Ironias do Amor escrita por Lyse Darcy


Capítulo 29
cap 29 - Uma Audiência Irônica Parte II




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A convocação de Rey Jakkes pegou a todos de surpresa, não esperavam que a garota pudesse ser uma testemunha. Johannes Snoke estava vibrando de ódio. Seus olhos disparavam muita raiva na direção dela, que caminhava decidida até o assento à frente do salão. Ao se posicionar no local indicado, ergueu a cabeça com coragem. Avistou o rosto de Benjamin e numa conversa silenciosa indicou ao seu noivo que tudo iria dar certo.

Snoke, chiou no ouvido de seu advogado, pedia providências da parte do profissional, tinha ficado deslocado por uns segundos. Assim Hux se levantou bruscamente, protestando a citação de tal testemunha. Todavia a juíza negou, alegando que ela tinha sido arrolada nos autos em tempo hábil.

Então, Holdo solicitou que dessem prosseguimento as perguntas a testemunha. Nesse momento, o oficial de justiça fez a jovem colocar a mão sobre a Bíblia para fazer o juramento. A fazendo repetir as seguintes palavras.

— Juro pela minha honra dizer toda a verdade, e só a verdade. — Assim ela o fez. Se sentando.

Com isso Armitage começou com a sua sabatina. Queria pulverizar Rey Jakkes, tirar toda a sua credibilidade. As perguntas a deixavam parecer perante todos, como uma pessoa desequilibrada, cruel e vingativa. Ao final da arguição em sua estratégia para deixa-la vulnerável com lágrimas nos olhos, então se virou para a juíza.

— Meritíssima, como pode observar. — Apontando energicamente na direção da Rey. — A testemunha em questão, não passa de uma pessoa pequena e vingativa. Ao perceber que seria mandada embora, criou toda essa farsa de sequestro, documentações ocultas, com o intuito de desacreditar um escritório idôneo como o do doutor Snoke, bem como difamar uma corporação de prestígio como Internacional Co-operative Alliance.

Nesse momento, Ben Solo estava tomado de raiva, pronto para ir atacar Armitage Hux, desejava partir a face do advogado mau-caráter. Contudo, Poe junto com Finn tentavam com muito afinco segurar o rapaz possesso, estava ingovernável. Atacavam a sua noiva. Esbravejava no auditório.

— Seu canalha, a encarceraram, tentaram matar ela e o bebê. Agora inventam tudo isso? — Tentava se desvencilhar dos amigos. — Vou pegar você!

O local inteiro emergiu num pandemônio, os ânimos ficaram exaltados, berros e promessas de vingança ecoando por todos os lados. Com isso, Amilyn Holdo bateu seu malhete no local próprio, que soou audível em todo o salão. Pediu ordem, solicitando que todos se sentassem falando convicta.

— Mais uma interrupção dessa natureza prenderei o senhor por desacato a autoridade. — Fitou Ben com firmeza. — Não tolerarei tal comportamento selvagem em meu tribunal. — Depois encarando Hux. — Tem mais alguma coisa que queira acrescentar ou esclarecer com a testemunha?

— Não, meritíssima, — sorriu irônico para Benjamin Solo — não tenho mais nada a acrescentar. — Se sentou ao lado do mais velho que tinha um sorriso de vitória nos lábios.

— Agora a testemunha está a cargo do doutor Skywalker.

O velho advogado se levantou calmamente, indo em direção onde Rey estava enxugando suas últimas lágrimas.

— Você está bem, minha jovem?

— Protesto! — Vociferou Hux. — Isso não é de relevância para o processo.

— Negado! — A juíza olhou para a jovem. — Pode responder.

— Estou bem, obrigada. — O advogado lhe ofertou uma caixa de lenços que ela aceitou.

— Seu nome completo é?

 — Rey Jakkes.

 — Protesto! — Interrompeu. — O que o nome dela tem de relevante?

— Negado! — Olhou para Luke Skywalker. — Prossiga, espero que tenha um propósito seu questionamento.

— Tem, meritíssima. — Sorriu. — Chegarei em meu propósito. — Voltou para a mesa onde estavam alguns papéis, puxou cópias de registro de casamento, outro de nascimento e um testamento. Tornou a caminhar até a juíza falando firme.

— Tenho em minhas mãos provas irrefutáveis de que essa jovem não é apenas uma estagiária ciumenta e vingativa. Se trata de uma herdeira legítima das terras que a incorporação se apropriou indevidamente, que de modo fraudulento vem retirando famílias de suas casas. — Olhou para todos no recinto, focando na face de um homem que era pura ira, estava encolerizado, voltou sua atenção a juíza. — Portanto, meritíssima, Rey Jakkes não é uma simples testemunha, mas a prova determinante da grande corrupção que existe nesses grandes conglomerados.

O local inteiro mais uma vez entrou em combustão, todos falavam ao mesmo tempo, agitavam-se de modo rápido. Ben estava tentando se levantar novamente e protestar, todavia sua mãe o fez ter calma e bom-senso, mas estava difícil se controlar em ver Rey tão exposta, queria a proteger.

Snoke e os diretores da I.C.A. estavam muito irritados com o desenvolvimento dessa audiência. Aqueles documentos não deveriam estar expostos dessa maneira. Olhavam para Armitage Hux como o responsável por todos os seus reveses. O advogado engoliu em seco, tinha ciência que seu futuro estava comprometido se os planos dos maiorais não saísse como programado.

Amilyn Holdo demorou para colocar ordem, contudo ela foi enérgica, então, os presentes se calaram para ouvi-la.

— Que coloque nos autos esses documentos, afim de que sejam colocados para avaliação de peritos. — Olhou para o promotor. — Deseja fazer mais alguma colocação?

Luke Skywalker, voltou-se para a juíza.

— Sim, meritíssima. — Assim continuou sua conversação com a testemunha incentivando ela relatar todos os acontecimentos sobre o sequestro, todos os infortúnios que viveu. Contou tudo em meio a muitas lágrimas.

Benjamin não se cabia em raiva e tristeza ver Rey ali vulnerável. Praguejou baixo. Leia o segurava tentando lhe consolar.

No que lhe concerne, Armitage Hux, em puro desespero, tentava de modo rápido neutralizar todas aquelas questões levantadas, no entanto, a juíza negava todos os seus protestos. Ouvia todo e cada argumento, fazendo suas anotações.

Ao final de todas as questões que Luke quis trazer a luz da verdade, como, manipulação de papéis, apropriação indevida de terras, extorsões, sequestro e tentativa de assassinato. Em seu discurso persuasivo pediu para que se colocasse nos autos do processo todos os fatos levantados pela testemunha, pois eram graves e mereciam que se fizesse justiça.

A juíza Amilyn Holdo, estava encerrando a sessão. Ia fazer um recesso. Para que no outro dia iria declarar sua sentença sobre o Ministério Público contra Internacional Co-operative Alliance. Quando Benjamin Solo solicitou para se aproximar da autoridade, ela permitiu o acesso do rapaz, assim o oficial o conduziu até a frente.

— Espero que o que quer o senhor tenha a falar, seja relevante para esse processo.

Armitage tentou refutar, porém, não conseguiu, visto que a autoridade máxima do local concedeu a palavra ao advogado.

— Sim meritíssima, — sorriu para a mãe e depois olhou para o tio, que colocou a mão na boca como esperando o que aquele garoto iria querer falar, uma vez que era quase certo uma sentença favorável a eles, então Ben prosseguiu.

— Era o advogado convocado pelo escritório de Snoke para a defesa dessa grande incorporação. Seria o profissional que estaria sentado naquela cadeira. — Apontou para a direção de Hux, prosseguiu. — Com isso dito, posso asseverar que embora tenham alegado aqui não saberem de nada a respeito de herdeiros. Digo com toda a convicção que não é verdade. Sabíamos que havia a possibilidade de haver herdeiros, assim fizeram a pesquisa encontrando a verdadeira dona. — Fitou Rey, com carinho. — Só que não me falaram o nome da pessoa. A trouxeram como estagiária, afim de monitora-la, foi quando a conheci, por uma coincidência nos tornamos amigos.

Snoke se levantou energicamente, totalmente agastado com a situação, queria enforcar Benjamin ali mesmo, não podia ter feito isso com ele. Não poderia ter o traído assim.

— Protesto! Essa audiência está virando um circo de horrores! — Berrava o homem.

— Negado! — Bateu seu malhete na mesa. — Não será permitido a fala de quem quer que seja, sem o meu consentimento! — Falou com firmeza. — Vamos ouvir a conclusão desse depoimento.

Johannes sentou em seu lugar, engolindo seu ódio contra seu ex advogado.

Com isso Benjamin se aprumou ajeitando seu terno, temperou a garganta continuou seu relato mais convicto do que antes.

— A senhorita Jakkes, encontrou alguns documentos que revelava as desapropriações irregulares. Não demorou muito a sequestraram. Então, formei um grupo com o objetivo de resgata-la. Contra todo o bom-senso a tiramos do cativeiro. Fizemos isso, pois, sabíamos que com certeza a matariam. Não poderia haver herdeiros. — Suspirou pesado para controlar suas emoções. Portanto, sou responsável por omitir tudo o que faziam, mesmo aquelas que se desenvolviam a minha revelia. Não fazia nada para impedir. Quero que saibam que Johannes Snoke, junto com a Internacional Co-operative Alliance. São culpados por isso e, por coisas piores do que aconteceu com as famílias que foram desapropriadas indevidamente. Se não forem detidos continuarão a fazer a vida de muitos os caos da injustiça. Precisam parar.

O advogado olhou para a sua mãe, depois para Rey que tinha lágrimas nos olhos, entendia que o noivo tinha que desabafar isso, se não nunca se perdoaria por todo o mal que causou, o apoiou por tamanha coragem em executar, mesmo a deixando muito triste, assim ouviu a conclusão.

— Precisam pagar pelo que fizeram, e continuarão fazendo, se não os impedirem. Também devo pagar pelo que sou responsável.

As vozes no salão tornaram a se manifestar. O tribunal inteiro ficou agitado. Leia ficou apreensiva ao ouvir as declarações de seu filho, fitou seu irmão com um olhar angustiado, que negou com a cabeça, para que ela soubesse que não havia muito o que ser feito naquele momento.

Então Rey avançou rapidamente até Ben Solo, para demonstrar que o entendia e o apoiava. O abraçou tentava falar com ele, mas os oficiais os separaram. A única coisa que ela ouviu em meio do alarido foi: “Te amo!” Foi levada para junto de Leia Organa.

Johannes Snoke e os diretores da I.C.A. estavam muito irados, queria atingir a Ben com todo o seu ódio, no entanto, desviou sua cólera para Hux, que se mostrou ser um advogado incompetente. O xingou dos modos mais ultrajantes.

Com isso, a juíza impetrou a sua autoridade, controlou a balbúrdia. Abrindo o recesso para deliberar sua sentença. Antes disso falou.

— Nenhum dos envolvidos nesse processo, os arrolados antes, bem como o depoente final, poderão viajar para fora da cidade, estado ou país. — Assim bateu seu malhete encerrando a sessão.

(…)

Embora o resultado com certeza será favorável para o grupo, as evidências apresentadas foram pontuais, no entanto, saíram do fórum, abatidos, não esperavam aquela declaração tão intensa de Ben Solo. No restaurante, tentavam digerir o que o rapaz havia feito. Luke se colocou.

— O que você tinha na cabeça, garoto?

 — Não seja tão duro com ele! — Leia o defendeu.

 — Fez o que era certo! — Rey o defendeu, com lágrimas nos olhos.

 — Mesmo podendo custar a sua liberdade? — Mark estava perplexo.

— Isso é muito perigoso, se ele for preso, podem tentar mata-lo. — Pontuou Poe.

— Não posso o defender, apenas amenizar a sentença, por alegar que ele colaborou com o Ministério Público.

— Não preciso que me defenda! — Levanto brusco saindo de perto deles. Jakkes a acompanhou. — Fique com eles, precisa se alimentar. Ela se negou. — Por favor, se não for por mim, faça pelo nosso filho! — Nesse momento, sua mãe se aproximou deles. Falando maternalmente.

— Sim, meu amor, vá comer alguma coisa, depois vamos nos juntar ao grupo. — O filho estava muito esquivo, encurtou a distância. — Ben! — Falou calma. — Você fez algo muito corajoso, bem como correto. Me orgulho muito do homem que se tornou. — Afagou os cabelos negros dele. — Entendo a sua escolha, pode apostar que seu tio também. Estamos muito preocupados com sua integridade.

— Me chamou de ‘garoto’ — falou entre dentes — como se minhas ações fossem inconsequentes ou egoístas, mas não foram.

— Sei, minha vida. — Pegou nas mãos dele. — Deseja ser uma pessoa melhor. Quer que seu filho ou filha se orgulhe de quem é. — Anuiu com os olhos vermelhos.

— Anseio que Rey e meu bebê saibam que fiz tudo por eles, quero o melhor pra minha família. — Assim se abraçou com a sua genitora. — Prometa que cuidará deles por mim.

— Claro que prometo! — Beijou sua bochecha quente. — Estarão seguros.

Ficaram mais alguns instantes juntos absorvendo as emoções, num abraço terno e acolhedor, depois disso se juntaram aos demais. Com isso a conversa entre eles se focou em temas amenos daquela audiência, até mesmo engraçados. Ao término se concentraram na hipótese da sentença da juíza for a favor a Rey, declarando que o testamento vogasse, inquiriam o que ela faria. Rey ficou indecisa, depois refletiu mais achando que seria melhor favorecer os moradores das terras.

O tempo foi passando, com isso o grupo foi se dispersando cada um para a sua casa. Ben levou Rey para o seu apartamento precisava conversar tranquilamente sobre sua decisão, formular estratégias para o futuro.

(…)

O quarto era o local mais silencioso em todo o domicílio, um grande paradoxo, pois os seus moradores estavam próximos, no entanto, se corroíam afastados um do outro.

   — Me diga Rey, o que realmente pensa sobre o que fiz?

   — Minha opinião? — O olhou terna.

   — Por favor, me fale!

— Te entendo. — Secou a lágrima que teimou em cair. — Confesso que estou com medo do que posse vir depois disso. Contudo, sempre terá o meu apoio.

Ben ficou afundado no colchão, sua tristeza fluía por seus olhos.

— Fiz tudo isso por você, por nosso bebê. — Secou o rosto. — Quero que tenham orgulho de mim. Precisamos começar do zero.

Sua noiva colocou suas mãos carinhosamente na face dele, enxugou a sua bochecha e a beijou, deslizando seus lábios até os dele.

— Me orgulho Ben, — O osculou novamente. — Orgulhamos, é um homem valoroso. Sinto muita felicidade em fazer parte de sua vida.

Eles se abraçaram com muito carinho, se amaram como sempre, se complementando num encaixe perfeito.

Rey estava recostada no peito tépido dele, falando baixinho.

 — Vão te prender?

 — É bem possível. — Roçou seus lábios no topo da cabeça dela.

 — Ficarei sozinha novamente. — Estava triste e preocupada.

— Ficará com a minha mãe. Será o melhor, nossos amigos irão ajudar. — Sorriu. — Como sempre me mostrou. Devo confiar neles.

Com isso aconchegaram dormindo um pouco. Se sentiam um pouco mais forte para enfrentar o futuro.

(...)

Estavam novamente todos os reunidos mais uma vez, no fórum, sabiam que a sentença seria expedida, portanto, nada poderia ser feito para mudar, apenas acatar as decisões que fossem pronunciadas.

Rey segurava a mão de Ben Solo com muito afinco, como se soltasse ela, sumiria como um sonho, isso ela não desejava. Todavia sabia que a sentença era uma ameaça real.

Leia se aproximou deles beijou a face dos dois, abraçou a garota que estava muito nervosa. A senhora alisou a barriga dela consolando.

— Todos estaremos aqui. — Fitou o filho. — Não vamos deixar ninguém sem apoio.

— Obrigado, mãe.

Entraram no salão imponente, como sempre Luke já estava lá em tempo hábil para se preparar. Ao passo que a outra parte sempre mostrava pouco caso por chegarem atrasados.

A juíza Amilyn Holdo entrou no horário agendado, assim os presentes seguiram agindo conforme o protocolo. Ao se sentar abriu a sessão com muita seriedade e profissionalismo, antes dela expor sua sentença. Abriu para que cada advogado fizesse suas colocações finais.

Hux começou com o seu discurso de encerramento com uma paixão exacerbada. Alegava que tudo aquilo era uma calúnia contra Internacional Co-operative Alliance e o escritório de advocacia de Johannes Snoke.

Pontuava que aquilo era um circo, um modo grosseiro e fraudulento de se obter vantagens. Que pessoas com má índole se aproveitavam de empresas que tinham um nome sólido na sociedade, para denigrir sua reputação, com um único objetivo, vingança torpe e mal executada.

Ao fechar seus argumentos se voltou para a juíza.

   — Peço, meritíssima, que se pese os fatos, julgue com justiça, que não impeça o desenvolvimento dessa cidade, só por causa de um punhado de pessoas burlistas e criminosas, que de modo sistemático mentem, tentando frustrar o progresso da localidade. — Limpou a garganta. — Desejo contemplar a ordem e juridicidade, que após deliberar sua sentença. Ver todos os envolvidos processados pagando por suas calúnias criminosas contra as empresas e escritório de direito.

Assim a juíza Holdo passou a palavra para o promotor, afim de fazer as suas considerações.

Luke Skywalker começou num tom manso, contudo, demonstrava a sua firmeza em pontuar a verdade, suas palavras convictas evidenciavam onde se encontrava a razão.

Os documentos apresentados pelo Ministério Público eram mais que provas atestavam sem nenhum contra-argumento de como a Incorporadora bem como o escritório de advogados abusavam de seus privilégios, oprimindo aqueles, a quem deveriam propiciar algum amparo social.

Continuou suas alegações de um modo lógico e ponderado. Relatou que o grupo apontado como ‘fraudulento e criminoso’ são apenas pessoas que almejam que a sua cidade exista equidade, que os moradores possam ter o seu direito básico a uma moradia adequada.  

Quanto a senhorita Jakkes não agiu de modo doloso, nem tão pouco criminoso. Antes é uma cidadã de bem que teve seus direitos sobre suas terras, negado. Porque a empresa se apossou delas indevidamente, assim, quem precisa se explicar, ter uma punição não é a população, muito menos a senhorita em questão, mas sim, esses advogados escusos defendendo corporações que de modo velhaco expõe a todos, a toda forma de miséria.

Não deixando de lado Benjamin Solo, apontando a sua boa vontade em colaborar com a promotoria, asseverando como agem os profissionais em questão, pleiteando amenização da pena que receberia juntamente ao grupo.

Ao terminar o seu interlúdio, olhando a todos, fixando em especial a sua irmã.

— Meritíssima, fecho aqui meu argumento, com a certeza que o Ministério Público apontou provas, através de depoimentos junto com documentos. Que esse caso não diz respeito a posse de terras! Quem tem ou não o direito de explora-la, mas sim a justiça. O dever de fazer o que é certo. Nesse caso, devolvendo a quem tem o direito legal a isso. Não esquecendo também de punir aqueles que manipularam, ocultaram documentos públicos e particulares. Utilizaram essas informações de má-fé, abusando do poder.

Fechou sua pasta caminhou calmo até o seu local. O senhor que estava ao seu lado o cumprimentou.

O recinto inteiro ficou num falatório ensurdecedor, Johannes cuspia fogo de sua garganta, estava realmente possesso com tudo que estava acontecendo, observando o fracasso de advogado que escolheu para representar um caso tão importante, o grupo I.C.A. exigiam uma forma de corrigir todo esse pandemônio.

A juíza trouxe ordem ao grupo.

     — Ouvi as partes envolvidas arroladas nesse processo, portanto, faremos um pequeno recesso, de uma hora, para em seguida pronunciar a sentença. — Bateu o malhete encerrando a sessão.

(…)

A hora correu em plena tensão, a ansiedade atingia todos os lados envolvidos. Johannes Snoke estava mais irado do que podia ser normal. Nem a sua dissimulação conseguia ocultar seu mau-humor. Hux tentava amenizar puxando o saco, porém tudo o que conseguia era acumular foras e ameaças.

A juíza entrou, sentou abrindo novamente o julgamento. O oficial de justiça pediu para que as partes ficassem de pé. Atenderam de pronto. Assim sem muita demora começou a ler a sentença.

— Ministério Público contra a Internacional Co-operative Alliance, as conclusões do processo e sentença. As terras voltarão para o seu dono de direito, portanto, as pessoas que ali moram se reportarão a tal proprietário, chegando a um consenso de como permanecerão nelas. O grupo de advogados que manipularam e ocultaram documentos serão condenados a cinco anos em regime fechado conforme o código penal vigente, nesta cidade.

Ao ouvirem a sentença. Todos ficaram chocados. Snoke esbravejava impropérios ameaçando Benjamin Solo. Rey e Leia se abraçaram chorando ao se darem conta que Ben estava sendo condenado com o grupo. Se tornando um alvo fácil na prisão.

Holdo, controlou mais uma vez o recinto dando prosseguimento a sentença.

— Os advogados são culpados dos crimes arrolados acima, abuso de poder, sendo assim cumpriram pena em regime fechado, incluindo Benjamin Organa Solo, trabalhou nesse caso, em discurso aqui nessa corte alegou envolvimento. Nas questões de sequestro, cárcere e tentativa de assassinato, o Ministério Público, abrirá uma investigação detalhada, após as apurações haverá outro julgamento para averiguar os fatos. Por fim, a Incorporadora pagará uma multa de dez milhões em moeda comercial, a saber dólar, a dona das terras, pois a empresa explorava minérios sem a sua autorização. Multa indenizatória a todo que foram removidos de suas casas sem o consentimento da proprietária da propriedade.

Ouvindo isso os diretores da I.C.A. ficaram coléricos, pois não só perdiam as terras, como também a concessão de explorar seus minérios. Ainda teriam que pagar indenizações milionárias para aquelas pessoas inferiores.

O alarido era imenso cada um tentava falar a sua opinião, havia também muita comoção no ambiente, a tristeza por Ben Solo ser condenado. Ninguém acreditava no que ouviam. Assim Amilyn se impôs para restabelecer a ordem no tribunal.

— Que se faça cumprir a sentença. — Tocou seu malhete energicamente na mesa. — Dou por encerrada a sessão. — A juíza saiu do salão, os oficiais de justiça foram auxiliar a saída de todos.

(…)

No dia seguinte, Rey estava muito abatida, recostada numa poltrona tomava uma xícara de chá, sabia que dentro de alguns instantes viriam buscar Ben para se cumprir a sentença.

O seu coração doía muito. Assim ele entrou no cômodo foi logo a abraçando.

— Não chore, meu amor. — A beijou. — Isso tudo vai passar rápido. — A fitou secando as suas lágrimas. — Temos que agradecer ao Luke e minha mãe que deram seu jeito em fazer eles cumprirem suas sentenças em outro presídio.

Com isso toca a campainha, ele se levantou para atender o oficial de justiça acompanhado de um policial. Benjamin Solo os acompanhou sem nenhuma resistência. Voltou seu tronco em direção da noiva.

— Rey, não fique triste. — A estreitou em seus braços. — Me ouça, espere minha mãe que está a caminho, fique com ela, se cuide. Cuide do bebê, me prometa! Lembre-se sempre que te amo.

— Prometo, Bem que me cuidarei. — Se beijaram carinhosamente.

Assim a porta se fechou e a garota chorou amargamente pela perda de seu amado. Agora só restava a ela esperar, não demorou muito, Leia Organa estava com a jovem, ambas chorando e sendo consoladas. Esperando o jovem valoroso voltar.


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Notas finais do capítulo

Vou postar e sair de fininho ...
Bom não batam em mim ... Ben é um homem que quer fazer o correto ... não se perdoaria se não fosse desse jeito ...
Mas prometo que teremos um final merecido para nosso lindo casal ...

Obrigada pelo apoio e carinho ... os likes e principalmente a participação de vocês com comentários tão lindos ...
Beijos e até o final dessa longa jornada de Ben e Rey

Se cuidem meus amores ... Fiquem em casa se puderem ... Lavem as mãos ...



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