SOMBRAS - A Armadilha da Rainha escrita por GabihS


Capítulo 7
Capítulo 6 - Quando o mundo girou




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— Acalmem-se, crianças. – Um senhor disse entrando na sala, acompanhado de duas garotas. – Não há motivos para temer. – Seus olhos eram cinzentos, que somado as garotas que o acompanhavam, indicava que evidentemente, ele era cego.

Elas, por sua vez, foram as primeiras coisas que Matthew notou. Eram muito bonitas, vestidas com togas brancas, onde uma abertura deixa uma de suas pernas à vista. No entanto, enquanto se aproximavam, ele notou que cada uma tinha um olho cinza também. Sendo uma cega do olho direito e a outra do esquerdo. Estranho. Pensou.

Enquanto Matt concentrava suas atenções nas garotas, os outros observavam o salão como um todo. Os detalhes nas paredes, eram parecidos com os do teto. Paredes brancas talhadas com desenhos dourados. O significado dos símbolos era desconhecido para os irmãos, com certeza. O melhor palpite, de Alex, era que fossem runas antigas.

O que identificaram como sendo a frente do salão, apresentava duas portas altas, quase atingindo o teto, na cor branca, aparentando serem muito pesadas. Havia poucas janelas, apenas algumas atrás deles, com um tamanho consideravelmente extravagante. A paisagem delas, era o que surpreendia. Nuvens. Era como se estivessem em meio aos céus.

De frente para eles, como em um programa de auditório, havia uma grande arquibancada, lotada de adolescentes e alguns adultos, de uma ponta a outra, na extremidade direita do salão. Sendo a mesma, imensa.

A alguns passos à frente dos cinco, havia um grande círculo, delimitado por seis pedestais de madeira, com um centro de cristal.

Voltando então a atenção para as pessoas que os rodeavam, perceberam que por detrás dos homens e mulheres no altar, havia tronos, grandes e chamativos, como os dos reis da Era medieval. Suas roupas eram igualmente do mesmo período. Os homens estavam com vestimentas de guerra, uma espécie de armadura dourada; enquanto as mulheres usavam todas o mesmo vestido comprido e dourado. O que as diferenciava uma das outras eram os adornos e penteados. Além de que cada homem e mulher tinha um símbolo diferente tatuado em uma parte de seu corpo.

Naquele momento, Alex se sentiu despida, sabia que sua roupa estava mais ousada do que a de costume, e os garotos na arquibancada não tentavam disfarçar os olhares curiosos em sua direção. A roupas de todos, com exceção de Andrew e Dylan, que estavam com suas vestimentas de costume, estavam características de uma festa.

— Estou impressionado com vocês. – O senhor retomou a fala. - Minha visão não me mostrou quando chegariam. Mas eu senti que seria logo. – Ele parecia impressionada e intrigado ao mesmo tempo. – Há tanto para compensar. – No final, seu tom mudou, soando piedoso.

Levantando-se de forma desajeitada e acanhada, os cinco se colocaram de pés com certa dificuldade, após a aterrissagem inesperada. Seus pulsos estavam doloridos, e então notaram que não conseguiam se mexer por conta das sombras. Elas se mantinham por cima dos cinco, impedindo qualquer movimento. Mas de um instante a outro, literalmente sumiram diante de seus olhos, como se perdessem a vida que antes possuíam.

— Você disse em sua visão? – Alex perguntou, ao massagear os pulsos até então pressionados. – Como um vidente, ou ... – Ela tentava associar a situação e foi quando algo lhe veio à mente. - O Oráculo na mitologia?

O senhor concordou com a cabeça, abrindo um leve sorriso. – Aparentemente, você é Alexandra, a primeira gêmea. A inteligente.

— Como você...? – Dylan começou a perguntar pasmo, mas as palavras morreram em sua garganta antes que pudesse terminar.

— Nada fará muito sentido agora crianças, mas é minha obrigação, tentar, pelo menos, explicar. – Uma pausa se seguiu até que ele voltou a falar. Foi o tempo dado para que os cinco irmãos se preparassem para o que estava por vir. – Vocês todos, certamente, já estudaram Mitologia na escola. Como já foi comprovado por Alexandra, identificando-me como o Oráculo, o que, por sinal, devo confirmar. Meu verdadeiro nome é Reinald Disul, mas há cerca de dois mil anos, todos se referem a mim, apenas como o Oráculo da Corte Osgs, ou como antigamente, o Oráculo de Delfos. Aquele responsável pelo reconhecimento das profecias e contato direto com o místico, o qual o espírito residia em Delfos, respondendo ao deus Apolo. No entanto minha idade está me levando ao fim de meu legado.

— Tudo bem, espera. – Andrew interviu. – Em que tipo de piada estamos?

— A piada são vocês. – Uma garota gritou da arquibancada, em resposta. Criando uma sequência de risos.

— O que diabos está havendo aqui? – Izzie questionou irritada, interrompendo as risadas. – O que nós temos haver com mitologia, ou com mitos, ou você achar que tem três mil anos de idade? Ou ainda com esses bandos de aberrações fissurados na era Medieval? – Ela se referiu aos Representantes em frente aos tronos.

— Insolente. – Uma das mulheres mais à esquerda, parada em frente a seu trono proferiu.

— Acalme-se. – Outra mulher a repreendeu. – Tudo, criança tola. – Falou, voltando sua atenção para Izzie, que a observava descer os dois degraus de forma firme, com uma expressão pouco impressionada. – Vocês são parte dela. O que vocês, crianças ingênuas, chamam de Mitologia é mais pura realidade do seu sangue. Então tenham cuidado com do que vocês chamam a si mesmos. E principalmente a nós. – Já próxima de Isabel, a mulher a analisava. Vestida com um longo vestido dourado, com uma coroa de folhas do mesmo tom, no topo de sua cabeça. Seus olhos eram da cor lilás e quase brilhavam com a luz. Sua voz era autoritária, quase tão autoritário quanto a do homem que os recebera. E assim como ele, ela possuía uma marca, escura como carvão, que pegava o final de seu pescoço e parte do busto. Ela era mais alta do que Izzie, provavelmente com a altura dos gêmeos.

— Selina, acalme-se. – Reinald se entrepôs. – O problema de vocês, crianças, é que sua mãe, conseguiu fazer a maior façanha da história já contada em nosso mundo. Manteve cinco crianças longe de suas sombras durante seis anos.

— Pode parar de nos chamar de crianças? – Matthew falou pela primeira vez desde que chegara ali. – É insultante. Meu irmão e eu acabamos de completar dezoito anos, acho que este termo não se encaixa mais a nós.

Havia olhares curiosos em sua direção, afinal aquilo aparentava ser o menor de seus problemas.

— Oráculo, ou não sei o que, não sei se o senhor chegou a reparar, mas ninguém aqui está entendendo absolutamente nada. – Dylan desabafou. – Somos apenas cinco adolescentes de Connecticut. Já ouviu falar? É um dos menores estados dos Estados Unidos. Somos praticamente ninguém.

— Continuando. – Reinald disse, ignorando o comentário do garoto. – O que Selina disse é verdade. A mitologia é parte do sangue de vocês, como também do de todos aqui presentes, falando de um modo mais simplificado, é claro. Mas tão real quanto qualquer um de nós aqui. Sua história começou a muitos milênios atrás, assim como a nossa. – O modo como todos eles se comportavam perante a palavra mitologia enquanto discursavam era intrigante para Alex.

Andrew levou a mão a cabeça, como quem estava com dor, por tantas informações. Matthew não estava muito interessado, como se tudo que acontecia ali, fosse apenas um sonho ruim, que terminaria em instantes. Alexandra mantinha a mesma expressão confusa, tentando juntar as peças perdidas do quebra cabeça em sua própria mente. Isabel mantinha suas mãos na cintura, tentando manter tudo sobre controle, mesmo encontrando problemas em manter sua respiração estável. E Dylan por sua vez, não disfarçava sua falta de entendimento, seu pé direito ia de encontro ao chão constantemente, batendo de forma ritmada, para manter a cabeça no lugar.

— Acho melhor começar novamente. – Reinald disse, vendo a reação dos cinco.

— Seria muito bom. – Andrew respondeu irônico e já impaciente.

— Muito bem. – Continuou. – Os deuses gregos são muitos, como todos sabem, mas os principais são os doze deuses do Olimpo. – Ele parou por um momento, para se certificar que todos estavam acompanhando sua linha de raciocínio. Satisfeito, prosseguiu. – O que os sites e livros não mostram sobre nosso mundo é que, por debaixo da hierarquia elaborada do Olimpo, existem outros seres que colaboram para a harmonia e proteção dos dois mundos. Em conjunto com semideuses, filhos de deuses com humanos, existem os Aliados e Sub-Aliados, em harmonia com os Representante. – Reinald apontou para os homens e mulheres parados no altar, em frente aos tronos. – Há ainda outros seres, como feiticeiros, centauros, fadas e muitos outros. Os Representantes são as características e personalidades principais dos humanos, ou como são chamados, os Sangue Normais. No grande resumo, eles são os seus signos.

— Sangue Normais? – Alex perguntou, intrigada.

— O que caracteriza os semideuses, é o tipo de sangue que corre em suas veias, o qual possuía divindade de um de seus pais divinos. Assim como os Aliados, Sub-Aliados e Impuros, que possuem sangue de fada em suas veias, de algum tipo.

— Sangue de fada? – Dylan questionou, incrédulo, achando que tinha ouvido errado.

— As fadas, ou algumas delas, possuem poderes de proteção, que durante as batalhas entre deuses e titãs, há muitos anos atrás, conhecida como Titanomaquia, deram a essência necessária para a criação dos Representantes, que lutaram ao lado dos deuses. Seus poderes foram ampliados, ao serem combinados com os dos deuses. – Reinald parecia cansado, mas não vacilava em sua explicação. – Com isso, quando os Representantes se interessavam, assim dizendo, por Sangue Normais, os Aliados nasciam. Quando o sangue de fada se misturava ao sangue normal.

— Minha cabeça dói.... – Dylan resmungou em reposta a explicação.

O senhor se soltou das moças, andando até a ponta esquerda do altar, onde se encontrava o primeiro, de todos os tronos. – Tudo ficará melhor explicado quando começarmos sua cerimônia. No entanto, acho que agora o melhor a ser feito, são as devidas apresentações. Os doze signos: Áries, Capricórnio, Libra, Virgem, Gêmeos, Touro, Câncer, Leão, Sagitário, Peixes, Aquário e Escorpião. – Chegando ao final com certa dificuldade, Reinald recuperou um pouco do fôlego antes de prosseguir. – Vocês conheceram Selina, a Representante geminiana, e Dominic, o Representante taurino. Vocês conhecerão os outros, após sua cerimônia.

— Uma pergunta? – Izzie levantou a mão.

— O que, querida? – Reinald permitiu.

— Por que tem um trono vazio a direita?

— Porque, - Dominic começou a responde-la, sem aviso prévio. – Assim como no Olimpo, aqui um de nós também não foi digno de seu lugar no trono. Um de nossos Representantes se rebelou e perdeu seu lugar de direito dentro da Corte de Osgs. Entretanto, isso ocorreu há muito tempo atrás, na época da Revolução Suprema.

A mão de Alex se ergueu, em seguida. – A ordem dos tronos não deveriam seguir a ordem dos meses correspondentes a cada signo?

Dominic estava irritado com a enxurrada de perguntas, mas colocou um sorriso forçado nos lábios. – Nossa ordem não é baseada na formação das constelações que vocês conhecem hoje. Elas vieram depois de nosso nascimento. Apenas uma homenagem a nossa existência. Logo, quem nos criou foram os deuses, com o auxílio da essência das fadas, por conta disso, fazemos parte dos quatro elementos. Com o poder dos deuses, os três primeiros a serem criados foram nós três, sendo os primeiros elementos a se materializar. – Ele apontava para si e para os dois Representantes ao seu lado. – Terra. – Apontou para si. – Ar. – Apontou para Selina. – Água. – Apontou para o homem à direita.

Alguns dos Representantes, que não foram indicados, pareceram inquietos, e até mesmo levemente incomodados com a explicação, mas não houve tempo suficiente para uma análise melhorada.

Uma risada soou, por detrás das meninas. Andrew, olhava para elas, sem acreditar. – Vocês estão realmente acreditando nisso tudo?

— Você tem uma explicação melhor para tudo isso, gênio? – Izzie perguntou, sem se virar para olhar seu irmão.

Antes que ele pudesse responde-la, Reinald o interrompeu. – Escutem. Acreditando ou não, depois de todos esses anos, vocês devem finalmente realizar a cerimônia de sangue, para poderem seguir seus destinos. - Outra risada. – E sinto lhe informar, Andrew, que você, como o primogênito da família Daddrien, deverá ser o primeiro a adentrar o círculo.

— Espera. – Andrew interrompeu. – Supondo que eu acredite em toda essa bobagem, o que é a cerimônia?

— A cerimônia é o processo que mostrará quem vocês realmente são. – Dominic explicou. – Seus signos de proteção. Eles podem não ser os mesmos com que vocês nasceram. Seus poderes podem estar associados, em uma pequena parte, a seus signos de nascimento, por conta da posição das constelações, mas o restante, a suas fadas protetoras. Suas datas regem sua personalidade, na maioria. No entanto existem três classificações para o que vocês podem vir a ser. Aliados, Sub-Aliados ou Impuros. Aliados são aqueles que possuem apenas um signo de nascimento e um signo de proteção. Seu poder se torna mais centrado e objetivo. Há ainda os que possuem o mesmo signo para os dois, tanto de nascimento quanto de proteção. Tais casos, porém, são raríssimos e dos mais puros e poderosos. – Ele olhou para cada um dos Daddrien para se certificar que todos tinham total atenção em suas palavras. – Os Sub-Aliados, por outro lado, são aqueles que possuem apenas um signo, mas não igual ao caso dos Aliados puros. Eles possuem apenas o signo de nascimento. No entanto o que os torna parte de nosso mundo, é o fato de que possuem sua sombra, a habilidade de enxergar tudo e todos que estão nessa dimensão. – Alguns olhares de confusão cruzaram o rosto dos cinco, mas o Representante fingiu não notar, prosseguindo. – E por último, os Impuros. Estes por sua vez, possuem um signo de nascimento, e mais de um signo de proteção. Com isso eles são um perigo para o equilíbrio de nossa sociedade. Possuem muito poder e pouco capacidade de controle próprio, já que não possuem um Representante e Abençor específicos.

— Abençor? – Matthew perguntou, sem se importar em estar interrompendo.

— Seria a fada que oferece a benção, no momento de nascimento, ou seja, o poder dado a vocês pelo signo de nascimento. Há casos em que podem haver dois. Uma fada, e um deus.

Matthew parecia satisfeito com a explicação. Dominic apenas seguiu. – Já houveram muitos desastres por conta deles, os Impuros, e é por isso que nós os mantemos nos Lugares Salvos, para nossa segurança e para a deles próprios. Lá é o lugar onde eles têm o treinamento adequado e uma vida segura.

A plateia deixava evidente sua impaciência. Havia se passado uma hora desde que os cinco haviam chegado e até o momento nada de realmente emocionante tinha acontecido.

As coisas para os irmãos não estavam nada agradáveis também. Como era possível que os signos fossem reais? Deuses? Oráculo? Nada fazia sentido. E foi quando um pensamento cruzou a mente de Matthew.

— O que acontece depois da cerimônia?

— Vocês serão classificados, então deverão ser levados para seus ensinamentos. Os Impuros seguirão viagem para os Lugares Salvos, enquanto que os Aliados e Sub-aliados para A Casa Marcada, onde serão ensinados a lutar e a proteger nosso mundo, e o dos Sangue Normais. Cumprirão com seus destinos. Essa foi a tarefa deixada a eles, anos atrás.

— E quanto aos nossos pais? – Alex perguntou aturdida.

— Eles continuaram suas vidas, menina. – Reinald respondeu. – Caso algum de vocês seja um impuro, e caso seus pais tenham o dom da sombra, podem voltar com eles, mas esquecerão totalmente tudo o que viram aqui, e também de que um dia tiveram irmãos.

— O que? – Izzie perguntou, chocada. – Você só pode estar brincando.

Não só ela, mas todos olhavam uns para os outros, incrédulos.

— Não. – Reinald esclareceu. – É uma escolha de vocês, ficarem com seus pais ou não. Mas antes, será confirmado se eles possuem ou não o dom da sombra.

— Isso é impossível. Nossos pais não sabem sobre nada disso. – Andrew negou.

— Sinto lhe dar essa notícia, querido. – Uma das gêmeas que acompanhava o Oráculo brincou. – Mas sua mãe já foi uma aliada, com muitos dons para a feitiçaria inclusive. Ela foi a responsável por manter vocês no mundo sangue normal quando deveriam estar aqui, há seis anos atrás.

— Katharine, pare. – Reinald a repreendeu. – Estas são as especulações. Não há provas concretas contra Danielly Alessia Daddrien. - A gêmea apenas revirou os olhos, voltando a se calar. – As sombras já foram atrás de seus pais, em alguns minutos saberemos se eles poderão presenciar. – Os cinco estavam preocupados, assim como um pouco assustados também. – Escutem, sei que há muito que vocês não entendem, mas haverá aulas para isso depois.

Com isso, um estrondo veio da frente do salão, onde estavam as grandes portas de entrada. Uma grande quantidade de fumaça começou a se condensar, escura como carvão, assim como as sombras que Izzie vira da briga na escola, e as mesmas que os buscaram durante a festa dos gêmeos.

Depois que tudo se acalmou, a fumaça começou a baixar. Os pais deles estavam atrás de uma espécie de parede de vidro, que impediu os filhos de abraçarem-nos, quando correram ao seu encontro.

As formas se separaram da fumaça e começaram a se afastar. Elas andavam como verdadeiros seres humanos, sem rostos, com apenas os olhos de safiras brancas. Eram apenas contornos de corpos.

Fixando suas atenções em seus pais, notaram que os dois estavam desorientados, mas principalmente seu pai, tentado entender onde estava.

As meninas socaram o vidro, mas não conseguiram nem ao menos abalar a estrutura. – Não pode haver contato entre vocês. – Uma mulher loira, com o mesmo vestido de Selina e o símbolo, que agora fazia sentido para Alex, disse. Era aquele símbolo que os identificava e diferenciava. – A propósito, sou Stilya, Representante ariana. – Sua mão se mantinha erguida, conforme falava, como se fosse com seus poderes, que a parede se mantinha erguida, bloqueando-os dos pais.

— Os momentos, a partir de agora, são críticos. – A outra guiadora do Oráculo falou, voltando a atenção de todos para o centro da sala. Seus cabelos estavam cacheados e presos em cima com uma trança. – Vocês cinco têm as mesmas chances de serem escolhidos por seus angapes. Marcados como Aliados, Sub-Aliados ou Impuros. Ao pisarem nesse círculo, suas vidas serão redefinidas. – Ela falava com preocupação e cuidado, mostrando o grande círculo, delimitado pelos pedestais de madeira, a cada setenta centímetros uns dos outros, fechando o círculo, à alguns passos a sua direita. – As partes de dentro dos troncos, são feitas de cristais, que liberarão seus angapes, assim que entrarem em contato com seu sangue. Os angapes serão suas armas pelo resto de suas vidas. Estarão conectados diretamente com seu sangue de fada e sua alma, logo, sua vida. Onde quer que estejam ou com quem fiquem, sempre voltarão ao seu encontro. Os angapes podem ser divididos em várias partes, mas haverá sempre um fundamental, o principal, e se por algum acaso, deixarem que destruam seu angape, estarão assinando sua própria sentença de morte. – Ela estava séria, olhando para todos, diretamente nos olhos. – Uma última coisa, é que: nunca jurem por seus angapes, porque se a promessa não for mantida, suas vidas estarão nas mãos para quem a promessa tiver sido quebrada. – Uma pequena pausa se seguiu. Para uma menina como aquela, o peso de suas palavras era inimaginável. Era necessário tempo para que o significado de tudo aquilo fosse absorvido. – Perguntas?

— Sim. – Matthew ergueu a mão, parecendo sério. – Qual seu nome? – Ele rapidamente substituiu sua expressão séria, por um sorriso malicioso.

— Katrina. – Respondeu, sem acreditar na pergunta. – Alguma pergunta séria?

— E se eu me negar a entrar no seu perturbador mundo paralelo? – Andrew perguntou, cruzando os braços em frente ao corpo.

— Simples. Você tem uma escolha. – A gêmea de Katrina respondeu, no lugar da irmã, de maneira petulante. – Seja homem e encare. – Múrmuros se alastraram pelo salão. – A propósito, meu nome é Katharine. – Disse, ao piscar para Matt, que ficou bem satisfeito com o flerte, sorrindo em seguida.

— Já sabemos. – Andrew disse, ignorando-a. – Reinald a repreendeu a uma hora atrás. – Provocou, arrancando outros murmúrios da plateia.

— Já chega. – Dominic elevou sua voz. – O primeiro, que mostrará honra e coragem a família, ao pisar no círculo sagrado cerimonial de sangue, será: Andrew Lewis Daddrien, o primogênito.


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Notas finais do capítulo

Ooi de novo! Não sei quantos estão acompanhando, mas para o que estão, já amo vocês! Tipo, vocês não tem noção!! Obrigado desde já, e espero que estejam gostando! O que acharam da Corte? Dos angapes e siras? Qual seria o seu signo?

Um PS. rapidinho. Eu pretendo postar um cap por semana, provavelmente toda quarta, por conta da escola, mas como estou de férias, quero ir adiantando já!! Até o próximo cap ♥



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