A Clínica dos Poderes Disformes escrita por Pamisa Chan


Capítulo 7
Uma notícia


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem o capítulo bem mais curto que o normal. A semana foi bem atarefada e não tive tempo de escrever muito (sem contar os bloqueios...)
Espero que gostem >.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763436/chapter/7

— Ok, Bonita, acho que você tem algumas coisas pra explicar. — Cherrie falou com um olhar intimidador e os braços cruzados.

— É, que lance é esse? — Sophie questionou.

— O Chefe é meu pai. — A invisível respondeu com uma grande naturalidade.

— O quê?! — Alguns pacientes perguntaram chocados, quase engasgando.

— Eu não acredito que vocês ainda perguntam as coisas pra essa menina... — Lily olhou neutra enquanto escorava seu rosto na mão, com o cotovelo apoiado no braço do sofá.

Julia riu mas não desmentiu ou confirmou a história.

— Talvez ela seja apaixonada por ele. Ou talvez eles tenham algum lance proibido. — Sophie falou olhando com um sorriso sarcástico e provocador para Julia.

— Você é idiota, menina?! — Julia falou com um tom que os outros pacientes nunca a viram usar antes. — Eu tô com cara de asilo?

— Desculpa aí, filhinha do Chefe. — Sophie continuou com o tom desafiador.

— O cara nem é tão velho assim. Tem o quê? Uns 55 no máximo? — Cherrie mencionou.

— 53. — Mary confirmou.

— Não são nem 30 anos de diferença — Sean rapidamente calculou.

— Eu não acredito que vocês estão falando isso! — Julia disse e se levantou, indo em direção ao dormitório.

— Uau, isso foi bem babaca hein? — Wayne falou claramente incomodado com a atitude das garotas e de Sean.

— Diz o babaca supremo. — Sophie retrucou imediatamente.

— É sério. A Julia vê o cara como uma figura paterna. — O rapaz franziu o cenho e se levantou, correndo atrás da amiga, deixando os outros numa situação embaraçosa.

— ACHO QUE VOCÊS FERRARAM TUDO! — Riley falou preocupada, fazendo as enormes  janelas da sala tremerem.

— Cala a boca! — Cherrie gritou e se levantou emburrada, indo na mesma direção para onde Julia fora, ultrapassando Wayne com sua velocidade.

— Ok... quem quer ouvir uma piada? — Jeremy falou constrangido, tentando quebrar o clima.

— Não! — Boa parte das garotas gritaram ao mesmo tempo.

— Acho que vou indo pro meu quarto também... — Kyle foi se levantando com cuidado.

— É, eu também. Povinho mal-humorado! — Jeremy disse com uma expressão irritada.

Por fim, os pacientes foram se dissipando e sobraram na sala apenas Richard lendo seu jornal e Melinda que agora segurava Mary no colo enquanto flutuava perto do teto. Logo, Kate saiu pela porta da enfermaria e os três a olharam. Imediatamente, Mel se impulsionou para baixo em direção da garota, fazendo Mary tomar um susto, dar um miado estridente e pular no chão.

— Que bom que eu sou uma gata não um elefante! — Ela falou irritada e foi para o sofá.

— O que aconteceu na reunião? — A garota voadora perguntou com grandes olhos curiosos apontando para Kaitlin.

— Cadê todo mundo? — Kate questionou ao ver o espaço de convivência quase vazio.

— Pergunte pra adolescente gótica e pra corredora do gueto — A felina respondeu revirando os olhos.

— Nem queira saber. — Richard falou erguendo os olhos do jornal que lia.

— Tudo bem... — Kate arqueou as sobrancelhas em confusão — Ah, desculpe, Mel — sorriu envergonhada ao perceber que ignorou completamente a pergunta da garota. — Bom, não teve tanta coisa na reunião. Basicamente ele reclamou da incompetência de alguns e disse que vai transferir o escritório dele pra cá pra poder monitorar o andamento da clínica melhor.

— O quê?! — Uma voz do além perguntou incrédula.

— Julia? — Kate respondeu surpresa com o fato da garota ter estado ali o tempo todo.

— Você não cansa de andar sem roupa por aí? — Mary perguntou novamente rolando os olhos.

De repente as portas dos dois dormitórios se abriram e um monte de pacientes bisbilhoteiros que estavam do lado de dentro foram ao chão.

— O coroa gato vai ficar aqui?! — Cherrie perguntou se levantando e indo na direção de Kate num piscar de olhos.

— A gente vai ser monitorado?! — Wayne ficou revoltado.

— Então realmente teve um discurso vexatório pros inferneiros? — Sophie deu um sorriso de vingança enquanto se recostava de braços cruzados no batente da porta do dormitório.

— Parece que já receberam as notícias. — O Chefe disse, surgindo pela porta de enfermaria repentinamente, fazendo todos levarem um susto. — Reuniões com funcionários são confidenciais, senhorita Burns. Mas sei que você ainda não tem experiência com empregos, então está perdoada dessa vez — Falou com uma assustadora seriedade, mas logo em seguida deu um risinho abafado que deixou todos confusos. — É isso mesmo, eu vou passar mais tempo com vocês agora. — Ele arregalou os olhos por um milésimo de segundo sem que ninguém percebesse — Bom, como não temos muito espaço por aqui, eu vou usar uma das salas de terapia para ser meu novo escritório.

— Tá zoando, né?! — Shane se revoltou.

— A terapia é o único lugar onde eu consigo suportar esse infeliz! — O outro Shane compartilhou a indignação.

— Contanto que não seja a sala de artesanato. — Edgar falou num tom soturno enquanto seus ondulados cabelos compridos cobriam parcialmente seu rosto.

— Não se preocupem, já está decidido. Eu vou ficar na sala de cinema.

— O quê?!  — A frustração conjunta ecoou pelo ambiente.

—Vocês podem usar a televisão do espaço de convivência. Isso inclusive vai ajudar a cortar gastos. — John disse e depois de se despedir foi em direção à sala mencionada, que ficava ali no segundo andar, ao leste.

— Você quer ajuda?! — Julia rapidamente foi atrás do homem que tanto admirava e ele simplesmente a ordenou que se vestisse.

A garota então voltou frustrada para o dormitório.

—  Bom, agora que todos já se entenderam com o senhor Novander, eu queria fazer outro jogo com vocês.

— Contanto que eu não tome um raio congelante de novo... — Kiara revirou os olhos.

— Achei que a gente tinha superado isso! — Sophie desdenhou.

— A Sophie já aprendeu a lição né, Sophie? — Christine falou com um sorriso visivelmente forçado num tom pacificador.

— O jogo é simples. Eu só quero ouvir a opinião de vocês. — Kate tranquilizou.

— Opiniões podem ser perigosas... — Mary afirmou.

— Então vamos usar essa atividade pra treinar a nossa tolerância às opiniões alheias! — Kate respondeu empolgada — E também pra abrir nossa mente sobre diferentes pontos de vista.

— Não sei se é uma boa ideia... E se alguém se descontrolar de novo?! — Felicia perguntou aflita.

— Podemos fazer um jogo de recompensa! Quem não se descontrolar ganha alguma coisa! — Mel sugeriu animada.

— Ou melhor ainda! Quem se descontrolar sofre um castigo! — Wayne deu uma gargalhada maléfica que fez todos se afastarem dele.

— É uma boa ideia... — Kate disse e Wayne sorriu orgulhoso — a da Mel, obviamente! — Ao ouvir isso, o sereio suspirou. — A pergunta é simples. O que vocês acham da neutralização de poderes?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Novamente, gente, desculpem o cap curto. Eu estou pensando em começar a postar a cada 15 dias. O que vocês acham? Preferem capítulos curtos toda semana ou capítulos melhor elaborados de 15 em 15 dias?
Enfim, espero que tenham gostado do cap ^^ Eu estou bem incerta e um tanto insegura quanto ao desenrolar da história. Eu tenho algumas ideias mas parece que tá tudo tão distante da proposta inicial... Digam se estão gostando do rumo da história. Se querem que foque mais no Chefe ou nos pacientes, ou um pouco de cada... Enfim. Digam o que esperam!
Muito obrigada por ler ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Clínica dos Poderes Disformes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.