Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros escrita por _milenayamamoto


Capítulo 21
O Fim Da Aventura


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♡



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Após a longa caminhada, os três chegaram ao castelo.

Os guardas dos portões fizeram uma reverência e deram passagem. Estavam tão surpresos quanto felizes por revê-los.

Purga logo foi recebê-los, de braços abertos. Ele estava tão emocionado, que mal conseguia falar.

—Eu sabia! Vocês voltaram! - ele beijou as mãos de Miya e Lua, e deu um forte abraço em Sam.

—Gostaríamos de falar com a Rainha. - Miya pediu, segurando o livro de Litari contra o peito. - Há coisas que ela precisa saber.

—Claro! Mas antes tomem um banho e descansem. Vocês devem estar exaustos. Shanya avisará quando o jantar for servido.

—Um banho seria ótimo. - Sam sorriu só de se imaginar em uma banheira cheia de água quente e espuma.

Enquanto os três foram para seus quartos, Purga e Symba saíram à cavalo e comunicaram todo o reino sobre o regresso dos guerreiros.

Eles percorreram Litari de ponta a ponta. Anunciaram a todos que o reino estava finalmente livre. E a população não poderia estar mais grata e contente.

Quando eles voltaram para o castelo, já passava da hora do jantar.

Encontraram Lua, Miya e Sam sentados à mesa em companhia da Rainha.

—Mãe! - Purga correu até a Rainha. - Está se sentindo bem? Não era melhor estar na cama?

—Estou bem, Purga. - a Rainha respondeu seriamente. - Por favor, sente-se. Você também Symba.

Os dois príncipes obedeceram e ocuparam seus lugares à mesa.

—Estes três guerreiros voltaram da floresta ao leste, não apenas trazendo a liberdade para o nosso povo, como também a verdade que nunca nos foi contada. - a Rainha continuou. O livro de Litari e as três flechas brancas estavam sob a mesa.

—E qual é essa verdade? - Symba perguntou.

—Um segredo que nosso antepassado, o primeiro rei de Litari, levou para o túmulo. E que nos foi revelado por este livro. Muito em breve, vocês serão os novos líderes deste reino. E precisarão ser gentis, leais, corajosos e precisarão cuidar muito bem do nosso povo...  Para que o mesmo erro não se repita.

—Você tem nos ensinado isso desde que nascemos, mãe. - Purga disse, segurando as mãos da Rainha com carinho. - Não vamos decepcioná-la.

—A criatura que vivia na floresta ao leste pode ter partido, - a rainha continuou. - mas não significa que o perigo deixou de existir. Quando vocês lerem este livro, descobrirão que os verdadeiros monstros nos consomem por dentro.

A Rainha entregou o livro para Purga e pediu licença, se retirando para seus aposentos.

Sam, Lua e Miya permaneceram com Purga e Symba, contando tudo o que aconteceu com eles na floresta.

—Vocês foram incríveis! - Symba estava espantado. - Principalmente você, Lua. Não consigo imaginar como você conseguiu se aproximar do monstro, tendo tanta piedade.

—Precisava ter certeza se aquela criatura não estava presa naquela floresta... Nossos monstros queriam nos prender ali... - Lua disse. - Pensei que talvez ela apenas precisasse que lhe mostrassem o caminho para casa.

—Eu só não entendo uma coisa... - Miya comentou. - Quem lançou essas flechas? Os arqueiros do primeiro rei já devem estar mortos há muito tempo...

—Quando se acredita fortemente em algo, - Sam estava encarando as flechas. - este acaba se tornando realidade.

Lua, Miya e Sam ficaram conversando com os príncipes até bem tarde. Depois todos foram para seus quartos para dormir, sem nem imaginar o quão especial seria o dia seguinte.

 

• • •

 

Ao amanhecer, os três guerreiros acordaram com o cheiro delicioso do café da manhã invadindo seus quartos.

Eles levantaram animados. Era hora de voltar para casa.

—Bom dia. - Miya sorriu para Sam, que estava descendo as escadas, indo para a sala de jantar onde tomariam o café. Os dois já estavam usando seus uniformes do colégio.

—Bom dia, Miya. - Sam sorriu de volta. - Dormiu bem?

—Acho que nunca dormi tão bem! - ela riu.

Lua já estava sentada a mesa quando os dois chegaram:

—Bom dia.

—Bom dia, Lua. - Miya e Sam disseram juntos, e se sentaram ao lado da amiga.

O café da manhã ainda não havia sido posto à mesa e, enquanto esperavam, Symba adentrou o aposento vestindo seus trajes reais, e se curvou ao se aproximar.

—Bravos guerreiros. Seria uma honra se pudessem me acompanhar até o jardim, onde lhes foi preparado uma surpresa.

Os três se levantaram ansiosos.

Symba foi até Lua e ofereceu seu braço:

—Lady Lua.

Lua sorriu e pousou gentilmente sua mão sobre o braço de seu anfitrião.

Symba os levou pelos corredores do castelo até o jardim.

Uma grande festa ao ar livre havia sido preparada, e todos os habitantes do reino estavam presentes.

Os três guerreiros foram recebidos com aplausos e saudações.

A Rainha caminhou até eles e falou alto, para que todos ali presentes pudessem ouvir:

—Litari teve a honra de receber três bravos heróis: Sir Sam, Lady Lua e Lady Miya. Além de trazerem esperança para este reino, eles salvaram a vida de todos nós. E hoje nos despedimos, mas não com lágrimas e tristeza, e sim com sorrisos e muita alegria. Pois a felicidade de uma nova chance foi concedida graças à coragem destes três guerreiros. Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros!

Mais aplausos e assobios. Uma pequena orquestra começou a tocar músicas animadas, os criados terminaram de colocar guloseimas sobre uma enorme mesa e se juntaram aos convidados que se divertiam conversando e dançando.

Miya, Lua e Sam agradeceram a Rainha por toda a hospitalidade e carinho, e também se juntaram aos demais.

—Vou sentir falta deles. - Symba falou para Purga, observando os três sorrindo entre a multidão.

—Você quer dizer que vai sentir falta da Lua, né?! - Purga olhou para o irmão, levantando uma sobrancelha teatralmente.

—E-eu não sei do que você está falando.

—Se você está tão interessado nela, por que não se declara?

—Não seja bobo.

—Bobo é você.

—Você que é! Bobo!

Distante dos príncipes, Lua falava para Sam:

—Não seja bobo!

—Boba é você! Vai logo se declarar pro Symba! - Sam disse, observando a orquestra tocar.

—Eu não sei do que você está falando.

—Não adianta desconversar. Seus olhos brilham ao vê-lo.

Miya se aproximou com um prato de bolo e perguntou:

—Do que vocês estão conversando?

—Lua não quer admitir que está interessada no Príncipe Symba. - Sam respondeu.

—Ah! Vai lá, Lua. É nosso último dia aqui. Aproveita.

—Aproveitar o quê? Seus bobos! - Lua virou os olhos.

—Bom, o Symba está vindo pra cá, então te daremos privacidade. - Miya riu ao ver Symba se aproximar deles. - Vem Sam, quero mais bolo.

—Nossa. Como você come. - Sam riu ao ver que o prato da amiga já estava vazio.

Lua olhou para trás, e lá estava Symba. Ela passou a mão no cabelo, o penteando com os dedos e sorriu para o Príncipe.

No mesmo instante, Sam correu até o palco onde a orquestra tocava e pediu para que tocassem uma música romântica.

—Lady Lua. - Symba disse, ao se aproximar. - Você está encantadora.

—Obrigada. - Lua sorriu. - Você também está. Estas vestes lhe caem muito bem.

—Obrigado. Será que... me daria a honra de uma dança?

—É que eu não sei dançar.

Symba esticou a mão:

—Eu te guiarei.

Lua sorriu e segurou a mão dele.

Todos abriram espaço na pista de dança, e os dois deslizaram suavemente pela grama do jardim.

Symba segurava Lua pela cintura gentilmente, e dançavam harmoniosamente.

—Sentirei sua falta. - Symba sussurrou no ouvido de Lua. - Sei que não passamos muito tempo juntos, mas eu me sinto bem tendo a sua companhia.

—Eu também sentirei sua falta. - Lua encostou seu rosto no peito de Symba, o coração dele batia com força. - Espero te ver novamente.

—E se você ficar? Permanecer aqui, comigo?

—Eu adoraria, mas tenho assuntos inacabados no meu mundo. Espero que me perdoe...

—Eu entendo...

Casais também começaram a dançar apaixonadamente. Saias balançavam suavemente a cada giro, suspiros podiam ser ouvidos. A orquestra tocava perfeitamente. E depois de maravilhosos minutos, a música acabou.

—Obrigada. - Lua sorriu para Symba. - Fico feliz que minha primeira dança tenha sido com você.

—Eu que agradeço. E serei eternamente grato. - Symba beijou a mão de Lua. - Espero que possamos ter uma segunda dança em breve.

—Estarei esperando ansiosamente por esse dia.

—E eu estarei esperando por você. Não importa quanto tempo levar. Estarei esperando.

Lua olhou para Symba com carinho. Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo na testa, depois se virou e sumiu na multidão.

—Aaaah! - Miya agarrou Lua pelo braço. - Me conta tudo!

—Não há nada para contar. - Lua sorriu, meio triste. - Está na hora de ir pra casa.

Purga fez um brinde aos três, agradecendo novamente por tudo que fizeram pelo reino. A Rainha entregou uma fita branca para cada um deles, chaves que os permitiam voltar para o reino de onde eles vieram, e depois de muitos aplausos eles partiram.

Purga e Symba levaram os três de volta ao grande muro. Purga bateu suavemente nos tijolos e um grande arco surgiu novamente.

Sam apertou a mão dos dois príncipes e foi o primeiro a atravessar o arco. Miya agradeceu a hospitalidade, e seguiu Sam. Lua exitou por um breve instante, e então deu um beijo carinhoso na bochecha de Symba e se despediu.

Assim que os três atravessaram o arco, este se fechou.

—E agora? - Miya perguntou, encarando o muro de tijolos. - Já chegamos?

—Acho que já. - Sam respondeu, suspirando. Havia uma corda no chão. - Agora precisamos escalar o muro. E eu não escalo muros.

Enquanto Sam reclamava, Lua subiu rapidamente uma árvore, pulou o muro e jogou uma ponta da corda para o outro lado.

Miya foi a primeira a subir, e engolindo o medo, ela pulou e caiu de bunda na grama.

Sam reclamou e reclamou, e também pulou o muro.

—Estamos de volta. - Lua comentou, era possível enxergar o prédio onde eles estudavam. - O reino após os muros.

—O fim da aventura. - Miya sorriu, tristemente.

 


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Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo ♡
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