Yes, Sir escrita por Asynjurr


Capítulo 5
Fourth


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA.



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F O U R T H

Yes, Sir


Cambridge, Cambridgeshire
24 de março de 2016;

 

I.

9h:56min AM;

Hall principal da renomada Universidade de Cambridge e eu não sei pra qual direção seguir, dúvida cruel: direita ou esquerda?

Perambulo pelos corredores com a minha ficha de instruções nas mãos, sem saber para onde ir e não consigo interceptar alguém para pedir informações. Na ficha é aconselhado que eu procure o monitor do meu curso e eu não faço ideia de quem seja esse tal, Noah North e que nome esquisito. Deveria ter deixado Harry me acompanhar até aqui e... Não, Harry aqui nem pensar. Sigo para o corredor esquerdo e tento me aproximar de uma loira logo a frente, mas ela se afasta, entra na primeira sala do corredor e merda, acho que estou literalmente perdida.

Me mudei para o Reino Unido há 3 meses sob circunstâncias estranhas. Em um dia eu estava supervisionando as garotas da maison, como sempre, e no outro estava dentro de um avião com um homem totalmente desconhecido que insiste nessa história absurda de casamento e tenho certeza que Harry Herondale só me quer porque me recusei a sucumbir os seus caprichos naquela noite em que esteve na Maison Lanous pela primeira vez e amaldiçoada seja aquela noite e o acaso que o colocou em meu caminho, tornando-me refém de suas vontades obscuras. Harry Herondale não me ama, sequer está apaixonado por mim, tudo que ele quer é o meu corpo, minha obediência. Com certeza ofereceu alguns milhares de euros a minha mãe e como precisa de dinheiro aceitou a pactuar com essa insensatez, onde dizer "não" me mantém a salvo.Ele não vai monopolizar meus pensamentos.

Não se importem com meus monólogos, monologar me mantém sã, bem... Na maioria das vezes.

Viver em um país diferente, numa casa cheia de estranhos e com um homem que mais parece o Lucifer Morningstar, não o personagem bíblico, mas o criado pelo São Neil Gaiman, com todos os sarcasmos, a vontade incontrolável de punir e sexy como o próprio inferno. Não estava nos meus planos lidar com essa situação, está se tornando enlouquecedor. Até agora tentei me manter distante de sua loucura, mas não é fácil ignorá-lo e simular sentimentos. Admito que ser beijada por ele me fez acordar no meio da noite chamando seu nome e querendo-o ali comigo, nem que fosse pra me abraçar e prometer que as coisas mudarão.

Sigo perambulando, bem mais perdida do que achava. Talvez encontre alguém que me ajude mais a frente. Sabe, eu gosto de me iludir, achar que vai dar tudo certo, entretanto, já estou subindo e descendo escadas há bastante tempo, acho que já posso ficar em pânico. Apertando o fichário entre os braços, caminho até o final do corredor, mas não há ninguém aqui. Repouso meu corpo na parede clinicamente branca e bufo, olhando para baixo, estou entediada e quero sair daqui logo.

— Srta. Griezmann? — alguém chama por mim, pelas costas e girando meu corpo para trás encontro-o e por alguma razão ele está sorrindo para mim o que me obriga a recuar alguns passos para longe de seu entusiasmo.

— Sim, a menos que exista outra com esse sobrenome, algo pouco provável. — sou a própria personificação do sarcasmo. Agora caminho para mais perto e lhe analiso de cima para baixo, um homem bem apessoado, isso é inegável. Outro breve olhar sobre ele me permite saber que está animado com a ideia de me ter por perto.

— Bonita e tem senso de humor fantástico, acredito que vamos nos dar muito bem, senhorita. — sua voz grave trai sua idade e quando sinto suas mãos sobre os meus ombros sinto vontade de empurrá-lo, entretanto, inalo forte e inclino-me para trás, se for esperto entenderá o recado.

— Acho pouco provável, não costumo me introsar tão facilmente e você não é o tipo de pessoa com quem costumo conviver em termos físicos e sociais, sinto muito. — não me importo em ser grosseira com as palavras e agora, eu pressiono seus ombros com as mãos, mas a fim de afastá-lo de mim. Seu sorriso alinhado é desconcertante, por que estou sorrindo de volta? — A propósito, o que quer comigo? — questiono por impulso, dispersando meus pensamentos inoportunos e tomo uma respiração mais longa.

— Sou...

Sou obrigada a interromper o tagarela, do contrário essa abordagem não vai acabar nunca e já estou atrasada o suficiente para um primeiro dia de aulas, no entanto, as possibilidades em relação a este indivíduo são inquietantes e seria agradável tirar esse sorriso dos seus lábios bonitos. Vamos tentar sair dessa conversa ilesa.

— Não me interessa quem você é, mas o que quer comigo, entendeu? — ele pisca sequencialmente, segurando o queixo com o indicador e pela mudança de semblante, sinto que não soube me expressar adequadamente, porém, não estou com paciência para fingir empatia.

Para de sorrir, cara.

— Como eu estava dizendo, me chamo Noah North, sou o monitor do curso de Direito dessa Universidade e estou encarregado da sua...

Aposto que isso tem a ver com Harry Herondale, possivelmente alguém enviado por ele para me vigiar aqui e apenas a ideia faz meu estômago embrulhar. Mais irritada do que já estava, me afasto dele e começo a caminhar na direção contrária, retornando para o hall principal da Universidade. Ouvindo seus passos atrás de mim, giro nos calcanhares e grito:

— Não preciso de você, acho que consigo circular pelo campus sozinha. — sem me importar em parecer histérica, sigo para frente, tentando manter-me calma, entretanto, sou interceptada pelo insistente e desnecessariamente bem-humorado, Noah, mas agora sem sorrisos, apenas um muxoxo. Uau, acho que consegui tirá-lo do sério e sem grandes esforços.

— É sempre assim, um poço de arrogância ou dei sorte, bonequinha?

Geralmente sou pior!

Bonequinha? Agora você pegou pesado! quando sua mão esquerda toca meu queixo, no intuito de provocar-me, meu sangue gela e com toda a força que consigo, o empurro para o mais longe que consigo, tanto que ele bate as costas na parede, apertando os olhos em minha direção e pela expressão, acredito que terei problemas.

— Se me chamar assim novamente te dou um soco, idiota. — lhe ameaço instintivamente, ainda furiosa volto a caminhar para o mais longe que consigo ficar dele, tentando não tropeçar nos meus próprios pés, o que é inútil. Não demora muito e logo ele está na minha frente, mais uma vez. Esse carrapato não desgruda?

— Desculpa, eu não queria te ofender, srta. Griezmann. — murmura em voz baixa, com uma nítida sobriedade e completa: — Não está sendo fácil socializar com você, mas sou insistente, srta. Griezmann e vou te perseguir até que aceite a minha ajuda e eu sei que precisa de mim. — meu rosto aquece ao vê-lo se aproximar, parece que sempre quer ficar mais perto do que o necessário e isso me irrita.

— Meu nome é Ninna. — pronuncio sussurradamente, olhando-o por baixo, vencida pelo cansaço e estendo a mão para ele que a aceita imediatamente, selando o que será o início da nossa trégua.

— Desculpa, Ninna, só quero te ajudar a se encontrar aqui. — ele olha para mim, confiante, solícito e continua a segurar minha mão com certa força, emanando calor. Seu aroma é forte e amadeirado. Oh, ele é atraente, porém, não mais do que Harry Herondale, admito. — Me deixa te ajudar, por favor. — pede com determinação e me solta, finalmente, dois passos para trás, está se afastando, isso me parece ótimo.

— Deixe-me adivinhar, você tem 23 anos, era capitão de time de futebol; o cara mais foda do King's College, QI 135 e levou uma líder de torcida pra o baile de formatura; deve pensar, na maioria das vezes , com a cabeça de cima; um exemplo de comportamento?

Monto seu perfil com todo o sarcasmo que consigo, imaginando minha que minha tia Jane está logo à frente me advertindo sobre comentários acerca de primeiras impressões e ergo as sobrancelhas para ele que simula indignação. Sei que não deveria agir dessa forma com todo desconhecido que cruza meu caminho, mas é um vício, um hábito adotado há anos e não resisto ao desejo incontrolável de provocá-lo, no entanto, ele não parece irritado.

Pelo contrário, sorrindo, Noah se aproxima, crava as mãos em minha cintura e confronta nossos quadris de forma brusca. Sou pega de surpresa e não consigo reagir, até minha pulsação se acelerou e respirar parece uma missão impossível. Merda, merda e merda, onde ele quer chegar com isso? Tento me livrar do embaraço, e tudo que eu consigo é ficar mais próximo dele. Não quero que ele me olhe assim, para de me olhar assim ou terá problemas. Confesso que estou arrependida por provocá-lo e tomarei o cuidado de não fazer isso mais vezes.

— 24 anos, odeio esportes, um zero à esquerda no King's, QI 124 e a líder de torcida era a namorada do meu irmão, sequer fui ao baile de formatura por achar um evento extremamente insignificante; na maioria das vezes penso com a cabeça de baixo e você nem pode imaginar o que ela está pensando agora; por fim, não, não sou um exemplo de bom comportamento. — sua voz silva com força, me nocauteando com sua enxurrada de palavras perfeitamente ordenadas, no intuito de me desconcertar. Seu rosto se aproxima ainda mais e com uma leve moderação no timbre vocal, ele acrescenta: — Achar que conhece uma pessoa com a qual não se convive é uma coisa bem idiota, Ninna, mas deixe-me montar seu perfil: nunca frequentou uma escola porque seus pais são ricos o suficiente para pagar os professores particulares que iam a sua casa diariamente; deve falar uns três idiomas; nunca namorou de verdade por se achar melhor do que todo mundo; muito inteligente para ter passado na prova de aceitação com 90% das perguntas respondidas de forma correta, porém, nada disso é o suficiente porque seu ego gigante te faz pensar que isso não é suficiente pra você e tem a falsa sensação de que pode controlar a própria vida, entretanto, não consegue controlar os próprios sentimentos e nesse exato momento você está pensando que eu sou alguma espécie de stalker e está com medo de mim, mas relaxa, essas informações estão na sua ficha que recebi ainda pouco, só pra precisei interpretá-las. Podemos fazer um tour pela instituição ou podemos conversar um pouco sobre psicologia humana.

Droga, eu não sei o que dizer.

Com essas palavras nada pacificadoras ecoando na minha mente de forma avassaladora, recosto meu corpo na parede e tento reassumir o controle das minhas emoções. Ele não é ninguém pra falar de mim como se me conhecesse, embora tenha acertado tudo. Mais calma, me aproximo e a muito custo consigo questionar: — Não vai me deixar em paz, vai?

— Infelizmente meu tio é o chefe constitucional dessa instituição, ainda que o Barão Gareth North só tenha participação mesmo em cerimônias, digamos que é um cargo meio que figurativo, ser Chanceler era como um sonho de consumo e tanto que fez até que o conseguiu, mesmo que as decisões sejam tomadas pelo Conselho Universitário que é presidido pelo Vice-Chanceler, uma espécie de chefe executivo. — ele me explica, como se eu não já soubesse e sinto vontade de tapar sua boca com as mãos.

— Eu estudei sobre a Universidade de Cambridge e não me restringi à estrutura, querido. Tagarela. Mas você é livre pra continuar com o assunto, só pule a parte que diz que o Vice-Chanceler é o imunologista...

— Além do mais, seu noivo é um dos principais colaboradores em termos de financiamento, sendo assim, serei obrigado a te auxiliar nessa adaptação, terá um tratamento privilegiado. — argumenta num tom desafiador, apoiando as mãos largas no quadril e ergue as sobrancelhas para mim, me afrontando novamente. Je te déteste. — Sabe, podemos economizar tempo ou ficamos discutindo aqui o quanto você quiser.

— Podemos começar. — brado, vencida pelo cansaço e sua expressão vitoriosa me deixa irritada... Mais irritada e ele sabe disso. Será que se eu colocar fones de ouvidos vou parecer mal-educada?

— Sabia que essa universidade está no ranking das dez melhores do mundo? — em sua mente, possivelmente, esta pergunta deve ter parecido excelente, mas quando pôs em palavras, pela expressão, sei que percebeu o quanto ela era vaga. Corrigindo-se, ele ele coça a nuca meio desengonçado e então diz: — Mas não deve saber a que essa Universidade é a segunda mais antiga ainda em funcionamento do país, sabia? — aceno positivamente com a cabeça e ele se distrai com o barulho que meu celular emite. É Harry, porém, não quero falar com ele. Não atendo. Com os olhos sinalizo para pergunta sem me importar em ser amigável ou algo parecido e envio um e-mail para Harry Herondale.


De: N.GPara: H.HAssunto: Tempo pessoal

"Preciso de um tempo só meu, senhor Harry Herondale, espero que compreenda e que pare com essas malditas ligações. Obrigada. Tenha um bom dia. XxLLxX

Pressiono o "enviar" e coloco o celular no offline.Aqui ele nao vai controlar meus passos.

— Temos um excelente auditório, podemos começar por lá, se você quiser. —sugere automaticamente e a concordo com a cabeça e mais calma permito-me sorrir de maneira casta. — Toma, — ele me entrega uma folha e sem mais, fica defronte a mim. — É um relatório sobre seus colegas de turma e...

— Isso é permitido aqui? — questiono, estranhando a ação do rapaz. — Digo... isso não deveria ser de domínio público. — murmuro com os olhos crescidos em sua direção e, Noah revira os olhos para o meu recente bom senso demasiado.

— Isso realmente não é permitido, mas você é a noiva do Herondale e isso te dar regalias. — oh, não sei se gosto disso. — Não se sinta culpada por ser tratada de forma diferente, acredite ou não, todos os alunos dessa Universidade sabem tudo sobre você e quando digo tudo, eu quero dizer tudo mesmo, então nada mais justo que equiparar as coisas, certo? — ele aproxima-se meio inseguro do que fará e então ergue uma mão até o meu cabelo, alinhando-o e colocando uma mecha atrás da minha orelha. — Vamos? — murmura com a cabeça inclinada para a frente e concordo de imediato.

Noah tagarela sem parar no mesmo instante em que caminhamos pelos corredores quase desertos. Enquanto isso, finjo ouvi-lo, leio as informações do relatório que me fora fornecido. Meus olhos crescem exageradamente no momento em que avisto alguém de nome, Erin Steele na lista. Não pode ser verdade. Não quero que seja.

"Será que é a mesma Erin Steele?"

— Aqui não diz muito sobre essa tal, Erin Steele, poderia me falar mais sobre ela? — peço ressabiada e no mesmo instante, Noah endurece suas feições, como se não tivesse gostado do pedido.

— Erin é a garota mais esnobe e arrogante dessa universidade, fique longe dela se quiser concluir o seu curso. — comenta com uma pontada de irritação e encolho meus ombros, estou arrependida do pedido. — Por que o interesse na Steele? — quer saber, mas eu não vou contar.

— Curiosidade apenas, podemos continuar... é... se quiser. — sugiro astuta, tentando fugir de um assunto que eu mesma havia instaurado. Ele fica com um semblante interrogativo direcionado a mim, porém, não insiste.

Chegando ao modesto auditório que de modesto não tem nada, ele começa a falar sobre a história do lugar, no entanto, estou com a cabeça em outro lugar. Estou distraída e ao que notara a minha ausência de espírito, ele decide intervir em meu voto de silêncio.

— Já percebi que é uma garota de poucas palavras, — comenta estudando-me por completo e ao que noto seu olhar expressivo sobre mim, sorrio sem jeito. — além de muito bonita. — emenda mordendo sutilmente o lábio inferior.

— Por acaso, você não está tentando... — acrescento um pequeno suspense e concluo a pergunta: — me conquistar, está? — a pergunta praticamente salta da minha boca. Em um momento de descontração, ergo todo o cabelo em um coque firme e dou um passo na direção dele, ficando bem próxima.

— Estou conseguindo? — questiona com as sobrancelhas erguidas. Ele possui um ohar inexpressivo no momento e sorrir de forma... hum... bem sedutora.

— Não está nem perto de fazê-lo. — sussurro-lhe ao pé do ouvido e ele alheio ao que ouve, solta uma risada alta, deslizando propositalmente o nariz pelo meu pescoço, o bastante para que eu me afaste. — É um belo auditório e... — comento com rapidez, arrumando um pretexto para me distanciar mais dele que estava próximo demais, ao meu ver.

— "Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas!" — recita-me com um ar sonhar e reviro os olhos para mim mesma.

— Um Shakespeareano? — seu sorriso largo afirma-me que sim. — "A imaginação é a rainha do real e o possível é uma das províncias do real." — é a minha vez de brincar com as palavras e literatura inglesa nem é tudo o que dizem.

Charles Baudelaire?

Meu queixo está no chão.

— Existe algo que você não saiba? — indago irônica e inalo forte, rondando-o lentamente.

— Há algo que não sei. —Oh. Sério? Arqueio as sobrancelhas para ele, sem abandonar meu inseparável sarcasmo. — Não sei o que você viu no Herondale a ponto de querer casar-se com àquele homem esnobe, prepotente, arrogante, e principalmente egocêntrico.

Se você soubesse...

— Você é estranho. — isso escapuliu da minha boca grande, quase que involuntariamente, ah, eu sinto vontade de morder minha língua.

— Foi o que disse minha ex-namorada disse antes de me largar. — murmura entre um sorriso conciso e por que não estou surpresa? — Sabe, você é uma mulher de sorte, vai se casar com um dos homens mais ricos e influentes do país. — a forma grosseira como ele se refere a mim me faz querer estapiá-lo, só não o faço por não conseguir me mover, meus músculos se atrofiaram, não esperava esse gople, foi um golpe baixo. — Não estou te chamando de interesseira, além do mais, você é descendente de uma das famílias mais tradicionais da encantadora Cannes. — Noah soa sincero e quero acreditar nele, sei que está tentando consertar a situação e para sua sorte se mantém distante de mim.

— Não vejo nada demais nisso, sr. Gustin. — afirmo irônica, tentando controlar meu cabelo que chicoteia meu rosto conforme o vento que invade o corredor sem pedir licença.

— Me chame de Noah. — ele tenta uma abordagem diferente e fito a camisa xadrez sobre a polo branca e começo a rir sem parar, certamente não tem amigos que o impeça de uma escolha ruim de roupas, Rick ficaria horrorizado. Tentando controlar o ataque de risos, me aproximo e tento manter meu olhar longe dessa combinação desastrosa de roupas. Ele me observa confuso. — Nada demais? Você conseguiu algo que a esnobe srta. Steele não conseguiu ao longo de três anos, e ela é consideravelmente insistente. — a sobreposição das palavras me deixa boquiaberta, quero contrapor algo, mas nada me ocorre, eu não tinha visto as coisas desse ângulo e isso é perturbador.

— Fala dela como se a conhecesse bem. — decido mudar o foco da conversa e virar o jogo ao meu favor e pela mudança nas feições, sinto que atingi seu ponto fraco, algo animador. Mas continuo nervosa, é como se eu não conseguisse controlar a situação.

— Ela é a ex-namorada que mencionei anteriormente, me largou pra ficar com o prepotente Herondale, ele a largou pra ficar com você e em atributos físicos, você é bem mais bonita que ela. — seus elogios fazem meu ego inflar e sei que corei violentamente. Por que estou tão nervosa? Aonde isso vai parar?

— Está flertando comigo? — lhe indago sarcástica e veloz, para seu próprio bem, espero que não. Sua movimentação em torno de mim é inquietante, não gosto de me sentir acuada. Apenas Harry pode fazer isso. O quê?

— Jamais, jamais. — sua resposta não me parece verdadeira, tem bastante ironia nela e seus dentes deixando marcas avermelhadas nos lábios faz meu ânimo duvidoso retornar. — Você é bonita, tem senso de humor, mas não faz meu tipo, Ninna.

Não? Por quê?

— Ótimo, para seu próprio bem-estar, querido. — tento esconder minha frustação com ele e comprimo um riso, arqueando a sobrancelha direita; não queria estar aqui, tampouco falando com esse atrevido. Ele revista meu rosto e não sei se ele está confuso ou descontente. — Já podemos continuar o tour, Noah e estou bastante ansiosa para conhecer a biblioteca.

Sua boca está seca, seu sorriso sumiu, de repente e seu humor parece ter mudado, no entanto, ele sacode a cabeça de um lado para o outro e articula: — Será um prazer, Ninna.

— NINNA GRIEZMANN


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Notas finais do capítulo

COMENTÁRIOS SÃO BEM-VINDOS SEMPRE.
OBRIGADA POR TUDO.
I SEE YOU
KISSES HONEY
XXGEHXX



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