Contos de uma rosa escrita por Rosa


Capítulo 5
Dia 16 de um mês e ano qualquer


Notas iniciais do capítulo

Como havia falado, aqui vai mais uma história. Espero que gostem! Nos vemos lá em baixo. Beijinhos.

xoxo.



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Bem vindos a mais uma história. Ou conto. Ou acontecimento. Como quiser chamar. Dessa vez eu vou começar contando sobre um sonho que eu tive a alguns dias atrás, ou meses, ou anos! Vocês já sabem como funciona, mas confesso que gosto de repetir. Eu sempre tenho sonhos bem diferentes e fora do comum, e esse foi um deles. Já sonhei com fantasmas, com insetos gigantes e com esse que vou contar.

´´Acordei desesperada. Não acreditei que eu tinha sonhado com isso. Qual era o problema com os meus sonhos? Primeiro que, eu queria fazer uma visita para o garoto do perfume, aí eu decidi simplesmente invadir a casa dele com mais duas amigas. Eu invadi a casa dele e me escondi de baixo de uma mesa. Super escondida. É claro que ele me encontrou e eu apenas disse: ´Surpresa! ´. Óbvio que ele me olhou como se eu fosse uma louca e eu tive que depois procurar minhas amigas que estavam escondidas em algum outro lugar.

O problema de ter sonhado com isso é que me fez lembrar dele. Confesso que, depois de ter acordado com um susto, eu tentei dormir de novo e ver como o sonho terminava. Eu acho que todo mundo já tentou fazer isso uma vez na vida. Comigo nunca deu certo.

Fazia muito tempo que eu não sonhava com ele, e fazia muito tempo que eu não pensava nele. A última vez tinha sido em março quando eu senti vontade de lhe escrever uma carta. Infelizmente, eu continuei com ele em minha cabeça por um bom tempo durante a minha semana. Tudo me lembrava ele, e sim, eu estava odiando isso. Até que um dia eu estava em casa e recebi uma mensagem.

VOCÊSABEQUEM: Rosa, está aí? Preciso falar com você.

Meu coração gelou. Não, eu gelei. Para vocês verem como é forte o poder do pensamento. Eu não sabia o que responder. Não sabia nem se eu queria responder. Mas, eu respondi. E ele me contou tudo.

Às vezes me sinto diferente. Me sinto diferente por sentir tudo e, nesse caso, ser diferente não é um elogio. Eu me pergunto: por que eu sou assim? Porque eu me importo demais.

LAVIDAEMROSA: Eu só queria estar aí, para te abraçar.

Eu realmente queria. Ele ter vindo me contar todas aquelas coisas me fez sentir importante. Como se eu importasse para ele ao ponto dele vir e se abrir comigo. Ele precisava de mim, eu sabia disso. E, bem lá no fundo, eu sabia que eu também precisava dele.

VOCÊSABEQUEM: Eu também queria. Meu Deus, como eu quero te abraçar.

Os minis infartos estavam aparecendo depois de muito tempo adormecidos. Ele queria me ver, ele realmente queria me ver.

LAVIDAEMROSA: Eu posso passar aí qualquer dia desses, se você quiser.

Pronto mandei. Dane-se.

VOCÊSABEQUEM: Eu adoraria.

E eu fui. Confesso que não foi fácil convencer minha mãe de deixar eu ir na casa do garoto do perfume sozinha. Uma hora antes eu estava na cozinha tentando convencê-la em deixar eu ir. Eu utilizei argumentos como: ´eu não consigo não ser amiga de todo mundo´ ou até mesmo ´eu só vou ver um filme´. Pior que era essa a ideia mesmo. Só ver um filme. Nada demais.

No caminho até a casa dele eu fui cantando aquela música do Esporte Espetacular mas com a minha versão dela.

Vai dar merda vai dar

Vai dar merda vai dar, vai dar sim

Vai dar merda vaaaaai

Vai dar merda, vai dar sim!

Eu estacionei e não sabia se apertava a buzina ou se eu descia do carro e batia palma. Eu decidi apertar a buzina. Péssima escolha. Eu desci do carro e o vi saindo de sua casa. Um momento para a chegada da câmera lenta. Assim que eu o vi, adivinha? Sorriso. Eu jamais iria cansar de ver esse sorriso. Ainda tinha o mesmo efeito sobre mim. Mas, desta vez, ao invés de andar em sua direção, eu corri. Eu corri tentando imaginar como seria se fosse em um filme, com meus cabelos fazendo um movimento estilo Pantene enquanto eu corria. Mas é óbvio que isso não aconteceu. Ele abriu seus braços para mim, e eu me envolvi neles. Coloquei meus braços ao redor do seu pescoço e ele abraçou a minha cintura me levantando um pouco do chão. Ficamos minutos ali. Seu perfume ainda estava lá.

Ele me conduziu para sua casa e eu entrei. Pensar que eu tinha sonhado com ela dias antes fez com que tudo ficasse mais estranho ainda. ´Sua mãe está aqui? ´. Eu ia me sentir muito melhor se nós dois não estivéssemos sozinhos. ´Sim, ela está no quarto´. Ótimo. Fomos em direção à cozinha e ele me ofereceu um copo d´água. Estava difícil até de segurar o copo. Depois, fomos caminhando por sua casa e eu achei que íamos parar na sala de televisão, mas ele continuou e eu pensei: ´para de andar, vamos ficar por aqui, olha que linda a sua televisão´. Ele me levou para o quarto dele. Tudo bem vai, você deve estar pensando: ´NOSSA ELE LEVOU ELA PARA O QUARTO, NOSSA GENTE, ROSA SUA LOUCA´. É só um quarto. Nada demais. Calma. O quarto dele era muito legal por sinal. Eu sentei em sua cama e ele se sentou em uma cadeira que ficava na frente de sua cama junto com uma mesa de estudos. Do lado direito de onde ele estava, havia uma televisão com um ar condicionado em cima. O dia estava bem quente, entenderam o porquê do quarto agora?

Ficamos um tempo ali olhando um para a cara do outro. Ele puxou assunto comigo e eu tentei conversar com ele sobre tudo, contar as minhas novidades. Ficamos um bom tempo nisso, apenas conversando, mas eu percebia o quão nervoso ele estava. E, foi aí que aconteceu. Na hora, eu não sabia o que fazer. Eu não sabia como reagir. Por um leve segundo eu até cogitei a ideia de fugir, mas eu não fugi. Eu tentei manter a calma e pedi para ele sentar do meu lado na cama. ´Ei, vai ficar tudo bem. Eu estou bem aqui´, mas isso só piorou a situação. Ele saiu de perto de mim e deitou em sua cama. Pegou as cobertas e se cobriu. Ele estava tremendo. Ele não parava de tremer. Então, eu tive uma ideia.

Eu tirei meus sapatos e subi na cama, de forma que minhas costas estavam apoiadas na cabeceira e minhas pernas esticadas. Eu fiz a única coisa que me veio na cabeça: ´deita aqui no meu colo. Sério, deita aqui. Coloca sua cabeça no meu colo´. Ele colocou. Eu o segurei firme, com medo de soltar. Ele ainda estava tremendo e tinha começado a suar frio. Depois de algum tempo o segurando e fazendo carinho em seus cachos eu coloquei minha mão em seu peito para sentir seus batimentos e notei que estavam perdendo a velocidade. Ele foi se acalmando e respirando fundo. Eu segurei em seu rosto e beijei levemente sua testa. ´Eu estou aqui e eu não vou sair´´.

Mas, eu saí. Uma hora eu tive que sair. E então eu fui embora e não voltei mais. Isto que eu acabei de narrar é algo extremamente especial. Se sentir importante ou sentir que você tem a capacidade de melhorar as coisas para alguém não tem preço. Esse dia foi um dia sem preço algum. E eu sou eternamente grata por ele. Bom, agora já sabem. Não esqueçam de comentar! Sério, eu amo quando vocês comentam. (c/a: eu amo mais.) Affe, quem chamou ela aqui?

Boa noite, xoxo.


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Notas finais do capítulo

E AÍ BRASIL! O que acharam?? Não esqueçam de comentar! Beijinhos, amo vocês.



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