Meu Gêmeo Favorito escrita por The Joker


Capítulo 35
Bacon Voador


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo certo?
Tenho uma notícia pra vocês: Não consiguirei levar o notebook na minha viagem :(
MAAAAS nas notas finais tenho um recadinho.
Boa leitura!



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Pov. Percy

Não sabia a quanto tempo estava no túnel. Parecia uma eternidade. Corremos o que parecia o equivalente a umas mil maratonas. Só paramos quando realmente nossas pernas não aguentavam mais. Tivemos que inclusive, dar um pedacinho de ambrósia para Duncan, que se contorcia de tanta câimbra. Ele não estava acostumado com tanta intensidade como eu e Annie estávamos.

Usamos aquela pedra mágica umas duas ou três vezes, para pedir comida e água. Assim que Annabeth fazia o símbolo da deusa na parede, uma caixa surgia do solo com as coisas de que precisávamos.

Não dormíamos fazia dias, pelo menos eu achava que fazia dias, não tinha como saber de forma algum a passagem do tempo lá em baixo, o que nos dificultava muitas vezes saber do nosso progresso.

— O que será que vamos encontrar lá? – perguntei enquanto corríamos mais uma vez.

— Sinceramente... Eu não sei – respondeu Annie – Quem sabe monstros ou um ritual parecido com o de Cronos para “voltar a vida”.

Se tudo der errado, estou pensando seriamente em virar corredor de prova olímpica, porque olha...

[...]

Uma semana deve ter se passado, talvez duas, talvez dois dias... Não sei ao certo. Entretanto foi naquele momento que optamos por fazer algumas viagens na sombra. Annabeth e eu agarramos o braço de Duncan, cada um de um lado, e então meu irmão, super concentrado, começou a viajar a cada cem metros aproximadamente de túnel. Ele só parou após, o que eu contei, mil viagens. Queria gritar pra ele parar mas não conseguia. Logo após a milésima viagem, desmaiou. Não o culpo, foram exatos cem quilômetros percorridos, fora o fato de que não pregamos os olhos.

— Vamos continuar, - falei – eu carrego ele.

Pendurei Duncan igual um saco de batatas em meu ombro e comecei a andar atrás da Sabidinha.

Quando meu irmão acordou, insistiu em continuar a fazer as viagens até se esgotar novamente. Odiava ver ele acabado, mas não podia reclamar, aquela era uma baita ajuda pra gente chegar o quanto antes no tal do Acre.

Finalmente depois do que parecia ser um século, nos ajeitamos no estreito túnel e dormimos. Infelizmente não era o sono de princesa que eu esperava e tanto queria, mas serviu para pelo menos meus músculos pararem de doer tanto.

Uma coisa eu não podia negar, aquele túnel me lembrava demais o Labirinto de Dédalo, sem a parte que eu me perdia é claro ou caía num vulcão.

[...]

Pov. Duncan

Eu estava acabado, mal sentia minhas pernas. Meu corpo doía inteiro pelas excessivas viagens na sombra. Não sabia quanto tempo tinha se passado, mas eu queria acreditar que estávamos perto ou quase.

— Estou vendo alguma coisa! – exclamou Percy depois de muito tempo – É uma escada, acho que chegamos!

— Amém Edites! – berrei

Fui o último a subir a escada e finalmente ao chegar a superfície olhei ao redor. Parecia que a gente tinha acabado de entrar na mente de uma pessoa com profunda depressão. O céu cheio de nuvens escuras, lama e poças de água para todos os lados. Árvores com troncos retorcidos e com folhas caídas podiam ser vistas. Era um lugar com aspecto triste.

— Abaixem, rápido – ordenou Annabeth.

— O que foi? – sussurrei

— Lá – diz ela apontando para o céu – Pássaros Lançadores de Penas. Precisamos ter cuidado, esse lugar pode estar infestado de monstros.

Então, caminhamos cuidadosamente até avistarmos uma grande construção. Parecia como um castelo do mal da morte. Que estava em ruínas. Nos aproximamos cautelosamente e nos escondemos em um dos poucos arbustos por ali.

— Será que essa é a tal base de Gaia? – indagou Percy

— Não sei... – disse Annabeth – Parece estar abandonada...

— Espera, olhem! – falo apontando para a espécie de pátio do castelo – Tem alguém lá!

— Equidna – sussurra Percy – a mãe de todos os monstros...

— Então aqui é onde Gaia está juntando sua legião de monstros? – perguntei

Mas a reposta veio logo em seguida. A tal da Equidna estava fazendo surgir monstros aparentemente do nada. Pude ver dezenas de Aves da Estinfália, dracaenaes, empousas, escorpiões, lestrigões, inclusive drakons, a hidra, o Javali de Erimanto, um Mantícora, a Quimera e o próprio Minotauro estavam lá. Eu ainda ia fazer aquele boizinho sofrer, e muito.

— Deuses! – exclamou Annabeth pondo a mão na boca – É um exército...

— Está quase chegando o dia meus monstrinhos – declarou Equidna – O dia em que Gaia acordará está se aproximando, hoje eliminaremos os inimigos e logo triunfaremos!

Então houve uma comemoração monstruosa, literalmente. Quando os gritos cessaram, a Mãe dos Monstros tomou a palavra novamente:

— Mas antes disso, acabem com os intrusos!

Intrusos? Espera... Era a gente!

De repente fomos levantados pelos braços de três gigantes. Fomos pegos de surpresa... Droga. A Quimera foi se aproximando lentamente, segundos antes do monstro pular para um ataque mortal, consegui agarrar o braço de Percy e Annabeth, que estavam bem próximos a mim. E com um grande grito, viajamos nas sombras.

O segundo seguinte foi um mar de confusões. Aparecemos no meio do Acampamento Meio-Sangue. Até aí tudo bem, o problema é que o Acampamento estava uma zona de guerra, literalmente uma guerra. Havia semideuses com armaduras e armas por todo o lado, lutando contra diversos tipos de monstros diferente. O Acampamento estava sendo atacado.

— Quíron – gritou Annabeth quando viu o centauro, dessa vez em forma de centauro mesmo, matar um Texugo Gigante – O que está acontecendo?

— Monstros por toda a parte – disse Quíron se aproximando – Sem tempo pra explicar, precisamos lutar.

Assim que ele terminou a frase, um porco voador surgiu tentando nos atacar. Rolei para o lado e de forma sincronizada, eu e Percy tiramos a tampa de nossas canetas super poderosas, virando espadas instantaneamente.

— Cuidado Duncan – advertiu Percy – É uma Porca Camoniana, presta atenção no gás venenoso dela.

Annabeth havia me dito certa vez que esse bacon voador nunca havia sido derrotado. Era desafiador e muito difícil, mas era hoje que a tal dessa Porca Camoniana viraria pernil assado, ou pó mágico mesmo.

A Porca voltou a voar e logo foi atingida por uma flecha em seu flanco, a fazendo guinchar de raiva. Olhei para a origem do disparo, uma garota com cabelos curtos e pretos estava segurando um arco, ao lado dela estava... Arabella? Ela não devia estar em Manhattan?

Fui tirado dos meus pensamentos quando a porca gigante foi em direção a elas. Comecei a correr mas fui surpreendido quando Arabella rolou para o lado e conseguiu acertar o monstro suíno com sua espada. Ela não era mais a mesma garota indefesa de antes. Sorri com o pensamento.

Em um movimento rápido, viajei nas sombras e fui parar montado na Porca. Ela imediatamente levantou voo. Dei um berro de susto e finquei Contracorrente Infernal no dorso da pobre porquinha maligna, tendo assim um lugar para me segurar. O animal gritou de dor, provavelmente, e começou a se sacudir freneticamente enquanto voava em uma velocidade assustadora. Em uma guinada súbita, minhas mãos escorregaram do cabo da espada. Iria ter uma bela fratura em todos os ossos se Percy não fosse rápido o suficiente para fazer um tornado de água e me apanhar no ar.

Enquanto me levantava do chão, pude ver Annabeth juntamente com Arabella e a garota misteriosa, que agora segurava uma lança em sua mão (o arco sumira magicamente), investirem contra o monstro.

— Me ajuda a jogar o máximo de água que conseguir em cima dessa Porca – pediu Percy – Logo você vai entender.

Então, fechei os olhos e me concentrei. Movimentei minhas mãos e logo senti um forte repuxo no estômago. Ouvi Percy gritar e quando abri os olhos eu e ele estávamos controlando uma enorme quantidade de água. Acho que o lago todo estava nas nossas mãos.

Simultaneamente, empurramos a água em direção ao monstro alado.

— Presta atenção, - disse Percy – no instante que a porca ficar paralisada, a gente ataca ela.

Acenei positivamente com a cabeça e me assustei no momento em que um forte raio acertou a Porca Camoniana em cheio, fazendo-a ficar paralisada por alguns instantes.

Rapidamente corri juntamente com Percy em direção ao bicho. Observei que as três meninas corriam também. Como se tivéssemos treinado esse movimento a muito tempo, todos, no mesmo segundo atacamos o Bacon Voador.

A Porca caiu para o lado, quase derrotada, ainda viva. Estava prestes a abrir a boca para soltar seu gás venenoso, porém, para evitar isso berrei, e um tremor no chão foi sentido. Logo, uma fenda foi aberta no solo e assim como com o Minotauro, uma mão saiu da rachadura, pegando a porca e sumindo rumo as profundezas do Tártaro.

Arfei, cansado. Olhei ao redor do Acampamento e aparentemente, os outros campistas tinham conseguiram derrotar o resto dos monstros.

— Percy! – exclamou o que reconheci ser um sátiro

— Grover! – Percy disse ao abraçar o cara de bode – Estava com saudades amigo! Ah! Esse aqui é meu irmão, Duncan.

— Irmão? – ele olhou para mim – Deuses! Não havia acreditado quando Júniper havia me contado. É um prazer.

Não tive tempo de responder, pois fui subitamente junto com Percy levantado do chão.

— Irmãos! – disse meu agressor fofinho – Tyson sentiu sua falta Percy! E você, clone de Percy, queria muito te conhecer.

— Também senti sua falta grandão – falou Percy – Pode colocar a gente no chão?

— Eu estou muito confuso – declarei.

— Esse é Tyson, nosso meio-irmão. – esclareceu Percy – O menino bode é Grover, meu melhor amigo e por último e menos importante, nossa queridíssima prima, Thalia Cara de Pinheiro.

— Jackson – rosnou Thalia – Bom, Duncan, se você for igual a Percy nas atitudes também, um dia quem sabe, teremos um funeral duplo.

— Thalia... – repreendeu Annabeth – Duncan é pior, porém ele é mais inteligente.

— Ei! – resmungamos Percy e eu em uníssono

— Que bom que estão todos juntos – disse Quíron chegando subitamente – Temos alguns pequenos problemas... Ambos os Acampamentos estão detonados. – Realmente, olhando em volta tinha muita coisa destruída, queimada, arranhada... Espera, ambos? -  Assim que o ataque começou, a primeira coisa que fiz foi chamar reforços do Acampamento Júpiter, porém tive a triste notícia de que estavam sendo atacados também. E tem mais uma coisa... – Após uma longa pausa continuou – O Velocino sumiu, mas isso é o menos importante. Alguns campistas sumiram repentinamente, dentre eles... Octavian e Rachel.


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Notas finais do capítulo

Então gente, se vocês deixarem comentários ainda hoje aqui, eu consigo postar mais um ou dois capítulos, okay? Se não só domingo que vem...
Enfim... Espero que tenham gostado.
Até mais!!



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