Prodígio de Titânio - Livro 2 escrita por Jojs


Capítulo 6
Thunderstruck


Notas iniciais do capítulo

ACHOU QUE NÃO IA TER MAIS PRODÍGIO DE TITÂNIO EM 2018?
ACHOU ERRAAAAAAADO, OTÁRIO!



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Lila deslizava praticamente pelo banco do carro, na frente do motorista não era Happy, o que a deixava mais e mais apreensiva, Phil tinha marcado com ela no Novo México e ela viajou o mais rápido possível, na ligação o seu padrinho - barra - tio parecia um pouco apreensivo e reiterou que ela deveria manter o máximo de sigilo, o que incluía não envolver Tony Stark naquilo principalmente, por mais que Coulson soubesse que Tony acabaria sabendo de tudo depois, ele tinha alguns papéis e bom … Isso era algo para outro momento.

    Quando a porta se abriu ela estava na frente de um enorme complexo que havia sido erguido às pressas, ela olhava a pulseira em seu punho direito dada por seu pai, ela ajudava a controlar os seus poderes e a não ser praticamente um imã ambulante de qualquer coisa, emoções ou objetos. A figura de Phil estava a poucos metros a recebeu com um braço apertado, a quantidade gigantesca de agentes da SHIELD para todos os lados deixava Lila um bocado preocupada.

— Você não deveria estar aqui, mas eu acho, só acho, que é algo que você precisa ver. — Ele guiava Lizandra pelas costas por entre os corredores. — Desde a nossa conversa sobre Thor e Mjölnir eu tenho ficado preocupado com você e talvez seja você a pessoa que possa nos dar respostas.

— Você está me deixando um bocado preocupada. — Ela olhou de rabo de olho para Phil que tentava afrouxar a gravata.

Eles passaram por uma proteção de guardas e finalmente Lila pode ver o que estava à frente dos seus olhos, o martelo cravado na pedra como se estivesse ali a milênios, mesmo que todos soubessem que não estava, chovia então o terreno ao redor estava cheio de lama, Lila pisou no mesmo ignorando os tênis brancos que usava e Phil veio logo atrás com um guarda chuva, os seguranças que guardavam o lugar olharam de relance para a dupla que se aproximava o artefato.

A energia que ele parecia emanar era tão forte que fazia Lizandra ter dores de cabeça, ela ajeitava os óculos a frente do rosto para ver o objeto iluminado por um jogo de luzes estratégico. Aos se aproximar ela ficou receosa de tocá-lo, ele poderia ter vindo de qualquer lugar, qualquer um, mas ela parecia saber de onde aquilo vinha, pois a voz que ela tinha ouvido naquela vez com Connor ainda ecoava em sua cabeça como se fosse agora, o martelo parecia um ímã para ela, um imã tão forte que ela tocou no cabo sentindo a energia dele percorrer todo o seu corpo.

Eram flashes que surgiam a frente dos seus olhos que ela não poderia explicar, mas ela via uma grande cidade, dourada e muito mais imponente que qualquer cidade da terra, uma cidade que ela não precisava que ninguém dissesse do que se tratava ou o seu nome, Lila Stark já sabia, aquela era Asgard, a morada dos deuses nórdicos que ela lia nos livros quando era mais nova, parecia uma fantasia tão longe que ela soltou o cabo do martelo e tudo voltou ao normal, percebeu que só ela tinha emergido naquela viagem maluca com o martelo, Phil ainda a olhava de perto procurando saber o que tinha acontecido.

— Está tudo bem? — Ele tocou o ombro de Lila que o olhou de rabo de olho. — Você ficou calada por alguns minutos.

— Sim, estou bem tio Phil. — Ela mentiu ainda processando o que tinha visto.

— O que você viu? — Coulson parou na frente dela a encarando no olhos. — Pode confiar em mim.

— Eu … — Lila estava confusa, queria saber mais sobre aquele lugar, o que tinha visto, mas sabia que aquilo não era algo para os homens, era algo para os deuses e por mais que confiasse em Phil não poderia contar a ele. — Thor, o dono desse martelo é Thor, o deus do trovão.

— O da mitologia? — Phil estava um pouco curioso.

— Sim, mas eu não sei onde ele está. — Lila estava sendo sincera naquele momento. — Posso ir pra casa?

— Não quer tentar tirar o martelo da pedra? — Phil sorriu abraçando a afilhada pelos ombros. — Vários agentes tentaram, mas acho que você é mais gabaritada que eles.

— Eu não sou digna, tio Phil. — Ela respondeu olhando o martelo. — O Mjölnir é para os dignos.

— Você que sabe, vamos pra casa. — O agente completou, era tudo que Lila queria, sua casa.

Os dias haviam passado depois daquela conversa entre Lizandra e Phil no deserto em volta do martelo, Lila rabiscava tudo que tinha visto naquela visão, mas desenhar nunca fora um dos seus talentos, então eram só rascunhos que só ela entendia e escondia entre seus projetos com armaduras para que Tony não se preocupasse, as festas de fim de ano estavam chegando e para toda a família Stark aquele não era um momento exatamente muito feliz, faziam 20 anos naquele dia, 20 anos que Maria e Howard tinham partido e mesmo que Lila não tivesse nascido ainda a atmosfera de perda a atingia.

Pepper estava com os Stark a tempo demais para saber como era para cada um deles no dia 16 de Dezembro, Connor estava fora da cidade e Bruce longe demais, com Happy tendo que fazer alguns serviços para Tony a ruiva sabia que pessoa chamar para tentar animar Lizandra, ela mesmo havia ligado para Angélica Blaine enquanto corria de um lado a outro para tentar animar Tony com algo, ele era muito mais resistente ao dia do que sua filha. A loira teve que voltar mais cedo de uma viagem a outro país quando a Srta. Potts ligou, quando Angélica ficou sabendo da morte da irmã ela prometeu que sempre que sua sobrinha estivesse precisando ela estaria lá.

A imagem da loira com várias sacolas atravessou a porta recém aberta por Pepper, Lila estava no quarto rascunhando alguma coisa como fazia nos últimos dias, vários livros espalhados pelo quarto eram sua rotina desde que tinha acordado do coma e descoberto os poderes, testes na SHIED detectaram que Lila havia adquirido uma memória de níveis super-humanos, tudo que ela lia ela nunca esquecia, tornando-a uma pessoa de uma inteligência acima do normal, já ela julgava apenas ter uma memória grande demais, não esquecer não significava saber e entender, ela ainda precisava de Tony para entender muitas coisas e palavras difíceis. Angélica interrompeu um dos desenhos de Lila ao aparecer na porta e trazer ao rosto da jovem Stark um enorme sorriso.

— Vim resgatar você da rotina de torturas que seu pai te mantém. — Ela ergueu as sacolas. — Nada de estudos até o natal, pausa obrigatória.

— Não é ele que me mantém. — Lila riu fechando os livros. — Sou eu, desde que acordei me sinto faminta por conhecimento.

— O sonho americano de todo pai orgulhoso, mas mesmo assim, você precisa ver o mundo, ar puro sabe. — Angelica colocou as sacolas sob a cama e se sentou. — São pra você, algumas roupas, mimos e … Lila o que é isso? — Ela apontou para um dos desenhos sob a cama.

— Eu fiz, tem algum problema? — Era um dos desenhos de Asgard, Lila se perguntava como Angelica reconhecia.

— A Sam desenhava coisas como essa. — Ela sorriu tomando o desenho em mãos. — Com um pouco mais de refinamento, mas desenhava.

— Ela tocava bem, desenhava bem, lutava, era uma agente secreta. — Lila levava a mão ao queixo. — Tem algo que a minha mãe não fazia?

— Sam cantava mal pra caramba. — Angelica comentou e as duas começaram a rir. — Porque você está desenhando Asgard?

— Tenho sonhado com esse lugar. — Lila não quis falar sobre o martelo. — Mamãe também sonhava com esse lugar? Vocês nunca me falam muito sobre ela.

— Ela fazia uns desenhos legais, nossos pais nunca me contaram e eu acho que a Sam também nunca falou muito disso com eles. — Angelica se permitiu divagar entre suas lembranças.

Lila estava curiosa e tentou ler a mente da tia, mas de imediato foi jogava para fora como se batesse contra a parede, uma coisa que ela tinha aprendido com o tempo é que quando as pessoas não queriam contar, realmente não queriam mesmo, ela não conseguia invadir a não ser que tentasse de uma forma muito mais incisiva e Lizandra estava curiosa sobre o que Asgard e sua mãe tinham em comum, investigaria sim, mas não agora.

— Mudando breve de assunto eu vim te tirar de casa para compras de natal. — Angelica sorriu encarando a sobrinha. — Não vem me dizer que falta uma semana ainda.

— Tudo bem, você me convenceu dessa vez. — Lila precisava mesmo espairecer. — Temos uma lista gigantesca.

— Você está falando com uma especialista em compras. — Angelica piscou para Lila. — Vamos?


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