A Clínica dos Poderes Disformes escrita por Pamisa Chan


Capítulo 8
Debate


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Sentiram minha falta? kkkk desculpem a demora, tardou mas não falhou!!!
No último capítulo, Kate revelou que o "Chefe" iria transferir seu escritório para a Clínica para monitorar o comportamento dos pacientes. Ela então resolveu fazer uma atividade onde cada um iria dizer sua opinião sobre a neutralização de poderes.



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— Neutralização de poderes? — Wayne perguntou arqueando a sobrancelha — Tô me sentindo de volta à escola...

— Aliás, qual é seu poder mesmo? — Kate perguntou ao perceber que nunca vira o garoto usar seus poderes ou falar sobre eles.

— Boatos de que esse palhaço nem tem poderes e tá na clínica só pra encher o saco de todo mundo. — Cherrie revelou revirando os olhos.

— Como assim? E a indicação médica?! — Kate ficou espantada.

De repente, enquanto tentava entender a situação, Kate foi surpreendida por algo que imaginou ter sido um balde d'água. Num instante, ela ficou inteira ensopada. Ao tentar olhar para a pessoa que poderia ter feito isso, porém, não encontrou ninguém.

— Ops... — Wayne deu um sorriso envergonhado — Foi mal aí.

— O que você fez?! — Kate rosnou de uma forma que nenhum paciente vira antes.

— São meus poderes defeituosos, culpe a genética! — O rapaz mostrou as palmas das mãos em sinal de rendimento.

— Ótimo! — Kate resmungou com os dentes cerrados sem abrir a boca e foi em direção à enfermaria.

— Onde você vai? — O rapaz perguntou — Não quer mais ouvir nossas opiniões?

— Se eu for ouvir mais uma coisa aqui vai ser o seu gemido agonizante enquanto eu te estrangulo, moleque! — Kate disse a um palmo de distância do rosto do loiro, com uma seriedade que fez todos arregalarem os olhos e fazerem silêncio.

Logo depois dessa declaração nada gentil, Kate começou a se afastar sem tirar os olhos do garoto. Quando ela estava a uma certa distância, Wayne respondeu:

— Tô me molhando de medo. — Ele deu um sorriso desafiador que fez a nova funcionária cerrar os punhos e tremer de fúria, mas antes de cometer qualquer loucura, ela respirou fundo, se virou e continuou andando rumo à enfermaria.

O rapaz travesso, entretanto, nunca teria o gosto de descobrir que depois de se virar, Kate teve que se controlar para não cair na risada após aquele trocadilho.

— Você não presta mesmo... — Cherrie  falou balançando a cabeça em desaprovação depois que Kaitlin saiu.

Depois de alguns minutos, Kate estava de volta usando uma roupa azul clara idêntica à da maioria das funcionárias dali.

— Uau, foi promovida tão rápido? — Wayne ironizou. — Eu deveria causar mais acidentes como esse. Seria bom pra sua carreira. — Ele riu.

— O uniforme das enfermeiras tava sobrando. Obviamente eu não trouxe uma troca de roupa porque não imaginei que seria atingida pelos poderes de um infantiloide maníaco por água. — Kate respondeu rispidamente.

— Kate, acho que você não deveria falar assim com os pacientes... — Kyle disse, preocupado com o que poderia acontecer com a garota recém empregada.

— Eu solicitei aulas de etiqueta por acaso?! — Kate retrucou olhando seriamente para o rapaz super-forte, fazendo-o abaixar a cabeça, envergonhado.

O ambiente ficou silencioso e dividido entre dois grupos. Um que achou graça da resposta e se conteve para não rir em voz alta e outro que achou aquilo totalmente desnecessário. Alguém pertencente ao segundo grupo resolveu então se manifestar:

— Isso foi bem dispensável, né, amiga? — Cherrie foi a voz da consciência. — Praticamente todo mundo aqui já foi vítima dos "acidentes" do Sereio. — O garoto em questão sorriu orgulhoso com a defesa — E mesmo ele sendo um otário, você tem que lembrar que você trabalha aqui e se alguém te pegar falando desse jeito você vai direto pro olho da rua.

— Ei! — Wayne respondeu a ofensa, desmanchando seu sorriso.

— Sem contar que o Kilo só tentou te avisar porque ele não quer que isso aconteça com você! Então você podia ter um pouco mais de consideração com o cara!

— Você tem razão... — Kate cobriu o rosto com uma das mãos em sinal de arrependimento — Me perdoa, Kyle... Eu... eu não tô acostumada a lidar com pessoas...

— Tudo bem, Kate, sem problemas... — O tom do rapaz era triste e melancólico.

— Vem cá... — ela se aproximou dele estendendo os braços para um abraço de desculpa.

— Isso não é uma boa ideia... — Jeremy falou, lembrando os poderes do amigo e cortando totalmente o clima de reconciliação e restauração de paz.

Kyle que estava preparado para o abraço, após as palavras do amigo, pigarreou, se ajeitou no sofá e olhou para os lados, extremamente envergonhado. Com a mesma expressão, Kate coçou a cabeça e sentiu suas bochechas queimarem.

— Eu aceito suas desculpas também, docinho. — Wayne falou com seu sorriso de canto com o qual todos já estavam acostumados.

— Você é que devia pedir desculpas... Pros seus pais por ter nascido! — Kate retrucou.

— Meu pai morreu.

Ao ouvir essas palavras, Kate engasgou e arregalou os olhos.

— É mentira. — O garoto sorriu e Kate ficou aliviada — Na verdade ele fugiu com a vizinha quando eu tinha três anos. E eu nunca mais vi ele desde então.

Kate ficou ainda mais envergonhada e ficou por alguns segundos sem saber o que dizer, até que gaguejou um pedido de desculpas.

— De boa. Ele não me faz a menor falta.

— Você que pensa. Talvez se tivesse a atenção do seu pai não ia precisar ficar chamando a atenção dos outros como faz. — Lily raciocinou repentinamente, fazendo todos a encararem chocados — Eu estudei um pouco de psicologia quando era mais nova... Ou mais velha. — Justificou.

Logo após essa revelação, Julia estava de volta, desta vez vestida.  Ela chegou perto do grupo e perguntou o que estavam fazendo.

— Nada demais, só assistindo a Kate ameaçar o Sereio de morte algumas vezes. — Sophie falou indiferente.

— Nem todos tem as habilidades necessárias pra suportar ele como eu. — Julia falou num tom levemente jactante enquanto se jogava no sofá se espremendo entre o melhor amigo e Kyle.

— Vamos começar então? — Kate perguntou um pouco mais empolgada. — O que vocês acham da neutralização de poderes? Hum... vamos por ordem alfabética. — Ela pegou uma caderneta que continha a lista de nomes dos pacientes. — Cherrie Adams?

— Eu sou a favor de cada um decidir o que faz com o próprio corpo. Se quer neutralizar, neutraliza! Tem tantas pessoas por aí sofrendo com a neutralização clandestina. Mas também acho que devia ter um programa de treinamento de controle dos poderes. Tá funcionando pra mim e pro Jason. E quase ninguém fala sobre isso. Tratam como um método muito alternativo.

— Mas e em casos onde a pessoa não tem como controlar, tipo a Chris? Ou casos onde a pessoa sofreu danos permanentes como a Bichana, o Formiga... — Sophie rebateu.

— Aí a pessoa decide o que fazer, né? Mas existem casos onde o treinamento funciona pra pessoa reverter o dano. São bem raros e exigem bastante esforço, mas existem! Tudo vai da determinação de cada um! Mas se a pessoa quer continuar como tá é direito dela!

— Obrigada, Cherrie. — Kate olhou na caderneta novamente — Christine Nagayama. Sua vez, Chris.

— Como eu tinha te falado antes, seria bom que liberassem um processo mais acessível e menos burocrático. Ah, e com certeza algo mais seguro... Mas mesmo assim, não tenho muita esperança que funcionaria no meu caso...

— Edgar Torres? — Kate prosseguiu — Ah, obrigada, Chris!

— Eu não falo sobre assuntos polêmicos. — O rapaz rapidamente respondeu num tom sombrio.

— Tudo bem... — Kate o encarou com a sobrancelha arqueada e passou para a próxima pessoa da lista — Felicia Thrussel?

— Eu também não falo sobre isso... As autoridades podem estar nos observando... — Ela olhou para todos os lados, assustada.

— Herbert Olsen?

— No meu tempo a neutralização de poderes é segura e liberada! Eu preciso voltar pra lá logo!

— E por que o senhor não neutralizou seus poderes?

— Eu não sabia que eles eram disformes, menina!

— Não? — Kate ficou intrigada.

— Pessoas idosas estão propensas a apresentarem falhas nos poderes. Nem sempre as disformidades são congênitas. — Sean explicou.

— Ah... — Kate se entristeceu ao pensar nas dificuldades na vida dos idosos. — Bom, agora é sua vez, James McCollins.

— Eu acho que tinham que explorar mais o treinamento de controle de poderes! Mas não liberar a neutralização. Todo mundo tem problemas e a gente tem que saber superar eles, não tentar a saída mais fácil!

— Mais fácil?! Você tem ideia de quantas pessoas sofrem terríveis consequências por procurar processos de neutralização clandestinos?! — Cherrie se indignou.

— É só não procurar e andar dentro da lei! — O rapaz retrucou.

A conversa começou a deixar Christine desconfortável, sem que a maioria percebesse ou soubesse o motivo. Kate reparou e resolveu interromper:

— Ok, ok! Isso não é um debate, só uma troca de pontos de vista! Mas se vocês quiserem argumentar façam isso com respeito e calma! Jeremy Smith, sua vez.

— Eu gosto de ter poderes, não neutralizaria os meus!

— Mesmo você parecendo um anão de jardim? — Julia riu.

— Você parece um cérebro de água viva e ninguém tá reclamando! — O rapaz minúsculo retrucou.

— Águas vivas são lindas, o cérebro delas deve ser bem bonito também!

— Na verdade, Bonita, águas-vivas não têm cérebro. — Sean explicou.

A garota não disse nada mas era evidente que ela ficou envergonhada.

— Ok, Julia Hallman, sua vez. — Kaitlin disse ao ler novamente a caderneta.

— Eu queria que neutralizassem meus poderes, meu maior sonho é que todos me vejam!

— Uma vez você disse que dava graças por ninguém poder te ver... — Sophie revirou os olhos.

— E uma vez você disse que tem medo da neutralização porque ela é perigosa. — Kiara lembrou.

— Ok... — Kate soou frustrada e impaciente — sua vez, Kiara Ljungberg.

— Nossos poderes são nossa identidade e nós nascemos com ele! Ninguém tem o direito de tirar eles de nós!

— Nem nós mesmos? — Cherrie indagou.

— Não, isso seria errado! Seria como alterar o curso da natureza!

— E pessoas como a Chris e o Toque que não podem levar uma vida normal, que não sabem mais o que é o toque humano? Não podem abraçar as pessoas que amam?

— Eles precisam enfrentar essa sina! É como diz o ditado, o que não te mata, te fortalece! Se eles sobreviveram até agora é porque eles precisavam passar por tudo isso pra algum propósito maior do universo!

— Falando desse jeito parece até que eles são heróis de histórias em quadrinhos! — Kyle riu.

— E se eles realmente forem?

— Tá de palhaçada?! O máximo que o Toque conseguiu fazer foi quase matar o Vovô! — Sophie se revoltou com os argumentos da garota — Foi mal, Toque... — Ela disse ao perceber suas próprias palavras e o rapaz hispânico continuou mudo.

— Ok, sua vez, Kyle Marx! — Kate interrompeu.

— Mexer nos poderes nunca é uma boa ideia! Vocês nunca viram aquelas histórias onde uma pessoa sofre uma neutralização e acaba sofrendo uma mutação e virando um tipo de aberração?

— Histórias de ficção, você quer dizer né?! — Lily respondeu com desdém.

— Mesmo assim! Quem sabe se isso não pode acontecer na vida real?!

— Ok, ok. Kyle, acho que você deveria tentar basear seus argumentos em coisas mais... concretas. — Kate sugeriu e chamou a próxima pessoa da lista — Lilian Beaumont, sua vez.

— Também não costumo expor meu ponto de vista sobre esse tipo de coisa.

— Certo...  Mary Porcher?

— Vocês acham mesmo que vale a pena discutir sobre isso? Qual foi a última vez que eles ouviram a opinião dos defeituosos? Não é como se no passado já tivesse acontecido alguma revolução dos disforme-poderosos. E do jeito que as coisas andam, pelo menos por aqui, isso dificilmente vai acontecer.

— Quando eu tinha uns 75 anos e os poderes implantados começaram a ficar comuns, os disforme-poderosos começaram a fazer protestos. Eram um bando de rebeldes baderneiros! — Herbert lembrou.

— O senhor tinha dito que era porque alguns começaram a morrer por serem usados de cobaias no implante de poderes. — Sean comentou.

— Os defeituosos morreram e você chama os que protestaram de rebeldes baderneiros?! — Sophie se revoltou.

— Sophie, dá um desconto pro Vovô... Lembre que ele não é exatamente um de nós... — Mel tentou apaziguar.

— Engraçado que agora ele tá aqui vivendo com a gente e sendo acolhido como um de nós e em nenhum momento ele reclamou, né?!

— Sendo acolhido?! Não foi você que ficou revoltadinha porque eu disse que você tava sendo ingrata com os que nos acolheram e me congelou?! — Kiara não aceitou o comentário da colega.

— Achei que a gente tinha superado isso, sua...

— Chega! Chega! Vocês são adultos civilizados, lembram? Sem brigas! Vamos treinar o respeito e a tolerância! — Kate proclamou.

— Diz a pessoa que ameaçou estrangular um dos pacientes na frente de todo mundo! — Sophie bufou.

— Você quer ficar no meu lugar, por acaso?! — A recém-chegada perdeu a paciência.

— Acho que agora é minha vez, né? — Melinda disse com toda sua doçura, fazendo todos ficarem quietos e a encararem.

— Desculpa, gente... — Kate suspirou. — Sim, Mel. Pode falar.

— Eu também não gosto de discutir esses temas, eu prefiro que cada um tenha a sua opinião contanto que seja feliz! Eu só falei pra vocês pararem de brigar mesmo...

— Obrigada... — Kate sorriu sem jeito e deu a palavra a Richard Dawson.

— Segundo as estatísticas do Notícia do Dia, 77% das pessoas são contra a legalização da neutralização. Dessas, mais de 80% são pessoas sem disformidade.

— Acho uma palhaçada esse povo ter o direito de opinar! Eles não sabem o que é ter poderes defeituosos e sofrer com eles! — Cherrie bradou. — Nós é que tínhamos que ter o direito de decidir!

— Pensando nisso, quem em sã consciência iria escolher remover os próprios poderes e ser fadado a viver como um despoderado? Nossos poderes são nossa honra! — Kiara refletiu e Kate a encarou com um misto de desprezo e tristeza. — Espera, não foi isso que eu quis dizer... — A garota tentou consertar ao perceber o olhar de todos para si e o desconforto da garota sem poderes.

— Tudo bem, você tem o direito de pensar o que quiser. E realmente, não ter poderes é horrível. A gente sofre preconceito de todos os lados! — Kate desabafou.

— Kate, eu...

— Tá tudo bem, Kiara. — A garota respondeu perceptivelmente chateada — Riley Mason... — Antes que a garota pudesse emitir um som por sua boca, Kate a interrompeu — Poderia escrever sua opinião aqui e mostrar pra gente? Eu sinto muito por isso. Prometo que a gente vai estudar um jeito de você poder usar sua voz.

Riley humildemente se levantou e pegou a caderneta e o lápis da mão de Kate e começou a rabiscar. Depois ela mostrou o papel para todos. Estava escrito em letras garrafais:

"EU PREFERIA NÃO TER PODERES DO QUE VIVER ASSIM."

Ao ler aquelas palavras, ninguém soube o que dizer. O silêncio que a garota sempre teve de fazer foi o mesmo silêncio que tomou conta do local. Após isso, Kate chamou a próxima pessoa, Sean Harold.

— Com as tecnologias atuais, as chances da neutralização funcionar são menores que 50%, então estatisticamente não seria uma boa ideia legalizar a neutralização no presente momento. Mas com os avanços que temos tido é possível estimar que em menos de 50 anos a legalização vai ser um passo seguro, visto que a probabilidade é que as chances do processo funcionar aumentem para 92%.

— Excelentes argumentos, Sean! — Kate elogiou. — Shane Clayton.

— Eu só neutralizaria meus poderes se soubesse que ele iria desaparecer completamente! — Os dois rapazes idênticos falaram ao mesmo tempo.

— Olha, parece que vocês concordam em uma coisa. Não é uma coisa que vocês deveriam pensar, mas já é alguma coisa... — Kate sorriu sem graça.

— Não é "vocês"! Eu sou uma pessoa só! — Os dois disseram novamente em uníssono.

— Desculpa, ainda não me acostumei. Ok, Sophie Weinhart, pode revelar o que sua mente jovem e revolucionária pensa!

— Ela te chamou de rebelde e revoltada. — Felicia revelou ao ouvir os pensamentos da garota.

— Precisamos programar urgentemente uma aula de etiqueta. A primeira lição vai ser "Não é porque você ouviu que você tem o direito de revelar para outros." — Kate falou enquanto anotava na caderneta.

— Qual seria a graça de legalizar se podemos fazer clandestinamente? — A garota sorriu de canto enquanto apoiava um de seus braços no encosto do sofá. — Tô zoando. Acho que seria bom. Mas se o governo quisesse regulamentar ia estragar tudo.

— Não fala isso! Eles podem estar nos escutando agora! — Felicia censurou, paranoica.

— E por último, mas não menos importante... — Kate suspirou com desgosto após sua frase sarcástica — Wayne Walter...

— Tem que liberar tudo, cada um cuida da sua vida!

— Ok, finalmente conseguimos fazer uma atividade sem acidentes e pessoas indo pra reclusão. — Kate suspirou aliviada e logo em seguida sussurrou — Mas eu tenho um péssimo pressentimento por ter celebrado isso em voz alta.

Logo em seguida, John Novander saiu de seu novo escritório e foi em direção aos pacientes, aplaudindo lentamente.

— Eu disse que vocês são capazes de mostrarem civilização! Mas ainda precisam aprender o autodomínio. Vocês tiveram muitas briguinhas desnecessárias. Inclusive você, senhorita Burns. — Ele a fuzilou com o olhar — Mas sei que você ainda está em treinamento e vai se aprimorar cada vez mais — Ele relaxou a expressão facial e abriu um sorriso amistoso. — E para ajudar vocês ainda mais com a convivência e criação de responsabilidade, a partir de amanhã todos vão começar a trabalhar!

— O quê?! — A maioria perguntou chocada em conjunto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Qual opinião vocês mais gostaram? E vocês, o que acham da neutralização de poderes tendo em vista todos esses argumentos? Como será que vai ser o trabalho deles?
Muito obrigada por ler ♥



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