Contos de uma rosa escrita por Rosa


Capítulo 7
Dia 18 de um mês e ano qualquer


Notas iniciais do capítulo

Depois de muitoooooo tempo, estou de volta! Espero que gostem de mais um conto favorito!



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Hoje a história se passa de baixo das estrelas. Eu sei muito pouco sobre estrelas, mas uma coisa eu sei: elas são muito antigas, e carregam bilhões de anos com elas. Já pensaram em quantas histórias já devem ter se passado por de baixo delas? Por exemplo, a história de Abraão. Deus disse a Abraão para contar as estrelas. Ele disse que as estrelas seriam o número da sua descendência. Você consegue imaginar isso? Bem, eu consigo.

Essa é mais uma história que as estrelas carregam, e até então, só elas sabiam sobre tal.

´´Aniversários sempre são constrangedores. Não importa a idade. Ainda mais no ´com quem será´. Sou só eu que odeio essa parte da música? E sempre é algum familiar que puxa ou algum amigo bem próximo que sabe o nome do ´com quem será´. Se você é criança, tem vergonha dos seus pais pois eles nem imaginam que você já tem um nome para a música. Se você é adolescente, tem vergonha porque agora seus pais provavelmente já imaginam que você tem um nome e é nessa hora que eles iriam descobrir. Se agora, já é um jovem adulto, tem vergonha dos seus pais por não ter um nome em mente. Ou seja, é sempre constrangedor.

Eu estava indo para uma festa de aniversário. Mas não era qualquer festa. Era a festa do garoto do perfume.

Minha mãe me ajudou a escolher o vestido perfeito. Eu até estava usando salto, coisa que para mim não é algo de Deus. Mas eu confesso que nos deixa elegante. Eu me maquiei e minha mãe deu o toque final no meu cabelo. Vesti uma jaqueta jeans por cima, porque eu não conseguia/consigo viver sem jeans. (c/a: muito menos eu.) Pelo menos nisso concordamos. E em poucas horas eu estava pronta.

Peguei o presente, entrei no carro e fui. No caminho eu já estava com frio na barriga e assim que parei o carro eu sentia minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem.

A festa em si estava linda, e ele também. Até então tudo ocorria bem, até chegar no ´parabéns´. Fizemos aquela clássica montagem em que o aniversariante fica atrás do bolo e o resto fica do lado oposto em um semicírculo. Eu estava em um canto junto com minhas amigas. Óbvio que o ´com quem será´ foi comigo. (c/a: nossa, convencida.) Mas eu só falei o óbvio, horas. Tudo bem, confesso que gosto de me gabar um pouco. (c/a: um pouco?) Ai, já interagiu demais para o meu gosto, deixa eu continuar. Enfim,

Voltando. Me fizeram ir até lá na frente com ele. Eu disse que não existe momento mais constrangedor na vida de uma pessoa. Depois disso tudo, ficamos conversando em uma roda de amigos. Estávamos rindo e jogando conversa fora quando uma música ao fundo começou a tocar. Era o início de Paradise. Coldplay é a minha banda favorita. Na verdade, é a banda favorita da minha autora, não minha.

´Vem comigo Rosa´, quando ele disse meu nome eu confesso que enfartei. Ele mostrou sua mão me chamando e eu o segui segurando nela. No centro no local tinha uma pequena pista de dança ao céu aberto. Até então, como eu sou levemente lerda, eu não tinha entendido. Mas aí eu me toquei. ELE IA DANÇAR COMIGO. A GENTE IA DANÇAR. COLDPLAY. DANÇA. FILME.

Me exaltei.

When she was just a girl she expected the world

Ele me olhou me levando para o centro da pista. ´Você aceita dançar comigo? ´. Sim, eu aceito. Em resposta eu abri um sorriso enorme e ele me puxou colocando uma mão em minha cintura e uma entrelaçada com a minha.

But it flew away from her reach

So she ran away in her sleep and dreamed of

Paradise

Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e encostei minha testa com a sua. Eu fechei meus olhos. Paraíso. Essa era a palavra. Eu perdi a noção do tempo.

Every time she closed her eyes

Nós dançamos a música inteira assim.

I know the sun must set to rise

Minhas mãos foram levemente em direção ao seu rosto e eu o beijei. Quando a música acabou, ele veio em minha direção e sussurrou em meu ouvido: ´seu sonho está realizado´. Na hora eu não entendi nada, mas então eu me lembrei.

Há algumas semanas atrás nós tínhamos nos encontrado na casa de uma amiga e eu tinha dito que sempre sonhara em dançar de baixo das estrelas. E ele lembrou. Nem eu lembrava. ´Não acredito que você lembrou disso´. E foi aí que ele soltou a bomba.

´Eu te amo´. OI? Eu acho que tomei alguma coisa em excesso e comecei a ouvir coisas. ´´

Amar é uma palavra muito forte. Muito mesmo. Muitas vezes não paramos para pensar sobre isso. Quem ama, ama por inteiro. É muito fácil falar que ama alguém sem realmente conhece-la. É muito fácil exalar carinho por interesse. Mas, amar alguém de verdade é algo raro. Eu não falei ´eu também te amo´. Não falei porque não seria verdade. Falar da boca para fora seria pior ainda. Mas, com o passar do tempo, eu aprendi a amar. Eu aprendi o que é amar. E eu amei. Eu amo.

Bom, como eu disse no início, muitas histórias se passam de baixo das estrelas. Essa pode ter soado boba e insignificante para alguns, mas para mim foi marcante. E, como eu já tinha dito no prólogo, não me julguem.

Eu gostaria de saber de vocês. Quais são suas histórias de baixo das estrelas? Eu amaria ler.

Boa noite, xoxo.


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Notas finais do capítulo

E AI SEUS LINDOS? Deixem nos comentários suas histórias de baixo das estrelas!!! EU ADORARIA LER!
Beijinhos, xoxo



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