Jurassic World: The Park Is Open - Remake escrita por KarlaBR


Capítulo 7
Um Pedaço Do Passado




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 Eu estava de costas para um floresta, e quando os passos chegaram perto demais, eu me virei com tudo para encarar o que quer que esteja os fazendo, mesmo já tendo uma ideia de quem seria.

Porém eu não pude ver nada quando me virei, apenas um olho vermelho, e depois...

...Eu apaguei.

 

***

 

 Eu estava em casa, no continente. Minha casa de quando eu tinha cinco anos.

 

 Vi Owen, com sete anos de idade, me balançando, tentando me acordar. Estavamos no nosso quarto, e eu estava deitada na minha cama, com um cobertor de pterossauros em cima de mim.

 

''Kely! Kely, levanta! Mamãe já fez o café da manhã, ela tá te esperando! Levanta!'' - Ele gritava. Logo, eu o empurrei e levantei da cama, jogando meu travesseiro nele. - ''Ei! Não me culpe se você ficar sem comer nada amanhã!'' - Disse mostrando a língua.

 

 Claro que eu, como uma boa irmã, mostrei de volta e ainda por cima, empurrei ele de novo, correndo pela porta do quarto e descendo as escadas até a cozinha.

 Nós dois estavamos rindo, mas isso acabou quando demos de cara com nossa mãe, que não tinha uma expressão agradável.

 

''Já mandei não descer as escadas correndo!'' - Gritou, e depois puxou minha orelha até eu sentar na cadeira em frente á mesa. - ''E você! Já mandei não se atrasar! Se fizer isso de novo, vai ficar sem comer, ouviu?!''

 

''Desculpa, mãe!!'' - Digo, choramingando.

 

 Depois de comermos, nossa mãe disse que ia usar o banheiro e ia demorar. Eu e Owen não ligamos, era comum ela demorar no banheiro, nossa tia disse que ela estava doente e preferia tomar os remédios dela sem nós, crianças, vermos.

 Me lembro que um dia, ela esqueceu de trancar a porta do banheiro, e eu entrei porque estava apertada, e eu vi mamãe usando injeções estranhas nela mesma, e tinha fumaça no banheiro, cigarros usados do lado dela, que estava sentada no chão.

 Quando ela me viu, ficou tão brava, ela até pegou um cinto velho dela e... bom, você já sabe.

 

 Não foi nada legal, então eu e Owen ficamos com medo de chegar perto do banheiro depois disso, então fomos brincar na rua para passar o tempo.

 Naquele dia não tinha aula, então ficamos brincando com as outras crianças do bairro quase toda a tarde, até que alguns pais começaram a chamar seus filhos, e eu escutei um amigo nosso, mais velho que Owen dizer:

 

''Desculpa, gente. Tenho que ir. Meu pai não gosta quando eu brinco com vocês. Ele diz que a mãe de vocês usa coisas ruins.'' - Disse depois de correr para sua casa.

 

 Fiquei confusa pelo resto da tarde, porém depois de um tempo voltamos para a casa, Owen tinha que ir ao banheiro, mas nossa mãe ainda estava lá. Eu também precisava ir, mas o medo de como minha mãe iria reagir era pior.

 Como eu não tinha coragem de ir, então meu irmão, farto de esperar, foi até a porta e bateu duas vezes nela, chamando nossa mãe, que não respondeu. Ele bateu mais vezes, e gritou mais alto, mas nossa mãe não dizia nada, e eu já estava ficando assustada.

 Não demorou até que Owen se cansasse e tentasse abrir a porta, que não estava trancada. Meu medo só aumentou quando nós vimos nossa mãe caída no chão, do lado daquelas injeções estranhas e uma caixa de comprimidos, no chão junto á ela.

 

***

 

 De repente sinto uma grande dor na cabeça, costas e braço direito, e a luz brilhosa da morte se diminuiu, aparentemente, era o Sol.

 O Sol?! Eu não morri?! Bom, errar é humano. Mas errado mesmo é essa dor que eu sinto, caramba. A Indominus me deu uma surra daquelas.

 

 Rosnando e serrilhando os dentes, eu tentei me erguer, em vão. Decidi então, me apoiar nos cotovelos e ''sentar deitada'' para observar melhor os meus arredores.

 

 A Indominus não estava á vista, do mesmo jeito que nenhum ser humano. Isso era uma boa e má notícia, porém parecia mais um má notícia, depois de ver o resto do lugar.

 Tudo estava destruído, tudo. Os caminhões, os contêineres de comida, até mesmo os de transporte. Nem mesmo as árvores mais próximas ou mesas de trabalho estavam á salvo, e nada estava inteiro.

 Espera...

 As jaulas também não...

 

 

 Sinto um arrepio subir as minhas costas assim que percebo isso. Se as jaulas estão quebradas, isso quer dizer que...

 

''Hisss...''

 

 Esse barulho atrás de mim, eu já escutei tantas vezes, não me daria tanto medo mas, agora, nessa situação, não conseguiu parar de pensar no pior.

 

''Vita...''


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Notas finais do capítulo

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