The Baby Sitter escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 33
32. O sonho de Scorpius


Notas iniciais do capítulo

Oie, bbs!

Como vão vocês? Espero que bem!

Quem é vivo sempre aparece, então trago mais um capítulo da nossa história, ahaha. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764812/chapter/33

 

 

O fraco sol matinal banhava a face de Scorpius Malfoy quando ele abriu os olhos. Suas írises cinzentas, ali quase que em um azul transparente, refletiram um dos laivos avermelhados da grande estrela. Scorpius pensou que vermelho era bom. Ele gostava da cor.

O garoto bocejou lentamente e, após algumas piscadelas, observou ao seu redor. O quarto onde estava era claro, quase que totalmente branco. Haviam algumas plantas espalhadas pelo cômodo, poucas largas apoiadas em cachepôs de palha ou tecido, outras compridas e de folhas finas ou penduradas. Suas folhas escuras pincelavam cor ao quarto tão translúcido.

A grande janela tinha duas de suas abas abertas. A brisa matinal balançava com delicadeza as longas cortinas alvas. Também era de lá que estava a vir a luz do sol. E não havia como o local não estar tão iluminado. Scorpius estranhou o tamanho da abertura. Tinha a sensação de nunca ter visto uma janela tão extensa quanto aquela em lugar nenhum.

Lentamente, o loiro sentou-se na beira da cama gigante. Ele tentou pôr os pés no chão amadeirado, mas o seu pequeno dedão estava longe de chegar ao piso com tanta facilidade.

Mas, espera um momento... Pequeno dedão?

O garoto franziu a testa. O que houve? Pensou. E se observou novamente. Desta vez o tamanho das próprias mãos, postas no ar a frente dos seus olhos. Unhas finas. Pequenas falanges. Braços curtos, onde quase não se sentia a existência de músculo algum.

Ele tocou-se mais a cima. Ombros estreitos. Pescoço curto e macio. Havia algo de errado. Não existiam pelos quando o loiro passou as mãos pelo rosto. Definitivamente havia algo de estranho acontecendo ali.

 Scorpius se impulsionou para descer da cama. Quase caiu. Uma vez completamente de pé, estranhou-se mais novamente ao perceber que era bem mais baixo do que a cabeceira.

Do lado da janela, um espelho de chão descansava entre as plantas. O loiro andou até lá. Ou melhor, cambaleou. Seus passos não eram tão firmes quanto ele pensou que fossem. Ao se ver no reflexo, o garoto concluiu o que era óbvio.

Ele era uma criança. A mesma criança que fora anos atrás. Tão nova, que nem o próprio se lembrava daquela idade, quando ainda cabia no seu pijama de bolinhas azul.

Scorpius permanecia a se admirar, curioso, quando uma segunda figura apareceu ao seu lado. Estranhamente, vê-lo ali não lhe causou surpresa. O velho esboçou o que parecia ser um sorriso.

— Você sabe a resposta, garotinho. – disse enquanto amassava o gorro encardido nas mãos calejadas. – Você sabe a resposta.

Antes que o menino raciocinasse sobre a questão, a porta do quarto fora aberta.

— Você já está acordado. – a voz feminina disse, levemente surpresa.

Astoria Malfoy sorriu para o filho. Scorpius percebeu que o velho se fora.

— O que você está aprontando, Hyperion? – perguntou, divertida.

Ela andou na direção do menino e o pegou no colo. Scorpius deixou-se ser carregado sem defesas. Era aconchegante em estar nos braços da mãe.

Astoria olhou para o espelho.

— Olha você... – ela disse. – Já está tão grande... – seus dedos finos percorreram as costas do filho com carinho e delicadeza. – Daqui há uns dias já não poderei mais carrega-lo.

Scorpius queria dizer a mulher que não. Que de todos os lugares de mundo, era para o colo dela que ele queria retornar quando se sentia sozinho. Porém, não conseguiu dizer nada além de balbucios soltos. Ao que parecia, a habilidade da fala ainda não havia sido-lhe concedida.

Astoria sorriu mais uma vez.

— Vamos acordar o papai? – perguntou ao filho, retoricamente.

Os dois saíram do quarto. No corredor, o menino repetiu em pensamento:

“você sabe a resposta, garotinho”.

Talvez Scorpius soubesse de fato a resposta. Ele não sabia qual era a pergunta.

 

...

 

Rose Weasley estava sentada ao lado da cama, na enfermaria. Sua cabeça pesava enquanto ela tentava ler um dos seus milésimos livros de romance trouxa. Rose queria se manter acordada.

Ela precisava se manter acordada.

— O que você fez, Rose? – a garota se perguntou.

A ruiva não descansava direito há mais de seis dias. Durante o tempo em que Scorpius estivesse dormindo, Rose não teria paz.

Ela fechou o livro, devagar. Seus pensamentos vagaram para longe.

 

Respirei fundo e agitei o frasco da poção. Eu havia pedido que Roxanne focasse em Scorpius Malfoy. Só Merlin saberia o quanto eu me odiava por aquilo.

— Rose! – Lily fitou me fitou. – Tá chovendo muito. Pode não dá certo!

— Vai dar certo! – eu insisti.

— Rose...!

— Confia em mim, Lily!

— Ok!

Lily estava contrariada. Mas eu poderia afirmar que não mais que eu. Precisar da imagem de Malfoy era conflitante demais.

O observei no ginásio. A chuva o empapava completamente. Scorpius não perecia se importar em estar molhado. Seus movimentos eram ágeis e suas feições enquanto jogava, engraçadas.

Continuei agitando a poção vedada em minhas mãos. O pó de rursus precisava maturar. Olhei novamente para o loiro e quis rir quando li uma sequência de xingamentos desaforados em seus lábios para o time adversário.

— Concentra, Rose. – eu repeti para mim mesma mentalmente. – Agora não é hora.

Eu seria uma tola se negasse o quanto o Scorpius mexia comigo. O nosso passado fora intenso demais para eu simplesmente esquecer tudo o que aconteceu entre nós. Mágoas rodeavam a minha cabeça, porém, vez ou outra, lembranças felizes de nós dois enchiam o meu coração.

Três anos depois e eu ainda não sabia como escapar desses sentimentos.

— “Albus passa a gole na mão do Malfoy e o artilheiro segue decidido, deixando todos para trás!”. – ouvi um dos gêmeos Scamander bradar.

Lily gritou mais à frente.

— Agora!

O encarei mais uma vez. Seu borrão perdido entre as gotas de chuva. Sacodi a cabeça. Foco. Eu queria aquela fotografia. Porém, o que mais eu queria?

Lancei o frasco da poção o mais longe que eu pude, na direção de Scorpius. 

— Reducto!

E a névoa rosada se espalhou pelo ar.

 

...

 

Rose despertou assustada. Ela suava por dentro do grosso casaco, todavia, suas mãos tremiam como se a garota estivesse com frio. O livro que estivera lendo jazia no chão de pedra.

A ruiva curvou-se para frente. Ela passou as mãos pelos cabelos compridos. Era sempre o mesmo sonho a atormenta-la. O dia do maldito jogo. Uma lágrima caiu do seu olho. Era insuportável não ter certeza.

Rose levantou-se do assento. Seus olhos percorreram a enfermaria, devagar. Não existia mais ninguém ali além dela e do corpo adormecido de Scorpius. Rose se aproximou do loiro.

Ela tocou o seu rosto. As feições de Malfoy eram serenas. Sua pele estava quente, porém a ruiva nunca o vira tão pálido antes. Rose o beijou nos lábios.

Como nos últimos dias, não obtivera nenhuma resposta.

— Eu te amo... – ela sussurrou.

E por isso era insuportável não ter certeza.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!

Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Baby Sitter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.