Maria escrita por Maria Lopes


Capítulo 7
CAPÍTulo 6




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— E finalmente é sexta feira - o Biel diz se escorando na Bia.

— Graças a Deus -  Bia diz, se deitando por cima da mesa do refeitório - não vejo a hora de me formar e me livrar disso.

— Tudo certo para amanhã, né? - Biel pergunta, animado.

— Eu trabalho.

— De que horas até que horas?

— De uma as cinco da tarde.

— Da tempo demais, as festas sempre começam as 5 da tarde, e vai até alguém acabar com ela. - ele diz.

— Mas a questão é que eu não quero ir.

— Maria deixa de ser chata.

— Bora Maria, por favor! - a Bia pede.

— Eu não gosto muito de festa, deixa para a próxima.

— Nada de próxima, vamos - Biel insiste.

— As festas do H são ótimas, vamos - Bia insiste

— Acho que escutei errado, você acham que vão onde? - Maize se intromete em nossa conversa - Idiotas como vocês, não são bem vindos na festa.

— Fomos convidados - Bia diz.

— Ah é? - questiona com ar de quem acha que é mentira - por quem?

— Sabe o Pedro? - ela olha com cara de dúvida - então foi ele.

— Duvido.

— Você duvidando ou não, a questão é que nós vamos - Gabriel afirma.

— Se fossem vocês, eu não iria. Só um aviso.

— E se eu fosse você eu criava vergonha na cara e parava de ouvir conversa alheia. Tua mãe não te deu educação, não? Eu hein - digo fazendo todos rirem, tanto o Biel e a Bia, quanto a Virgínia e a Luana, seguidoras dela.

— Vamos - depois de um tempo sem reação ela diz, empinando o nariz e chamando as seguidoras dela.

— Nós vamos, né Maria - Bia me questiona.

— É né, fazer o quê. - Ela e o Biel me abraçam. - Cara, vocês tem que parar com isso - digo tentando me desvencilhar.

— Tão meiga, senhor - Biel diz me fazendo revirar os olhos.

O sinal toca.

— Vamos para a aula, que é a melhor coisa que fazemos. - digo.

Na aula, o professor de literatura fala sobre a paixão de Cristo, onde todos tem que participar de alguma forma, pois vale 40% da nota. Quando eu escuto ele dizer isso, é como se escutasse uma sentença. Na segunda já é pra fazermos os testes dos papéis, como não tem papel para todos, alguns vão ser figurantes.

— Cara, pra quê disso - digo ao sair da sala.

— Isso é só o começo. - Biel diz.

— Ainda tem a semana cultural e o alto de Natal. - suspiro quando Bia termina de falar.

— Eu ODEIO aparecer.

— Percebemos - dizem juntos.

— Não quero pensar nisso, eu tenho até segunda para inventar uma morte súbita. - digo fazendo os dois rirem.

Passamos o intervalo conversando besteira, a Bia é o Biel se combinando para a festa.

Seguimos para a aula, e é aquela coisa. Parece que quanto mais ansioso você estar para ir embora, mais o tempo demora a passar. E a aula nem é chata, é o professor Dom, ele é uma comédia.

O sinal toca, e todos se levantam nas pressas.

— Percebo o quanto taam gostando da minha aula. - ele comenta.

— Sabe como é, né Dom. Sexta feira, última aula. Aquela coisa - Pedro diz fazendo geral rir.

Sigo para o meu armário, para pegar alguns livros pra estudar no final de semana e encontro mais um caramelo, foi assim a semana toda. Quer saber, tou curiosa pra saber quem deixa. Às vezes penso ser o Pedro, mas depois acho que não é. Vamos vê, um dia a pessoa decidi da o ar da graça.

— E ae, mais um caramelozinho? - Biel diz

— Sim, queria saber quem que deixa.as sabendo ou não, todo dia ganho doce de graça, melhor sensação.

— Você come? - Bia questiona

— Claro.

— Tá maluca, não sabe nem a procedência do caramelo.

— O que não mata, engorda.

— Você é maluca. - Ela diz, e eu dou aquele sorriso de boca fechada.

— Vou daqui para o trabalho.

— Eu te busco lá - Biel diz.

— Você dirige?

— Sim. Porém não tenho habilitação.

— E seu pai? - questiono

— Tá nem aí.

— Então tá bom. - Meu turno acaba as cinco.

— Certo.

Chego em cima da hora, na lanchonete. Entro correndo, e vou direto colocar o uniforme da lanchonete. Depois falo com don Marisol. E começo a limpar as mesas, repôr estoque, lavo os banheiros. E por último começo a servir os clientes. A tarde passa voando, a lanchonete tá lotada. A Bia é o Biel chegam arrumados.

— Viuji, eu não trouxe roupa pra ir.

— Pô Maria, tu fez de propósito.

— Oh mané, eu decidir no colégio que ia, e de lá vim direto pra cá. Achei que passaríamos em casa antes de ir. Nem falei com a Babi.

— Não se preocupe. Bia, a anja salvadora veio vós salvar - faço careta pra ela. - falei pra mãe, e ela disse que qualquer coisa podia ligar que ela ia nos buscar. E eu trouxe essa mochila com uma roupa limpa e maquiagem pra eu te arrumar.

— Como assim eu não sou boneca para você me vestir.

— Maria não discute. - ela vira pra dona Marisol - tem um banheiro que ela possa tomar banho?

— Você vai sair, Maria?

— Não, vou esperar a outra menina chegar. - assim que acabo de falar, a menina chega.

— Vá se divertir um pouco menina, lá atrás no depósito tem um escritório e nem um banheiro com chuveiro, você pode se arrumar lá.

Seguimos em direção do escritório, tomo um banho rápido e quando vejo a roupa que a Bia me trouxe eu piro. Um vestido preto folhadinhos e de alcinha. um vestido. UM VESTIDO. U M   V E S T I D O.

— Bia, eu não uso vestido.

— Mas era o que tinha meu que desse em você.

— Porque não trouxe umas roupas minhas.

— Porque eram sem graça. E deixe de muido, o vestido ficou ótimo. Né, Biel?

— Ficou sim.

— Eu não uso vestido.

— Hoje vai usar.

— Não, vou não.

— Maria deixe de muido, o vestido tá ótimo.

— A questão é que eu não gosto.

— É só hoje. Prometo que nunca mais na minha vida, peço pra você usar um vestido. - Reviro os olhos.

— Vamos então.

— Falta a maquiagem - olho pra ela com cara feia - só um rímel, nada demais.

— Vai Bia, antes que eu desista de tudo.

Ela passa um rímel e um delineador, quando vai passar um batom vermelho eu me afasto.

— Não vai rolar não.

— Tá bom - diz soltando meu cabelo que tava presso por uma caneta - cara você tá linda. Deus, não é justo.

— Tá linda, Maria - Gabriel diz.

— Droga, esqueci a sandália.

— Eu vou com meu coturno.

— É o jeito, tão linda e com um sapato podre.

Quando passamos pelo balcão dona Marisol fala.

— Que transformação, hein menina. Se divirta.

— Obrigada.

 

Saímos da lanchonete, seguimos para o carro e a sorte está lançada.


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Notas finais do capítulo

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
E ae galerinha, tudo de boas?
Tão gostando? Diz aí o que tão achando e dê aquela velha estrelinha nossa de cada capítulo.
Bjs Amo vcs!



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