OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 7
Capítulo VI - Manipulando a Magia


Notas iniciais do capítulo

Oii, pessoal! Mais um capítulo. Muito obrigada a todos que comentaram. Espero que gostem. Bjs *.*
P.S.: Madu Alves, adotei o negócio de "cabeça de teia" que você pediu ♥ ♥



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Viena, Áustria

— A máquina está pronta. - Victor sorriu consigo mesmo, enquanto Johann apenas observava o sócio. - Depois de anos de estudo. Finalmente, temos a máquina. - Disse apontando para o equipamento em cima da mesa. Estavam em um laboratório subterrâneo na mesma caverna isolada.

— Tem certeza que funciona? - Perguntou Johann temeroso com a máquina.

— Claro, Johann! - Respondeu Victor orgulhoso de seu trabalho. - Eu estudei isso. Até porque, qualquer coisa errada e estaremos todos mortos. - Completou e Johann assentiu.

— Agora só precisamos do cristal. - Disse Johann sério.

— Não se preocupe, meu caro. Loki vai nos ajudar com isso. - Victor deu um sorriso.

— Tem certeza que ele está do nosso lado? - Perguntou por fim.

— Tenho. - Victor se levantou e caminhou lentamente até Johann. - Loki é ambicioso. Ele quer o Olho Cruel de Avalon. - Concluiu.

— E você pretende entregar a ele? - Perguntou o dono do rosto cavernoso, desconfiado.

— Depois que tudo estiver feito, sim. - Victor deu de ombros. - Só precisamos que o professor acerte a maldita fórmula. - Concluiu.

 

Evie

O sinal da escola tocou para que os alunos fossem para a aula. Peguei meu último livro no armário e fechei a porta. Dei de cara com Peter Parker, vulgo homem aranha. Ainda não conseguia acreditar que ele era o homem aranha.

— Peter? - Foi tudo o que perguntei. Ele estava de braços cruzados e encostado no armário ao lado.

— Oi. - Respondeu por fim, depois de quase gaguejar.

— O que tá fazendo aqui? - Perguntei por fim enquanto ajeitava os livros em meus braços.

— Nada, nada. - Ele deu de ombros. - Percebi que você faltou ontem… - Disse por fim. Ele olhou ao redor enquanto alguns alunos passavam.

— Sim, eu tive uns probleminhas… - Respondi dando de ombros. Mas, por que ele estava me perguntando isso, afinal? Nós nos conhecíamos há alguns anos, mas não éramos amigos, muito menos próximos. - Por que? Anda me vigiando, cabeça de teia? - Brinquei.

— Que? Vigiando? - Perguntou incrédulo. - E-eu, vigiando você? - Gaguejou. Me segurei para não rir. Peter tinha o dom de ficar nervoso com qualquer coisa. - Por que eu estaria vigiando você? - Perguntou por fim.

— Relaxa, cabeça de teia. - Respondi por fim mal podendo conter o riso. - É só modo de dizer. - Dei de ombros. Ele deu um suspiro parecendo aliviado.  

Mais alunos passaram. Muitos cochichando coisas ao nos ver. Todos já deviam estar cientes do episódio do fogo e da minha mão congelada.

— Eles já sabem, né? - Suspirei. Peter sabia que eu estava falando do meu “dom” e apenas assentiu com a cabeça.

— Fofoca se espalha rápido. - Respondeu dando um sorriso fraco. No mesmo instante, Ned, o seu fiél amigo apareceu com num passe de mágica.

— Peter, cuidado, não fica perto dela, ela é perigosa. - Cochichou o garoto, ignorando completamente minha presença no local.

— Ned! - Peter apenas o repreendeu um pouco sem jeito, apontando a cabeça na minha direção, como um sinal de alerta.

— Sim, eu sou perigosa. E eu vou congelar você. - Sussurrei imitando a voz mais assustadora possível. Ned se escondeu atrás de Peter.

— Você não pode fazer isso. - Ned respondeu em tom de desafio, ainda escondido atrás do amigo. - Ela pode fazer isso? - Cochichou para Peter.

— Não. Ela só pode congelar ao toque. - Peter respondeu por fim. Ned suspirou aliviado.

— Se aproxime. - Dei um passo para frente. - E eu faço você virar um picolé. - Cantarolei de forma sádica para assustá-lo. Ned tremeu. Revirei os olhos, não podendo conter uma risada. Eu nunca o congelaria. Mesmo que quisesse, eu não saberia como.

— A convivência com o Loki não tá te fazendo bem. - Disse Peter me encarando sério. - Enfim, preciso que você nos ajude com o projeto de ciências que você colocou fogo. - Continuou. O projeto. Por que esse projeto tinha sempre que me perseguir?

— Mas, por que? Você já não tinha tudo pronto? - Perguntei por fim. Peter e Ned se entreolharam.

— Sim. Mas, precisamos reconstruir tudo de novo. - Respondeu como se fosse óbvio.

— Mas, ainda faltam semanas até a feira. - Respondi por fim e ele fechou uma carranca. - Ainda dá tempo. - Completei.

— Não dá não. Precisa de muito planejamento para sair perfeito. - Respondeu por fim.

— Mas, dá tempo, Peter, falta muito tempo… - Ned falou para o amigo, que o olhou feio.

— Não dá não, Ned. - Interrompeu Peter ainda encarando o amigo que pareceu se lembrar de algo. -  Por isso, você pode nos ajudar? Afinal, foi você que botou fogo no trabalho. - Acusou. Até que não era uma má ideia, já que eu teria que começar o meu projeto do zero também.

— Tá. - Respondi por fim. Peter era mesmo neurótico com essa coisa de trabalho e isso era visível. - Mas você precisa relaxar mais. É só um trabalho, cabeça de teia. - Falei por fim. - Eu preciso ir para aula. Falo com vocês depois. - Completei e os deixei, me dirigindo a sala de aula.

Minha primeira aula era de história, com a Senhorita Diaz. Apesar de ter me atrasado um pouco por causa de Peter e Ned, quando cheguei na sala a professora ainda não estava. Me sentei no mesmo lugar de sempre. Alguns dos meus colegas de classe me olharam um pouco assustados, mas ninguém falou nada. Ter poderes não era tão ruim, então. Pelo menos, ninguém iria me perturbar.

— Bom dia, classe! - A professora entrou na sala, apressada. - Desculpe, o atraso. Por favor, abram na página 137. - Pediu. Todos abriram seus livros. - Hoje nós vamos estudar sobre a Segunda Guerra Mundial e seus efeitos até hoje. - Começou.

— Senhorita Diaz! - Interrompeu Joseph, da cadeira ao lado, com a mão levantada. - É verdade aquele lance da Lança do Destino? A que foi roubada e tá todo mundo falando? - Perguntou por fim, fazendo a turma começar com os burburinhos.

— Silêncio, por favor. - Pediu a professora calmamente, esperando o silêncio da classe. - Sim. A Lança do Destino foi roubada do Museu de Hofburg, na Áustria. - Completou com um suspiro. - No passado, algumas pessoas acreditavam que essa lança poderia dar poder a quem a tinha. - Continuou. Todos estavam em silêncio, escutando cada palavra da professora. - Na Segunda Guerra mesmo, muitas pessoas acreditavam que Hitler a tivesse… Mas são apenas crendices. - Deu de ombros. - Não tem porque se preocupar com isso. - Completou. - Agora, vamos voltar a aula de hoje. - Disse por fim.

Eu nunca tinha ouvido falar em Lança do Destino antes. Muito menos que tinha sido roubada. Mas, algo me dizia que não era apenas um simples artefato histórico. Quem roubaria algo sem valor? Eliminei os pensamentos na minha cabeça e voltei a me concentrar na aula.

 

***

A sala de treinamento da S.H.I.E.L.D era bem maior do que eu imaginava. Tinha uma cor clara e era coberta de equipamentos. Stacie me pediu para que eu entrasse em uma espécie de anti-sala, onde tinha um vidro, provavelmente blindado. Era meu primeiro “treinamento”. Eu tinha saído da escola direto para lá. Eu estava com um bolo na garganta, de tanto medo.

— Eu e Jannet estaremos do lado de fora te observando. Dr. Banner está ocupado, não poderá assistir. - Disse ela antes de virar as costas e me deixar sozinha. Trancada dentro de uma sala vazia de vidro. Stacie fez um sinal da cabine em que estava. Ela estava acompanhada de uma jovem ruiva, provavelmente a Jannet. - Muito bem. Agora, mire no alvo. - Sua voz ecoou por toda a anti-sala.

Fitei o alvo vermelho colado na parede. Tentei sentir alguma coisa em minhas mãos. Mas, o nervosismo não deixava eu me concentrar.

— Vamos, Evie! - Sussurrei para mim mesma ao olhar para as minhas mãos. - Você consegue. - Mirei o alvo e me concentrei na energia em minhas mãos. Mas, nada aconteceu. - Não consigo! - Falei encarando Stacie por trás do vidro.

— Tudo bem. Vou pegar uma água para ver se você se acalma, está bem? - Apenas assenti com a cabeça. Stacie deixou a sala, deixando Jannet e eu.

Minhas mãos estavam geladas e trêmulas. Respirei fundo pela milésima vez.

— Essa humana não sabe nada de manipulação da magia. - Disse uma voz aguda do meu lado. Era Jannet.

— Como você entrou aqui? - Perguntei assustada e ela deu um sorriso. Em questão de segundos sua imagem mudou completamente. E então, quem estava em minha frente não era mais a Jannet. - Loki? - Perguntei incrédula.

— Achou mesmo que eu perderia isso? - Perguntou por fim enquanto olhava ao redor. - Essa humana não pode ensinar algo que não sabe. - Continuou. - Você está muito tensa. - Concluiu enquanto me encarava.

— Onde está a verdadeira Jannet? - Perguntei por fim, desejando que ela estivesse bem.

— Não se preocupe, criança tola. Ela tirou o dia de folga. - Sorriu. - Não vai se lembrar de nada. - Riu consigo mesmo.

— Agora, feche os olhos. - Pediu calmamente. Apenas obedeci o que ele pediu. - Concentre-se. - Continuou calmamente. Sua voz era como uma canção de ninar na minha mente. Minhas mãos já não tremiam mais. Tudo parecia mais fácil. - Sinta a magia. - Ainda de olhos fechados me concentrei na energia que percorria todo o meu corpo. - Agora, abra os olhos. - Abri os olhos com o foco no alvo. Deixei toda a energia sair de minhas mãos como uma explosão. A força transparente acertou o alvo em cheio, fazendo um grande buraco.

— Ah! - Resmunguei ao ver o estrago.

— Muito bem. - Loki disse por fim enquanto me encarava. - Você é mais forte do que eu pensei, criança tola. - Sorriu.

— Voltei. - Ouvi a voz de Stacie. Loki já tinha se transformado em Jannet novamente e já tinha sumido do meu lado. Eu precisava me acostumar com isso. - Ah. Então, você conseguiu. - Disse ao ver o buraco no alvo. Jannet, ou melhor, meu pai, deu um sorriso pra mim. - Muito bem. Pode fazer isso de novo? Pra eu ver? - Pediu calmamente. Apenas assenti com a cabeça, mal podendo conter um sorriso. Sim. Agora eu sentia que podia fazer isso, como se já fizesse a vida inteira.

 

—_________________________________________________________

 

Sala de testes, S.H.I.E.L.D, Nova York

 

Bruce retirou o brilhante cristal rosa da caixa e colocou no equipamento para analisá-lo mais uma vez. Peter suspirou.

— Então esse é o tal Cristal? - Perguntou o garoto, encantado pelo objeto.

— O próprio. - Respondeu Tony calmamente enquanto se aproximava do equipamento. - Está em poder da S.H.I.E.L.D. - Suspirou. - Mas, somente nós três temos acesso a ele. - Completou encarando Peter. - Você inteligente, garoto. Sei que poderá nos ajudar. - Sorriu.

— Sério, Sr. Stark? - Perguntou Peter animado com a notícia. - Isso é uma grande honra pra mim… - Disse por fim. Bruce deu uma risada por causa da empolgação do rapaz. - Mas, como vai ser a segurança dele? - Perguntou sério.

— O cristal é guardado nessa caixa. - Respondeu Tony segurando uma de tamanho médio. - É de vibranium. - Continuou calmamente. - E tem uma tecnologia impecável. Desenvolvida por mim, é claro. - Completou.

— A caixa só abre com duas senhas, Peter. - Disse Bruce concentrado em seus papéis.

— Sim. A primeira é o sistema PalmSecure. - Tony colocou sua mão no sensor na caixa para demonstrar. - É um sistema biométrico. Compara o padrão de veias da pessoas e analisa as impressões digitais. - Continuou calmamente. - O segundo, é o leitor da íris. - Ele colocou a caixa na direção dos olhos. Um pequeno fio de luz vermelha, saindo da caixa, passou pelos seus olhos fazendo a caixa se abrir. - A caixa só abre após esses dois processos. Nossas informações serão salvas em um banco de dados. Por isso, somente nós três poderemos abrí-la. - Tony colocou a caixa na mesa novamente. - Essa caixa ficará guardada em uma sala, com a mesma tecnologia, e será monitorada vinte e quatros horas por dia. - Completou.

— Então, ninguém poderá roubá-la. - Peter concluiu e Tony assentiu.

— A tecnologia foi especialmente desenvolvida para evitar roubos. - Bruce falou tirando sua atenção de suas anotações. - As impressões digitais são únicas e a íris… - Bruce não precisou completar e Peter assentiu.

— Bom, Thor nos assegurou que o cristal não tem outra função além de destruir o universo. - Disse Tony enquanto Peter ouvia atentamente.

— Ele está certo. - Interrompeu Bruce ainda concentrado. - Já estudamos ele, mas tudo que descobrimos foi uma galáxia de nêutrons no centro. - Completou.

— Thor disse que se quebrarmos o cristal, ele sugará todo o universo. - Tony suspirou observando o objeto.

— Como um buraco negro? - Perguntou Peter mais para si mesmo do que para os outros.

— Exatamente. - Bruce apenas concordou. - Pelo que entendemos, se destruirmos  todo o campo de estase do cristal, forças gravitacionais de estenderiam…- Hesitou.

— Mas, e se não destruir tudo? - Perguntou Peter se aproximando das anotações de Bruce. - Tipo, da pra tirar a clara do ovo sem quebrar a casca inteira… - Continuou calmamente.

— O que quer dizer? - Perguntou Tony curioso com a comparação.

— Acho que eu entendi aonde quer chegar, Peter. - Respondeu Bruce um pouco eufórico. - Se não destruirmos o campo de estase inteiro. Talvez, a força seja menor...Então poderemos destruir o cristal sem sugar o universo inteiro. - Concluiu.

— Exatamente o que eu quero dizer. - Peter sorriu enquanto anotava algumas fórmulas no papel.

— Muito inteligente, Peter. - Disse Tony observando o rapaz. Peter apenas sorriu, um pouco sem jeito. - Precisamos destruir esse cristal. Não podemos correr o risco dele parar em mãos erradas. - Disse por fim.





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