Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas, tudo certo?
Antes de vocês lerem tenho um aviso: preparem seus corações!! HEHEHEHEHEHE
Boa leitura!
Pov. Percy
Passaram-se três dias após eu ter conseguido falar com meu irmão. Estávamos nos limites da base de Gaia, no Alaska. Todo o Acampamento estava aqui, Júpiter incluso e também a tripulação do Argo II que após tentativas frustradas de derrotas os monstros, que apareciam segundos depois de mortos e o chamado urgente de Quíron, voltaram imediatamente.
Todos os campistas estavam aqui, preparados para a batalha, a qual Quíron chamou de Batalha do Alaska. Ia ser feio. Gaia estava com dois dos semideuses mais poderosos da face da Terra: Duncan e Arabella. A missão principal dessa batalha era resgatar os dois. E se tudo desse certo, impedir a Toupeira de uma vez por todas.
Estávamos divididos em grupos ao redor de todo o perímetro do Forte. Eu estava juntamente com Annabeth, Nico e Reyna, sim, ela bateu o pé e veio lutar, apesar de eu protestar contra, pois sei que Duncan ficaria desesperado. Vagarosamente caminhamos por a espessa névoa que ali habitava. Quanto mais adrentávamos aquele local mais eu tinha um péssimo pressentimento. Pude ver bem longe à minha esquerda, o grupo liderado por Jason lutar contra alguns gigantes.
Meu desejo era ajudá-los, mas as ordens de Quíron foram claras. Achar meu irmão era prioridade. Aumentamos o passo e após alguns minutos a névoa começou a diminuir e ao longe pude ver a figura de um homem. Espera, não era qualquer homem, era...
— DUNCAN! – gritei – Irmão!
Corri em direção a ele que estava aparentemente imóvel e pulei nele, abraçando-o.
— Não me assuste mais ass... – falei mas fui interrompido por Duncan agarrando meu pescoço com uma de suas mãos e me tirando do chão – O q-que es-está faze-zendo? – indaguei com dificuldade.
— PERCY! DUNCAN! – escutei Nico gritar.
— Duncan? – indagou Annabeth – O que está acontecendo?
— Duncan, solta ele – disse Reyna.
— Por que eu soltaria ele? – respondeu Duncan – Vocês são inimigos de Gaia, eu vou matar vocês.
— O QUÊ? – berrou Annie – Ah não...
— Ah não o que, Annabeth? – perguntou Nico
— Os olhos dele... – foi só naquele momento que percebi que os olhos de Duncan estavam completamente negros – Ele está sob o efeito do sono de Morfeu, assim como o amigo dele e talvez muitos outros campistas...
— O que fazemos? – questionou Reyna
— Q-que tal me tirar daqui g-gente? – sugeri sentindo o ar faltar.
Num movimento rápido Nico empurrou Duncan, fazendo assim ele me soltar e eu cair no chão ofegante.
Mal pude entender o que estava acontecendo quando Duncan viajou nas sombras e acertou Nico com um chute em sua barriga, fazendo o moreno arfar de dor e cair ao chão. Meu irmão estava caminhando em direção a Annabeth quando sacou Contracorrente Infernal e a transformou em espada. A loira num movimento rápido conseguiu desviar do arco descrito por Duncan com uma acrobacia para o lado.
— Não podemos machucar ele – falei quando vi que Nico sacava sua espada.
— Nós não temos opção Percy – disse ele – Duncan está tentando matar a gente, no momento temos que tentar sobreviver e nocautear ele. Além disso ele tem a Maldição de Aquiles, não se esqueça.
— Infelizmente, vou ter que concordar – falou Annie.
— É o único jeito – bufou Reyna.
Suspirei derrotado e destampei Contracorrente. Enquanto Annabeth tentava não ser decapitada por meu irmão, em sincronia eu, Reyna e Nico corremos em direção a Duncan. Ele parece perceber e logo somos ejetados por plataformas de gelo para longe. Instantaneamente, Duncan viaja nas sombras, pega Nico e o joga para perto de onde as placas de gelo saíram. Em questão de segundos, controla as geladas águas e envolve o corpo de Nico, congelando-o em seguida.
— NICO! – grito.
— Vamos precisar de ajuda – diz Annabeth – Ele é muito forte.
Porém, nesse segundo de distração em que falávamos, Duncan corria em direção de Annabeth e só não a fatiou no meio, pois como num chamado mental, Jason o afastou com uma forte rajada de vento, levando sua espada para longe também.
— O que está acontecendo? – perguntou Piper.
— Duncan está sob o efeito do sono de Morfeu e está tentando nos matar – respondi – Ele já congelou o Nico.
— Cuidado ele está voltando – avisou Reyna.
— Tentem imobilizar ele, eu vou manter ele ocupado com o vento – disse Jason.
Assim como dito, Jason começou a lançar uma forte rajada de vento em meu irmão, porém, mesmo assim, a passos lentos Duncan conseguia caminhar para frente. Essa era a brecha que precisávamos. Mas como se tivesse percebido o plano, Duncan some como num passe de mágica. Sinto que o vento sumiu. Logo descobri o porquê. Duncan havia feito uma viagem nas sombras e no momento estava aplicando um mata-leão em Jason, o fazendo desmaiar talvez pela sexagésima vez, brincadeiras a parte.
— Jason! – berrou Piper – Ele está levando um de cada vez gente, o que faremos?
— Vamos continuar a lutar! – disse Frank chegando.
Em um piscar de olhos o filho de Marte se transformou num grande urso e correu em disparada em direção a meu irmão. Os dois se atracaram numa briga que sinceramente eu não sabia quem estava ganhando. Quando Duncan dizia que era fisicamente forte, eu não sabia que era tanto a ponto de brigar de igual pra igual com um URSO.
— Vou tentar acertar uma flecha nele – disse Thalia surgindo repentinamente – Eu consegui fugir depois do ocorrido, agora com licença.
Então, Thalia mirou e assim soltou a flecha. De fato, o projétil foi lançado com perfeição, iria acertar Duncan, entretanto não esperávamos a reação perfeita. No tempo certo, Duncan agarrou os ombros do urso-Frank e girou 360º, fazendo assim, a flecha acertar o peito de Frank, que imediatamente voltou à forma humana, com uma cara horrível de dor. Sangue jorrava do seu peito. Logo uma Piper preocupada correu em direção ao homem ferido.
Enquanto isso Duncan já havia se deslocado e lutava contra Calipso, Leo e Hazel, que haviam surgido do nada. Os três o feriram com suas espadas, porém os pequenos ferimentos cicatrizavam com rapidez.
— Percy, distrai ele – ordenou Annabeth – Eu e Thalia temos uma ideia.
Acenei positivamente com a cabeça e caminhei para perto do buraco no gelo que Duncan havia aberto mais cedo. Comecei a me concentrar mas fui interrompido por gritos. Hazel e Calipso estavam sendo presas por fantasmas de água. Almas diretamente vindas do Mundo Inferior. Os fantasmas as seguravam com força, pareciam estar sendo machucadas.
No segundo seguinte Leo começou a manipular o fogo, mas Duncan foi rápido o suficiente para desmanchar o gelo aos pés do filho de Hefesto e o fazer cair no lago congelado, tampando o buraco em seguida. Leo estava preso no lago e provavelmente se eu não for rápido, morrerá afogado.
Joguei um jato de água nas costas de Duncan, provocando-o. Em seguida controlei a água e lancei outro jato em sua direção. Rapidamente ele respondeu com outro jato. Nossas águas se colidiram e logo travamos uma batalha de qual jato era o mais forte.
Admito que depois de um tempo eu não aguentava mais, estava no meu limite. Onde estava Annie e Thalia? Comecei a gritar, mas não parecia o suficiente. Foi quando eu as vi. Thalia estava se concentrando, ela ia jogar uma descarga elétrica em Duncan, o que seria suficiente para pará-lo. Todavia, meu irmão, de repente, aumentou a força do seu jato d’água, me fazendo voar para longe. Num movimento calculado, jogou água em Thalia e Annabeth e viajou nas sombras no exato momento em que o raio de Thalia caiu no chão, fazendo Thalia se desequilibrar e cair e Annabeth voar para longe.
— ANNIE! – gritei me sentando.
Ia me levantar e correr em direção a Annabeth mas algo me chamou atenção. Duncan havia viajado nas sombras e parado em frente à Reyna. Os dois estavam lutando corpo a corpo. Num giro, Duncan chutou a espada da mão de Reyna e a derrubou no chão.
— Duncan, por f-favor – pude ouvir Reyna dizer – não faça isso.
Meu irmão com o rosto impassível sacou seu revólver especial do seu coldre em suas costas e apontou para a cabeça da filha de Belona.
— Duncan – soluçou Reyna já chorando – Meu amor, acorde – Duncan engatilhou a arma – Nosso filho precisa de você, eu preciso de você, Percy precisa de você, sei que não é isso que quer, não deixe que Gaia vença... Por favor meu amor... – E então Reyna começou a se encolher e soluçar.
Por um momento achei que Duncan ia atirar em Reyna, mas mesmo de longe pude ver que seus olhos voltaram ao normal e confuso naquela situação, caiu de joelhos ao chão e olhou para Reyna, que apenas pulou em seus braços, o apertando.
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