Histórias Cruzadas escrita por Milena Corrêa, Ayhenyc


Capítulo 13
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764342/chapter/13

Estava tudo escuro, ambos estavam caídos no chão em meio a palhas, caixotes e algumas garrafas de vinho quebradas, levantaram-se de vagar já que não conseguiam ver nada.

— O que foi isso? – perguntou Charlotte.

— Não sei te dizer ao certo. – pronunciou enquanto colocava a mão na cabeça, sentindo algo úmido, olhou ao redor e pode ver ao longe uma pequena luz, só podia ser a lanterna, pensou. Caminhou às cegas pelo local, com Charlotte em seu encalço.

Assim que pegou a lanterna, pode ver com mais nitidez sua mão, estava suja de sangue.

— Oh! Meu Deus! – disse a garota vendo o sangue escorrer pela fronte do rapaz. – Vamos, – pegou sua mão. – Precisamos fazer um curativo rápido, dependendo pode até precisar de um médico. – subiram as escadas.

Quando chegaram perto da porta a encontraram-na fechada, Charlotte apavorada tateou as paredes a procura de alguma coisa que pudesse abri-la, por fim tentou empurrá-la já a beira do desespero.

— Ei, pare. – disse-lhe Harry. – Acho que ela só abre do outro lado. – o rapaz estava preocupado, mas não deixou transparecer.

Ambos sabiam que não adiantaria nada gritar por socorro ou chamar alguém, pois estavam sozinhos naquela casa.

O rapaz sentia sua cabeça latejar forte, fechou os olhos com força antes de voltar a abri-los.

— Mas como? Não é possível! – Charlotte estava inconformada.

Harry permaneceu em silêncio, apenas desceu alguns degraus e sentou-se, tirou a mochila dos ombros para de dentro dela retirar uma maletinha de primeiros socorros. Charlotte juntou-se a ele, tomou-lhe a maleta abrindo-a e começou a fazer o curativo. O corte não havia sido fundo, mas por ser na cabeça saia muito sangue.

— Você tem até uma caixa de primeiros socorros na mochila?

— Sim... – sorriu de leve. – Quando se tem uma criança pequena sob sua responsabilidade tem que ser prevenido. – franziu o cenho de leve quando a garota passou a gases no machucado.

— Hum... Oliver é bem travesso mesmo.

— Nem me fale. – disse com o pensamento longe.

— Está com saudades dele?

— Estou, – deu uma pausa. – é a primeira vez que fico longe dele.

A garota terminou o curativo, guardaram a maleta na mochila e ficaram em silêncio por algum tempo.

— O que você acha que pode ter acontecido para a porta ter se fechado?

— Não sei... – começou com o olhar vago. – Para falar a verdade esse porão está meio estranho. – coçou a nuca. – Muito profundo, e bem alto. – olhou para cima. – É úmido, mas não parece ter tanto limo ou mofo. – passou a mão na parede.

— O que significa que tem circulação de uma corrente de ar. – concluíram juntos.

Desceram o restante dos degraus, iluminando as paredes com a lanterna, mas não viram nada de anormal. Voltaram a entrar no primeiro cômodo, observando o local e então notaram que algumas coisas haviam sumido.

— Não tinha uma máquina de escrever, aqui? – perguntou Charlotte.

— Sim... Tinha. – Harry ficou pensativo.

— O que está acontecendo? – falou a garota assustada.

Harry nada disse apenas pegou sua mão e deu meia volta, foram para o segundo cômodo, notaram que as coisas que estavam próximas deles, como os caixotes ou o que tinham dentro deles estavam espalhados, mas o retrato daquela moça muito parecida com Charlotte havia desaparecido também.

— Não tenho certeza. – disse Harry. – Mas precisamos sair daqui o mais rápido possível.

— Por quê? O que está acontecendo Harry? – insistiu a garota.

— Depois te explico. – disse apenas.

A cada segundo Charlotte ficava ainda mais assustada, no entanto, eles continuaram observando o local e mexendo nos caixotes. Até que, de repente, atrás de um deles saiu um rato correndo, a garota gritou de susto, Harry iluminou o rato até o bichano sumir em meio à escuridão. Ao voltaram sua atenção ao local onde o rato havia saído notaram que tinha uma fenda na parede.

— Deve ter alguma saída por aqui! – exclamou a garota.

— Mas onde? – indagou.

Começaram a estudar a parede perto da fenda, mas tinham quatro caixotes os atrapalhando, então, decidiram tirá-los. Tiraram os dois primeiros e por último os de baixo, assim que os mesmos foram arrastados puderam ver uma espécie de alçapão.

— Acho que achamos nossa saída. – comentou Harry.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Histórias Cruzadas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.