CAPITULO IV 

Concordo com a ideia de caçar com Jake.  

Apesar de sempre acabarmos disputando nossa caça como verdadeiros inimigos imortais. Com o porém de sermos grandes amigos. Era até que bastante divertido. Desvio das arvores sorrindo divertida ao escutar o grunhido de Jacob quando o ultrapasso. O grande lobo marrom tenta me alcançar e por um longo tempo se frustra por não conseguir. Um momento de distração e então por instinto salto para trás, desviando do lobo que ousadamente tenta me pegar. Caiu em postura defensiva no chão e arqueio a sobrancelha com irritação enquanto escuto o uivo de diversão enquanto ele dispara para não ser alcançado outra vez.  

—Isso vai ter volta lobo. Grito, mas em vão. O lobo já havia sumido de minha visão.  

Sabia que poderia facilmente o alcançar, mas sou domina por meus instintos quando percebo que não estava mais sozinha.  

Havia mais alguém muito próximo de mim e pelo cheiro eu sabia que não era meu amigo.  

—Alice!  

É minha vez de grunhi ao ver segundos depois a vampira saindo de trás das arvores com um olhar de cautela.  

—Bella! Me de apenas um minuto. Por favor. 

Pede ela ao me ver lhe dar as costas. Engulo em seco com indecisão. 

—O que você quer, Alice?  

Indago me virando com os olhos sem emoção.  

—Apenas conversar com minha velha amiga. 

Um riso sai por meus lábios.  

—Amigos não somem de nossas vidas. Retruco e isso a magoa, vejo em seus olhos.  

A verdade machuca.  

—Eu não poderia ir contra meu irmão, Bella. Mas não sabe por quantas noites eu o perturbei, desejando que ele mudasse de ideia. Mas estava convicto que era o melhor para você. Disse que já havíamos causado estragos demais em sua vida.  

Engoli em seco ignorando as lembranças amargas.  

—Não importa! Não mais. Digo dando de ombros. — Há quanto tempo estão aqui?  

Pergunto focando no que realmente importava. Eu precisava saber se estavam apenas de passagem. 

—Desde que saímos de Forks, estamos aqui junto com os nossos amigos, Denali.  

Reprimi minha surpresa. Então eles ficaram por aqui por muito tempo. 

Justo aqui onde prometi a Renesmee que iriamos viver. Era muita falta de sorte, parece que este lado humano me acompanhava em minha agora imortalidade. O que eu poderia fazer? Não demoraria para eles saberem sobre Renesmee, para Ele ... descobrir que ela era sua filha.  

—Ele não está aqui, Bella. Disse Alice ao ver meus olhos aflitos.  

A encarei sem saber exatamente o que sentia. Se era alivio ou... Balancei a cabeça me negando a pensar nele.  

Ela ao notar meu silêncio continuou. 

—Ele entra em contato de meses em meses.  

—Acho que já terminamos por aqui. Digo querendo me livrar daquela conversa. 

—Será que poderíamos... recomeçar, Bella?  

A encaro, lembranças boas e ruins invadindo minha mente.  

—... Não. Desde o dia que foram embora, Alice não tive que lidar apenas com a dor... Muita coisa aconteceu. 

—Como sua transformação. Diz com pesar.  

—Sim! Mas te garanto que não há arrependimentos nas decisões que tomei. 

—O que quer dizer? Quem a transformou? 

Vi a curiosidade brilhar em seus olhos. Uma movimentação chamando nossa atenção.  

Me virei e encarei Jacob, agora em sua forma humana. Ele caminhou até mim. 

—Está tudo bem, Bella?  

Questionou trocando um olhar faiscante com Alice.  

—Está Jake. Tudo sob controle. Sorri com tranquilidade para meu amigo me virando para ela outra vez. -Antes de responder a suas perguntas, Alice primeiro tem algo que eu tenho que fazer. Uma prioridade antes de tudo mudar. - Ela não entendia nada do que minhas palavras significavam.  

Jacob me cutucou com um olhar ansioso e o encarei pedindo que confiasse em mim.  

—Está bem! Podemos nos encontrar amanhã então?  

Ela pede.  

—Confirmo com você amanhã, Alice. Não posso dar certeza. 

Tudo depende do que Renesmee decidir. Eu prometi a ela que seria uma decisão dela.  

Alice parecia inquieta, mas concordou com minha decisão. Afinal não há nada que ela pudesse falar que me faria mudar de ideia. Ela se despediu e nada disse enquanto puxava Jake para voltar ao colégio. Ao voltar no estacionamento todos os alunos já saiam. Era hora de buscar Renesmee. Me sentia ansiosa. Não só por estar com saudades de minha menina, mas também por precisar dela.  

Ela era a minha calma. Que me mantinha sã em meu ao caos que se tornou aquela manhã.  

—Pode me explicar que ideia foi aquela de encontrar-se com os Cullen?  

Perguntou Jacob atordoado. Enquanto eu dirigi pela estrada.  

—Jacob quanto tempo acha que manteremos Renesmee em segredo de um bando de vampiros? 

Questionei com a sobrancelha arqueada.  

—Podemos ir embora agora mesmo. Antes que eles...  

—Jake. - O interrompi. —Não vou fazer isto com Nessie. Sabe melhor que eu o quanto ela está feliz por finalmente vivermos em um lugar por mais que algumas semanas. Não vou decepcionar a minha filha. Eu prometi. E quanto aos Cullen, não vou fugir deles. Não há motivos para isto. Uma hora ou outra eles descobririam sobre a minha existência quanto de Nessie. E antes que eles o façam prometi a Renesmee que lhe daria o total direito de o conhecer. Se ela quiser os conhecer, eu não vou impedir.  

É claro que me dói ter que os rever outra vez. Mas Renesmee sempre seria a minha prioridade. 

—Você o viu? O cullen?  

Balancei a cabeça negativamente. Apertando o volante. 

—Não. Ele não está no Alaska, segundo Alice. Mas certamente logo saberá que estou aqui.  

Não que isto mude alguma coisa. Ele não me queria em sua vida. Não há motivos para querer me ver agora.  

—Certo. Vai contar a ela hoje?  

—Sim, Jake. Quanto antes resolvermos tudo isto. Livre estarei.  

Digo em um suspiro pesado.  

O resto do caminho nos mantemos em silêncio. Perdidos em nossos próprios pensamentos. O que durou pouco quando vimos Renesmee saindo da escola com um enorme sorriso. Um suspiro de alivio tomou meus lábios. Ela estava feliz. Não receosa como esta manhã. Sai do carro e caminhei até ela, que saltou em meus braços e a rodopiei beijando todo seu rosto. Escutando seu doce riso.  

—Mamãe! Senti sua falta.  

—Eu também meu amor. Mais do que possa imaginar. Mas me diga, gostou de seu primeiro dia de aula?  

Questionei contendo um sorriso.  

—... sim, mamãe. Foi exatamente como disse que seria. Eu senti medo de não gostarem de mim, de eu não ser como eles..., mas eu enfrentei meu medo mãe. Eu consegui! E fiz novos amigos também. Disse ela completamente extasiada e eu sorri orgulhosa.  

—Eu sabia que conseguiria, Renesmee. Não sabe a quanto orgulhosa estou de você.  

Ela riu enlaçando seus braços ao redor de meu pescoço e a levei para o carro. Ela entrou e contou a nós detalhes por detalhes de seu dia. Ouvíamos com atenção, amando ouvir como estava feliz com esse novo recomeço. E ali tive certeza que eu não poderia fugir dos Cullen. Não por eles. Mas sim por ela. Eu tinha que a deixar decidir se os queria em sua vida.  

Mesmo que eu não os quisesse nela novamente.  

Chegamos a nossa casa e Jacob fez questão de preparar o jantar. Fazendo a comida humana preferida de Nessie que ficou animada com esta escolha. Enquanto ele fazia o jantar subi para o quarto e lhe dei outro banho para então colocar seu pijama. Penteei seus cabelos, os soltando e acariciei seu rosto quando notei seus olhos curiosos observando os meus. 

—Está tudo bem, mamãe?  

—Sim, querida. Por que? Um sorriso fraco saindo por meus lábios.  

Ela sorri torto, nada convencida. Ela era uma garota esperta. 

—Você está pensativa, mãe. Aconteceu algo? Não foi legal seu primeiro dia de aula?  

Ri de sua inocência e a puxei para meus braços.  

—Digamos que foi repleto de... surpresas para ser sincera querida.  

Ela me encarou curiosa. 

—Surpresas?  

Assenti com a cabeça e inspirei tomando coragem. 

—Eu reencontrei algumas ... pessoas que pensei que demoraria muito para ver outra vez.  

—E quem são?  

—... Os Cullen, Nessie. A família de seu pai.  

Digo observando seu rosto. Primeiro vejo sua boca se formar em um "o" de surpresa para logo depois a dúvida e ansiedade tomar seus olhos.  

—Você contou sobre mim, mãe?  

—Não! Eu não queria fazer isto antes de que você fosse a primeira a saber. Eu só contarei se este for o seu desejo.  

—Oh! Eu- eu não sei. Eu conhecerei meu... pai? 

—Ele não está aqui querida. Não junto a família dele. Eu não sei onde está, mas em breve certamente ele vai saber. 

—E ele vai querer me conhecer?  

—Apenas um tolo não gostaria de conhecer você.  

Ela sorri fracamente. A aperto em meus braços.  

—E ... e você mamãe, quer o ver?  

Suas palavras me pegam de surpresa. Pigarro ignorando a dor das lembranças.  

—A única coisa que nos liga é você, Nessie. É só por você que eu concordarei com isto. 

Ela balança a cabeça positivamente e sorri. 

—Isso é um sim?  

Questiono divertida e ela concorda com a cabeça. Sei que em sua cabeça ela se faz muitas perguntas como eles são, quem são... Dúvidas que qualquer uma filha se faria quanto a sua paternidade e a apoiava. Teríamos a eternidade juntas para saber no que isto resultaria.  

Eu contaria a eles sobre Renesmee e caso eles ousassem a machucar não teria minha pena.  

Por Renesmee eu enfrentaria quem fosse. E não temeria as consequências.  

Distrai de meus pensamentos quando escutamos Jacob dizer que o jantar estava pronto. Renesmee saltou de meus braços e me puxou escada a baixo. Eu ri enquanto os observava comer. Era um tanto que estranho a rejeição que eu sentia quanto ao alimento humano.  

E eles riram de minha careta.  

Naquela noite deixei Renesmee e Jacob em casa enquanto caminhava pela rua agora deserta pelo horário. Meus pensamentos longe. Eu havia tomado minha decisão. Compartilharia a pessoa mais importante de minha existência com aqueles que jurei esquecer. O destino parecia bastante traiçoeiro em relação a mim. 

Um imã para problemas... Bufei ao me lembrar das palavras de Edward referente a minha pessoa. 

Infelizmente, ele parecia ter razão.