Lovely Death Angel escrita por Jibrille_chan


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Após um longo e tenebroso inverno, ENEM, stress de escola e problemas pessoais que non vêm ao caso...

I'M BACK! o/ E já aviso que sim, o capítulo ficou curto. Mas é que agora que a história vai tomando certos rumos /hum~



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Certo, eu já estava ficando com sérios problemas. Afinal, não é muito normal – muito menos saudável – seguir uma pessoa. Suspirei, vendo o loiro caminhar calmamente pelas ruas úmidas de chuva, tentando não perdê-lo de vista entre os milhares de guarda-chuvas. Não que fosse realmente difícil perder de vista um guarda-chuva azul claro com desenho de ovelhas. Ele realmente parecia uma criança que havia ficado num corpo de adulto.

Ele parecia distraído com alguma coisa, e completamente alheio a coisas como a chuva ou o trânsito da rua que ele iria atravessar. Apertei o passo, conseguindo me aproximar. Ele já ia atravessar a rua quando um carro fez a curva e, sem nem mesmo pensar, passei meu braço pela sua cintura, puxando seu corpo de volta pra calçada e, conseqüentemente, de encontro ao meu corpo.

O carro passou a toda velocidade, espirrando água, que só não nos atingiu porque Uruha abaixou o guarda-chuva, meio que por reflexo. O loiro parecia assustado, talvez não tivesse me reconhecido. Mas estava difícil de soltar seu corpo, com aquele perfume parecendo invadir todos os meus sentidos. Ele virou o rosto na minha direção, e aquilo foi o sinal para que eu o soltasse.

- Ah... Aoi!

Seu rosto enrubesceu e eu só pude sorrir, achando a cena adorável. Ele parecia extremamente sem jeito.

- Eu... ah... Muito obrigado! Eu não tinha visto o carro!

- Tudo bem.

Ele ficou me encarando por um segundo, e depois arregalou os olhos.

- Meu deus! Você está encharcado!

Passei os olhos pelas minhas roupas ensopadas.

- Acho que sim.

- Você tem que tirar essas roupas e tomar um banho quente, ou vai pegar uma gripe!

- Mas eu não...

- Anda, vem agora comigo!

- Mas Uruha...

- Sem protestos! Como acha que eu, um médico, vou me sentir se você ficar doente e por minha culpa?

- Uruha, você é pediatra.

- Cursei medicina do mesmo jeito.

Eu sorri mais abertamente, apenas observando ele me puxar pelo pulso até o prédio em que morava, totalmente decidido sobre o assunto. Ele me levou até o banheiro de seu apartamento, só me soltando lá dentro.

- Eu vou arrumar algumas roupas secas pra você e uma toalha. Anda, direto pro chuveiro!

E saiu apressado. Encarei o boxe, as sobrancelhas erguidas. Depois ri, negando com a cabeça e tirando as roupas molhadas. Uruha realmente não tinha jeito.

- Olha, aqui está a toa---

Me virei para o dono da casa, me deparando com sua boa entreaberta e o rosto não vermelho, mas sim roxo. Ergui uma sobrancelha, questionando-o, e ele pareceu despertar de seu transe, sacudindo a cabeça. Mas continuava com o rosto escarlate.

- A sua toalha... Ta aqui... pode demorar o quanto quiser...

- Certo. Obrigado.

Ele apenas acenou afirmativamente com a cabeça e se retirou. Olhei pra baixo, encarando meu corpo nu. Será que havia algo de errado? Entrei no boxe, ligando a água quente. Incrível como aquilo era relaxante. Não me lembrava de me sentir assim havia muito tempo.

Depois de alguns minutos debaixo da água quente, saí de lá, em enrolando na toalha felpuda que Uruha havia me emprestado. Bem, talvez não adiantasse de nada dizer a ele que eu não iria ficar doente. Mas que explicação eu daria?

Abri a porta do banheiro, que dava para seu quarto, e vi em cima da cama uma troca de roupa seca. Me troquei, e depois fiquei olhando pras roupas. Uma calça de moletom marrom que provavelmente já tinha muitos invernos, e a blusa de manga comprida que fazia par, com uma estampa do Mickey.

Peguei a toalha molhada, pendurando-a no boxe e então fui pra sala. A cena que eu encontrei de certa forma não me surpreendeu. Ele estava deitado no sofá, todo encolhido, adormecido. Pelas olheiras embaixo de seus olhos, era dedutível que ele havia ficado de plantão a noite toda no hospital. E seu cansaço explicaria sua distração de mais cedo.

Fiquei ali observando-o, apoiado no encosto do sofá. Sem que eu percebesse, uma das minhas mãos começou a brincar com aqueles fios claros, distraidamente. Aos poucos, pude perceber os músculos dele relaxando no sofá. Dei a volta, e cuidadosamente, peguei-o no colo. Não era justo que ele dormisse no sofá da própria casa quanto tinha uma cama confortável esperando por ele.

Com cuidado, coloquei-o na cama, ajeitando os cobertores sobre ele. Tirei os fios do seu rosto, para vê-lo melhor. Ele era realmente muito lindo, e sua presença emanava algo de bom. Ele se virou e segurou a minha mão entre as suas, ainda dormindo. E eu achei que ele não poderia ser mais adorável.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez me desculpem pelo tamanho u.u Essa semana eu posto o próximo o_o/