Série Paradise - Serena(Degustação) escrita por moni


Capítulo 4
capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!!!
GRATIDÃO! Sonho realizado, é uma experiencia incrivel realizar sonhos, eu nem sei como explicar ou agradecer, mas é real, Leon e Lissa agora em físico, como por muito tempo pareceu apenas sonho. Obrigada!!
www.autoramonicacristina.com.br



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   Theodor

   Não tenho ideia do porque ela me convenceu. Talvez o interesse em Andrew antes de qualquer coisa, o jeito petulante também foi bem interessante, gosto que ela seja decidida, ficar com um bebê requer rapidez de coragem para decisões.

   Foi isso que me fez ignorar a próxima entrevista, simples assim, ela me passou confiança, interesse e coragem.

   Assim que entro em minha sala, a primeira coisa que faço é ligar as câmeras. Por pura curiosidade, eu a observo. Felizmente só mandei instalar câmeras na sala e cozinha, não resistiria a observar mesmo em outros ambientes. Corro o risco de me tornar viciado nisso de observa-los feito reality show.

   Os dois estão na cozinha, ela abre o armário, reclama de não ter comida, pego o telefone, não sei quanto tempo até ela descobrir que estou observando. Inusitado ligar para casa, nunca aconteceu, nunca tive ninguém a minha espera. Não que aqueles dois pareçam estar me esperando.

   Discutir sobre o palhaço vendedor de sanduiches é divertido. Ela não se contém. Volto minha atenção aos monitores assim que desligo sem despedidas.

   — Que pai mais insuportavelmente irritante esse seu, Andrew. – Ela diz ao pequeno hipnotizado por ela. Sorrio com sua irritação. Serena se arrepende. – Brincadeira, o papai é bem legal. Eeeeee que papai legal o Andy tem.  – Ela aplaude e não consigo conter a gargalhada.

   — Allison vai chamar ajuda profissional se continuar gargalhando aqui sozinho. – Aron invade a sala me trazendo mais documentos, deixa a pasta sobre a mesa, estica o pescoço, franze a testa, abre e fecha a boca e dá a volta em torno da mesa, para ao meu lado. – Voyer?

   —Idiota, claro que não. Estou... conferindo se ela está cuidando dele direito. Eles estão indo fazer compras. Ela me chamou de insuportavelmente irritante. – Digo rindo e ele estranha, mas Aron não devia estranhar, ele acha o mesmo.

   — Já temos muito em comum. – Ele volta para seu lugar, me observa. – Qual é?

   — Me acusa de ser péssimo com o menino e quando mostro preocupação duvida das minhas intenções? – Condeno.

   — Torço para que seja capaz de mostrar essa preocupação cara a cara, através de uma câmera, ele nunca vai saber. É seu filho e isso pode se tornar a melhor e mais incrível aventura da sua vida. Não devia desperdiçar essa oportunidade. Emily pode voltar atrás e pedir o filho de volta.

   — Aron, vamos trabalhar? – Não quero pensar em nada disso.

   —Eu estou fazendo isso tem um tempo, você que está aí assistindo televisão.

   Não respondo, nem sempre Aron merece resposta. Continuamos a trabalhar, depois de uns acertos ele deixa minha sala. Acho a casa tão sem graça sem eles. Não tem o que me distraia e fico o tempo todo olhando para as câmeras esperando que voltem, refreio o desejo de ligar para Eddy. Acabo sendo consumido pelo trabalho e quando finalmente volto minha atenção para as câmeras, Serena está arrastando suas coisas pela cozinha em direção ao quarto de empregados.

   Nem pensar que ela vai dormir tão longe do menino e me deixar sozinho com ele. Pego o telefone. Ela sabe que sou eu, percebo pela má vontade com que me atende e depois que desligo ela faz careta e arrasta a mala de volta.

   Serena é muito bonita, não tem nada em comum com nenhum tipo de mulher que já saí na vida, mas eu não posso negar que sua beleza latina vai além da aparência, está no ar impetuoso e no charme sensual de sotaque, gestos, olhar. Linda mulher.

   — Linda e intocável. – Me alerto. Não quero estragar nada com o garoto. Ele precisa dela, eu preciso que ela o atenda e é isso. Distancia segura é o melhor.

   Andrew é tão apático. Ele é tão silencioso, triste, obediente, nada a ver comigo. Sempre fui um pouco destemido, impetuoso, curioso, desafiador. Nunca pensei sobre filhos, mas acho que se tivesse pensado ele seria como eu. Sem toda aquela solidão, não, eu não sei, eu nunca nem consegui articular um pensamento claro sobre uma coisa assim. Os planos e eu sempre planejei cada passo, nunca incluíram uma família.

   — Estou indo para casa. Charlene vai me encontrar na casa dos pais dela. Eles me convidaram para jantar. – As vezes sinto pena do meu amigo, ele age na vida amorosa como um rapazinho de dezesseis anos.

   — Vai conhecer os pais da namorada? Aron, você é muito antiquado.

   —Ainda não somos namorados, acho que depois de conhecer a família dela pode ser que nos tornemos.

   —Ok, boa sorte. – Ele me entrega um documento.

   – Amanhã viajo para São Francisco. Então decida-se sobre investir ou não na indústria.

   —Depois da reunião de hoje acho que avançamos muito.

   —Muito. Agora os caras agora te odeiam tanto quanto todos os outros. – Faço careta. – Eu sei que adora isso. – Gosto de vencer, sou sim implacável, não cheguei aqui de outro modo, foi não perdoando, foi devorando o mercado, arriscando.

   —McDonalds é comida de criança?

   —Que? – Aron me pergunta surpreso.

   — O palhaço, ele está lá para convencer crianças a comer aquelas coisas. Não concorda comigo?

   —Faz diferença? Por que concordar ou não com você não muda sua opinião nunca. Por que estamos falando do Ronald McDonalds? – Nem sabia que o palhaço tinha nove.

   — Bom jantar. – Eu encerro a conversa, ele ri quando deixa a sala. Serena está cozinhando quando deixo meu escritório depois de um último olhar para as câmeras. Podia jantar em algum lugar, mas vou ser generoso e ir para casa.

   Não recebo qualquer atenção. Os dois estão envolvidos em comer e nem ela, nem ele, parecem me notar, mesmo quando me sento para comer. A comida é mesmo boa, Serena tem muitos talentos. Cozinha é um deles, mas não vou ficar me derretendo em elogios.

   Andrew ou Andy como ela quer chama-lo, parece mesmo ter vivido dias difíceis com Emily, tem qualquer coisa em mim que se incomoda com essa verdade, tanto que prefiro não pensar sobre isso. Ele não estava em meus planos, mas está aqui e nada de mal vai atingi-lo a partir de agora.

   Isso precisa ser o bastante, não quero pensar no antes. Serena parece disposta a tentar me transformar em um pai de comercial de televisão, não vai conseguir, eu não nasci para isso, sobrevivi muito bem sem essas tolices todas e o garoto também vai.

   Toco os cabelos dele em despedida. Já chega, eu não sou bom nisso e ele é menos ainda.

   Fico sozinho, ingratos, vim mais cedo, fiz questão de me sentar a mesa e eles me largam. Afasto o prato, continuo a responder mensagens no celular, e-mails e mensagens chegam a cada minuto. É dia em alguma parte do mundo e isso significa trabalho.

   Trabalho e dinheiro. Isso move o mundo. Isso te torna alguém visível. Abraços de boa noite é só tolice para gente sensível e sentimentalismos tolos não acrescentam nada.

   O que será que estão fazendo? Ele nunca chora, talvez seja mais forte do que penso, Andrew. Andy é mais suave, ela tem lá seus talentos, talvez esteja certa sobre isso. Sobre ele, sobre tudo. Não sei.

   Meu telefone toca, Brigitte, minha mãe nunca telefona, será problema?

   —Alô.

   — Estão se dando bem? – Mamãe está animada, ela adora viagens, ela adora luxo e solidão. Sempre foi assim.

   —Muito bem, mamãe, estamos de mãos dadas passeando no Central Park. Acenando para o balão de gás vermelho que acabamos de soltar para poluir a atmosfera, mas que é fofo em fotos publicitárias.

   —Verdade?

   —Não.

   — Alfred disse que ele não deu trabalho, eu não pude ficar muito com ele, por conta dos preparativos da viagem, mas achei ele muito parecido com você na infância, embora fosse muito mais forte e alto na idade dele.

   — Qual a idade dele, mamãe? – Questiono curioso, óbvio que ela não se lembra da informação.

   — Você disse... seis? Sete?

   —Quatro. Não se lembra como eu era aos quatro.

   — Talvez não. Está pensando em contratar uma agencia?

   —Ele já tem alguém, mamãe.

   — Certo, se precisar de algo, me procure. Amo você.

   —Eu também me amo. – Ela ri.

   —Você é terrível. Puxou ao seu pai. Acha que podemos anunciar que é pai? Um dia ele será seu sucessor.

   — Outro dia, mamãe, por enquanto vamos preserva-los um pouco.

   —Plural? – Ela questiona. É, plural? Eu também me questiono.

   —Mamãe, não vamos tomar decisões agora. Pronto. É isso.

   —Você sabe o que faz, mas logo vão descobrir que é o mais novo papai de Nova York. Amo o bebê, estranho, não é? Me apaixonei por ele. Boa noite. Estou diante de uma paisagem magnifica.

   —Bom proveito, mamãe, amo você.

   —Tchau, querido. Ah! Theodor, você não esqueceu do acordo, não é?

   — Não, mamãe, gaste nosso dinheiro o quanto quiser. – Ela desliga rindo.

   Ando pela casa, apago algumas luzes, pego o corredor silencioso em direção ao meu quarto, paro diante da porta de Andrew. Ele está deitado, coberto, olhos fechados, ela está sentada a seu lado, ajeita as cobertas, se curva, beija sua testa, afasta os cabelos.

   Seu jeito latino de cuidar dele vai ajuda-lo. Me lembro de Maria, minha babá brasileira. Estranho pensar nela, me faz até sorrir, foi a primeira, ficou comigo até meus sete anos, mamãe a demitiu porque achava que ela estava muito apegada, eu estava, até tinha aprendido umas palavras em sua língua, mas com o tempo esqueci. Foi bem difícil dizer adeus, ela tinha cheiro de baunilha, rechonchuda, mãos pesadas, me acolhia.

   — Ele é encantador, não é mesmo? – Pisco voltando a realidade, ela está de pé, me olhando. Serena está a meia luz e é mesmo bonita.

   — Ah, não é sobre ele, estava pensando em outra coisa.

   Eu vejo acontecer, seus olhos cintilam, ela quase abre a boca para me rebater, mas então se cala. Me decepciona um pouco. Gosto de sua rebeldia, dos seus ímpetos, ela reage com seu sangue quente e não pensa, gosto disso, do desafio, eu não tenho muito disso, estão sempre concordando comigo, sempre me dizendo sim, ela não. Ela ergue o queixo, dessa vez se rendeu e fico desapontado.

   — Boa noite, senhor Fitzalan. – Ela passa por mim, sinto seu perfume, floral. Serena entra na porta ao lado e penso que Andrew não vai precisar esquecer seu perfume. Volto a olhar para ele adormecido, as duas mãos juntas sob a bochecha, o cavalinho ao seu lado.

   Quando menos espero, ele abre os olhos, me encara, sinto medo, sinto vontade de me afastar, seu olhar é misterioso, assustador, confuso. Doce e exigente, não tenho o que ele quer. Aos poucos, sem desviar seus olhos, o sono volta a vence-lo e me olhando ele vai deixando as pálpebras se fecharem e ressona.

   Quero me mover para longe, minhas pernas parecem não responder. Filho, DNA, futuro, passado, inocência, é complicado, me deixa sem saber como resolver, eu não sei compreender bem o que sinto por ele.

   Fico com medo de analisar as emoções. As pessoas dizem que esse tipo de sentimento é instantâneo, não sei se é. Não sei se sentiria o mesmo por qualquer garotinho ou se ele me intriga e interessa porque me pertence de algum modo, porque sou responsável por sua vida, segurança, saúde e futuro.

   Um estalo em minha cabeça me preocupa, é urgente. Bem urgente, deixo o quarto, ainda é cedo, o garotinho é um bebê e por isso dorme cedo, ela não. Bato na porta de Serena, ela abre um segundo depois meio assustada.

   —Algo errado com o Andy?

   —Você sabe como é fácil conseguir drogas hoje em dia, então, cuidado com quem ele anda.

   —Senhor Fitzalan, o senhor tem alguns sérios problemas, ele tem quatro anos. Quatro. Não viveu nem mil dias.

   —Mil quatrocentos e sessenta dias, senhorita.

   — Não sou boa em matemática! – Ela se defende. – Admiro sua preocupação, é genuína, mas... espere mais uns dez anos.

   — Boa noite, senhorita, ele está dormindo.

   —Eu sei. – Ela diz lutando com a vontade de rir de mim.

   —Eu também sei. – Deixo a porta do seu quarto e entro no meu. Momento patético.

   Pela manhã, a voz dela me guia até a cozinha, Andrew está sentado mastigando, enquanto o cavalinho de plástico galopa sobre a mesa e tento me lembrar de algum brinquedo preferido na infância.

   — Bom dia, senhorita, bom dia, Andre... Andy. – Difícil acostumar com isso de apelido.

   — Preparei um café saudável, se quiser, tem ovos, carnes, tortilhas... – Ela para de falar.

   —Café mexicano?

   —Sim, mas para ele, frutas picadas, um biscoito e suco, mas vou oferecer leite.

   — Leite não, senhorita. – Ele diz distraído, ela falta se derreter, quase chora, eu acho engraçado ele me copiar.

   —Senhorita? – Ela deixa tudo para ir beija-lo e abraça-lo e ele retribui e até ontem era um menino mudo e sem reações. Hoje ela ganha abraços e beijos logo pela manhã. – É Serena, sabe falar Serena?

   — Sei. Serena. – O “s” dele é infantil e tem um som diferente que cria emoções, é estranho.

   — Então ensina o papai. – Os olhos dele, sem qualquer preparo emocional se voltam para mim em um reconhecimento que me bagunça os sentimentos e nem me lembrava de ter sentimentos. Sou pai desse garoto e se me lembro do meu, isso nem devia significar muito, mas mexe comigo.

   —Serena. – Digo evitando toda aquela coisa emocional do garotinho fingindo me ensinar algo que sou totalmente capaz de compreender. – Aliás, pode me chamar de Theodor, mas por favor, nada de apelidos.

   —Apelidar o senhor? Jamais. – Sinto a ironia, não compreendo, mas percebo.

   —Bom dia, vou trabalhar, chego tarde.

   —Preciso de carona. Pode nos levar ao parque?

   —Não sei como são os parques no México, mas aqui não são seguros o tempo todo e tem... insetos e... cães, as pessoas levam seus animais de estimação para passear como se fossem....

   —Animais de estimação?

   — Sim. – Respondo sua ironia.

   —Nós vamos ao parque, senhor... quer dizer, Theodor, pode nos acompanhar se achar muito perigoso para a segurança do seu filho. Acho mesmo que um esquilo egocêntrico pode nos atacar e seria terrível.

   —Senhorita, está zombando de mim? – Ela me irrita. É desafiador e divertido.

   — Jamais. – Fica claro o deboche. – Vai dar carona?

   — Sim... não... depois... agora eu vou... comer. Comer essa coisa que preparou.

   Levo pelo menos meia hora, eles comem, deixam a mesa, voltam prontos para um passeio congelante no parque. Aposto que o único objetivo é me perturbar.

   — Estamos prontos. – Ela avisa com botas, casacos, luvas.

   — Pode ser que chova ou neve. Já viu a previsão?

   — Um passeio rápido. – Serena usa um tom suave, o garotinho está grudado no cavalinho de mãos dadas com ela.

   — Entendi, não vou escapar. – Pego minha pasta e sigo para a porta, eles me acompanham.

   —Colo senhorita. – Andrew pede no elevador. Pego meu celular, eu não sou o que ela está esperando que eu seja. Serena ergue o garotinho, não me pede para carrega-lo, tinha certeza que ela faria isso.

   No carro, os dois vão no banco de trás, está frio, é fevereiro, não é época de ir a parques para caminhar e correr atrás de pombos e esquilos.

   Estaciono, eles descem e faço o mesmo. Fico encostado no carro, congelando enquanto os dois caminham pela pequena alameda escorregadia e úmida.

   Andy sorri para ela, mostra o cavalinho, se abaixa, é tão pequeno, fica fingindo cavalgar com o brinquedo. Será que algum dia Emily o levou para ver cavalos? Aposto que ele adoraria, tem a velha casa do lago que não vou desde os dez anos, os cavalos ainda estão por lá.

   Ela parece tão feliz, os dois se entendem tão bem e ele já se sente seguro com ela. Como talvez nunca tenha se sentido com a mãe.

   Por meia hora eu os observo. Quando finalmente eles retornam, estão corados e tremendo. Andy vivia em Los Angeles e ela é mexicana, o inverno não é algo que lhes seja familiar.

   — Vamos andando se preferir, são só alguns quarteirões. – Serena diz olhando em meus olhos e é bonita, muito bonita.

   — Eu deixo vocês. – Aviso dando a volta e entrando atrás do volante. Ela se acomoda com Andrew. – Sabe que o Eddy está na garagem? Que só estou dirigindo porque emprestei ele a vocês e está me transformando no motorista de vocês?

   — Theodor, foi ideia sua.

   —Prove! – Reclamo sem querer admitir que eu fiz isso.

   — Serena senhorita, o corcel caiu. – Uma frase toda e com esse “s” puxado, sorrio sem pensar muito, meu olhar encontra o dela pelo retrovisor, os olhos amendoados sorriem para mim. É doméstico para meu pavor.

   Estaciono na garagem, assim eles não passam mais frio. Não me movo, assisto os dois descerem, dou meia volta e dirijo para o escritório. Odeio dirigir, aproveito tanto o tempo de trânsito quando estou no banco de trás. Salto e abro a porta traseira para pegar minha pasta. Lá está o cavalinho caído no banco.

   —Eu não vou voltar até lá para levar um brinquedo de plástico. Ele que arrume o que fazer, é bom que ela exerce sua função e distrai o menino.

   Bato a porta e sigo para o elevador, aperto o botão, imagino o menino com olhos tristes, achando que perdeu o cavalinho, ela caçando pela casa, descobrindo que não está, acreditando que está caído pelo caminho, refazendo os passos até a garagem, imaginando que talvez, alguém tenha levado o brinquedo, só depois quando pela noite eu retornar é que o menino vai ter seu brinquedo de volta. Até vai sorrir, mas já vai ter tido um dia terrível.

   — Segura a porta, Theodor! – A voz de Aron surge de longe a porta se abre, em seguida fecha. – Que foi? – Aron para ao meu lado meio esbaforido. – Corri a toa.

    — Tenho que voltar para casa. Esqueci um documento.

   — Mande alguém buscar, é o que faria, não?

   —Está no cofre. – Minto, eu não vou dizer a ele nunca.

   — Não tem cofre.

   —Como sabe, não somos amigos. – Digo andando para o carro, ele resmunga entrando no elevador, eu o invejo, porque eu recebo a noticia que tenho um filho e ele que é todo... sei lá, esse tipo, não?

   Dirijo de volta a casa, subo de elevador ignorando o olhar surpreso de Eddy que lê um jornal dentro do carro. Abro a porta e os dois estão na sala, Serena tentando distraí-lo, o pequeno com ar deprimido.

   —Esqueceram isso no carro. – Os dois se voltam ao ouvir minha voz e ganho o primeiro sorriso dele. Por que diabos acho que nunca mais vou esquecer isso?


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Notas finais do capítulo

BEIJOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS



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