Fanfiction II - Em Busca da Ficwriter escrita por Missy Saxon


Capítulo 5
A Fraqueza de Nyara




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Sons de violino soavam pelo apartamento de Nyara, e o som do choro de Raoni só ficava ainda mais alto que seu violino, então ela parou de tocar.

— Por que você não para de chorar? Já te dei o que comer, você está limpo, o que mais você quer? – Nyara estava irritada e desesperada ao mesmo tempo.

— Já pensou que ele sente falta da mãe dele? – Jack lhe disse sério.

— Eu sou a mãe dele! – Ela gritou.

— Nyara, para de agir como louca. O que você está fazendo não é como se deve resolver as coisas. Você está fazendo mal a essa criança, que é seu irmão.

— Querido, não vou entregar ele a Missy. Já providenciei uma substituição pra ela.

— Acha que é assim tão fácil? E o sofrimento do seu irmão não conta?

— Não quero falar mais sobre isso. – Pegou Raoni no colo. – E você pare de chorar, estou ficando louca com tanto choro.

Parecia que Nyara não tinha escutado nada do que Jack havia dito.

Mais tarde em outro lugar...

Missy estava estudando o novo caso que seu escritório iria trabalhar, enquanto esperava uma pessoa que lhe enviara um email dizendo ter uma informação importante sobre seu filho.

O telefone tocou e Missy o atendeu. Era sua secretária.

— Senhora Saxon, ele chegou. – Avisou.

— Pode o deixar entrar. – Missy pediu.

A secretária conduziu o visitante até a sala de Missy e o permitiu entrar.

Quando a secretária saiu e o visitante se sentou, Missy iniciou o assunto.

— Confesso que fiquei surpresa quando recebi seu email, Capitão Jack Harkness. – Missy contou.

— Depois do que Nyara fez, mudando todo o universo, só para roubar o seu filho, eu precisava te procurar. Ela fará muito mal ao bebê. Contou ao Doutor sobre o meu email? – Jack perguntou.

— Não, porque ele não irá aprovar o que farei a Nyara.

— Se lembre que apesar de tudo, ela é sua filha. – Jack lembrou.

— Levar isso em consideração me daria o direito de cortar o seu bem mais precioso. – Missy disse.

— Calma! Eu vim te trazer notícias sobre seu filho. – Sorriu nervoso.

— E onde ele está? – Missy exigiu.

— Nyara não vai deixar ele sair de perto dela, ou então ela irá criar outro universo com uma história diferente. Ela só não mudou tudo de novo, porque gosta de ver sua dor.

— Então o que você veio fazer aqui?

— Vim me aliar a você para voltarmos ao nosso mundo. Seu filho está sofrendo muito com a sua falta, e ainda que não seja meu filho, eu me apeguei a ele, e tenho que o tirar das mãos de Nyara. – Jack explicou.

— OK. Me diga como Nyara conseguiu tanto poder de controle?

— Ela desenvolveu tudo isso no século 51, na maior universidade do universo. Depois que ela quase morreu quando foi em busca de você, ela decidiu eliminar as falhas e aprendeu a mudar todo o universo. – contou.

— Qual a fraqueza da técnica dela?

— Eu não sei. Talvez tenha algo haver com o violino.

— O violino? Por que? Ele se quebrou da outra vez.

— Ela parece ter uma ligação com ele, como se fosse uma antena de transmissão.

— Certo! Dê um jeito de me trazer o meu filho, e eu dou um jeito de matar Nyara.

— Se você a matar não saímos desse mundo. – Jack disse.

— Mas da última vez funcionou.

— E você ficou com um filho parte das criações dela.

Missy ficou sem palavras.

— Você e Nyara tem que se entender, só assim, tudo isso vai acabar de verdade. – Jack alertou. – E caso queira sair, é só chamar. – Colocou o número dele sobre as pastas dela.

— Você está tentando me seduzir?

— Eu? Não! É que acho curioso que logo você tenha se tornado advogada. Se dedica a livrar criminosos?

Missy lhe lançou um olhar ameaçador.

— Bem, eu dou um jeito de trazer seu filho até você. – Jack diz se levantando e indo em direção a porta, mas parou e se voltou para Missy. – Ah, uma coisa que eu sempre quis saber, como é estar com o Doutor? Eu sempre quis experimentar, mas ele nunca quis...

— Capitão Jack Harkeness. – Missy disse lentamente. – Já conseguiu me trazer o meu filho?

— Farei de tudo para trazer o seu filho. – Em fim ele sai a deixando só.

Agora Missy já tinha uma esperança de logo rever seu filho. Ainda que tenha sido difícil o aceitar, ainda mais nas condições de prisioneira que ela vivia, ela aprendeu a amar o menino, e o queria de volta.

Algum tempo atrás...

Missy estava em seu quarto na Tardis, mas não conseguia dormir, talvez devido aos incômodos que o 6° mês de gravidez lhe trazia, ou talvez por suas preocupações.

Ela se levantou de sua cama e foi para a biblioteca da Tardis e deu de cara com o Doutor, ele parecia preparar umas coisas.

— O que você está fazendo, Doutor? – Missy perguntou curiosa.

— Coisas para o bebê. Achei que estivesse dormindo. Precisa de algo? Algum desejo? – Ele foi até ela e a conduziu até uma cadeira onde ela se sentou.

— Eu só não conseguia dormir. Algumas dores me incomoda, mas também eu estava preocupada. – Ela contou.

— Preocupada? Com o que?

— Como vai ser quando ele nascer? Não estamos em Gallifrey, temos uma vida bem diferente de quando nossos filhos nasceram lá.

— Ah velhos tempos! Você parecia um bobo... Até fugir de Gallifrey.

— Mas nesse caso, eu não posso fugir, estou presa a você. E sabe, quando vi essa sua regeneração, eu ficava pensando... "Agora sim vamos poder viver nosso amor e repopular Gallifrey". – O Doutor riu. – Mas agora, acho que repopular Gallifrey de forma natural não é uma boa escolha.

— Já eu, acho que só um já é o suficiente. Gallifrey já tem muita gente, e do jeito que está não é bom mais crianças.

— Esse assunto me deu fome. Sabe o que eu queria? Nossa comida preferida de Gallifrey.

— O que? Isso é quase impossível! Tem certeza? – O Doutor tinha uma expressão confusa.

— Lembra o sabor daquela frutinha que tirávamos do alto das árvores?

— Você espera que eu suba numa árvore para te trazer frutas? – O Doutor perguntou incrédulo.

— Sim. Ou você quer que eu suba?

— Não! Espere, eu já volto. – Ele deu um selinho nela e saiu da biblioteca.

Cerca de uns 40 minutos depois ele voltou com o Nardole e uma cesta de frutas roxas bem suculentas.

— Aqui está! – O Doutor disse entregando a cesta para Missy.

— Você encontrou!? – Missy disse feliz. – Mas já tinha até esquecido de tanto que você demorou, deu até tempo de passar na academia, até melhorou minhas costas.

— Não me diga que não quer mais? – Nardole falou. – O Doutor me fez subir numa árvore para pegar isso! – Estava meio bravo.

— Que coisa feia, Doutor! Colocou outro gestante pra subir numa árvore. Deve ter sido difícil, por que não me chamou para ver essa cena cômica? – Ela disse rindo enquanto mordia uma das frutas.

— Gestante? – Nardole questionou sério.

— Já sei do seu bebê, não negue! E quando nasce? – Missy disse em tom brincalhão.

— Não vou levar em conta a sua pergunta. – Nardole disse. – E espero que depois desse, vocês parem de se reproduzir, porque não vou ficar subindo em arvores pra satisfazer vocês.

— Mas que mal-humor. Isso não faz bem, sabia? – Missy brincou.

— Missy, acho que é melhor você ir se deitar. – O Doutor disse.

— Por quê? Não quero me deitar, poderia ir com você a um planeta, enfrentar alienígenas, qualquer coisa...

— Não quero que nada aconteça ao nosso bebê, Missy... Nem a você. Sair nessas condições a planetas diferentes pode ser arriscado, não sei o que podemos encontrar... – O Doutor explica.

— Ele tem razão. Você não pode ficar saindo por ai nesse estado, e aliás, você ainda é prisioneira. – Nardole lembrou.

— Vocês são muito sem graça. Acho que vou ler um livro... – Ela então foi para seu quarto entediada.

Atualmente...

Missy chega em sua casa e é surpreendida pela festa que o Doutor tinha preparado para ela.

— Para que isso? – Missy perguntou surpresa.

— É seu aniversário, e eu queria que o passasse bem, por isso a festa. – O Doutor explicou. – E tenho uma novidade! Sei onde Nyara está. – Anunciou.

— Novidade. – Ela diz sem ânimo. – E quando vou poder matar ela?

— Missy, já te disse que...

— Tá, eu sei. Agora vamos começar a comer logo esse bolo, porque ele está me chamando. – Missy disse indo até o bolo.

— Bill te mandou esse gatinho, Missy. – Nardole mostrou a Missy o filhote de gato com pelos de cores preta e branca.

— Um gato? Eu tenho cara de quem gosta de gatos? – Missy questionou e teve o silêncio como resposta. – Mas até que é fofinho. – Pegou o gatinho e lhe fez carinho.

— Tem uma série de TV sobre nós, Missy. – O Doutor declarou.

— Ah, não se preocupe, ninguém gosta dessas coisas que há em nossas vidas. – Missy falou.

— Tem uma grande audiência mundial. É isso que alimenta esse mundo. Com a série, fica aberta a possibilidade de novas fanfictions, e assim Nyara consegue manter essa história. – Doutor contou. – Só tem uma forma de acabar com tudo isso, e é no mesmo lugar que da última vez, naquele museo onde ela desapareceu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Perto da reta final, logo chega minhas brisas que ainda tô vendo se faz algum sentido rsrs até lá.

♥♥