Os Guerreiros Do Reino Após Os Muros escrita por _milenayamamoto


Capítulo 17
Dois Vagalumes


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♡



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Os três seguiram pela trilha de pedras, caminhando devagar.

Lua e Sam andavam lado a lado, seguindo Miya, que iluminava o caminho.

A floresta continuava um breu, e quanto mais longe a trilha os levava, mais o frio aumentava.

Ainda não haviam encontrado nenhum animal, e nenhum vestígio de que algo ou alguém havia percorrido aquele caminho.

Após terem andado por umas horas, que pareceram uma eternidade, Miya parou bruscamente, quase fazendo Lua tropeçar.

—O que foi? - Sam perguntou, assustado.

Miya apontou para dois pequenos pontos brilhantes no meio da escuridão:

—Tem a-alguma c-coisa ali.

—Não é outro espelho, é? - Lua tomou a tocha das mãos de colega e deu um passo em direção à aquelas estranhas luzes amarelas.

Miya a segurou pelo braço:

—Lua. Essas coisas estão fora da trilha. Você não pode...

Lua aproximou a tocha do chão e viu que as pedras seguiam para a direção oposta daquilo que brilhava entre as árvores da floresta.

—Devem ser apenas vagalumes. - Sam disse, esperando que a colega desistisse de ir atrás daquilo.

—Mas e se não forem? - Lua perguntou. - Vocês me esperam aqui, eu vou dar uma olhada.

—Lua, por favor. Não devemos deixar a trilha, não sabemos o que pode acontecer se formos para tão longe.

Lua ficou em silêncio por uns segundos, encarando aqueles pontos brilhando.

—Vagalumes... - Lua murmurou e se virou, voltando para a trilha.

Sam a seguiu.

Miya deu uma última olhada para aqueles brilhos, que agora se moviam devagar para a direita e para a esquerda juntos.

—Dois vagalumes. - ela sussurrou.

 

• • •

 

Não demorou muito até que as pedras acabassem novamente.

—Fim da linha... Mais uma vez. - Lua disse, usando a tocha para fazer uma nova fogueira com alguns galhos secos que estavam no chão.

—Acho melhor dormirmos um pouco. Em turnos. - Sam sugeriu, se aproximando e esquentando suas mãos no calor do fogo.

—Você vai conseguir dormir num lugar sinistro como esse? - Lua riu, encarando Miya.

—Do jeito que eu estou cansada... Sim. - Miya respondeu rindo, e mostrou a língua para a colega.

—E quem dormirá primeiro? - Sam perguntou.

Os três se entre olharam e disseram juntos, balançando os punhos:

—JYANKEN PON!

Sam ganhou das duas de primeira, e logo já foi preparar uma cama improvisada usando uns cobertores que Purga havia colocado com seus pertences.

Tirou algumas coisas de sua bolsa para que pudesse usá-la como travesseiro, e então percebeu que uma das flechas negras agora estava branca.

—O que será que isso significa? - Sam perguntou, mostrando as flechas para as colegas.

Lua pegou a flecha branca e a aproximou cuidadosamente do fogo, para que pudesse observá-la melhor.

Diferente das outras duas flechas, essa agora parecia ter sido feita de mármore. Estava pesada e bem lisa.

A extremidade onde antes pegou fogo, agora possuía belas penas igualmente brancas. Na outra ponta, a lança era dourada e refletia como se fosse ouro.

—Eu não sei o que significa... Mas eu nunca vi uma flecha tão linda... - Miya suspirou, ao lado de Lua.

—Ela é muito pesada para ser lançada. - Lua comentou, segurando-a com apenas uma mão, verificando seu peso. - Mas... é realmente linda.

Sam deitou no chão, fazendo o máximo para se imaginar deitando em sua cama macia e limpinha. O que não devia estar dando muito certo, porque as meninas conseguiam ouvir seus murmúrios de insatisfação.

—Por quanto tempo mais ficaremos nesse lugar? - Miya respirou fundo, observando a fogueira.

—Talvez até que as três fiquem brancas... - Lua respondeu, guardando as flechas em sua bolsa. - Se pelo menos tivesse algo no livro...

Ela fez uma pausa, pensou por alguns segundos e continuou:

—Acho que teremos que descobrir sozinhos.

Lua olhou para Miya e viu que ela estava de olhos fechados.

—Miya? - Lua se aproximou de Miya e balançou seu braço. A colega estava dormindo sentada.

Vendo que não ia conseguir acordá-la, Lua colocou a bolsa de Miya no chão para que a colega pudesse usar de travesseiro e a deitou.

—Vagalumes... - Miya murmurou dormindo, quando Lua ajeitou sua cabeça. - Dois... Vagalumes.

—Você conta vagalumes pra dormir? - Lua riu. E então, se lembrou dos pontos brilhantes estranhos que viram anteriormente.

Lua verificou se Sam e Miya estavam dormindo profundamente, pegou seu arco e flecha e colocou sua espada na cintura.

Pegou a tocha que queimava na fogueira e sussurrou:

—Eu já volto.

Virou as costas para os colegas e voltou pelo caminho que fizeram até ali.

 


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Notas finais do capítulo

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