Fanfiction II - Em Busca da Ficwriter escrita por Missy Saxon


Capítulo 4
A Série de TV




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764299/chapter/4

— Fiquei em dúvida sobre como vocês reagiriam a uma fanfic de universo alternativo. Mas foi ótimo ver o sofrimento de vocês em outra perspectiva. E sabe de uma coisa? Ainda posso fazer isso ficar pior.

— Eu já devia saber. – Missy disse irada. – O que você fez?

— Já não é óbvio?! E isso não vai terminar até que eu me canse desse jogo. Sabe que gosto de vocês nesse universo.

— O que fez com o nosso filho, Nyara? – O Doutor questionou.

— Assim que mudei todo o universo de vocês, eu peguei o bebê e estou com ele. Agora com o avanço da minha técnica, eu posso fazer o que quiser, como mudar o universo de vocês. Sabiam que é muito comum um fã criar uma história num universo alternativo? É ótimo ver as coisas de uma forma diferente.

— Eu mato você! – Missy se levantou para ir até Nyara, mas voltou a se sentar por causa de uma leve tontura que sentiu.

— Missy? Você está bem? – O Doutor perguntou a ela preocupado.

— Acha mesmo que pode me tocar, Missy? Eu comando o universo agora, posso fazer o que eu quiser, basta eu escrever. As fanfics sobre vocês me rendem muitos comentários, sábia? Não quero parar agora, ainda que agora vocês já saibam a verdade. Não vão poder fazer nada, porque aqui, vocês são simples humanos. E humanos são frágeis. Se acontecer algo com vocês aqui, tipo a morte, vocês morrem na vida real também. Isso não é divertido?

— Acha que fazer isso vai mudar o que aconteceu com você, Nyara? Acha que isso vai te dar a infância feliz que sonhou ao lado dos seus pais? Nyara, sua vingança contra Missy não tem sentido, isso tem que parar. Vocês podem recomeçar, as duas com o Raoni, construir uma nova família. – O Doutor tentou.

— Eu já disse, Doutor. Não quero reconciliação com ela. Quero ver ela na pior, quero ver ela se arrastar diante de mim e implorar meu perdão.

— Quando eu sair daqui, vou matar você! – Missy prometeu.

— Ah, você não vai não. Sou sua filha, esqueceu? Você queria matar o Jack por me tocar... Talvez, Missy, você aprenda algo sendo humana. E este jogo vai continuar. Querem ver uma foto do... Como vocês o chama? Raoni! Querem uma foto dele? – Nyara tirou uma foto da bolsa e mostrou a eles. – Me apeguei muito a ele, e não vou devolver. Eu lamento. E olhe só! Nosso tempo acabou. Que pena. Até a próxima sessão. – Nyara se levantou e saiu.

...

Alguns dias se passaram depois do encontro com Nyara.

Eles voltaram a vida "normal".

— Isso tem que acabar, Doutor. Ser humana é horrível. – Missy lamentou se sentando a mesa de mármore para o café.

— Ainda se sente mal depois do encontro com Nyara? – Ele questionou preocupado.

— Que vírus ela me deu?

— Eu não sei. Quer que eu te examine?

— Como? Você não tem mais a chave de fenda sônica.

— Mas eu ainda sou o Doutor, não sou?

— Como Nyara conseguiu tanto poder em poucos meses?

— Ela viaja no tempo. Não necessariamente se passou apenas meses desde a última vez, ela pode ter ficado anos no futuro, e só depois, quando tinha o total controle da sua técnica, voltou para se vingar. – O Doutor sugeriu.

— Então isso quer dizer que vamos ficar muito tempo nesse universo de fã. Que péssimo! Não quero mais ter essa vida. Meus empregados parecem um bando de retardados. – Missy lamentou.

— Você costumava os elogiar.

— Isso nunca aconteceu. Mas quer saber? Acho que vou logo trabalhar, antes que aqueles idiotas terminem de afundar o nome do meu escritório.

— Você gosta dessa vida, Missy? – O Doutor lhe perguntou intrigado com a postura dela diante de seu trabalho.

— Aqui sou livre, Doutor. Infelizmente estou casada com você, mas são apenas detalhes. E gosto de ser advogada, é algo que nunca pensei em fazer, mas é bem divertido. Mas ser humana é horrível! Se ao menos eu fosse senhora do tempo ainda.

— Se o Raoni estivesse aqui, estaríamos completos. – O Doutor lembrou de seu filho.

No outro universo, alguns meses antes da volta de Nyara...

Quando o Doutor chegou a biblioteca, Missy estava dormindo numa cadeira com os pés apoiados num puff, o livro que ela lia estava sobre sua barriga, agora aparente pelos 5 meses.

Quase sempre que ele ia ver ela, ela estava cochilando, por isso ele já havia deixado uma coberta para a cobrir quando ele chegasse lá.

Quando ele jogou a coberta sobre o corpo dela, ela despertou.

— Doutor? – Ela disse um pouco sonolenta.

— Te acordei? – Ele perguntou preocupado.

— Sim. Trouxe algo para comer?

— Te trouxe pizza. Mas depois não reclama que está maior que um Dalek. – Ele disse entregando a ela a caixa inteira com a pizza.

— Você está dizendo que estou gorda?

— Eu? Nem falei nada. – Ele desconversou. – Você já pensou que nome dar a ele?

— Doutor, você sabe que não quero ficar com essa criança, só segui com isso porque você quis.

— Eu pensei que você mudaria de ideia depois de um tempo. Mas vejo que não. – Ele parecia meio triste com a decisão de Missy. – Acho que esqueci uma coisa na universidade. Vou buscar e já volto.

Quando o Doutor saiu da biblioteca, Missy se pôs a conversar com o bebê.

— Acho que estou começando a gostar da ideia de ter você, pequeno. Quer um nome? Eu tinha pensado em Raoni, você gosta? É vai ser isso. – Depois disso ela sentiu um leve movimento do bebê o que a deixou surpresa.

Pouco depois o Doutor volta notando a expressão surpresa dela.

— Doutor, ele está se mexendo. – O tom de voz dela era meio assustado.

— Sério? – Os olhos do Doutor brilharam. – Eu não me lembrava como era o desenvolvimento de um senhor do tempo. – Ele se ajoelhou diante dela tocou sua barriga para sentir seu filho.

— E quando você viu isso acontecer? – Missy perguntou curiosa.

— Nunca. – Ele riu. – Isso não era comum, se lembra?

— É, não era...

De volta ao atual universo e tempo...

— Por que você fica se lembrando dessas coisas? – Missy perguntou. – Esse tempo não foi nada agradável.

— Você não disse que ia para o seu escritório?

— Ah, eu vou sim, antes que você comece a se lembrar de outra coisa, e me faça querer repopular Gallifrey com você. – Ela disse brincando.

— Se quiserem, podem começar. – Nardole surgiu na cozinha.

O Doutor riu.

— Não dê idéias, carequinha! É isso que minha filha quer, e isso ela não terá. Eu vou indo. – Missy disse indo para a porta de saída de sua casa.

— Então, depois que tudo isso acabar, vocês vão repopular Gallifrey? – Nardole perguntou ao Doutor.

— Não! Missy só estava de brincadeira. Ela quase surtou na gravidez do Raoni.

— E o que você fará para o aniversário dela? Quer que eu prepare algo?

— Vamos fazer umas coisas que ela gosta, e eu vou tocar uma música que fiz para ela. – O Doutor diz com brilho nos olhos. – Mas na verdade eu queria poder recuperar meu filho, e ver a Missy feliz com ele.

— Você ama muito ela, não é?

— Por que diz isso?

— A forma que você a trata, é mais do que só amizade. – Nardole deu uma justificativa.

— É, talvez seja desde a Academia. Talvez ela tivesse ódio por mim, por eu não ter aceitado o que sentíamos desde o início... – O Doutor devaneou. – Bem, vamos logo ao mercado comprar as coisas para a festa da Missy.

Foram ao mercado comprar seus ingredientes. Parecia tudo normal, até surgir uma criança gritando:

"— Olha, mamãe! É o Doctor Who!" – E apontou para o Doutor.

— Que? Como essa criança sabe de mim? – O Doutor estava confuso.

Então a criança correu na direção do Doutor, mas passou direto por ele e abraçou um homem bem jovem, de cabelo espetado.

— Não era você. – Nardole disse.

— Que? Isso não pode ser! Como aquela criança conhece o meu Eu passado?

— Talvez por aquilo. – Nardole apontou para um grande poster na porta do supermercado.

— Não acredito!

No poster dizia...

Não perca a série de ficção científica da BBC one, Doctor Who, todos os sábados as 19h. – com uma imagem de sua décima encarnação.

— Nyara foi longe demais com isso. – O Doutor falou.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agr relendo este capítulo lembro de um episódio de outra série onde os personagens saíram da série e foram para vida real onde eles atuavam sobre a vida deles (isso ficou confuso rsrs) mó doideira kkk

Mas é aí, o que acharam?