriso zombeteiro no rosto. – No entanto, você prefere continuar sendo o mesmo idiota de sempre.

Zabini sentiu seu estômago fervilhar, agora de verdade.

— Não sei de quem você está falando, Weasley. – tentou disfarçar. – Você tem várias primas espalhadas por esse castelo.

Rose rolou as írises azuis para cima.

— Pode continuar fingindo, eu não ligo. – falou.

Ela arrumou os livros no colo.

— Vou deixar vocês conversarem em paz. Tenho bastante coisas do jornal para adiantar ainda hoje.

— Nos vemos na aula de transfiguração? – Scorpius a perguntou.

— Sim. Até mais tarde.

Eles trocaram mais um beijo afetuoso e a garota se afastou rapidamente, rumo a biblioteca. Malfoy observou a namorada por alguns segundos, antes de se sentar ao lado do amigo.

— Até quando você vai continuar agindo como um retardado? – Scorpius indagou.

— Eu estou falando sério, a Weasley tem muitas primas. – Anthony insistiu. – A Dominique tem namorado. A Roxx já deixou bem claro para mim que não gosta de garotos e a Lucy tamb...

— Eu estou falando da Lily, Tony. – o loiro o interrompeu.

Zabini engoliu a seco.

— Você gosta dela. – disse Malfoy.

— Você está louco, Scor. – o sonserino rebateu.

— Não, eu não estou. – Scorpius insistiu com convicção. – Você está apaixonado pela Lily.

Anthony cruzou os braços, irritado.

— Ok, como você pode ter tanta certeza disso? – replicou de cara feia. – Você demorou seis anos para descobrir que gostava da Rose!

— Eu não demorei isso tudo para descobrir! – o loiro se defendeu. – Eu demorei para assumir, é diferente. Eu sempre soube que amava a Rose!

— Eu sempre soube que amava a Rose... – o sonserino o imitou. – Porra nenhuma!

— Pare de agir como um imbecil. Pelo menos dessa vez.

— Tanto faz, Scorpius. Como eu disse, você está louco. Não existem motivos para que eu e a Potter ficássemos juntos.

— Não?

— Não. – Zabini insistiu. – Ela nem é isso tudo.

Malfoy ergueu as sobrancelhas claras, completamente descrente com a resposta. Ao ver o semblante do amigo, Anthony suspirou.

— Ok! – bradou, sem paciência. – Suponhamos que a Potter seja isso tudo...

— Suponhamos?

— De fato, ela é gata para caralho.

— E...?

— E é muito engraçada também.

— E...? – Scorpius continuou dando corda ao sonserino enquanto achava graça das suas reações.

— E ela fica mais bonita ainda quando está nervosa. – Zabini completou, com os olhos negros focados em algo distante. – Por Merlin, aquela azaração para rebater bicho papão é muito boa.

Scorpius riu.

— Mais algum adjetivo a acrescentar? – o loiro indagou.

— Não estou achando nenhuma graça. – Anthony reclamou. – A Potter é metida e esnobe.

Malfoy deu duas batidinhas no ombro de Zabini.

— Ser metido e esnobe são suas duas maiores qualidades, Tony. – comunicou. – Eu estou definitivamente certo. Até nisso vocês combinam um com o outro.

O sonserino semicerrou os olhos para o amigo e Scorpius soltou uma gargalhada.

 

...

 

Quando a professora Heddle entrou na sala, todos os alunos já estavam organizados em suas carteiras. A mulher baixinha sorriu, simpática como sempre, e pôs a sua maleta de trabalho em cima da sua mesa, a assobiar tranquilamente, como de costume.

— Boa tarde, turma. – ela disse, ao se virar.

— Boa tarde, professora Heddle.

A mulher sorriu mais uma vez.

— Hoje daremos início há uma parte muito importante do nosso ano letivo. Estudaremos as transmutações.

Scorpius olhou para Rose, que estava sentada do outro lado da sala com Albus. Havia um tom de presunção nas suas íris cinzentas. Rose fez uma careta.

— Alguém poderia descrever para mim o que é a transmutação?

Houve um breve silêncio na sala até que Violet levantasse a mão.

— Sim, Srta. Johnson?

— É a arte que permite transformar um ser humano em um objeto ou animal.

— De fato é isto. 05 pontos para a lufa-lufa. – Violet sorriu. – A arte da transmutação é muito complicada, sendo que esta consiste em transformar um ser humano em um objeto ou animal, sendo necessário um nível grande de concentração e foco do transfigurador. – a professora completou. – Mas quais são as suas regras?

A sala entrou em completo silêncio outra vez.

— Ninguém? – a professora parecia achar graça. – Srta. Weasley?

O que estava escrito no livro que ela tentara ler mais cedo mesmo? Pensou. Rose balbuciou algo para si mesma, irritada.

— Não é possível transmutar alguém em algo com mais de 10 quilos do próprio peso. – Scorpius respondeu. – Essa regra também se aplica no caso de auto-transmutações.

Em seu canto, Rose franziu a testa.

— Ele tem estudado a noite? – indagou em sussurros ao primo ao seu lado.

— O Scor? – Albus negou com a cabeça. – Quando ele não está com você, ele está na aula. Ou dormindo.

De fato, no último mês Rose e o loiro quase triplicaram o tempo juntos. E quase nunca era para estudar.

Havia algo de muito estranho.

— Auto-transmutações... – continuou Heddle. – Me fale mais sobre isso.

— Se auto-transmutar é transformar a si próprio em um animal ou objeto, mas sem o raciocínio humano. É apenas para disfarce em casos extremos e combinados. A pessoa perde completamente sua consciência quando tem sua cabeça ou seu corpo inteiro transfigurado. Nesse caso é necessário que se espere a transfiguração se desfazer ou que alguém a desfaça para você.

Scorpius não pode evitar um bocejo. Por que eu estou com sono? se questionou.

— Entediado, Sr. Malfoy?

— Não, senhora.

A turma inteira caiu na risada, inclusive a professora. Ela voltou-se para o quadro negro e alguns sufixos começaram a serem escritos sozinhos.

— 15 pontos para a grifinória. – disse, Heddle. – E vamos ao que interessa.

 

...

 

Havia quase uma hora que os alunos tentavam terminar a atividade passada pela professora de transfiguração. Exceto a dupla de Albus, onde Rose descansava em cima da mesa tranquilamente sobre a forma de um baú de mogno, e mais duas garotas sonserina ao fundo da sala, ninguém mais obtivera sucesso.

Zabini já estava irritado a tempo.

— Não está dando certo. – Scorpius revirou os olhos.

— Oh, jura? – o sonserino bufou. – Essa merda é complicada.

— Mais complicado ainda é você deixar o meu braço desse jeito!

O punho de Scorpius tinha sido transformado em um braço de poltrona bem mirrada e encardida.

— Você tem que dar um jeito nisso logo!

— Por que você tá nervoso? – Anthony franziu a testa.  – É só uma aula!

— Que já deveria ter terminado!

— Então faz você, porra!

Scorpius suava frio. A sua cabeça estava latejando desde quando começara a lição. O loiro apoiou a mão que não estava transfigurada em cima da carteira de trabalho.

— Scor?

Os ombros do garoto tremiam como se ele tivesse sido mergulhado em uma bacia de água gelada.

— Scorpius? – o sonserino voltou a chamar o amigo, preocupado.

— Cet non pont et nos sus...

— O quê?

— Cet non pont et nos sus.

Anthony se afastou, assustado, em direção ao lado oposto.

— Pro-professora Heddle? – chamou.

— Cet non pont et nos sus. – continuou sendo a resposta do grifinório.

Scorpius agora andava de um lado para o outro em seu espaço. Seus olhos cinzentos estavam desfocados. Pouco a pouco um sorriso assombroso tomou a sua face. Quase toda a turma agora o observava.

— Cet non pont et nos sus.

— Sr. Malfoy? – a professora de transfiguração desceu do batente onde esteve analisando os alunos. – O senhor está bem?

— Cet non pont et nos sus...

Heddle ensaiou se aproximar, contudo, em um movimento violento, Scorpius a desarmou. A varinha da professora voou para o lado oposto da sala de aula. O suor escorria cada vez mais intenso pelo corpo de Malfoy, de modo a deixar os seus cabelos loiros encharcados e escorrer ao longo da camisa do uniforme.

— Cet non pont et nos sus.

Malfoy permanecia com a varinha apontada na defensiva.

— Passem todos para cá... – pediu calmamente a professora. – Devagar.

A turma não demorou a atender o pedido. Estavam todos alarmados. Um garoto da corvinal, apesar do tamanho, parecia tremer de medo tanto quanto Scorpius. Albus agitou a varinha e o baú a sua frente se desfez aos poucos, até mostrar as formas de Rose Weasley outra vez.

A ruiva sorriu, animada.

— Ai que divert... – sua frase fora interrompida pela atenção nas expressões de Violet.

— Rose... – a lufana apontou adiante.

Rose se virou rapidamente. Seu semblante, antes tão vívido, transverteu-se em tremendo temor. O loiro, no entanto, quando a avistou, pela primeira vez desde quando as estranhezas começaram, pareceu identificar um rosto conhecido.

— Linda. E vermelha. – disse baixinho.

Scorpius continuava com a varinha empunhada, mas, ainda assim, Rose seguiu em seu rumo.

— Srta. Weasley!

A voz da professora de transfiguração parecia inaudível aos ouvidos de Rose. O que estava acontecendo com o Scorpius?

— Scor...

— Linda... e vermelha...

— Solte a varinha... – ela pediu. – Por favor...

— Não consigo...

— Me entrega a varinha, Scor...

— Não consigo... – ele insistiu. – Cet non pont et nos sus.

A mão do garoto, antes apontada para Rose, subiu em direção aos seus cabelos loiros.

— Scorpius, não! – Rose gritou.

Mas era tarde. O feitiço fora dito. Um jato de luz azulado e o mundo de Scorpius imergiu na escuridão.

 

 


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Notas finais do capítulo

As informações sobre as Transmutações não são minhas, logo, vou deixar para vocês aqui embaixo o link dos fandoms legais de onde eu puxei alguns textos que falam disso!
==> https://rpghogwarts.fandom.com/pt-br/wiki/Transfigura%C3%A7%C3%A3o_6%C2%BA_ano
==> http://wwwpotterworld.blogspot.com/2011/07/transfiguracao-parte-ii.html

E aí? O que acharam?!

Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!



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