Provocações escrita por Artemis Stark


Capítulo 4
Capítulo 4




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Capítulo 04

— Estou preocupada com Harry. Quero que ele venha logo para cá.

— Falta pouco. E por falar em Harry, o que ele queria falar com você em Rony no dia do ataque?

Ela ficou em silêncio e o ruivo sentiu a tensão percorrer o corpo dela. Hermione não sabia como dizer que logo partiria em uma viagem que não sabia se teria volta.

— Quando eu cheguei aqui, eu estava chorando por mais um motivo que eu não contei. Só que seus pais não podiam e não podem saber – Fred virou-a para si – Eu lancei um obliviate nos meus pais. Eu tirei deles qualquer memória que tinham sobre mim – a voz embargada. Fred a puxou para um abraço.

— Por que fez isso? A Ordem poderia protegê-los. – Fred disse, contornando o rosto dela com o polegar.

— Eles mudaram para Austrália. Será mais seguro. – Era o que Hermione precisava acreditar.

— Hermione... Eu mesmo poderia ajudar na proteção deles enquanto você estiver em Hogwarts – ela desviou dos olhos dele e falou em voz baixa.

— Eu não vou voltar para Hogwarts.

— Como? – Fred levantou o queixo dela de forma delicada.

—Lembra aquela pesquisa que fui fazer na Seção Restrita? Então,... com a morte de Dumbledore nossa pesquisa não pode mais se restringir à Biblioteca. Eu, Harry e Rony, vamos partir procurando algo. Uma missão que Dumbledore nos deixou. Era isso que Harry queria falar...

— Vocês não podem ir. Você não pode ir – Fred levantou-se e começou a andar de um lado para o outro. Hermione foi até ele e o abraçou, tentando passar uma calma que não existia. - Quando partem?

— Depois do casamento do Gui.

— Eu vou junto – ele disse afastando-se e olhando para baixo.

— Não, Fred... Isso é algo que nós, eu, Harry e Ron, precisamos fazer. Não posso entrar em detalhes. Pelo menos não por enquanto.

— Quanto tempo? – Perguntou, sentindo o coração pesado.

— Não temos data para voltar, nós nem sabemos... – ela parou.

— Se vão voltar... – o ruivo completou e a puxou para um abraço.

—--

— Harry não vai aceitar que arrisquemos nossas vidas – Rony falou.

— Ele não tem escolha – Moody disse – Hermione, se ele não concordar arranque alguns fios do cabelo dele. Essa é a única forma de trazê-lo para cá.

Todos se olharam concordando. Menos um deles: Mundugus Fletcher.

— Eu não vou.

— Você vai, sim! Precisamos de você – nesse instante Carlinhos chegou e Gui falava em voz baixa o que estava acontecendo.

— Melhor esse ladrão covarde não ir. Eu vou no lugar dele – Molly falou.

— Não, mãe. Você fica aqui com Gina. Eu vou no lugar dele – Carlinhos disse.

A reunião terminou e todos ficaram para jantar. Exceto Mundungus que foi convidado “educadamente” a se retirar.

— Meia noite no meu antigo quarto – Fred sussurrou para Hermione antes de ir embora.

A casa estava em completo silêncio quando Hermione se esgueirou para fora do quarto de Gina. Abriu a porta do aposento dos gêmeos e encontrou Fred deitado na cama. Apenas a luz da lua e das estrelas iluminava o ambiente. O ruivo estava sem camisa, os olhos fechados.

— Fred? – ele não respondeu. Ela observou, aproximando-se, cada detalhe do corpo dele. Sem dúvida a posição de batedor no quadribol havia ajudado na constituição dos músculos. Ela passou a mão pelos cabelos ruivos. Ele sorriu ainda de olhos fechados – Te acordei?

— Não. Deite-se aqui – ele deu espaço e abriu os olhos quando sentiu o corpo dela ao seu lado – Apenas pensando.

— Pensando no quê?

— Que poderíamos levar outra pessoa no seu lugar, para trazer o Harry, quis dizer.

— Sabe que eu vou de qualquer jeito.

— É, eu sei – ele virou-se, apoiando-se no cotovelo – Eu vou sentir sua falta. Não poderemos nem conversar por cartas – ela notou que era uma afirmação. Fred desviou dos olhos dela, para boca, para o decote do pijama que ela usava. Sua mão brincando com um cacho foi para o maxilar. Seu indicador contornando o rosto, os lábios. Hermione fechou os olhos – Você é linda.

Fred a beijou. Hermione passou uma mão pela nuca dele e a outra desceu pelas costas. O ruivo subiu sobre ela, beijando-lhe a boca, o maxilar. As mãos dela faziam traços invisíveis na pele clara e sardenta. A unha roçando levemente. A língua de Hermione percorria o pescoço e sua boca gemia o nome dele.

O ruivo contornou o corpo dela com sua mão. O polegar encostou levemente na lateral do seio, pedindo permissão. Dessa vez ela não o impediu e Fred a tocou sobre o tecido da blusa do pijama.

— Quero te sentir, Mione – ele murmurou no ouvido dela.

— Humhum – foi o que ela conseguiu articular. A mão dele foi para baixo da blusa, sentindo a pele quente e macia. Os seios cabiam perfeitamente em suas mãos. Apertou-os, sentindo os bicos enrijecerem.

Hermione abriu as pernas. Sentia a excitação de Fred e aquilo a excitava também. Podiam sentir um ao outro pelo tecido fino do pijama. O ruivo desabotoou a blusa que ela usava. Deixou que seus corpos se tocassem. Ela gemeu o nome dele. Os quadris roçavam um no outro. Hermione sentia a umidade escorrendo. Um prazer diferente.

— Puta merda, Hermione, eu vou... – Fred escondeu o rosto no pescoço dela – Ainda bem que temos feitiços para silenciar um ambiente – ele respirou fundo antes de olhá-la – Desculpe, eu... Eu... – ela o beijou.

— Tudo bem, Fred – ele ajeitou-se e fechou a blusa do pijama dela.

— Espere aqui. Já volto – o ruivo deu um beijo na testa dela e saiu do quarto. Hermione correu para o quarto de Gina, trocou-se rapidamente e estava prestes a sair quando ouviu a voz da amiga.

— Você estava no quarto de Fred?

— Sim... Por favor, não conte a ninguém.

— Claro. Da próxima vez me avise para que o Harry possa vir para cá – as duas riram e se despediram.

— Achei que tinha fugido de mim – Fred falou assim que Hermione voltou.

— Nunca – ela disse e deitou-se ao lado dele.

— Eu... Estou meio que te devendo. Foi difícil me controlar. Você é tão... Gostosa – Hermione sentiu-se corar – Posso te compensar agora, se quiser...

— Acho que hoje foi o suficiente. Você sabe que nunca fiz nada disso.

— Quando você quiser, meu amor – Fred sussurrou e puxou-a para perto de si – Hermione?

— Hum?

— Estou cada dia mais apaixonado por você.

— E eu por você, Fred.

—--

Faltava pouco para eles pegarem Harry. Hermione observava a conversa dos gêmeos ao longe.

— Cuide-se, Fred.

— Você também, Jorge. Se algo acont-

— Nem termine essa frase – o outro falou sério – Vá ficar com sua namorada e pare de pensar merda – eles se abraçaram e depois Fred caminhou até Hermione.

— Um beijo antes de partimos. Por mais que goste você, não conseguirei beijá-la quando for o Harry – ela riu.

—--

Hermione esperava por Fred do lado de fora da Toca. Jorge acabara de chegar sangrando. Ele e Arthur tinham voltado ao normal quando pousaram. O ruivo correu até ela, observando cada detalhe. Ela não estava ferida, mas havia preocupação em seus olhos.

— O que houve? – ele olhou em direção à casa e murmurou – Jorge,... – saiu correndo. Seu pai atrás. Hermione não os seguiu. Olhava para o céu esperando por Harry. Só faltavam Harry e Hagrid.

— Ele vai ficar bem – era Fred. Quando os dois estavam juntos, Rony não ficava por perto.

— Claro que vai. Fique com ele. Estou esperando o Harry – Gina juntou-se aos dois. Logo em seguida, Harry apareceu com Hagrid.

—--

— Você está linda – Fred falou enquanto dançava com Hermione.

— Obrigada.

— Não acredito que vão partir amanhã.

— Eu tentarei entrar em contato – ele a segurou mais forte. O coração batendo de forma descompassada. Não podia mais esperar para dizer o quanto...

— Hermione, eu... – a chegada de um patrono o interrompeu. Logo, a confusão se instalou. Eles corriam de mãos dadas.

— MIONE! – Ron gritou – Nós precisamos ir! AGORA!

Ela olhou para Fred e deu um rápido beijo em seus lábios. Harry a apressou.

— Por favor, tome cuidado – ele pediu. Ela foi para junto dos dois amigos.Fred viu a namorada sumir e sentiu que havia perdido uma parte de seu coração.

—--

Fleur entrou correndo na loja, viu um dos gêmeos e perguntou:

— Qual dos dois é você?

— Jorge. Está tudo bem com o Gui?

— Sim, sim. O problema é com a namorada do seu irmão. Onde ele está? – A loja tinha pouco movimento e eles haviam dispensado Verity por questão de segurança. Fred viu a cunhada e aproximou-se sorrindo, porém sua expressão mudou quando viu a seriedade dos dois.

— Não há tempo para explicar. Fechem a loja. Sua namorada... Ela está ferida.

— Eu aparato com você – Jorge falou impedindo o movimento do irmão – Se sair assim vai acabar perdendo partes do seu corpo por todo o trajeto – eles fecharam a loja pedindo para que os poucos clientes se retirassem. Em seguida, aparataram.

Fred encontrou o irmão e Harry na sala. Ambos com leves escoriações. Ele abraçou o irmão e Jorge fez o mesmo.

— Hermione... O que houve com ela? – perguntou nervoso – Quero vê-la.

— Ela está dormindo – disse Gui, que aparecera na sala. Fred esperava por respostas.

— Fomos capturados e levados para a mansão Malfoy – Harry começou ao ver que Rony não conseguia falar – Ela foi torturada com a cruciatus por Bellatrix. Não sabemos quantas vezes.

Jorge colocou a mão no ombro do seu gêmeo.

— Venha, eu te levo até o quarto dela – Fleur disse e Fred a seguiu. Ele entrou no quarto e nunca Hermione lhe parecera tão frágil. O ruivo pegou uma cadeira e sentou-se próximo a ela. Entrelaçou seus dedos com os dela. Não poderia deixar que Hermione se afastasse novamente e pedia uma chance, uma única chance de encontrar com Bellatrix Lestrange.

— Fred?

— Estou aqui – ele falou com a voz baixa – Você está segura agora.

Ela sentou-se e o abraçou. Fred saiu da cadeira, sentando-se ao lado dela. Abraçava-a com menos força do que desejava. Depois começou a beijar todo o rosto dela, até alcançar a boca.

— Eu senti saudades – Hermione falou. O beijo aprofundou-se, mas logo foram interrompidos por uma batida na porta – Entre – os amigos dela apareceram e disseram:

— Vamos conversar com o Grampo. Está bem para nos acompanhar? – Harry perguntou.

— Claro, só me deem uns minutos – os dois saíram.

— Você pode ficar aqui hoje?

— Sim, posso.

— Quando eu voltar, conto tudo.

—--

Fred estava olhando pela janela absorvendo tudo que ouvira. Sua vontade era socar Ronald por abandona-la, socar Harry por enfiar Hermione em tamanha loucura e ressuscitar Dumbledore para matá-lo novamente por colocar bruxos tão novos em uma busca como aquela.

— O que vocês conversaram com o duende? – Ele perguntou.

— Acreditamos que uma das horcruxes esteja escondida no Gringotes, no cofre de Bellatrix. Nós vamos roubá-lo.

VOCÊS O QUÊ? Hermione, isso é loucura! – Fred levantou a voz, a raiva inundando seu corpo.

— É necessário, Fred. É o único jeito de acabar com essa maldita guerra e, além do mais, eu tenho um plano.

— Eu vou com vocês – ele falou andando pelo quarto.

— Impossível, Fred. Harry vai usar a capa e o que tenho de poção polissuco dá apenas para duas pessoas.

— Eu e você.

— Não, Fred. Eu e Ron.

— Ele te abandonou numa maldita floresta! – Fred falou entredentes, enfurecido. Hermione o abraçou com força. Depois de alguns instantes ele também a envolveu em um abraço.

— Eu... eu te amo, Fred – o ruivo a afastou e encarou os olhos castanhos.

— Eu também te amo – ele soltou o ar devagar, querendo se acalmar – Ele é que vai, não é? – ela concordou em silêncio – Passe a noite comigo amanhã. Apenas fique uma noite inteira comigo. Só comigo.

Hermione entendeu o que ele queria, o que ele precisava. Ela também queria que Fred estivesse junto... Há tanto tempo era ela, Ron e Harry? O Trio. Uma parte de sua vida que Fred não poderia fazer parte.

— Eu vou. Peço para Luna me ajudar.

No dia seguinte, Luna ajudou para que Hermione pudesse ir para casa do namorado. A loirinha ficou incumbida de distrair Rony. Harry estava mais preocupado com seus próprios pensamentos e não saiu do quarto após o jantar.

— Soube que gosta de xadrez bruxo. Quer jogar uma partida? – Luna perguntou mexendo nas peças.

— E Hermione? Não é bom ela ficar sozinha.

— Ela está dormindo. Acho que é um bom momento para ela ficar sozinha. Uma partida? – Rony ainda lançou um olhar para escada, porém acabou sentando em frente ao tabuleiro.

Fred aparatou no quarto dela, para acompanhá-la até sua casa. Chegando lá, Hermione estudou o pequeno e aconchegante ambiente.

— E Jorge?

— Na casa de Lino. Assim teremos um pouco de privacidade. Está com fome? Quer uma cerveja amanteigada?

— Uma cerveja está ótimo – ela sorriu.

Após conversarem um pouco, Hermione não conteve um bocejo.

— Você está cansada. Vamos para cama – eles foram para o quarto e Fred mostrou onde era o banheiro.

— Eu vou colocar o pijama.

— Espere – ele abriu uma gaveta e pegou uma camiseta de treino de quadribol. O nome dele nas costas – Pode usar?

Hermione saiu do quarto e voltou instantes depois vestindo a camiseta. Fred estava sentado na cama, com as costas apoiadas na cabeceira. Seu corpo reagiu assim que viu a namorada aparecer. Ela estava linda e ele verbalizou seu pensamento:

— Você está linda – ela sentou ao lado dele, um pouco nervosa – Fique calma – Fred disse sorrindo – Nós já dormimos juntos e, como eu disse, não precisa acontecer nada.

— Eu quero que aconteça, Fred.

Ele a olhou e viu a certeza nos olhos castanhos. Sorriu e a beijou, subindo, delicadamente sobre ela. Fred sentiu o corpo reagir ao pensar que sob a camisa dele que ela usava havia apenas Hermione. Sentiu as mãos dela passarem por baixo de sua blusa e sentiu as unhas dela em suas costas. Explorando seu corpo. Hermione levou as mãos até a base da camisa e tomou a iniciativa de puxa-la para cima.

Ela observou o peito de Fred. Ele a atraía de tantas formas. Fez um movimento para mostrar que queria ficar por cima, ele sorriu e deixou que ela conduzisse o momento. Ela sentou-se sobre ele e o ruivo reprimiu um gemido. A camisa que ela vestia subiu e Fred explorou a coxa que estava à mostra com suas mãos, pressionando-a levemente.

Hermione voltou a beijar Fred na boca e ele a envolveu em seus braços. Hermione moveu sua boca, beijando o maxilar, o pescoço. Seus beijos continuavam descendo pelo corpo do ruivo.

— Você é bonito, Fred – ela disse entre os beijos. Ele não conseguia formular uma resposta. Conseguia apenas senti-la. As mãos dele foram da coxa para o quadril, do quadril para a cintura. Ele a pegava com firmeza e desejo. Queria ter certeza que ela estava ali. Que ela era dele. Apenas dele.

Conforme a mão de Fred percorria o corpo de Hermione, ela levava junto a camiseta. Até que ela levantou os braços, a camisa voando longe. Esquecida.

Fred sorriu ao ver Hermione corar de leve. Ela já sentia sua região úmida e o corpo dele excitado. Ele levantou-se, apoiando nos cotovelos e depois, estava sentado com ela em seu colo. Hermione gemeu ao sentir as mãos dele percorrendo novamente seu corpo. Seus seios.

Aos poucos, ele ajeitou-a embaixo de si, afastando-a o tempo suficiente para tirar a cueca. Hermione observou todo o corpo dele com um misto de vergonha e prazer. Corou e Fred achou que ela ficava linda envergonhada. Ela era linda e era sua. Aproximou-se dela e falou numa voz rouca:

— Posso? – os dedos na lateral da calcinha. Ela assentiu com um leve movimento de cabeça.

Fred a observou atentamente antes de posicionar-se sobre ela.

— Mione, você sabe que...

— Fred, por favor... Eu sei...

— Se eu te machucar...

— Fred... – ela pediu mais uma vez. O quadril inclinando-se, insinuando-se para ele. Fred apenas sorriu e moveu-se sobre ela, fazendo com seu membro entrasse, deslizando vagarosamente.

Hermione sentiu uma explosão de sentimentos. Dor, prazer, felicidade, completude. Agarrou-se mais a ele. Gritaram palavras sem sentido. Gemeram. Sorriram. Amaram-se. Dormiram sabendo que um pertencia ao outro.

—--

— Fred! Fred!

— Ainda está escuro, Jorge.

— Você precisa levar Hermione de volta. Daqui a pouco amanhece.

— Ok! Ok! – Hermione mexeu em seus braços. Jorge observou o irmão e saiu sorrindo – Mione, você precisa acordar – ela apenas ajeitou o corpo contra o seu. Como Fred poderia deixar que ela partisse? – Você precisa voltar para o Chalé das Conchas – ela abriu os olhos e encontrou o azul. - Bom dia, meu amor. – Ele disse quando viu que a namorada o olhava.

— Bom dia. Está na hora?  - Perguntou, sonolenta.

— Sim. Daqui a pouco eles te chamam para o café – Hermione espreguiçou-se – Tome cuidado, por favor, tome cuidado. Eu te amo tanto.

— Eu também. Eu vou me cuidar. Prometo.

—--

Quando todos estavam comendo, a campainha soou e Gui foi atender. Ele voltou acompanhado dos gêmeos.

— Olha só quem apareceu para nos fazer companhia – os dois entraram, mas antes que Fred continuasse seu caminho Gui o segurou pelo braço e sussurrou – Não é seguro você ficar aparatando com Hermione por aí. Sabe muito bem que nascidos trouxas estão sendo caçados. Ainda mais ela sendo amiga de quem é.

— Foi apenas ontem. E ela está tão segura comigo quanto com você – Fred sentou-se ao lado da namorada. A conversa entre todos fluiu tranquila como um acordo velado para que, durante alguns minutos, todos se esquecessem da guerra que acontecia.

Hermione subiu para organizar os últimos preparativos para ida ao Gringotes. Fred chamou Rony para fora da casa e disse:

— Se eu souber que a abandonou novamente, não vou ligar para o que a mamãe pensa sobre irmãos que brigam.

— Não preciso de você para lembrar os meus erros. – Fred viu a expressão sombria do irmão – Eu me culpo a cada segundo por não protegê-la. Quando destruí o medalhão eu vi vocês. Vi e senti a realidade e a dor da escolha dela. Só que nada, nada Fred, foi pior que os gritos que ouvi enquanto ela era torturada. Eu estava lá e era tarde demais quando pude agir. Eu sei que falhei com ela e convivo com isso, Fred – Ron virou-se para ir embora, mas parou ao sentir a mão do irmão sobre seu ombro.

— Eu te amo, cara. Apesar das brigas e das coisas que aprontei. Você é meu irmão caçula – Ron respirou fundo e respondeu sem se virar.

— Também amo você – e seguiu para dentro da casa.

—--

As pessoas corriam e duelavam. Corpos estavam caídos. Ela corria de mãos dadas com Rony, acabara de destruir mais uma horcrux. Estava preocupada com Harry, mas precisava ver Fred. Saber que ele estava bem.

— Harry! – ela abraçou o amigo.

— Hermione destruiu a taça! – o ruivo exclamou orgulhoso.

— Graças ao Ron que conseguiu entrar na câmara!

— Precisamos ir até a Sala Precisa. O diadema está escondido lá – os três saíram correndo em direção ao sétimo andar.

—--

Fred e Jorge não se separavam. Duelavam lado a lado. Tinham algumas feridas pelo corpo. Encontraram Percy lutando com dois Comensais e correram para ajudá-lo. Fred viu um dos Comensais apontar a varinha para as costas do irmão. Com um feitiço, jogou o bruxo contra a parede. Jorge usou cordas para imobilizá-lo. Percy derrotou o outro.

— Obrigado – o mais velho falou.

— Você viu Hermione? – Fred perguntou.

— A última vez ela estava com Rony, não sei aonde estavam indo.

— Com Rony?

— Fred, agora não é hora – Jorge falou – Vamos continuar. Fique conosco, Percy.

—--

— Temos que matar Nagini – Harry disse. Os três correndo pela escola. Tinham acabado de sair da Sala Precisa que se acabou em chamas. Entraram em um corredor e Hermione ouviu seu nome ser chamado. Ela virou-se. O coração acelerado.

— Fred,... – eles correram para se encontrar e Hermione pulou nos braços dele. Fred a abraçou, levantando-a do chão.

— Você está bem, você está viva! – ele dizia em voz baixa.

— Nós precisamos continuar – Harry falou. O casal ficou mais para trás, sendo seguido por Ron. Uma explosão foi ouvida do lado de fora. Tudo passou muito rápido: a parede ao lado deles ruiu. Rony percebeu o que acontecia e lançou um feitiço para tentar afastar o irmão e a amiga da chuva de pedras. Uma nuvem de poeira subiu, separando Rony do resto do grupo. Ele estava paralisado no lugar. Ouvia apenas os gritos de Jorge chamando por seu gêmeo e Harry, por Hermione. A poeira se dispersou e ele aproximou-se. Fred estava desacordado. Da cintura para baixo, ele estava coberto por pedras. A mão dele oculta nos escombros. Rony sabia quem ele segurava. Mas ele não conseguia enxergar o corpo de Hermione.

—--

 


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Notas finais do capítulo

N.B.: Ártemis realmente merece uma azaração por terminar esse capítulo assim!

N.A.: Já lancei um protego por causa desse final...



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