OMG! Meu Pai é um deus escrita por Sunny Spring


Capítulo 6
Capítulo V - Thor, o tio inconveniente


Notas iniciais do capítulo

Ooi, pessoal! Muito obrigada Meraki por favoritar e comentar ♥ ♥
Obrigada também Read Writer, Peh M Barton, pudimdemelao, Madu Alves e pcristina por comentarem ♥ (desculpa se esqueci alguém).

Alguns leitores do Wattpad estavam me perguntando com relação ao sobrenome da Evie, que ela devia ser "Lokidóttir", já que ela é filha do Loki. Então, eu vou fazer o seguinte, vai ficar Evie Laufeyson na Terra, porque esse é o sobrenome do Loki, já que a gente não pode inventar sobrenome (pelo menos eu acho que não kkk), e nos outros lugares (fora da Terra) Evie Lokidóttir.

Gente, olhem as notas lá em baixo...



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Viena, Áustria

 

Victor tamborilava os dedos em sua mesa simples e improvisada na caverna escura e coberta de mofo. Estava impaciente pela demora em conseguir os resultados do que queria.

— Victor, mais um não resistiu. - Anunciou Johann com uma carranca. - O professor precisa acertar a fórmula. Não temos a vida inteira. - Completou entredentes.

— Eu sei, Johann! - Victor levantou de sua cadeira, irritado.

— Por que não vamos a Nova York, então? - Sugeriu Johann em um tom mais calmo, observando a reação de Victor com cautela. - Assim poderíamos pressioná-lo…

— E colocar tudo a perder? Não podemos ir a Nova York agora. Seria uma burrice. - Respondeu Victor dando um longo suspiro.

— Eu ouvi falar em burrice? - Uma voz grave ecoou por toda a caverna mal-iluminada. O dono da voz vestia uma roupa preta elegante.

— Loki! - Victor abriu um sorriso quando viu quem era. - Finalmente você veio. - Continuou e se aproximou do deus.

— Então ele é quem você estava esperando. - Interrompeu Johann sério, mas Victor apenas confirmou com a cabeça.

— Achei que estivesse em Nova York, meu caro. - Disse Victor ainda com um sorriso nos lábios.

— E eu estou. - Respondeu Loki enquanto olhava ao redor da caverna.

— Ah, mas é claro! - Victor levou uma mão à testa. - Como pude esquecer de seus truques? - Completou.

— Você estava certo, Victor. - Disse Loki cordialmente. - Eles realmente acharam o cristal. - Continuou. - Creio que seja você o causador das mortes dos humanos estúpidos aqui, não é? - Perguntou por fim.

— Certamente. - Victor não pôde conter seu sorriso e Loki o acompanhou. - Bem, se está aqui, creio que decidiu se juntar a nós. - Deduziu.

— E o que eu ganharia com isso, Victor? - Perguntou Loki o encarando com certa curiosidade.

—  Acho que tenho algo que pode lhe interessar. - Respondeu Victor enquanto tirava algo de uma caixa de ferro.

— O Olho Cruel de Avalon. - Disse Loki boquiaberto ao observar o bastão que tinha um olho, vazado, de ouro, na ponta. - Como conseguiu? - Perguntou por fim.

— Eu também tenho meus segredos, Loki. - Respondeu Victor guardando o bastão. - E, então? Vai se juntar a nós? - Perguntou por fim.

— Por que não me conta o seu plano, Victor? - Perguntou esboçando um largo sorriso.



Nova York, EUA

 

O dia mal amanheceu na movimentada cidade de Nova York, mas o trânsito já estava caótico como sempre. Bruce desligou a TV da sala de reuniões da base da S.H.I.E.L.D. E lá estavam todos reunidos novamente, Tony, com um vinco de preocupação na testa, Natasha, Steve, Sam, Clint, e Thor, completamente distraído, fitando o nada.

— Não descobrimos muita coisa. - Disse Steve enquanto girava uma caneta na mão.

— Os corpos foram analisados e todos apresentam a mesma substância química. - Bruce falou pela primeira vez na reunião. - Substância causadora das tal mutações genéticas. - Completou dando um longo suspiro.

— O que? Vocês não conseguiram nada em Viena? - Perguntou Stark incrédulo.

— Não! E o governo da Áustria não está colaborando com gente. - Natasha respondeu encarando o colega. - Tudo o que descobrimos foi que a lança foi roubada por alguém com habilidades especiais. - Continuou. - Mas, nada além disso, já que as únicas testemunhas estão mortas. - Suspirou.

— Mas e as câmeras de segurança? - Perguntou Clint inconformado com o que tinha acabado de ouvir.

— As imagens vão até uma parte, mas as câmeras foram danificadas pelo ser que roubou a lança. - Respondeu Sam por fim.

— Estamos na estaca zero de novo. - Steve jogou a caneta em cima da mesa.

— Quem conseguiria cometer um crime tão complicado e sem deixar rastros? - Thor perguntou mais para si mesmo do que para os outros.

— Tá aí, uma boa pergunta, meu amigo. - Respondeu Sam forçando um sorriso fraco.

— É! Uma boa pergunta… - Disse Tony encarando o loiro. - O que me faz questionar, onde está Loki agora? - Perguntou por fim e todos encararam Thor.

— Sei lá. - Respondeu Thor dando de ombros.

— Mas você não é irmão dele? - Perguntou Stark inconformado com a resposta do colega.

— Sim, sou seu irmão, não sua sombra. - Respondeu Thor dando um sorriso. - Mas, o que o Loki tem a ver com essa conversa, afinal? - Perguntou por fim.

— Eu não sei… - Disse Tony levantando de sua cadeira, fazendo todos o olharem, confusos. - Só acho muito estranho o fato dele ter aceitado tranquilamente ficar na Terra. - Deu de ombros.

— O que quer dizer? - Perguntou Thor ainda sem compreender aonde Tony queria chegar.

— Não acha estranho o fato dele ter aceitado muito bem o fato de ter uma filha...Humana. - Perguntou Tony enquanto dava passos lentos em volta dos outros.

— Ué, mas ela é filha dele. - Thor respondeu calmamente o encarando.

— Loki é um assassino cruel, Thor. - Disse Stark de uma vez só.

— O que? Mesmo as bestas feras mais perigosas são capazes de amar seus filhotes. - Respondeu o deus ainda calmamente.

— Ah, que filosofia bonitinha, Thor. - Disse Bruce dando dois tapinhas nas costas do amigo.

— Aonde você quer chegar, Tony? - Perguntou Natasha séria.

— Ao óbvio, Loki quer usar os poderes da filha. - Disse Tony por fim.

— Isso não faz sentido nenhum. - Respondeu Thor arqueando uma sobrancelha. - Meu irmão não precisa dos poderes dela. Ele é muito mais poderoso. - Disse por fim.

— O Thor tem razão, Tony. - Natasha respondeu calmamente, fazendo todos a olharem, incrédulos.

— Tudo bem. - Disse Tony por fim enquanto ajeitava o paletó de seu terno. - Mas, de zero a cem, quais são as chances do seu irmão nos trair? - Perguntou. Thor abriu a boca algumas vezes, mas não respondeu.

— Talvez devessemos dar uma chance a ele, Tony. - Disse Steve pela primeira vez depois de um tempo.

— Tudo bem. Mas depois não digam que eu não avisei. - Respondeu Stark por fim.

 

Evie

 

Mais uma manhã ensolarada. Mas, a minha animação de levantar e ir para escola era de 0%. Não que eu não gostasse da escola. Mas, definitivamente, aquele não era o meu lugar favorito. A escola me parecia mais um campo de guerra, onde os professores jogavam as bombas - as provas e trabalhos- e os alunos desviavam. No final, sempre pereciam os mais fracos e desligados - no caso, eu. O que me fazia lembrar que eu tinha voltado ao zero no meu projeto de ciências. Por que que tinha que dar errado? Poderia ter sido um projeto e tanto.

Levantei me arrastando, como de costume e quase tropecei em Fish, que estava se enrolando em minhas pernas.

— Bom dia. - Falei com a voz fraca ao ver Loki sentado no sofá. Ele parecia distraído, falando consigo mesmo. - O que está fazendo? - Perguntei o tirando do transe.

— Nada, criança tola. - Respondeu por fim. Certo. Falar sozinho era uma coisa de família então.

Fui até a geladeira na expectativa de pegar algo pra comer. Me surpreendi quando a abri. Estava mais vazia que o meu estômago. Com toda a confusão, eu tinha esquecido de fazer compras. Ou melhor, eu não tinha dinheiro para isso. Desde a morte de minha mãe, não tinha ido ao supermercado. Engoli seco ao lembrar dela.

— Não tem comida. - Falei por fim e Loki me encarou.

— O que quer dizer? - Perguntou por fim.

— Que não tem o que comer. - Respondi e ele apenas assentiu com a cabeça.

— Você realmente precisa comer? - Perguntou arqueando uma sobrancelha.

— Mas é claro. - Respondi por fim. - Será que você poderia transformar alguma coisa em comida, tipo, o sofá? - Perguntei e ele soltou uma gargalhada.

— Eu faço transmutação, não milagre, criança tola. - Respondeu por fim. Quando ia responder algo, fui interrompida por uma batida na porta.

— Quem será? - Perguntei mais pra mim mesma. Abri a porta sem nem olhar antes.

— Olá. - Disse um homem careca e pouco mais alto que eu. - Eu sou o Dylan, assistente social. - Completou por fim.

 

***

Dylan engoliu seco pela milésima vez. Loki o encarava com o olhar mais ameaçador que eu já tinha visto. Estávamos todos sentados no sofá e o homem já tinha explicado um monte de questões burocráticas.

— Bem. - Dylan pigarreou enquanto meu pai o encarava. - Com a morte da Sra. Stwart, e já que não tem nenhum parente… - Começou calmamente. - Ficar com o senhor poderia ser uma boa opção… - Continuou.

— Vá direto ao ponto, seu idiota. - Loki revirou os olhos enquanto o homem secava o suor da testa.

— Não teria um copinho d’água, por favor. - Pediu Dylan olhando pra mim, mal podendo conter seu nervosismo.

— Não, não tem. - Respondeu Loki seco.

— Bem, o senhor vai assumir a paternidade. - Continuou Dylan com a voz trêmula. - Mas, não é tão simples, precisa provar que tem capacidade econômica, mental, emocional e moral para ter a guarda da menina. - Continuou.

— O que quer dizer, criatura subdesenvolvida? - Perguntou Loki com seu tom de superioridade de sempre.

— Bem, que enquanto o senhor não prova na justiça que é realmente o pai dela, é melhor para a menor que fique em um abrigo. - Disse por fim. Um abrigo? Meu coração quase falhou quando ouvi a palavra.

— Abrigo? - Perguntei quase entrando em desespero.

— Acho que é o melhor, minha querida. - Respondeu Dylan com um olhar penalizado. Não. Isso definitivamente não era a melhor opção.

— Já chega! - Loki quase gritou, fazendo o homem dar um pulo. - Você vai embora e vai dizer que está tudo certo… - Disse entredentes. O homem estava paralisado, como uma estátua. Demorei alguns segundos para entender que Loki estava em sua mente. - Não vai mais voltar, e vai dizer aos seus superiores que já está tudo resolvido, com relação a… - Ele hesitou por um momento. - Paternidade. - Completou. - Agora, suma da minha frente. - O  homem obedeceu seu comando como um robô.

— Sim, senhor. Já está tudo resolvido. - Disse Dylan com a voz robótica. - Agora, preciso ir. Tenham um bom dia. - O homem deu um sorriso vazio e se retirou da forma mais estranha que eu já tinha visto. Loki sorriu consigo mesmo.

— O que você fez? - Perguntei mal contendo meu pavor.

— Ele não vai mais voltar. - Loki deu de ombros. - Ou você preferia ir para um orfanato, criança tola? - Perguntou por fim. Apenas neguei com a cabeça. Antes um Loki como pai, do que ir para um abrigo.

— A  escola! - Falei por fim e Loki me olhou com uma cara confusa. Com toda a confusão eu tinha perdido a hora da escola.

— Se não gosta desse lugar esquisito, por que vai? - Perguntou por fim. Fazia sentido.

— Quem disse que eu não gosto? - Me defendi. Fish pulou no sofá e se aninhou na almofada ao lado de Loki.

— Está realmente tentando mentir pra mim, criança tola? - Ele arqueou a sobrancelha e cruzou os braços. Claro que não iria adiantar. Isso era uma péssima ideia. Quem é que poderia enganar o mestre da trapaça?

— Isso não funciona, né? - Forcei um sorriso e ele negou com a cabeça.

Nossa conversa foi interrompida por uma batida forte na porta.

— Por Odin, será que não dá pra viver em paz nesse planeta idiota? - Resmungou Loki enquanto caminhava até a porta.

— Família! - Meu tio gritou quando Loki abriu a porta e entrou sem ser convidado.

— Thor! - Meu pai mal pode conter o desânimo ao ver Thor, que estava com um sorriso no rosto. Fish saiu correndo e pulou em cima de mim quando o viu.

— Sobrinha! - Disse enquanto apertava minhas bochechas. - Javali. - Continuou ao ver Fish. Meu gato quase pulou do meu colo por causa da aproximação.

— O que tá fazendo aqui? - Perguntei por fim e ele se jogou no sofá, como uma pedra.

— Thor, precisa parar de aparecer sem ser convidado. - Respondeu meu pai, mal-humorado.

— Se eu não vir, vocês não vão me convidar. - Respondeu por fim, como se fosse óbvio.

— É porque não queremos que você venha. - Respondeu Loki seco.

— Ah, poxa. - Meu tio respondeu fingindo estar magoado. - O que tem pra comer? - Perguntou animado.

— Qualquer coisa que não seja o meu gato. - Respondi não escondendo o ressentimento em minha voz.

— Thor, o que você quer aqui, afinal? - Perguntou Loki entediado, encarando o irmão.

— Nada. - Desconversou dando de ombros. - Só estou vendo se está tudo bem. Só isso. - Continuou e deu um sorriso. - É, está se adaptando bem à Terra, meu irmão? - Perguntou por fim.

— Não. Não é possível se adaptar a esse planeta. - Respondeu Loki ainda entediado. - Mas, estou sobrevivendo. - Completou encarando meu tio, que forçou um sorriso. Havia alguma coisa estranha na visita repentina de Thor, eu só não sabia o que exatamente.




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Notas finais do capítulo

OLHO CRUEL DE AVALON - é um artefato místico de origem desconhecida. Ele é indestrutível. Seu portador pode criar rajadas de energia, desintegrar matéria, entre outros.

FONTE: Nerdbreak.com

E aí? O que vocês acha?? Bjs *.*