Prodígio de Titânio - Livro 2 escrita por Jojs


Capítulo 14
Mais um olho roxo para nossa coleção de hematomas




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A horda de monstros invade as ruas de Nova York, banhando cada esquina com o pavor dos civis que corriam desesperados para dentro das lojas, cafés ou que pudesse ser usado para se salvar. Carros eram virados, vidros trincados e pessoas machucadas, as que ficavam nas ruas erma logo empurradas para um local seguro por policiais ou pessoas que ajudavam.

Lila sentia o latejar forte da cabeça, não conseguia pensar bem, só agia, quando via algum monstro vindo na direção de um dos civis ou da sua ela o jogava para longe, mas a cada vez que empurrava um monstro ela mesma sentia que não estava fazendo isso com a força necessária, era como se parte da sua força estivesse se esgotando aos poucos, nunca tinha usado os poderes com tanta força assim.

A figura de Natasha Romanoff surge no campo de visão da jovem Stark, derrubando um dos monstros com uma maestria invejável, Lila sabia que nunca lutaria como ela, Natasha acumulava traumas, experiência e momentos de quase morte que deixariam qualquer um com um misto de sentimentos sobre ela. A explosão no buraco de onde às criaturas saíam fez todos se abaixarem por alguns segundos e depois mirarem seus olhos para lá.

— Elas não vão parar de vir enquanto o portal estiver aberto. — Lila gritou para ruiva e para Steve que não estava tão longe. — Eu vou lá fechar.

— Não! — Steve gesticulou negando. — Nat …

— Entendi, deixa comigo. — A ruiva guardou a arma e olhou pra cima, onde às criaturas voavam numa espécie de nave. — Capitão, tive uma ideia, me dá um impulso aqui?

— Claro. — Ele respondeu de pronto.

Lizandra ficou de braços cruzados vendo a cena, olhando Steve se abaixar e Natasha correr na sua direção, quando ela pulou sobre o escudo ele a empurrou pra cima, os olhos da jovem Stark acompanharam quando ela alcançou uma das naves e sumiu entre às criaturas, não tinha como negar, Natasha era incrivelmente talentosa, se ela tentasse fazer aquilo com sua experiência de pilates semanal iria ser um fracasso.

— Eu poderia ter ido. — Lila resmungou com uma criança.

— E seu pai não me perdoaria se algo te acontecesse. — Ele respondeu derrubando uma criatura que tentou atacá-lo.

— Porque todo mundo fica repetindo i...— Lila foi interrompida por uma criatura que iria atacá-la, mas foi interceptada pelo escudo do Capitão América. — Isso… Eu posso derrubá-los, ok? E meu pai é só um homem.

— Mesmo assim. — Steve deu de ombros a chamando com um aceno. — Vamos, tem mais gente precisando de ajuda.

Eles seguiram assim, pela rua ajudando os pedestres e pessoas que corriam atrapalhadas e com medo para dentro dos estabelecimentos, era uma quantidade enorme de monstros para um grupo tão pequeno de pessoas como eles, mesmo que os policiais de Nova York pudessem ajudar a guiar os civis em segurança.

Vez ou outra Steve olhava para trás, para ter certeza que Lila ainda estava no seu campo de visão e principalmente que ela não tinha cometido alguma loucura, que estava segura, ele via na face da garota que usar os poderes a deixava mais e mais cansada, chegou um ponto que Lila estava agredindo os monstros com uma barra de ferro e ofegante, pois não conseguia mais usar seus poderes de forma efetiva para jogar os monstros para longe. O estopim para o Capitão foi quando ela batia repetidamente em uma criatura com a barra de ferro, criatura essa que já não estava mais viva.

— Ei! — Ele interveio segurando o braço dela. — Essa aí já morreu ok?

— Só quis garantir. — Ela riu se apoiando nele, Lila estava claramente tremendo.

— Entra em um dos prédios, senta e descansa um pouco, seus poderes te deixaram exausta, você vai cair no chão a qualquer minuto. 

— Não, tem muito monstro ainda, vamos lá. — Ela já ia passando por Steve, mas ele agarrou a garota pela cintura e colocou sob o ombro. — Me põe no chão.

— É pra sua segurança, ok? Me obedece só dessa vez, é pedir demais?

— Sim! — Ela gritou enquanto se debatia.

Steve sabia que ela não teria força o suficiente para derrubar a porta, então só jogou a garota dentro de um restaurante e puxou a porta em seguida, a travando com uma barra de ferro que estava no chão, a visão seguinte do Capitão foi a garota Stark batendo freneticamente no vidro e gritando que queria sair, por sorte a voz dela era abafada pelo vidro entre os dois.

Às pessoas que estavam lá dentro, poucas, ficaram olhando para a garota Stark, Lila levou alguns segundos para entender que ela não estava sozinha e se enfiar loja adentro, era um estabelecimento de roupas, ela empurrou algumas pessoas de forma não gentil entrou em um dos provadores onde se sentou no chão tremendo, a cada novo estrondo ela tremia mais, como se o prédio pudesse desabar em sua cabeça a qualquer momento.

Os poderes de Lila eram um campo complexo, a partir do momento em que ela começou a chorar de nervoso um gatilho foi ativado, ela ainda se deixava muito levar pelo que sentia, seus poderes viviam ligados a isso, por mais exausta que ela estivesse, a prova disso era o sonho tempos antes que a levou para a casa de Angélica por meio de um portal no teto. O de agora ela nem viu quando a engoliu, puxando seu corpo pelo espelho atrás de si.

Lila caiu a relento por alguns minutos, como se ela não soubesse onde estava, o portal geralmente ia de onde ela estava para onde ela queria ir, dessa vez ela viu aquelas milhões de cores e formas desenhando-se em torno dela por quase quatro minutos antes de cuspí-la para onde, anteriormente, ela queria estar, no topo da torre Stark, a alguns metros de Natasha.

— O que você está fazendo aqui? O Steve não te mandou ficar lá em baixo? — A ruiva carregava em mãos o cetro de Loki.

— Não sei … — Ela estava zonza, ergueu-se devagar olhando Selvik caído perto do portal. — Como você pegou isso aí?

— Eu bati nele. — Natasha falou erguendo e abaixando os ombros. — Não foi difícil, ele é velho. Mas a pancada na cabeça não tirou do transe, como foi com o Clint, será que você … Sabe …

— Claro. — Lila sabia que ela não pediria se não fosse necessário.

Erik Selvik alisava o rosto avermelhado, Lila via que era o local onde Natasha tinha batido com força, ia ficar um lindo hematoma. Ela segurou o cientista contra o chão, ele se debatia e os braços de Lila doíam enquanto ela se embrenhava na mente dele, vendo às lembranças da juventude de Erik, da sua época da faculdade e um grito alto saiu da mente dela quando o viu preso ao fundo de sua própria consciência como parte do que Loki havia feito. Ao romper o selo ela foi jogada para trás e bateu com o corpo no chão, mas Selvik estava livre.

— LILA! — O grito de Natasha acompanhou a ruiva ao encalço da morena mais jovem. — Está bem?

— Bem não é a definição que eu faria dessa situação. — Lila puxava mais ar do que conseguia, era como se tivesse tomado uma forte pancada contra o tórax, doía mais que o normal. — Preciso só de ar.

— Vem se senta … — O cetro foi colocado no chão e a agente Romanoff ajudou a jovem Stark a se sentar, Lila estava fria e pálida.

— Não quero atrapalhar às duas, mas acho que vem coisa pior por aí, precisamos fechar o portal. — Selvik falou conscientemente pela primeira vez.

Lila, Natasha e Erik olharam para o enorme buraco onde milhares de criaturas saíam muitas e muitas vezes, como se não acabassem mais, eles se entreolharam em seguida, como se precisassem daqueles segundos para respirar, mas eram segundos preciosos demais para às pessoas lá em baixo e talvez para o mundo todo, para que ficassem só olhando, tão perto e tão longe da solução, era o que similarmente passava em suas cabeças. Natasha foi a primeira a sair do transe que os três estavam ao ouvir um ruído em sua orelha direita.

— Nós temos um problema. — Ela engoliu seco olhando pra Lizandra. — O governo acabou de liberar um míssil, ele vai atingir Manhattan em cheio, vamos todos morrer e às milhares de pessoas lá embaixo se alguém não fizer algo.

— Eu po…

— Não. — Natasha interviu, Lila estava exausta. — Tony você tá me ouvindo?


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