Lovely Death Angel escrita por Jibrille_chan


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Post mediante pagamento da Teh 8D Agradeçam a ela, okah?



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Takashima.

Um nome que não saia da minha mente. Seu rosto também não saia da minha mente, como se tivesse sido fotografada. Suspirei, um pouco irritado. Aquilo definitivamente não deveria acontecer. Não comigo, integrante do exército de Uriel. Talvez com qualquer um dos mortais que caminhavam ao meu redor, sem realmente prestar atenção em mim.

Continuei caminhando, sem realmente prestar atenção aonde ia. Como será que era o dia dele? Eu sabia que ele trabalhava num hospital, e pelo visto na ala pediátrica. Fazia tanto tempo que... eu havia me tornado o que era. Não me lembrava mais de como era ser... humano. Senti uma mão se fechando no meu braço, me parando.

- Você...

Me virei, reconhecendo aquela voz. Que eu não poderia ouvir de novo, mas estava ansioso para ouvir. Takashima sorria, parecendo encantado com algo que eu não fazia idéia do que era. Ficamos nos encarando por alguns segundos, parados, no meio da calçada. Após alguns segundos, Takashima riu.

- Me desculpe... eu... vamos sair do meio da rua? Meu apartamento é nesse prédio aqui ao lado...

Ele apontou para o edifício ao nosso lado, e eu olhei o prédio, curioso. Como eu havia parado bem na porta da casa dele? Pisquei, depois voltei a olhá-lo. Ele ainda esperava a minha resposta. Acabei por sorrir.

- Tudo bem.

O sorriso que eu recebi em troca foi tão... inocente. Desprovido de qualquer outra intenção a mais. Ele me puxou pelo braço pra fora da multidão, me conduzindo até o elevador. Sentia seus olhos curiosos em mim, como uma criança. Talvez fosse por influência de crianças mesmo, já que ele era pediatra, ao que tudo indicava.

Assim que a porta do elevador se abriu, ele saiu à frente, um molho de chaves na mão, os muitos chaveiros fazendo barulho. Não pude me impedir de sorrir pela cena adorável. Não parecia que ele era um homem adulto, médico formado. Abriu a porta, entrando e parando, me fazendo um convite mudo para entrar.

Quando eu coloquei meus pés naquele apartamento, eu pude sentir uma energia boa. Um sentimento de aconchego muito grande, e muito bom. Aquilo me deixou mais curioso pra saber que tipo de pessoa Takashima era. Vi o loiro fechar a porta, indo até a cozinha.

- Se importa de ficarmos na cozinha?

Neguei com a cabeça, seguindo-o. A casa era muito simples, sem móveis ou enfeites de aparência cara. Achei aquilo um pouco estranho, afinal, médicos ganham muito bem. Sentei-me na cadeira em frente ao balcão da cozinha, vendo Takashima mexer no armário.

- Quer café?

Café? Nossa, fazia muito tempo que eu não bebia aquilo.

- Ah... Sim, obrigado.

Ele sorriu, indo pegar as coisas pra fazer o café.

- Desde aquele dia no hospital que eu venho tentando te achar.

- É?

- Sim, eu queria agradecer de algum jeito. Mas eu nem sei o seu nome...

Ficamos nos encarando, Takashima com a cafeteira na mão. Ele era realmente muito louco de levar uma pessoa que ele só tinha visto duas vezes e nem sabia o nome para seu apartamento. E que nome eu daria? Fiquei procurando alguma coisa como referência... até que meus olhos pousaram nas xícaras azuis atrás dele.

- Aoi.

- Aoi? – Ele ergueu uma sobrancelha.

- É.

- Bom, meu nome é Takashima. Takashima Kouyou. Mas meus amigos me chama de Uruha.

- Uruha é mais bonito.

O loiro corou levemente, se virando de costas para preparar o café. Depois voltou-se para o balcão, puxando uma cadeira e se sentando na minha frente.

- Então... como me achou?

- Hm?

- Aquele dia... no hospital.

- Ah.

-...

-...

- Não vai mesmo me dizer?

- Seu café ficou pronto.

Uruha se levantou de um pulo, ino até a cafeteira, servindo o café em duas xícaras, depois retomando sua posição, colocando as xícaras no balcão. Ele parecia não se cansar de me encarar. E aquilo me causava um certo desconforto. Os olhos dele eram penetrantes, como se a qualquer momento ele fosse saber o que se passava na minha mente. Levei a xícara aos lábios, provando do café e engasgando logo depois.

- Quente!

Uruha tentou se segurar, mas acabou rindo.

- Você é louco? Acabei de tirar da cafeteira, deve estar fervendo!

- É, ne?

Ele riu mais, negando com a cabeça.

- Em que planeta você vive?

Sorri, assoprando o café pra que esfriasse um pouco. O riso dele era muito bom de se ouvir. Ficamos os próximos minutos em silêncio, apenas tomando o café. Sentia seus olhos em mim, quando ele achava que eu não estava vendo. Quando o café terminou, ele se levantou, pegando as xícaras.

- Obrigado pelo café...

E antes que ele se virasse pra mim, saí dali, deixando a porta do seu apartamento aberta. Droga. Agora seria mais difícil de tentar esquecê-lo. Não que eu realmente quisesse isso. Mas era necessário.

Continua...


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