Contos de uma rosa escrita por Rosa


Capítulo 6
Dia 17 de um mês e ano qualquer


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! O capítulo de hoje é um pouco mais sério, mas espero que gostem mesmo assim! Beijinhos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763592/chapter/6

Acho que, não, tenho certeza que todo mundo aqui já passou por uma experiência de amor não correspondido. (c/a: Rosa, você não pode generalizar.) Posso sim, é a minha história. Então, como eu estava tentando narrar antes de alguém me interromper e se achar a sabe tudo. (c/a: EI! Me respeita, você veio de mim.) ENFIM, DEIXA EU CONTAR. (c/a: Desculpe.)

Amores não correspondidos. Que coisa, não?

´´Okay. É hoje que eu vou contar para ele. É hoje que eu vou finalmente dizer o que eu sinto. Eu preciso contar, preciso tomar essa iniciativa. Por mais que, a maioria dos meninos não gostem de meninas que tomem iniciativas, eu decidi quebrar isso. Afinal, e se ele também sente o mesmo por mim e não tem coragem de dizer? Já se faziam o que? Uns dois meses desde a carta. Dois meses é muita coisa. E sim, eu me apaixonei. Vivamente. Surpreendente.

Depois que nossa aula acabou, eu fui atrás dele para conversar. Fui caminhando com ele em direção a uma praça que tinha ali por perto e nós nos sentamos em um banco qualquer. Eu olhei para ele e por um leve momento acabei esquecendo do motivo de estar ali. ´Eu preciso te contar uma coisa´.

Bom, eu contei. Contei tudo. E então, uma semana se passou.

Fazia uma semana que eu tinha descoberto que meu amor não era correspondido. Minto. Eu já sabia fazia algum tempo, mas eu negava pra mim mesma ou fingia que não me importava. A pior coisa disso tudo nem foi não ser correspondida, mas foi notar o desinteresse que ele tinha, fazendo com que parecesse que tudo o que eu sentira tivesse sido à toa. E foi mesmo.

E o que que a gente faz quando queremos esquecer de algum acontecimento? A gente bebe? Ficamos bêbados? Não. A gente vai ao cinema. Eu e o cinema somos grandes amigos. Eu amo ver filmes sozinha. Então, eu decidi ver um filme. Falei para a minha roda de amigos que eu iria ao cinema e os convidei educadamente torcendo para que ninguém topasse em ir também. Mas, o menino novo topou. Ele era bonito e se tudo desse certo eu até toparia ficar com ele no cinema. Olha que eu nunca tinha ficado com alguém em um cinema por motivos de que o filme é muito mais importante do que um beijo. Mas, naquele dia, aconteceu.

Para você entender o que irá acontecer em seguida, precisamos de um pequeno flashback.

Eu estava em uma festa com minhas amigas. Já tínhamos bebido um pouco e eu estava sentindo o álcool subindo para a cabeça. O fato de eu estar com álcool em meu organismo não muda nada, não mudou nada. Fui ao banheiro e na saída um certo menino me chamou a atenção. Ele veio falar comigo e começou a ´dar em cima´. Eu ignorei, afinal não estava nem um pouco afim, mas foi aí que ele agiu. Assim que eu passei por ele, ele agarrou em meu braço firmemente e me empurrou contra a parede. Eu tentei me soltar, mas ele era mais forte do que eu. Ele, ainda me segurando, passou sua mão na minha e a agarrou. Ele a levou em direção ao seu peito. O que ele fez em seguida não foi nem um pouco legal. Aconselho a não fazerem isso. Parece óbvio, não é? É tão óbvio assim? Se é tão óbvio porque que tem gente que ainda faz? Enfim, voltando.

Ele pegou a minha mão e começou a fazer um caminho com ela. Levou ela no seu peito, depois no seu abdômen (o que era bem definido por sinal), na sua barriga e ele ia levar ainda mais para baixo. IA. Eu consegui tirar minha mão a tempo. Por quê? No momento seguinte a isso eu dei um riso envergonhado e sem graça, afinal eu já estava muito tensa e não sabia como reagir, tirando o fato de que o álcool ainda estava levemente presente. Eu o empurrei e consegui me afastar dele. Fui embora o mais rápido possível.

Eu e o menino no cinema, nos beijamos. E ele fez a mesma coisa que o cara da festa. Eu fiquei tensa na hora e não sabia o que fazer ou falar, eu só sabia sentir. Senti um aperto no peito e um suor frio. Meu corpo tremia de medo. Naquele dia eu cheguei em casa chorando, sem saber que rumo ir. ´´

Infelizmente, tudo isso aconteceu muito rápido. Todos esses acontecimentos que narrei aconteceram em menos de uma semana. Ter um amor não correspondido é sempre algo ruim. Ser desvalorizado emocionalmente sempre será frustrante. Mas, o que aconteceu em poucos dias depois é ainda pior.

No dia seguinte a esse dia eu acordei com cada músculo doendo. Meu corpo estava dolorido. Você não sabe o motivo? Assédio. Tensão de um assédio. De um trauma que você nunca vai saber como é. Bem-vindo ao meu trauma.

Eu sei que, a história de hoje não foi tão agradável de ser lida. Mas, foi algo necessário. Quanto mais falarmos sobre isso melhor ainda. Melhor será quando as pessoas notarem o quão presente isso está no nosso dia-a-dia, e que não é brincadeira e nem invenção. 

Boa noite, xoxo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom amores, é isso aí! Adoraria saber a opinião de vocês sobre esse capítulo e não esqueçam de comentar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contos de uma rosa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.